Deus, o Criador de tudo que existe, fez coisas perfeitas e imperfeitas? Esta é uma pergunta para o nosso raciocínio lógico se debruçar e que traz implicações profundas para aplicar nos relacionamentos humanos, principalmente aqueles que implicam na fé, no posicionamento das igrejas.
Deixo claro que este é o meu posicionamento pessoal, a construção de minha própria narrativa de vida, a minha cosmovisão, a qual procuro o máximo da Verdade. Da mesma forma, acredito, que todas as pessoas de boa vontade tenham a mesma intenção.
O meu racional entende que o Criador não teria interesse em criar uma criatura imperfeita. Acredito que possa ter criado uma criatura simples e ignorante e que ela possa evoluir consciencialmente dentro da lei da evolução que Ele colocou para fazer funcionar junto ao tempo em todas as dimensões da existência, física ou material, em todos os universos constituídos.
Dessa forma, a criatura por ser ignorante no início da sua existência, pode cometer erros de conduta e assim desenvolver consequências negativas que tenha de consertar. Segue o princípio que é integrante da evolução, de que a “semeadura” de nossas atitudes é livre, mas a “colheita” das consequências é obrigatória. Se eu semeio bons comportamentos que estão sintonizados com o fluxo natural da evolução, na direção do que o Criador planejou, eu adquiro mais luzes conscienciais que me fazem avançar nos degraus da evolução divina. Eu estou dentro de um progressismo espiritual.
Se eu semeio maus comportamentos, que estejam em conflito com a evolução prevista pelo Criador, esse erro leva às consequências negativas que terei de encontrar alguma forma de correção. Estarei dentro de um progressismo animal, que tem como objetivo a melhor performance comportamental frente a sobrevivência do corpo, sem a preocupação com o amor incondicional ao semelhante.
São esses erros decorrentes do nosso comportamento humano, já que temos o livre arbítrio para tomar qualquer decisão que nos pareça mais favorável, que irão formar as consequências negativas, as imperfeições que precisam ser corrigidas.
Com este raciocínio, chegamos a conclusão de que as imperfeições observadas na natureza não foram criadas pelo Criador e sim por nossas atitudes equivocadas. Não podemos considera-las dentro da natureza ordenada por Deus, que são situações reativas a um erro cometido e que o autor desse erro tem a imperfeição como tarefa a ser corrigida e assim voltar ao fluxo natural da evolução divina.
Vamos considerar uma condição anômala, com respeito a normalidade dentro da natureza, que é a homossexualidade. A condição normal dentro da natureza é que exista o macho e a fêmea e que ambos sejam atraídos mutuamente, de forma heterossexual, para fins de procriação e assim manter o fluxo da vida biológica dentro da evolução.
A pessoa com tendência homossexual, no exercício prático dessa instintividade, perde a capacidade procriativa. Isso vai ter impacto na forma de expressão dos relacionamentos humanos, na geração de preconceitos e na conceituação espiritual, religiosa. É isto que iremos ver no próximo texto.
Pai, ouço o Teu chamado e fico perplexo, passivo, preocupado, temeroso. Vejo o que aconteceu com Jesus e seus discípulos e tenho medo... Sei da Verdade que o Cristo ensinou e compreendo que é o Caminho por onde devemos seguir em direção ao Senhor, Pai, mas tenho medo... Leio na Bíblia a Tua palavra inspirada, “Não Temas”, mesmo assim tenho medo... A carne que o Senhor me deu como instrumento nesta vida, ao invés de ser dirigida por mim, ela é quem quer me dirigir, com esse medo que entra na minha mente e impede minhas ações, aquelas que a consciência aponta... Vejo as injustiças das Trevas cobrirem o meu país, pessoas fugindo, amordaçadas, presas às centenas e mortas sem compaixão... e eu calado... O máximo que posso fazer é escrever textos com a expressão da minha consciência, mas dentro de um veículo sem expressão coletiva, como este diário, lido por poucas pessoas que não chegam nem às dezenas... Reconheço o Teu empenho, Pai, em me instruir, em de dar os meios necessários para que eu entre com todos os meus talentos no Caminho da Verdade, mostrando aos meus irmãos à miséria de minha condição humana, subjugado por forças materiais, biológicas, instintivas... Pois no meio dessa conversa conTigo, Pai, escuto Tua resposta literalmente ao meu lado, na cama onde estou digitando para o agendamento desta oração.
Filho, por que te trago tantas informações? Para que possas entender a profundidade da obra e do sacrifício que fiz entre vocês, a humanidade, no corpo materializado de nome Jesus, através do corpo daquela virgem chamada Maria, aquela que sempre está aparecendo para advertir a humanidade e que tu procurou está próximo da imagem que ela deixou no alto da pedra, em Cimbres. Isso me deixou contente. Mostrei a humanidade que não era preciso intermediário para ninguém falar comigo, bastava crer em mim e procurar me obedecer, como vejo que tu tentas fazer. Por isso eu também te considero meu filho, a quem eu amo como a todos os outros, por mais deficiências que apresentem, como você está confessando aqui. Mas veja, filho, como você está avançado, comparado com a maioria dos seus irmãos. Você já se considera meu filho sem nenhuma dúvida na tua consciência; sabes que pode confiar e se comunicar comigo em qualquer ocasião; que eu sempre te mostro os melhores caminhos e que tu sempre procuras seguir o mais conveniente para atender a minha vontade, se esforçando para evitar os desejos e medos da carne, como estás a confessar agora. Mas não é necessário complexos rituais ou obras que venhas a praticar, mas apenas o sincero reconhecimento da minha paternidade e da minha vontade, e a disposição de viver a vida que me agrada. Nada do que você fez ou deixou de fazer um dia fará eu te amar menos, porque tu sabes e compreende o imenso sacrifício que fiz, lavado com meu sangue e dores da minha alma, para mostrar o Caminho da Verdade que irá te trazer à minha intimidade. Sabe, filho, eu tenho planos, propósitos e sonhos lindos para você, por isso NÃO TEMAS, pois estou sempre de braços abertos para você, e espero o tempo que precisas para a tua alma dar a melhor resposta à minha vontade, e que consigas encontrar a força e sabedoria para superar os obstáculos e espinhos do Caminho estreito que vem até mim.
Existe uma alegoria da Igreja Católica associada à barca de Pedro. Jesus pode ter favorecido essa alegoria por ter feito um dos seus grandes feitos, a pesca milagrosa feita do barco de Pedro. Além disso, tem a caminhada dEle sobre a agua em direção à barca, tem admoestação dos ventos quando foi acordado pelos seus apóstolos para acalmar a tempestade, enquanto Ele dormia na barca. E também prometeu a Pedro que ele iria se tornar pescador de homens e não de peixes. E tem também a multiplicação dos peixes e dos pães para centenas de pessoas.
Estes foram alguns dos grandes momentos de Jesus na história, com a Sua missão de trazer a Verdade implicada na fé racionalizada para nós, apesar do risco que Ele sabia que iria encontrar.
Os seus ensinamentos atravessaram os séculos com o trabalho dos 12 que O seguiam e que se espalharam pelo mundo, principalmente pelo trabalho tardio do apóstolo Paulo de Tarso com suas diversas viagens e cartas escritas às diversas igreja que ia incentivando a abertura pelos caminhos.
Essas igrejas fundadas por Paulo ou por qualquer um dos apóstolos espalhados pelo mundo, deveria seguir um mesmo ensinamento, aquele que cada um recebeu diretamente do Mestre Jesus.
Assim ficou fundada a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, pois o principal líder, como Pedro que foi o primeiro, tinha a sua base em Roma, o berço do Cristianismo. Esta Igreja passou a ser considerada a Barca da Fé, conduzida por um líder, o Papa, começando por Pedro.
A participação no seio dessa Barca acolhe todos que querem seguir o progresso da evolução em suas vidas, não pela motivação animal de alcançar benefícios imediatos alicerçados nos desejos instintivos, mas sim pela motivação espiritual dos benefícios à longo prazo, alicerçados na sintonia com a divindade, com o Criador.
O mundo está cheio de criaturas geradas com o instinto básico de progredir na evolução, lutando para conseguir tudo que seja benéfico para elas, com um egoísmo selvagem que não se importa com o que aconteça ao outro, mesmo que sua ação cause a destruição de quem esteja ao redor.
Jesus veio ensinar a Verdade da Vida eterna na sintonia com o Criador, que só seria possível se abandonássemos esse progressismo animal baseado no egoísmo, para entrarmos no progressismo espiritual baseado no altruísmo, de amar ao próximo como a nós mesmo, não fazendo nada a ninguém que não quiséssemos para nós.
Os homens que conduzem essa Barca da Fé fazem algumas modificações na forma de aplicar os ensinamentos, mas jamais sem mudar a essência do pensamento e comportamento de Jesus, lembrando sempre das principais leis que Ele ensinou, de amar ao Pai acima de tudo e ao próximo como a nós mesmo.
Tem momentos que por algumas discordâncias na forma de ensinar e/ou apreender os ensinamentos de Jesus, seja necessário sair da Barca pequenas embarcações, uma forma de escaler, para levar o ensinamento de Cristo com a mesma lei prioritária que é aplicada na Barca principal da Fé.
Assim acontece com as diversas igrejas espalhadas pelo mundo, com suas diversas designações, mas todas sintonizadas com Cristo, desde que cumpra com prioridade as duas principais leis.
“Tens fé? Tem-na em ti mesmo, diante de Deus.”
Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 22.)
No mecanismo das realizações diárias, não é possível esquecer a criatura, aquela expressão de confiança em si mesma, e que deve manter na esfera das obrigações que tem de cumprir à face de Deus.
Nós, membros associados, moradores ou amigos da comunidade da Praia do Meio, dentro da AMA-PM, sentimos o peso dessas obrigações junto as tarefas que temos de fazer no dia-a-dia para manter a sobrevivência.
Temos ideias significativas, importantes, que merecem ser colocadas em prática, mas infelizmente, não temos esse tempo disponível e nenhum outro membro tem o mesmo tempo ou motivação para aplicar a ideia na prática.
É importante que tenhamos a sensibilidade de motivar e incentivar ao aprendizado daqueles que se mostram simpáticos às nossas tarefas cristãs para que aumente o nosso potencial de mãos e pernas que nos ajudem a colocar em prática a vontade do Pai de acordo com as lições recebidas do Mestre Jesus.
Nós que vivemos na certeza das promessas divinas somos os que guardamos a fé no poder relativo que nos foi confiado e, aumentando-o pelo próprio esforço, prosseguimos nas edificações definitivas, com vistas à eternidade.
Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto às suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a idéia de fragmentos de cortiça, sem finalidade própria, ao sabor das águas, sem roteiro e sem ancoradouro.
Naturalmente, ninguém poderá viver na Terra sem confiar em alguém de seu círculo mais próximo; mas, a afeição, o laço amigo, o calor das dedicações elevadas não pode excluir a confiança em si mesmo, diante do Criador.
Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para realizar. Cada irmão nosso tem o mesmo potencial para fazer a vontade do Pai, de acordo com os talentos que recebeu, que desenvolveu ou que pode ser ajudado a desenvolver.
Um pai que fizesse, mecanicamente, o quadro de felicidades dos seus descendentes, exterminaria, em cada um, as faculdades mais brilhantes.
Por que te manterás indeciso, se o Senhor te conferiu este ou aquele trabalho justo? Faze-o retamente, porque se Deus tem confiança em ti para alguma coisa, deves confiar em ti mesmo, diante dEle.
E confia também nos teus irmãos, que como ti, tem dentro do peito um coração que bate querendo a mesma sintonia com o Pai Nosso.
UFRN/CCS/HUOL/DMC/Foco de Luz/AMA-PM/Conselho Consultivo, 24-03-25
“Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.”
Paulo.(GÁLATAS, capítulo 5, versículo 25.)
Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, que é o foco do nosso trabalho cristão na comunidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne. como se fosse um poder superior.
É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências, dos desejos da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos.
Nós mesmos, frequentemente, nos trabalhos da AMA-PM na comunidade da Praia do Meio sentimos a necessidade da carne no desejo dos irmãos e em nós mesmos, na luta pela sobrevivência.
Isso induz a vontade de entrar na esfera do crime, do uso e tráfico de drogas, na prostituição, e perder a dignidade espiritual.
O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.
Temos que compreender Suas lições evangélicas para que nossa vontade possa redirecionar nosso comportamento.
Portanto, que é a carne?
Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebemos com clareza, que a carne é um composto de fluídos condensados.
Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, que são designados por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não se determina por si.
Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.
Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.
Os desejos aviltantes, que afetam a honra ou a dignidade de alguém, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a maledicência, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne, o composto fluídico condensado, passivo.
É preciso que se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, observando as lições que nos deu nosso Mestre, Jesus Cristo.
Um dos maiores absurdos de alguns discípulos do Mestre e companheiros no trabalho comunitário, fraterno, é atribuir ao conjunto de células passivas da carne, que servem ao homem espiritual, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.
UFRN/CCS/HUOL/DMC/Foco de Luz/AMA-PM/Conselho Consultivo, 17-03-25