Nosso Pai Celestial sempre nos faz surpresas agradáveis, e outras vezes, como se querendo testar nosso nível de virtudes, nos faz passar por experiências desagradáveis.
Foi assim que aconteceu com Pingo. Um cãozinho da raça Fox Paulistinha ou Terrier Brasileiro, de personalidade inquieta, gentil, esperto, ativo, vigilante, corajoso, alerta, amigável, mas agressivo com desconhecidos. Ele já era idoso, tinha 8 anos. E o dono dele estava desesperado. Havia ganhado dois cães grandes, mestiços com Pitbull, mas Pingo não se intimidava. Partia para cima e batia nos dois constantemente. Tentando contornar o problema, para não deixar os dois cães mofinos, seu dono autorizou a castração, na esperança que, deixando de produzir a testosterona, amenizasse a agressividade. Mas não deu jeito, Pingo continuava com a agressão constante contra os dois intrusos na sua casa.
Sem outra alternativa, seu dono pensou na doação e falou comigo. Aceitei a oferta e fui pega-lo. Foi dito que ele era um cãozinho muito saudável, pouco adoecia, comia de tudo, gostava muito de pão e era o protetor da casa. Vi a raiva dele contra mim e minhas companhias que iam traze-lo para minha casa. Com muita dificuldade foi colocado na mala do carro. Durante todo o trajeto apresentava um jeito ameaçador, rosnando agressivamente. Com muito cuidado, ao chegar em casa, o tiramos do carro e procuramos faze-lo adaptar-se à nova morada. Pensava que ia demorar um tempo, devido o grau de raiva que ele estava demonstrando. Passou a primeira noite uivando como se chorasse a saudade de sua antiga casa, de seus donos originais. Mas logo ele se acostumou conosco e nós com ele. Conquistou amor de quem nunca pensava amar algum animal, principalmente um cachorro. Realmente, era agressivo com desconhecido e com qualquer ser vivo que ele considerasse uma ameaça. Mas com os seus novos donos e qualquer outra pessoa que ele entendesse que era amigo, ele se tornava também amigo e afetuoso. Ganhou o afeto de todos, só fazia raiva quando ele aproveitava uma oportunidade e corria pela rua afora sem atender o chamado. Era necessário que alguém fosse pega-lo e traze-lo no braço. Quanto a agressividade com desconhecidos era até positivo. Todos sabiam que na casa existia um cachorro vigilante e que não tinha medo de enfrentar o perigo.
Tudo estava bem harmonizado, até convivíamos com Pingo dentro de casa em muitas ocasiões. Mas, numa tarde de domingo, quando eu estava no lazer com meus irmãos, houve duas quedas de energia que imaginávamos ter sido problemas na Cosern. Estávamos sentindo a falta de Pingo, pois ele sempre ficava perto de nós, querendo aproveitar alguma guloseima. Observamos que ele estava imóvel perto do motor do portão, como se tivesse dormindo. Mas não atendia ao chamado nem aos toques. Observamos que os seus dentes estavam mordendo o fio do motor. Aí entendemos tudo. Ele na sua curiosidade, encontrou a fiação do motor, puxou com os dentes e ao sofrer a descarga elétrica que apagou a casa, também sofreu o apagamento súbito.
Foi assim a passagem de Pingo por nossas vidas. Não chegou a completar um ano. Foi um pingo de Luz que Deus nos deu a oportunidade de vivenciar, de vê-lo comer pão e banana como se fosse ração, de sentir os seus abraços nas nossas pernas, de seu focinho querendo cheirar nosso rosto. Corria incessantemente para onde fôssemos, como se não quisesse nos deixar desprotegido por nenhum instante. Obedecia com inteligência quando pedíamos para ficar em determinado canto da casa ou que saísse para outro local.
Tudo bem, nós adultos entendemos que Deus deu também pode levar, afinal tudo é dEle, pode colocar aqui no mundo material, ao lado de quem Ele quer, e pode levar a qualquer hora para o mundo espiritual. Mas quanto às crianças? Que brincavam com ele como se fosse um irmão? Talvez eu tenha que explicar a elas o que Deus quer com isso. Trazer o Pingo de luz como uma amostra grátis do Amor divino, um ser que não se ressente pelas ausências, até pelos gritos que as vezes recebia. Sempre mantinha o seu coto de rabo balançando como a dizer: eu amo vocês, apesar de tudo!
Depois de tantos anos estudando e trabalhando, procurando direcionar minha vida para tantos compromissos que surgem a cada momento, surge agora a necessidade dessa reflexão. Qual meu compromisso prioritário neste momento, onde todos os outros são apenas complementos? Vem a minha mente de imediato: construção do Reino de Deus.
Isso parece um compromisso utópico, lunático, fanático dentro de uma religião ou de uma fascinação. Sei de todos esses conceitos e minha consciência, onde está a Lei de Deus, acata a minha intenção. Resta apenas descobrir com segurança qual o caminho que devo trilhar para atingir esse objetivo. Sei que o primeiro passo é construir este Reino de Deus dentro do coração, seguir as lições de Jesus que nos foi enviado pelo Pai para nos dar as instruções sobre o amor incondicional. É a este Mestre que devo seguir para realizar meu compromisso. Algumas lições importantíssimas já absorvi, como as duas principais leis que devo seguir: primeira, amar a Deus de todo meu coração, de toda minha alma, e de todo meu entendimento, e de todas as minhas forças; o segundo, semelhante ao primeiro, é amar ao próximo como a mim mesmo.
Dessas duas leis, a primeira faz com que eu veja em tudo ao meu redor a existência de Deus, a tudo devo respeitar e procurar entender, e como consequência, amar. Da segunda lei posso retirar a bússola comportamental que Jesus ensinou e que evita erros de conduta dentro dos relacionamentos humanos, que é a nossa maior e constante prova: fazer ao próximo aquilo que desejo que faça comigo, ou então, não fazer ao próximo aquilo que não desejo que faça comigo.
Pronto, eis os atributos necessários para iniciar minha caminhada em busca do meu compromisso, com disciplina e responsabilidade. Nessa jornada irei encontrar obstáculos vindos do egoísmo que alimenta nossa existência material, a partir dos meus próprios instintos que defendem meus prazeres e interesses corporais, materiais. Todos estão representados nos sete pecados capitais: gula, preguiça, luxúria, soberba, avareza, ira e inveja (ciúme). Coloquei-os na ordem do mais forte para o mais fraco, para mim.
Esses pecados capitais que se expressam na forma de egoísmo, que todos nós, seres humanos possuímos em maior ou menor grau, são as principais barreiras existentes no mundo material, e que dificulta a formação da família universal e construção do Reino de Deus. O máximo que conseguimos institucionalizar foi a família nuclear, que reproduz no seu seio as mesmas forças egoístas que observamos no indivíduo.
Acredito que já estou preparado para tal compromisso, sinto que Deus coloca ao meu lado as pessoas e circunstâncias para que tais tarefas sejam realizadas com esse propósito. Basta eu ter agora a coragem e determinação de seguir avante e sabedoria para evitar o que não vem de Deus.
Finalizando o primeiro capítulo do livro “Perturbações Espirituais” (Divaldo Franco/Manoel Philomeno de Miranda), o discurso do venerando Espírito que veio trazer uma intercessão necessária aos grupos espirituais que trabalham sintonizados com as lições primárias do Mestre Jesus, explicando e fazendo prevenção quanto as ações das trevas no nosso planeta e especialmente no nosso país.
Vimos solicitar o apoio de todos os membros de comunidades cristãs, para que sejam organizados grupos de vibração em favor dos irmãos em testemunho, a fim de que as instituições cristãs e os seus trabalhadores, especialmente os portadores de mediunidade dignificada, sejam enriquecidos de bênçãos em forma de coragem e mantenham um padrão de ondas mentais como um canal por onde fluam as energias do amor e da abnegação como acontecia nos gloriosos dias do martírio.
Em razão das facilidades de divulgação do Evangelho na atualidade e da sua relativamente fácil aceitação por indivíduos de todas as procedências e pelas massas ansiosas, não se creia que os testemunhos já não se façam necessários.
São eles agora de outra ordem, com características mais sutis e mais perigosas, porque são entretecidas habilmente malhas fortes que envolvem, aprisionam os invigilantes e alcançam também os bons servidores.
Que ninguém se escuse às provações de amor e de fidelidade na seara da Luz! Que ninguém tema os hábeis conciliábulos dos maus e suas façanhas, porque, acima deles, brilha a luz da verdade!
O Mestre não deixa aqueles que O amam ao abandono ou ao esquecimento.
Mantende-vos confiantes!
Para o feliz desiderato, além dos grupos de vigilantes e encarregados de orações intercessórias, de cada comunidade seguirão equipes de técnicos no que diz respeito às obsessões, para o esforço de soerguimento moral dos afetados, despertamento dos adormecidos na indiferença, prosseguimento dos laboriosos e lutadores devotados. Principalmente, também, com o objetivo de atrair para as falanges do Bem os extraviados, que se permitem o engodo de transformar-se em inimigos de Jesus.
Unidos mental e emocionalmente, seremos como diferente exército que combate com as armas da compaixão e do esclarecimento, da misericórdia e do amor.
O Senhor comanda-nos e convida-nos à grande batalha da Luz clareando a treva, do perdão substituindo a vingança, da pureza e da humildade em lugar da luxúria e da prepotência.
Que Ele mesmo nos impulsione e conduza, são os nossos fervorosos votos para todos.
Desta forma estamos todos convocados para esse enfrentamento com as trevas que nos cobre atualmente com tanta pujança. São necessários que elaboremos esquemas táticos e estratégias de amor e de energia, numa perfeita identificação de princípios fixados nas insuperáveis lições do Evangelho.
Continuando o discurso do venerando Espírito que veio trazer uma intercessão necessária aos grupos espirituais que trabalham sintonizados com as lições primárias do Mestre Jesus, explicando e fazendo prevenção quanto as ações das trevas no nosso planeta e especialmente no nosso país, ficamos neste momento satisfeitos com a promessa de um maior intercâmbio conosco.
É chegado o momento de intensificarmos o intercâmbio feliz com os companheiros mergulhados na indumentária carnal, que se têm mantidos fiéis e padecem as injunções difíceis do momento turbulento.
De todo o lado apresenta-se o sofrimento em multifaces, cada hora alcançando uns e outros, sem qualquer exceção, porque o momento é de seleção de valores, no qual aqueles que estiverem com Jesus definir-se-ão pela permanência na batalha, enquanto outros optarão pelos prazeres com que se comprazem.
Necessário que intervenhamos nos programas de obsessão em massa que vêm ocorrendo, num arrastamento alarmante, a ponto de constatarmos que, em quase todos os quadros de patologias variadas, estão presentes os adversários espirituais do paciente, explorando-lhe as paisagens mentais e emocionais. Sabemos que, na raiz de toda enfermidade, o problema é o próprio doente, que se torna predisposto à instalação dos distúrbios na saúde, à contaminação pelos agentes destrutivos, pelos transtornos que nele se fixam. Além disso, verificamos a instalação das matrizes psíquicas que facultam as obsessões perversas.
Vozes espirituais, em momentosos intercâmbios mediúnicos, vêm conclamando os trabalhadores do Bem à vigilância e à oração, em exórdios e discursos comovedores. Mensagens de admoestação carinhosa são transmitidas nas casas cristãs enobrecidas pela caridade, enquanto servidores sinceros percebem a gravidade do momento, e médiuns sinceros, fiéis, constatam as ocorrências infelizes na psicosfera pesada que se abate sobre todos.
As orações ungidas de amor suplicam amparo para a seara visitada pelas pragas perigosas e a inclemência da situação perturbadora, e a sua ressonância alcançou elevadas regiões espirituais que sediam os responsáveis pelo progresso do planeta em nome de Jesus. Como efeito, soa o clarim anunciador de perigo e movimentam-se legiões de obreiros desencarnados, concitados à campanha de defesa que se faz de emergência.
Em várias comunidades espirituais próximas da Terra instalam-se grupos de auxílio e servidores especializados nesse mister são destacados para o enfrentamento que já vem ocorrendo.
É gratificante saber que não estamos sozinhos, que a influência trevosa que sofremos, pode ser mitigada pelos amigos espirituais associados à Luz que estão atuando em nosso amparo.
Continuando o discurso do venerando Espírito que veio trazer uma intercessão necessária aos grupos espirituais que trabalham sintonizados com as lições primárias do Mestre Jesus, explicando e fazendo prevenção quanto as ações das trevas no nosso planeta e especialmente no nosso país.
Graças à comunicação virtual, divulgam-se acusações sórdidas contra os servidores fiéis a Jesus, que não estão à cata de promoção pessoal nem de exibicionismo egóico, semeando espinhos pela senda que eles devem percorrer. Intimoratos, no entanto, esses discípulos da última hora, prosseguem inatingidos, ignorando o Mal para somente construírem o Bem.
Esse ultraje, hora sutil, noutros momentos, agressivo e direto, tem desanimado indivíduos frágeis que se fascinam com a beleza da Doutrina e se decepcionam com a conduta de alguns daqueles que se apresentam como seus seguidores.
Piorando o quadro, no entanto, as disputas por cargos administrativos, a fim de imporem as suas maneiras especiais de governança das consciências, em lamentáveis ressonâncias do passado, quando, em outros credos, foram impiedosos e dominadores, vêm-se tornando triviais, sempre em olvido das diretrizes do Mestre ao afirmar: - Quem desejar ser o maior, seja o servidor de todos...
Muito tormento por exibição pessoal tem induzido os descontentes à criação de esquemas de trabalho que violam a simplicidade da mensagem de Jesus, enquanto outros de autodenominam inspirados pelo próprio Senhor ou se apresentam como reencarnantes famosos, cujas existências foram de sacrifício e de abnegação, como se pudesse haver retrocesso no programa da evolução.
Misturam-se, em consequência, os interesses vis de encarnados com desencarnados, aumentando as dissensões e gerando os ódios que já deveriam estar ultrapassados pelas relevantes conquistas das ciências psicológicas que demonstram os malefícios que causam a todos quantos lhes permitem a guarida na mente e no sentimento.
É momento muito grave, porque há urgente necessidade de consolação aos que se sentem deserdados, aturdidos com as ocorrências afligentes que os surpreendem nos mais diversos segmentos da sociedade.
A hora exige atenção e cuidado, ante o número excessivo de lobos disfarçados de ovelhas, com vozes mansas e veneno nas palavras, que aparentam humildade forçada e são possuidores de ira incontrolável.
Urge que os servidores do Evangelho restaurado reconsiderem condutas e voltem a trilhar a difícil estrada pedregosa por onde peregrinou o Mestre, sem as lisonjas ou os destaques sociais, nem as honrarias humanas que muito agradam a inferioridade moral e pervertem os sentimentos que se deveriam ornar de simplicidade e renúncia.
A tribuna evangélica não é pódio para disputas de exaltação do personalismo nem instrumento de projeção da mesquinha necessidade de aplauso. Antes, é área de compromissos com o ensinamento exposto, de forma que valham mais os atos do que as palavras memorizadas em exórdios brilhantes. Isto porque, conhecendo as debilidades morais dos que ali se apresentam, os adversários espirituais seguem-nos, empurram-nos a compromissos afetivos ilusórios e desgastes sexuais resultantes do fascínio que exercem em pessoas viciadas e de mentes pervertidas. Dominados pela vã cultura e pelo entusiasmo dos insensatos, abrem espaços emocionais muito amplos para a instalação de conflitos que os atormentarão, que os levarão ao abandono das tarefas, quando contrariados ou simplesmente entediados, a caminho de desditosas depressões e obsessões vulgares.
O Templo Cristão de hoje deve evocar a Casa do Caminho, onde Pedro Tiago e João viveram os ensinamentos do Amor Incondicional que Jesus promoveu e mantiveram a continuação do contato com o Mestre, a fim de que tivessem forças para o testemunho, o sublime holocausto da própria vida.
Eis um desafio próprio para heróis, aqueles que, no anonimato, deixam suas vidas seguirem como instrumento de Deus e na sintonia amorosa do Mestre Jesus, construindo a família universal e o Reino dos Céus.