A guerra espiritual se desenvolve há séculos, explicitada desde a vinda do Cristo e de Sua vitória sobre o Demônio, o adversário de nossas almas. O objetivo de cada lado, ganhar as almas, ou para sofrerem no inferno ou gozarem no Éden a proximidade com Deus.
Nos dias atuais as falsas narrativas ganharam um poder maior com o desenvolvimento da tecnologia, dos modernos aparelhos de comunicação, que transforma o planeta numa verdadeira aldeia global. Vejamos o texto abaixo de uma tal Marcela, que circula nas redes sociais.
Mensagem da Marcela… dona do labclin.
Crápulas! Distorcem tudo! O filho dele agrediu idoso.
Olhem:
Gente, eu vi tudo e a história foi totalmente diferente do que está saindo nos jornais. A gente chega até a questionar tudo vendo as coisas serem distorcidas assim… Vocês sabem que eu não votei no Bolsonaro por causa desse negócio de armas e que odeio o PT por causa da roubalheira, mas é impressionante como sempre tentam colocar a culpa no Coiso e nos eleitores dele.
Lá estava eu, mais uma vez, voltando da casa da Nonna. Um monte de brasileiros estavam ali e quando viram o Alexandre de Moraes começaram a vaiar e chamar ele de ditador, de advogado do PCC e de criminoso. E não eram só três pessoas, como a mídia tem falado, não. Na verdade, essas três pessoas, que estavam acompanhando o tal Roberto Mantovani, só estavam mais perto do Alexandre na fila, mas tinha muita gente vaiando ele e xingando. De repente, um grandalhão, que eu achei que fosse o segurança, mas depois descobri que era o filho do próprio Alexandre, saiu empurrando todo mundo e acabou derrubando esse senhor Roberto, um idoso de uns 70, 75 anos, que ficou todo machucado.
Mas olha só, mesmo depois de serem empurradas com força, nenhum dos três reagiu. Só ficaram xingando o Alexandre de ditador e questionando se ele não tem medo da justiça divina. O senhorzinho chamou ele de desgraçado e falou que ia mostrar pra todo mundo os machucados.
Foi aí que a coisa ficou feia de verdade quando o filho do Alexandre partiu pra cima do Sr Roberto. O velhinho caiu de novo. Nessa hora, vários passageiros se meteram pra separar, e um deles conseguiu afastar o filho do Alexandre, que não parava de ameaçar as pessoas, dizendo que o pai dele ia arruinar a vida de todo mundo e que eles iam se arrepender de mexer com eles.
Uma funcionária brasileira da companhia aérea fez o possível pra acalmar a situação e levou o Alexandre e as pessoas que estavam com ele pra um lugar separado. Mas o filho dele continuava amedrontando todo mundo, dizendo que ia acabar com a vida de todo mundo.
Só que eu te digo, assim que saírem as imagens das câmeras de segurança, a não ser que o STF interfira pra esconder, vai ficar claro como esse cara manipula e distorce os fatos pra se dar bem. Fiquei passada com aquilo ali. Quem agrediu as pessoas foi o filho dele e a mídia diz que foi o filho dele que foi agredido? Baita marmanjo daquele batendo num senhorzinho… Esse país não tem jeito mesmo.
Este é um exemplo bem claro da guerra de narrativas, onde a verdade é escondida ou anulada para favorecer determinada ideologia. Nós, que procuramos ser honestos, e estamos distantes dos fatos, precisamos das fotos que registraram a realidade para decidirmos sem quaisquer vieses. Mesmo assim ainda tem barreiras para a verdade surgir. Os interessados de ambos os lados podem fazer tudo para essa realidade não surgir, e sua narrativa prevalecer, como acontece no inquérito sobre o dia 8 de janeiro. Nossa atitude, então, deve ser de expectativa. Temos apenas em nossa realidade aceita por nossa consciência, que tem um dos lados opositores mais usuário da mentira do que o outro.
Como estamos indo ladeira abaixo em direção o comunismo, com os poderes e instituições tomados pelos atos iníquos, sem justiça, sem liberdade, com franca corrupção descaradamente em nossa cara, comprando votos políticos, enviando dinheiro sem condições de retorno para administrações falidas ao nosso redor, certamente o nosso comando espiritual há de preparar uma reação positiva colocando o Brasil dentro de sua destinação de ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo. Vejamos este apelo que circula nas redes sociais.
O caminho para salvar o Brasil
Fraudaram as eleições e tomaram o poder.
A fraude foi mostrada, provada, comprovada, atestada, confirmada e escancarada. Mas ninguém pôde fazer nada.
Eles estão no poder. Não adianta fazer manifestações, ir para as ruas, acampar em frente aos quartéis, fazer greves, passeatas, fechar comércios, gritar, protestar nas redes sociais, organizar movimentos ou mesmo tentar ir por caminhos jurídicos ou políticos. Nada disso adiantou em tempos de outrora, nem em outros países onde o comunismo foi instalado e nem vai adiantar aqui no Brasil. Tudo será uma grande perda de tempo. Eles estão aparelhados e pretendem nunca mais deixar o poder.
Comunista só deixa o poder na força, ou melhor dizendo, na bala, no confronto armado. Não existe outra maneira de deixarem o poder pois, dentro do percurso normal que planejaram, as urnas eletrônicas sempre irão garantir a perpetuação da ditadura em eleições enganosas e fraudulentas. Assim vem acontecendo em todos os países comunistas da América Latina.
Existe uma esperança...
O diferencial é que o Brasil é um país com território muito extenso, no momento atual difícil de ser vigiado e controlado. As Forças Armadas possuem diversos segmentos ideológicos, porém felizmente a grande maioria é de Direita. Outro diferencial é o estado tecnológico da atualidade, onde a informação caminha na velocidade da luz, o que pode ser muito útil no contexto atual. Esses são os pontos que podem fazer toda a diferença para reverter o inferno ditatorial que está instalado no país.
A reação não virá do povo. O povo não tem condições de reagir, não tem preparo organizacional para enfrentar a Esquerda, visto que esta é altamente preparada, estruturada e qualificada, e ainda conta com alguns setores armados das polícias e do Exército, que seguem suas ordens. Existe toda uma estrutura de combate para desmantelar qualquer reação que venha do povo. O povo nas ruas não funcionou e não vai funcionar.
A única maneira de combater a Esquerda é usar exatamente as mesmas armas que eles usaram, num combate de igual para igual. E quais foram as armas que eles utilizaram?
1- Inteligência
2- Persuasão de líderes das Forças Armadas
Cabe lembrar que a persuasão dos generais das Forças Armadas foi decisiva para o sucesso da Esquerda, pois eles seriam o empecilho que poderia colocar todo o seu plano diabólico por água abaixo. E eles conseguiram persuadir as principais lideranças, e visto que as Forças Armadas são altamente hierarquizadas e respeitam ordens superiores, toda e qualquer reação contrária que poderia advir foi inteligentemente anulada.
Qual o caminho a ser seguido? O mesmo que eles trilharam, porém com outra ideologia.
1- Inteligência o pessoal de Direita tem, e muito mais do que o outro lado.
2- Existem centenas de coronéis, majores e capitães do Exército altamente contrários ao regime comunista, que estão por um fio para se rebelarem, promovendo uma insurgência militar. Só precisam de uma organização e de um comando centralizado que possa coordenar os movimentos e ajustá-los dinamicamente conforme o desenrolar dos acontecimentos. Eles precisam ser incitados para entrarem em ação e assim farão pela nossa nação, sem nenhuma sombra de dúvida. Eles são a maioria massante e não se curvarão perante as ordens de meia dúzia de generais traidores da pátria, covardes e comprovadamente comprados.
É hora de nossas lideranças políticas entrarem em ação. Não será no Congresso Nacional, pois lá seus gritos não serão ouvidos, eles serão totalmente inexpressivos e calados, senão presos, o que é a hipótese mais provável dentro de um regime comunista. A ação deverá ser da mesma forma que a Esquerda agiu e obteve sucesso.
Essa carta é destinada a todos os políticos de Direita. Façam com que ela chegue aos verdadeiros representantes do povo, Carla Zambelli, Gustavo Gayer, Bia Kicis, Coronel Girão, General Girão, Magno Malta, Marcos Rogério, Rodolfo Nogueira, Zé Trovão, Marcel Van Hattem e todos os outros parlamentares que verdadeiramente ama esse país e comprovadamente são de direita e que possam se reunir para debater esse assunto.
Eles de alguma forma precisam ajudar no sentido de pessoalmente viajar pelo Brasil para conversar com todos os coronéis, majores e capitães do exército que conseguirem, engendrando o maior movimento de resistência armada do planeta.
Somos em número infinitamente maior e uma vez iniciado o movimento, sem esforço teremos a adesão de vários outros segmentos das polícias e do povo de bem do país, visto também que a grande maioria não é a favor de um regime comunista e totalitário.
Uma vez tendo a adesão de um número expressivo de coronéis, majores e capitães do Exército, é necessário que exista um comando militar centralizado, dinâmico e atuante, capaz de se adaptar e se organizar conforme o curso dos acontecimentos. Dada a ordem, o caminho é ir para Brasília, tomar o Congresso, o STF, Palácio da Alvorada e decretar o estado de sítio no país. A Esquerda oferecerá resistência, haverá confrontos armados e uma possível guerra civil. Devemos ter em mente que qualquer coisa que venha a acontecer, por pior que seja, sempre será infinitamente melhor do que o comunismo instalado no Brasil.
A hora de reagir é agora. Depois de alguns poucos meses, ou semanas, já não será mais possível, visto que um dos planos do governo comunista que tomou o país é desestruturar as Forças Armadas, impedindo qualquer tipo de reação nesse sentido. Não há tempo a perder. É agora ou nunca.
Só assim, NÃO existe outra maneira. As Forças Armadas são muito maiores do que as ordens de poucos generais covardes. Precisamos de uma INSURGÊNCIA MILITAR a favor do povo brasileiro.
É a hora dos políticos de Direita trabalharem para salvar o Brasil. Não haverá outra oportunidade.
Ajude a divulgar. Faça sua parte.
Avante!
Esta é uma opção racional, mas entendo que a solução mais conveniente com a nossa destinação espiritual seja um pouco diferente. Seria de aplicar com honestidade o pensamento do Cristo, na criação do Reino de Deus a partir dos nossos corações, compreendendo cada ser humano, por mais bandido que seja, como um irmão e que merece nossa compaixão no esforço de converte-lo ao exército do Cristo e saia das sombras. Vamos ver se conseguimos este intento.
Ave Cristo!
Empatia é o sentimento de solidariedade que nos coloca ao lado da pessoa que sofre. Este sentimento é inerente à condição humana, todos nascemos com essa qualidade sentimental dentro de nós. Acontece que o nosso racional pode se aliar a determinada ideologia que veja no próximo uma pessoa que não é digna de compaixão, que não merece sermos empática com ela. Como a ideologia consegue minimizar ou até anular um sentimento interno como a empatia, que por suas características deve ser associada à fagulha divina que o Criador colocou dentro de nós? O relativismo é um instrumento para fazer isso, pois questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é considerar questões cognitivas, morais e culturais acima do que se considera verdade. Ou seja, o meio ou ideologia que a pessoa vive é determinante para construir novas concepções afastadas da realidade sustentada pela verdade. Vejamos o texto abaixo que circula nas redes sociais...
No último dia 14 de julho de 2023, a ministra do STF Rosa Weber, durante o Seminário e Encontro Nacional da Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC), comparou os acontecimentos do 8 de janeiro no Brasil com o ataque japonês a Pearl Harbor que vitimou mais de 2000 pessoas.
Este expediente não é novo, e tão pouco original por parte da ministra. No dia 6 de janeiro de 2022, a atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, comparou o 6 de janeiro de 2021 ao ataque de Pearl Harbor.
Transformar o 8 de janeiro em algo tão elástico de o comparar com um acontecimento tão brutal, que levou à morte 2 mil pessoas é perigoso.
É perigoso, por relativizar o valor da vida humana.
É perigoso, por relativizar o peso do acontecimento histórico.
Por fim, é perigoso ao equiparar o valor do Estado ao valor da vida humana.
Esta ação de transformar o inimigo em não humano, retira todo valor do indivíduo e a total capacidade de empatia com os inocentes que permanecem presos. É desta forma que o clima para perseguições políticas começa. Foi com este estado de espírito que povos foram perseguidos na história, principalmente no século XX.
Seguindo este expediente, muitos alemães deixaram de perceber o que seria o Holocausto, que matou mais de 6 milhões de judeus.
Foi assim que muitos russos fecharam os olhos para o Holodomor (fome ucraniana que matou mais de 2 milhões de ucranianos).
Também foi assim que a revolução cultura chinesa matou 60 milhões de pessoas, dentre estes, alguns por serem donos de uma vaca.
Muitos se perguntam: “como tudo isso aconteceu?”
Bem, começa retirando a humanidade das vítimas...
Tanto a nossa ministra tupiniquim quanto a gringa americana que tomou o poder nos Estados Unidos, mostram uma convicção de que a realidade não pode ser compreendida, resultando na abstenção do juízo, se torna impotente para a afirmação da verdade. Para elas tudo é relativo, depende do ponto de vista, das circunstâncias da pessoa. Nega-se o obvio numa espécie de esquizofrenia, criando um mundo que só essas pessoas percebem e querem fazer o outro acreditar que seja real. Podem até obter sucesso com pessoas que não são alfabetizadas, que não conseguem discernir o certo do errado dentro de uma narrativa. Para essas pessoas o que se passou aqui no Brasil e nos Estados Unidos como foi citado, pode muito bem ser comparável, pois não há crítica para se identificar os falsos posicionamentos de determinadas narrativas. Por esse motivo os partidos de esquerda preferem deixar a população na miséria e ignorância, pois quanto mais eles conseguirem isso, mais terá uma quantidade de votos ou cidadãos incapacitados racionalmente para discernirem e agirem contra suas falcatruas.
Aniversário é um momento importante, celebra o nascimento de uma pessoa a cada ano. Essa festa de aniversário lembra a festa da Páscoa, que entre nós cristãos, celebramos a ressurreição de Cristo que é a Sua primeira aparição entre os apóstolos. É uma forma de renascimento. O Cristo deixou de estar presente fisicamente entre nós, em cada cidade da Judéia por onde Ele andava e passou a estar presente espiritualmente em cada casa, em cada reunião ao redor do mundo onde Ele fosse convidado.
Foi um grande avanço este renascimento do Cristo. Agora eu posso encontra-lo aqui nesta festa, pois sei que os irmãos já O convidaram e Ele está presente. Não sei de quem mais próximo Ele está agora, certamente daquela pessoa que tem o coração mais limpo do egoísmo. Sei que Ele está me olhando e ouvindo minhas palavras, fica avaliando o quanto eu absorvi Suas lições e de que forma estou repassando.
Também sei que se esta fosse uma reunião pagã, de pessoas que não O conhecem ou que, mesmo conhecendo não o reconhecem como salvador de nossas almas, e eu O tivesse convidado para vir comigo, Ele viria, pois, o meu propósito não são as honrarias e sim falar do Reino de Deus que está chegando.
Mas, voltemos ao aniversário. Hoje a pessoa aniversariante completa mais um ano de vida. Durante o ano que passou ela estudou, refletiu, praticou a palavra de Deus. Seu espírito foi se fortalecendo ao longo desses 12 meses e hoje ela está nesta festa comemorando com seus parentes e amigos, principalmente a família universal, mais um “nascer de novo”, conforme Jesus ensinou a Natanael.
A pessoa que ela era há 12 meses não é igual a pessoa que ela é hoje. Portanto, estamos comemorando hoje o nascer de novo de nossa amiga e irmã, renovada pelo Espírito Santo.
Lembremos o que Jesus disse na última ceia, a última Páscoa que Ele fez com os apóstolos: “Estamos todos nas mãos do Pai, cuja vontade eu vim cumprir”.
Assim também nós dizemos, seguindo a vontade do Mestre.
Amém!
A Revista Oeste traz um texto de J. R. Guzzo que merece uma paródia daquele outro texto, Nasce uma Estrela, comparando com fenômenos estelares que produzem trevas e luz, respectivamente.
REVISTA OESTE
J. R. GUZZO
Como ele chegou lá.
Alexandre de Moraes soube construir uma situação em que não tem rivais, não tem freios e não tem controles, e na qual está livre para governar o Brasil segundo o que acha que está “certo”, e não segundo o que diz a lei.
Onde o ministro Alexandre de Moraes acertou?
Ele é hoje, ao mesmo tempo, condutor do Supremo Tribunal Federal, governador-geral do Brasil e único brasileiro que tem o poder de revogar, mudar ou escrever leis por conta própria, sem necessidade alguma de aprovação do Congresso Nacional.
É óbvio, à essa altura, que acertou em alguma coisa para chegar ao lugar em que está. Provavelmente, acertou muito, e em muitas coisas — ninguém consegue se tornar o homem mais importante de um país com 200 milhões de habitantes e PIB de quase 2 trilhões de dólares, segundo FMI, cometendo erros, ou mais erros do que acertos.
Pode-se “gostar” ou “não gostar” do ministro, como ele próprio comentou em relação à lei que permite o indulto presidencial. Mas o fato é que ele manda e todo mundo obedece, a começar pelo presidente da República — e se mandar mais vão obedecer mais.
Alexandre Moraes, hoje, decide mais que o Congresso Nacional inteiro; decreta, pessoalmente, ou através dos outros ministros, que leis aprovadas legitimamente pelos deputados e pelos senadores não valem mais, ou cria as leis que os parlamentares não aprovaram, mas que ele quer — como é o caso, agora, da lei da censura na internet.
Vale, sozinho, mais que as três Forças Armadas juntas. Pode fazer, e faz, coisas ilegais. Prende cidadãos. Bloqueia contas bancárias. Viola o sigilo de comunicações. Nega o exercício do direito de defesa. Dá multa de 22 milhões de reais a um partido político de oposição. Proíbe qualquer pessoa ou empresa (qualquer uma; até membros do Congresso) de se manifestar pelas redes sociais. Eliminou as funções do Ministério Público. Enfiou na cadeia um deputado federal na vigência do seu mandato. Indiciou pessoas por conversarem num grupo de WhatsApp. Comanda no momento dois inquéritos ilegais de natureza policial (que podem ser seis, ou até mais; são tantos que ninguém consegue mais fazer a conta exata), nos quais se processa qualquer tipo de crime que o ser humano possa cometer, tudo junto e tudo misturado — do golpe de estado ao passaporte de vacina. Criou, e usa, algo que não existe no direito universal: o “flagrante perpétuo”.
Muito bem: um homem assim manda ou não manda mais que todos os outros?
A ascensão de Moraes ao topo da vida pública brasileira não aconteceu pelos meios comuns. Ele não teve uma campanha eleitoral milionária, com “Fundo Partidário”, apoio fechado do TSE e outras vantagens; aliás, não teve um único voto, e nem precisou.
O ministro não vem de nenhuma família que vive às custas de suas senzalas políticas. Não é um bilionário como esses banqueiros de investimento “de esquerda” que vivem dando entrevista na televisão. Não precisou de apoio da imprensa, embora tenha se tornado um ídolo para a grande maioria dos jornalistas brasileiros — é tratado hoje como uma espécie de Che Guevara que lidera as “lutas democráticas” neste País. (O que provavelmente deve deixar o ministro achando muita graça.)
Sua origem não tem nada a ver com o PT. Moraes foi nomeado para o cargo por Michel Temer, que Lula chama de “golpista” e é visto pela esquerda nacional como portador de alguma doença infecciosa sem cura.
O passado político do ministro, ao contrário, o coloca como secretário de Geraldo Alckmin, nos tempos em que ele não usava boné do MST e era uma figura de piada para Lula, os intelectuais e os artistas da Globo.
Apesar de tudo isso, o ministro Moraes está lá. Como foi acontecer um negócio desses? Ou, de novo: onde ele acertou?
Acertou em muita coisa, essa é que é a verdade — e a primeira delas é que entendeu melhor do que ninguém a força e a utilidade da coragem num país em que o ecossistema político é habitado majoritariamente por covardes.
Moraes é um homem destemido — assume riscos, enfrenta adversidades e não foge da briga. No Brasil de hoje, faz toda a diferença.
O segundo ponto a favor é que soube escolher o lado certo da disputa política atual: percebeu, no momento adequado, que é mais rentável ficar a favor do Brasil do atraso, centrado no Sistema Lula, do que a favor do Brasil do progresso. (Imaginem se tivesse ficado com Bolsonaro e feito as coisas que fez — se tivesse, por exemplo, trancado na Papuda 1.500 agentes do MST que invadem fazendas e destroem propriedade pública.
Estaria hoje no Tribunal Internacional de Haia, respondendo por crimes contra a humanidade.) Entendeu, também, que as instituições brasileiras são amarradas com barbante — e iriam se desfazer diante do primeiro homem decidido a falar grosso, desde que tivesse apoio da esquerda e vendesse a ideia de que está violando a lei para salvar a “democracia”.
Com instituições fortes Moraes simplesmente não seria o que é; sua carreira já teria acabado por decisão do Senado Federal.
Passou para o lado da confederação anti-Lava Jato que levou Lula ao poder e, aí, soube assumir o papel de astro do filme — entre outras coisas, como presidente do TSE, foi quem realmente colocou o chefe do PT na Presidência da República.
O ministro, igualmente, descobriu que não precisava ter medo de militar — e que isso é uma vantagem decisiva. O regime militar já acabou há quase 40 anos, mas o político brasileiro continua pensando nas Forças Armadas como se elas decidissem alguma coisa — os políticos e as multidões que foram para a frente dos quartéis após as eleições de 2022, na ilusão de que estavam “do mesmo lado”. (O Exército estava, como se viu, do lado da polícia.)
Moraes nunca perdeu seu tempo com isso. Foi fazendo o que achou que tinha de ser feito, sem se preocupar com o que poderiam pensar os generais de Exército ou os almirantes de esquadra — e hoje deve estar convencido de que leu acertadamente as coisas. Por que não?
Moraes acaba de colocar na cadeia um tenente-coronel da ativa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, algo expressamente proibido em lei — ele só poderia ter sido preso em flagrante, e não houve flagrante algum. O comandante do Exército não deu um pio. Não se tratava de desafiar o STF, ou quem quer que seja; bastaria dizer que o Exército exige o cumprimento das leis em vigor no Brasil. Ele não vive dizendo que é a favor da “legalidade?” Então: era só cumprir o que diz. Não aconteceu nada.
Outra vantagem para o ministro é a sua capacidade de ignorar a opinião pública.
Poucas vezes na história deste País uma autoridade do Estado conseguiu ter uma imagem tão horrível quanto a de Moraes — mas ele não faz nem deixa de fazer nada por causa do que “estão pensando”.
O político brasileiro médio passa mal quando se vê fazendo, ou tentando fazer, alguma coisa que pode desagradar o eleitorado — afinal, é dos seus votos que ele vive. O ministro não liga a mínima; não é assim, simplesmente, que ele funciona. Ao contrário, fica mais radical, agressivo e perigoso a cada contrariedade. Ele deixou isso muito claro, entre outros episódios, com sua reação às imensas manifestações de rua do ano passado, e de antes, a favor de Bolsonaro — a quem escolheu como seu inimigo número 1. Em vez de se assustar com aquelas multidões todas, resolveu meter as multidões na cadeia.
Deu certo, afinal: a 8 de janeiro ele conseguiu prender 1.500 pessoas de uma vez só, como “exemplo”, e de lá para cá ninguém mais pensou em acampar na frente de quartel. Para o ministro Moraes gente na rua é uma turbina sem potência — faz barulho, mas não tira o avião da pista.
Tem dado certo até agora, do seu ponto de vista: está mandando mais, hoje, do que em qualquer outro momento da sua carreira.
Moraes, enfim, tem demonstrado que sabe fazer política do lado que ganha — é o contrário de Augusto Matraga, e isso quer dizer um mundo de vantagens para quem tem ambições de subir na vida pública. No momento mais indicado, soube trocar a direita “autoritária”, onde nasceu, pela esquerda que seria levada ao poder no movimento mais poderoso que já se viu até hoje na política brasileira: a guerra de extermínio contra a Lava Jato e o enfrentamento à corrupção.
Passou para o lado da confederação anti-Lava Jato que levou Lula ao poder e, aí, soube assumir o papel de astro do filme — entre outras coisas, como presidente do TSE, foi quem realmente colocou o chefe do PT na Presidência da República. É certo, também, que manda mais do que ele. Vivem os dois, hoje, num contrato de assistência mútua.
Moraes dá proteção a Lula, defende os interesses do seu sistema e garante a segurança do universo lulista — para ficar num exemplo só, não incomodou, em quatro anos com os seus inquéritos policiais, um único simpatizante da esquerda.
Quer dizer que ninguém do PT, para não falar do próprio Lula, divulgou uma fake news, nem umazinha, nesse tempo todo? É puro Moraes.
Em compensação, nem Lula, nem a esquerda e nem ninguém do governo está autorizado a incomodar o ministro no que quer que seja. É a harmonia entre os Poderes.
Como em relação aos militares e à opinião pública, o medo que Alexandre de Moraes tem de Lula é de três vezes zero. Ele sabe, de um lado, que Lula não tem peito para encará-lo, e de outro, que está mais interessado em hotéis com diárias de 37.000 reais, discursos idiotas e o “liberou geral” para o assalto à máquina pública.
Também não se assusta com a esquerda, o MST e os Boulos da vida. Sabe que todos têm pavor de bala de borracha; imagine-se então de bala de verdade.
Suas preocupações com a Câmara e o Senado são equivalentes — ou seja, absolutamente nulas.
O resumo de toda essa opera é o seguinte: o ministro soube construir uma situação em que não tem rivais, não tem freios e não tem controles, e na qual está livre para governar o Brasil segundo o que acha que está “certo”, e não segundo o que diz a lei.
Moraes se arriscou muito; poderia perfeitamente ter perdido, várias vezes, a começar pelo dia em que encarou Jair Bolsonaro. Mas o fato é que levou todas, e hoje é isso que todos estão vendo — só não manda naquilo em que não quer mandar.
Nada poderia representar tão bem essa situação quanto sua última erupção de onipotência. Proibiu o aplicativo de mensagens Telegram de publicar sua opinião sobre a lei de censura que o governo Lula e ele próprio querem impor ao Brasil — e o obrigou a publicar a opinião dele, Moraes.
Desde quando alguém neste País está proibido de dizer o que pensa sobre um projeto em debate no Congresso Nacional? E desde quando alguém é obrigado a dizer o contrário do que pensa? Desde Alexandre de Moraes.
O caso Telegram é mais uma prova de que no Brasil de hoje não existe mais lei.
O que existe é o ministro Moraes — e, para piorar, o resto do STF.
O texto é longo, mas necessário. Observamos a formação de um buraco negro na conjuntura brasileira onde todos os demais astros por luminosos que sejam são sugados e eliminados pelas trevas. Agora não temos mais a quem recorrer no cenário brasileiro. Todos estamos dominados pelas trevas que nos ameaçam. Apenas o poder do Criador cuja determinação é para o bem e a harmonia destoa desse poder do Buraco Negro. Como a criatura pode vencer o Criador? Já vimos isso acontecer com o orgulhoso Lúcifer. Não serão os nossos orgulhosos tupiniquins ou acovardados cooptados que irão desfazer os propósitos do Pai. Portanto, esperemos ao lado do nosso líder, a vinda da espada de Miguel sobre os revoltosos. Estaremos sempre prontos à misericórdia que nos foi ensinada para acolher os arrependidos.
Ave Cristo!