A Bíblia é considerada pela maioria dos povos do mundo ocidental a coleção de livros que contém a palavra de Deus. Sua Santidade o Papa Pio XII, em 1943, na Encíclica “Divino Afflante Spiritu”, assim determinou: “A autoridade da Vulgata (tradução latina) em matéria de doutrina não impede – antes, nos nossos dias quase exige – que a mesma doutrina se prove e confirme também com os textos originais, e que se recorra aos mesmos textos para encontrar e explicar cada vez melhor o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras”.
Se entende que esses livros da Bíblia foram escritos por homens inspirados por Deus com o objetivo de nos ensinar, convencer, corrigir e educar na justiça. Nos tempos recentes essa compreensão da origem divina dos Livros Sagrados e a sua reta interpretação estão sendo contestadas. A Igreja Católica procura defender a compreensão original com empenho e diligência, com concílios e decretos, determinando que devem reconhecer-se “como sagrados e canônicos os livros inteiros com todas as suas partes conforme se costuma ler na Igreja e estão na antiga Vulgata Latina”.
O Concílio Vaticano II, para condenar algumas falsas doutrinas relativas a inspiração, declarou que a razão de os mesmos livros deverem ser considerados como sagrados e canônicos “não é porque, tendo sido compostos apenas por atividade humana, a Igreja depois os aprovou com a sua autoridade, nem unicamente porque contêm a revelação sem erro algum, mas porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, tem a Deus por autor, e como tais foram confiados à Igreja.”
Todavia, mesmo depois dessa solene definição da doutrina católica que reivindica “aos livros inteiros com todas as suas partes” tal autoridade divina, que os preserva de todo e qualquer erro, houve escritores católicos que ousaram coarctar a verdade da Sagrada Escritura unicamente às coisas relativas a fé e a moral, considerando as restantes, quer físicas quer históricas, como “ditas de passagem” e sem conexão com as verdades da fé. Por isso o Papa Leão XIII com a encíclica Providentissimus Deus, de 18-11-1893, infligiu àqueles erros a merecida condenação, e ao mesmo tempo regulou o estudo dos Livros Divinos com prescrições e normas sapientíssimas. A publicação dessa encíclica é considerada a Carta Magna dos estudos bíblicos. Daí em diante continuaram os estudos para primeiro confirmar e inculcar as determinações da “Carta Magna”, e depois ordenar o que os tempos atuais parecem exigir, para estimular cada vez mais todos os filhos da Igreja que se dão a estes estudos.
O primeiro cuidado de Leão XIII foi expor a doutrina relativa à verdade dos Livros Sagrados e defendê-la dos ataques contrários. Por isso em graves termos declarou que não há erro absolutamente nenhum quando o hagiógrafo falando de coisas físicas “se atém ao que aparece aos sentidos”, exprimindo-se “ou de modo metafórico, ou segundo o modo comum de falar usado naqueles tempos e usado ainda hoje em muitos casos na conversação ordinária mesmo pelos maiores sábios.” De fato, não era intenção dos escritores sagrados, ou melhor, do Espírito Santo que por eles falava, ensinar aos homens essas coisas, isto é, a íntima constituição do mundo visível, que nada importam para a salvação. Esse princípio deverá aplicar-se às ciências afins, especialmente a história e assim refutando de modo semelhante os sofismas dos adversários e defendendo das suas objeções a verdade histórica da Sagrada Escritura. Nem pode ser taxado de erro o escritor sagrado, se aos copistas escaparam algumas inexatidões na transcrição dos códices, ou se é incerto o verdadeiro sentido de algum passo. Enfim, é absolutamente vedado coarctar a inspiração unicamente a algumas partes da Sagrada Escritura ou conceder que o próprio escritor sagrado errou, pois que a divina inspiração de sua natureza não só exclui todo erro, mas exclui-o com a mesma necessidade com que Deus, suma verdade, não pode ser autor de nenhum erro. Esta é a fé antiga e constante da Igreja.
Entendo o esforço que a Igreja faz para manter a compreensão de que sejam sagrados todos os livros da Bíblia, no sentido que eles exprimem a palavra de Deus através de seus vários profetas, intérpretes, todos humanos, mas todos inspirados pelo Espírito Santo. Compreendo que sejam colocados em segundo plano todos os erros e equívocos encontrados pelos estudiosos e que ofendem a lógica racional, no sentido de valorizar os ensinamentos morais e éticos. Agora o que não entendo é porque, uma epopeia que vinha sendo contada ao longo do tempo, desde há mais ou menos 1850 anos, com Abraão em Canaã, correspondente à Caldeia do rei Hamurábi, até os anos 70 de nossa era, no império de Nero. Então, temos quase 2000 anos de silêncio, de publicação de livros que mereçam compor a Bíblia. Será que Deus não necessita mais falar com os Seus filhos depois da vinda de Jesus? Será que Deus não inspira mais os seus eleitos para continuar a divulgar Sua palavra? Será que não seria o momento de unificarmos as nossas crenças sob o domínio de um mesmo Pai e criarmos mais um Livro Sagrado, sob a inspiração dos diversos Espíritos Santos que sabemos permear nosso Universo e influenciar mais do que imaginamos as nossas ações?
Fui fazer Evangelho no Lar, na companhia de R e E, na casa de uma amiga que mora com seus dois filhos, após a separação conjugal. Ela se sente injustiçada, pois o ex-marido não dá o apoio financeiro nem emocional que os filhos precisam e ainda a trata com ameaças, explícitas ou veladas. O filho mais velho teve que sair. Ficou apenas o mais jovem. Abri o livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” ao acaso e o trecho lido, no capítulo VII, foi o seguinte:
“E vós todos que sofreis injustiças dos homens, sede indulgentes para com as faltas de vossos irmãos, em vos dizendo que, vós mesmos, não estais isentos de censura: isso é caridade, mas também é humildade. Se sofreis calúnias, curvai a fronte sob essa prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se vossa conduta é pura, Deus não pode vos compensar? Suportar com coragem as humilhações dos homens é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e poderoso...
“Quando Moisés foi, sobre o Monte Sinai, receber os Mandamentos de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus; homens e mulheres deram seu ouro e suas joias para um ídolo que adorassem. Homens civilizados, fazei como eles: o Cristo vos deixou Sua doutrina, vos deu exemplo de todas as virtudes, e abandonastes exemplos e preceitos; cada um de vós com as suas paixões, fizestes um Deus ao vosso gosto; segundo uns, terrível e sanguinário, segundo outros, descuidado dos interesses do mundo; o Deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro que cada um apropria aos seus gostos e as suas ideias.
“Despertai, meus irmãos, meus amigos; que a voz dos Espíritos atinja os vossos corações; sede generosos e caridosos sem ostentação, quer dizer, fazei o bem com humildade; que cada um destrua, pouco a pouco, os altares erguidos ao orgulho. Numa palavra, sede verdadeiros cristãos, e tereis o reino da verdade. Não duvideis mais da vontade de Deus, quando dela vos dá tantas provas. Viemos preparar os caminhos para o cumprimento das profecias. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais radiosa de sua clemência, que o enviado celeste não encontre mais em vós senão uma grande família; que vossos corações brandos e humildes sejam dignos de ouvirem a palavra divina que ele virá vos trazer; que o eleito não encontre sobre seu caminho senão as palmas depositadas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade, e então vosso mundo se tornará o paraíso terrestre. Mas se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos enviados para depurar, renovar vossa sociedade civilizada, rica em ciência e, todavia, tão pobres em bons sentimentos, ah! Não vos restará mais senão chorar e gemer sobre vossa sorte. Mas não, não será assim; retornai a Deus, vosso Pai, e então nós todos, que houvermos servido ao cumprimento da sua Vontade, entoaremos o cântico de ação de graças, para agradecer ao Senhor por Sua inesgotável bondade, e para glorificá-Lo em todos os séculos dos séculos. Assim seja. (LACORDAIRE, Constantina, 1863).”
Não poderia ser melhor a escolha de um texto para reflexão dentro da problemática de cada um. Iniciei colocando as minhas considerações sobre as lições do texto e ressaltei: sim, devemos ser indulgentes com as faltas de nossos irmãos, mesmo porque isso não parece tão simples. Onde nós avaliamos como estarmos sendo vítimas de injustiças ou de perseguições, ontem ou amanhã seremos nós os vilões. Coloquei como exemplo a minha situação; fui expulso da casa de duas companheiras com as quais convivia, de forma dramática, violenta até... Saí dessas casas sem nenhum bem material comigo, apenas com minhas roupas, livros e CDs/DVDs. Eu me sentia injustiçado, depois de tanto ter feito no campo material, de tanto amor ter depositado dentro daquelas casas, agora eu era escorraçado, considerado uma pessoa não grata, digno da indiferença ou do ódio de todos. Por lado, qual o mal que eu causei a essas pessoas? E aos nossos filhos? Certamente elas têm consigo muitas razões... então, a atitude mais coerente quando sofremos censura, calúnia, desprezo... é baixar a fronte sob essa prova que por trás pode ter sua lógica e justificativa. E mesmo que não haja, suportar essas humilhações, é prova de nosso reconhecimento de que somente Deus pode ser perfeito o suficiente para qualquer acusação ou censura ser injusta. Isso sim, é prova de humildade.
Como se Deus quisesse colocar à prova o que eu acabara de dizer, E pedia a palavra e passou a me criticar e censurar pelos atos passados, presentes e futuros. Eu ouvia tudo calado sem rebater. Curvei minha fronte sob essa prova. Mais uma vez foi jogado em meu rosto o sofrimento que causei às minhas companheiras e filhos, o que acontece até hoje, segundo o seu julgamento, e que eu deverei pagar por isso frente ao Senhor. Critica com veemência o meu comportamento de colocar o sexo dentro do Amor Incondicional, que para ela é uma blasfêmia. Que ainda estou disposto a gerar filhos e deixá-los sem o apoio afetivo, da proximidade paterna, apenas com o apoio financeiro. Mais uma vez em silêncio curvei minha fronte. Não senti na fala dos outros tanta acusação aos meus atos que foram explicitados. O próprio menor que estava presente, cujo pai também foi obrigado a deixar o lar, e que sentiu na pele o efeito de agressões verbais e físicas, o que nunca fiz, não colocou palavras acusatórias tão fortes contra o seu pai quanto as que ouvi contra mim.
Terminamos a reunião com uma hora de duração. Acredito que fomos bem assessorados pela espiritualidade. Acredito que me portei bem frente aos meus irmãos e frente ao nosso Pai.
Um autor desconhecido escreveu certa vez que a Alegria, a Tristeza, a Vaidade a Sabedoria, o Amor e outros sentimentos de variadas tonalidades habitavam uma pequena ilha.
Certo dia foram avisados que essa ilha seria inundada. Preocupado, o Amor cuidou para que todos os outros se salvassem falando: Fujam todos, a ilha vai ser inundada. Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigarem num morro bem alto no continente. Só o Amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar correu a pedir ajuda.
À Riqueza apavorada ele pediu: Riqueza, leve-me com você. Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para voce.
Passou então a Vaidade e ele disse: dona Vaidade, leve-me com voce. Sinto muito, mas voce vai sujar o meu barco.
Em seguida veio a Tristeza e o Amor suplicou: senhora Tristeza, posso ir com voce? Amor, estou tão triste que preciso ir sozinha.
Passou a Alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o Amor chamar por ela.
Então passou um barquinho onde remava um senhor idoso e ele disse: sobe Amor, que eu te levo. O Amor ficou tão feliz que até esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho.
Chegando ao morro alto onde estavam os outros sentimentos, ele perguntou a Sabedoria: dona Sabedoria, quem é o senhor que me amparou? Ela respondeu: O Tempo. O Tempo? Mas porque ele me trouxe aqui? Porque só o Tempo é capaz de ajudar a entender um grande amor. Dentre todos os dons que a divindade concede ao homem, o Tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos; é ele que cicatriza as feridas das profundas dores colocando algodão anestesiante nas chagas abertas. É o Tempo que nos permite amadurecer através do exercício sadio da reflexão adquirindo ponderação e bom senso. É o Tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência quando o passo já se faz mais lento. É o Tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios. O Tempo é, enfim, o grande mestre que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um por sua vez se disponha a crescer, servir e ser feliz. E é o tempo em verdade que nos demonstra no correr dos anos que o verdadeiro amor supera a idade, a doença a dificuldade e permanece conosco para sempre.
Neste mundo tudo tem a sua hora, cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer; tempo de plantar e de colher; tempo de derrubar e de construir; há o tempo de se tornar triste e de se alegrar; tempo de chorar e de sorrir; tempo de espalhar pedras e de juntá-las; tempo de abraçar e de se afastar; há tempo de calar e de falar; há o tempo de guerra e o tempo de paz.
Mas sempre, é tempo de amar.
Magnífica construção de sentimentos e comportamentos. Podemos nos colocar dentro da situação, cada um com suas circunstâncias. Eu, depois que espalhei meu afeto por tantos corações, agora estou ainda na ilha, isolado, vendo passar a Vaidade, a Riqueza, a Tristeza, a Alegria, a Raiva, o Ressentimento, a Mágoa, o Ciúme... são tantos barquinhos que procuram a segurança do monte alto, do exclusivismo, do materialismo, do egoísmo. A todos eu vejo passar e nenhum se dispõe a me levar, pelos motivos que levam seus nomes. Mas sei que o Tempo vai chegar e vai fazer entender a qualidade do meu amor; que vai fortalecer a verdade e desmascarar a mentira.
Em 18-06-15 teve início a mais uma reunião regular do Projeto Foco de Luz e AMA-PM com a presença das seguintes pessoas: 1. Edinólia 2. Radha 3. Daniel 4. Damares 5. Cíntia 6. Maria das Graças 7. Paulo Henrique 8. Nivaldo 9. Silvana 10. Lucy 11. Elita 12. Ana Gomes 13. Miriam 14. Maria de Jesus 15. Nazareno 16. Luzimar 17. Davi 18. Naire 19. Netinha 20. Ezequiel 21. Francisca Gomes 22. Inácio Bernardo e 23. Damiana. Foi lido como preâmbulo da reunião uma oração escrita por Paulo Coelho. Logo em seguida foi feita a leitura da reunião anterior que foi aprovada na íntegra por unanimidade. Informes. Paulo diz que a direção do colégio autorizou a realização das aulas de jiu-jítsu e boxe nas suas dependências. Quanto à doação de bolas, troféus e bicicleta, terá uma resposta amanhã. O trabalho da comissão formada por Davi, Paulo e Ezequiel se concentrou na visita aos vereadores para o apoio na festa do São João. Davi informa que amanhã fará a divulgação do São João dentro da comunidade com os cartazes. Netinha diz que ainda não começou os preparativos da decoração. Clube de Mães. Foi colocado esse ponto de pauta porque está havendo uma boa frequência de mães na reunião e que a maioria fica apenas ouvindo a discussão, sem uma participação efetiva. A proposta da criação de um clube de mães ligado a AMA-PM foi bem aceita pelas presentes que se comprometeram a trazer mais mães na próxima semana para se criar uma diretoria provisória com o objetivo de efetivar um clube logo após a festa de São João. Festa de São João. Edinólia avisa que receberá na próxima quinta feira todos os carnes que foram para venda. A lista de doadores está com Cíntia. A Secretaria de Turismo e o secretário Ranieri prometeram cinco barracas e banheiros públicos. Confirmada a contratação do som por 600,00 reais. Paulo irá conseguir seis troféus para as quadrilhas. Francisco ficará encarregado da locução do evento. Damares sugere a formação de uma fogueira artificial, para evitar o risco de acidentes com crianças e manter o espírito junino. Damares apresenta o modelo de camisas que ira ser confeccionada e vendida por 15,00 reais para os trabalhadores da festa. Luzimar informa que no dia 05-07-15 haverá uma ação solidária adventista durante o dia na Rua do Motor. Graça informa que no período de 23 a 27-07-15 haverá a festa de Santana. No dia 23-07, quinta-feira, a AMA-PM fará a reunião dentro do evento da igreja e no dia 25-07, sexta-feira, haverá o jantar. Graça e Luzimar colocaram livros e CDs evangélicos para a comercialização com os interessados. Ao chegar as 20:30h todos ficamos de mãos dadas em círculo e Graça conduziu a oração do Pai Nosso. Encerramos com todos posando para a foto oficial.
Saulo de Tarso, quando jovem, considerava que o seu temperamento era um espinho na carne e que seria sempre assim. Ele procurava amar a Deus sobre todas as coisas, e chegava a odiar a humanidade por ser tão pecadora, promíscua. Seu pai certa vez, conversando com um rabi, amigo, colocava suas preocupações quanto ao futuro do filho: “Só sei que o próprio Deus disse que não é bom para o homem viver só, sem companheira. Ele criou Eva para Adão. Moisés tinha mulher. Os profetas também. Como meu filho ousa, então, dizer que não se casará, que dedicará a vida unicamente a Deus? Com essa decisão, não violou as verdadeiras Palavras de Deus? Um homem que serve a Deus também é humano e Deus não apenas proveu as suas necessidades, mas ordenou-as como um dever”.
O seu amigo rabino retrucou: “Há uns que só podem servir a Deus sem serem distraídos, mesmo por uma mulher e filhos encantadores. Não são muitos, mas os conhecemos e decidimos não denunciá-los. São mais fracos que nós? Ou mais fortes? Não sabemos. Nós, rabinos, casamos; nem por isso servimos menos a Deus, tendo mulher e filhos. Frequentemente, nossas mulheres nos encorajam, pois é um caminho solitário, sombrio, amargo e silencioso o que um homem trilha sem mulher. Uma boa mulher muitas vezes nos aproxima de Deus. Mas há outros cujas almas estão tão cheias de Deus que não há espaço para o amor humano. São raros. Mas também os conhecemos. Não ousamos recriminá-los.”
Eis o espinho na carne de Saulo, viver sozinho, sem a companhia de mulher e filhos, por se afastar delas tentando ao máximo se aproximar de Deus.
Posso considerar também na minha carne um espinho parecido, também vivo só sem a companhia constante de mulher e/ou filhos. Porém não é porque me afasto das mulheres tentando me aproximar de Deus, pelo contrário. A missão que Deus me deu foi a de me aproximar o máximo possível, de todas que Ele coloca no meu caminho, respeitando e obedecendo a Lei do Amor Incondicional. A consequência seria eu viver na companhia de várias mulheres, incluindo outros companheiros que elas tivessem interesse em conviver, junto com os filhos de todos, formando a família universal. No entanto, os instintos poderosos da animalidade, respaldados pelos sentimentos egoístas, trazem logo o ciúme para o contexto e assim a intolerância surge e a separação se torna inevitável.
Este é o espinho que devo tolerar na minha carne, a condição de viver sozinho sabendo do paraíso terrestre que um dia iremos construir quando conseguirmos formar a família universal. Este papel de bandeirante nas selvas do egoísmo para resgatar no fundo da alma de meus irmãos humanos, a centelha do amor que o Pai nos legou, tem como consequência a minha solidão, o meu espinho na carne. Somente o amor do Pai e a certeza de que estou tentando fazer a Sua vontade neste projeto, é que me dá forças para ir em frente sem olhar para trás