A Brasil Paralelo levou para a entrevista no programa Conversa Paralela, conduzida por Arthur Morrison (AM) e Lara Brenner (LB), os professores Lucas Lancaster (LL) e Marcelo Andrade (MA). Como é um tema de grande importância para compreendermos o mundo em que estamos, onde estávamos e para onde estamos indo, resolvi colocar aqui de forma resumida. Segunda parte
AM – Quando se diz, o homem no centro, é por isso que os iluministas lutam contra a religião, entendida como uma autoridade, e que o homem não teria capacidade de organizar e cuidar da sua própria vida?
MA – Antes de chegar nesse ponto, quando você pensa no Iluminismo você pensa imediatamente na Idade das Trevas. Quem criou o termo Idade das Trevas foi Petrarca, mas em outro sentido. O termo aplicado ao que nós chamamos de Idade Média como Idade das Trevas surgiu no Renascimento. Haveria três idades: a Idade Antiga, a Idade Média e a Idade do Iluminismo. Sendo a Idade Média a Idade das Trevas e depois viria o Iluminismo. Quem desenvolveu a teoria das três idades foi Joaquim de Fiori, uma influência joaquinista. Estabeleceu-se Idade Antiga, Idade Média e Iluminismo. Muitos dos elementos do Iluminismo pegam do Renascentismo, que foi tudo, menos algo racionalista. Estava cheio de coisas místicas, esotéricas, cabalistas, gnósticas. O Renascimento comecou com o Humanismo que foi se desenvolvendo, se desdobrando e depois vem o empirismo, revolução científica até chegar no Iluminismo que tem ao mesmo tempo o culto ao homem e o culto da razão. Muitos desses traços do Iluminismo vão chegar em Auguste Comte que vai ter até o Templo da Razão. Na Revolução Francesa existiu o Templo da Razão. Foi um movimento no qual o homem estava no centro de tudo, principalmente sua razão.
LB – Nós trazemos essa palavra “razão” com bastante frequência quando falamos do Iluminismo. Então a racionalidade, a razão, todo um elemento que se contrapõe à questão da fé. É como se o tempo inteiro o homem estivesse se colocando como racional, trazendo a razão, sua própria razão para o centro da questão. Porque isso seria um jeito de combater aquela escuridão da fé, colocando essas duas coisas como contrapostas. Havia de fato uma contraposição no período que antecede o Iluminismo, à razão? Havia um ódio à razão?
LL – O conceito que os iluministas têm de razão é uma ideia desenraizada da realidade. A razão iluminista, alicerçada na filosofia cartesiana de Rene Descartes, não é uma razão tal como os gregos e os medievais compreendiam. Quando observamos a mentalidade iluminista, veremos que é tudo menos racional. Ela é racionalista porque reduz toda possibilidade de conhecimento humano a essa razão que na prática se converte em uma faculdade ilimitada e que tudo pode realizar. Através da sua razão o homem pode destruir o que existe, colocar no chão como fazia Voltaire, e construir um novo a partir das utopias e do que ele acha justo, adequado e bom, que é o que fazia Rousseau. O que o Iluminismo faz por trás dessa fachada de trazer luminosidade para a vida humana, o que se faz é fechar a vida humana em certas construções teóricas desenraizadas da realidade, desenvolvida por alguns indivíduos.
Podemos ver que o termo “razão” foi sequestrado pelas novas formas de pensar, como se nos períodos anteriores não existisse razão. Tudo que nós construímos desde o tempo das cavernas tem o toque da racionalidade. O desenvolvimento do Cristianismo foi o grande triunfo da racionalidade, tirando o homem de uma estrutura de barbárie, da lei do mais forte, que implica em constantes guerras fratricidas com grande poder de destruição e sofrimento, para uma sociedade mais fraterna onde o amor pode ficar acima dos instintos animais. A vitória da racionalidade cristã, conquistando inicialmente o poderoso e perseguidor império romano foi uma amostra dessa forma de pensar e agir religiosamente. Mesmo que os seus agentes tivessem consigo a preponderância dos instintos animais, da luta pelo poder, mas colocava nesse ponto a racionalidade cristã como arma de combate. Portanto, dizer que os iluministas foram o descobridor da razão e que chegaram até a criar uma religião com templos e rituais nesse sentido, é mais uma artimanha populista para mudar a cosmovisão existente para outra, usando como massa de manobra os inúmeros ignorantes que se movem em busca dos seus interesses pessoais, próprios do egoísmo animal. Os iluministas revolucionários que proveram o banho de sangue na França, percebem hoje o fiasco de suas primeiras ações racionalistas criando a religião da razão, que hoje poucas pessoas conhecem essa faceta dos revolucionários, como eu. Eles continuam exibindo como símbolo do sucesso a bandeira tricolor com os temas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade como motor condutor das massas e que se repete até hoje com suas falsas aplicações, onde podemos ver que na práticas eles fizeram totalmente o inverso do que prometiam.
A Brasil Paralelo levou para a entrevista no programa Conversa Paralela, conduzida por Arthur Morrison (AM) e Lara Brenner (LB), os professores Lucas Lancaster (LL) e Marcelo Andrade (MA). Como é um tema de grande importância para compreendermos o mundo em que estamos, onde estávamos e para onde estamos indo, resolvi colocar aqui de forma resumida. Primeira parte.
LB - Vamos situar no tempo e no espaço, qual foi o século do Iluminismo, quando ele comecou, se há divergências a respeito disso... se comecou de fato na França...
MA – Há divergência quanto a periodização. Alguns autores colocam no começo do século XVIII, 1713, e colocam o fim em 1789 com o começo da Revolução Francesa. Outros estendem para frente e para trás. Alguns dizem o começo no século XVII, já no tempo de John Locke e estende até a morte de Immanuel Kant, no começo das guerras napoleônicas, em 1804. Mas no foco ninguém diverge, que o auge do Iluminismo foi o século XVIII, desde o comecinho até a Revolução Francesa. É mais correto colocar pelo menos o final até 1804, quando morre o Kant. Mas é uma questão de interpretação e não de fato.
AM – Comecou onde, foi na França?
MA – Teve vários iluminismos. Na Escócia, na Inglaterra, na Prússia, agora o principal foi na França, quando a gente fala na alma do Iluminismo, com figuras como Voltaire, Montesquieu, Diderot... é francesa, mas comecou na Inglaterra, foi importado.
LB – Quando se fala em Iluminismo se pensa em luz. Por que luz, e em contraposição a que? Nós vivíamos nas trevas? Qual era o contexto em o Iluminismo acendeu (ascendeu?)?
LL – A ideia que se tem, aquilo que nos é passado nas escolas... um movimento intelectual que surgiu na França, em opressão à monarquia absoluta. É assim que geralmente as pessoas imaginam o Iluminismo.
LB – As trevas viriam dessa monarquia?
LL – Todo o status quo que existia na França pré-revolução e que estava relacionada com um governo absolutista, expressão que surgiu no curso da Revolução Francesa, não existia antes. Que é um movimento intelectual que se levantou para substituir um governo injusto por uma realidade mais justa. Mas o Iluminismo não é isso, é muito mais, é um movimento filosófico, literário e ideológico, que tinha como pretensão mudar toda uma cosmovisão existente. Não apenas em matéria política, seria apenas consequência de uma mudança de base que não estava relacionada somente com a monarquia ou ao governo francês de então. Claro que o Estado, sobretudo no reinado de Luis XV, os últimos anos de Luis XIV e o reinado de Luis XV, foram ambientes propícios para essas ideias frutificar. Esse contexto era um pretexto para um movimento já existente de substituição de cosmovisão. Uma definição perfeita de Iluminismo, de Kant, que no final desse movimento ele define o Iluminismo ou esclarecimento num texto que nas primeiras palavras ele resume bem: “O esclarecimento ou iluminação é a saída do homem do estado de menoridade, do qual ele próprio é culpado. Quando o homem não se deixa guiar pelo seu próprio entendimento e permite ser conduzido por outrem. O Iluminismo seria uma saída da menoridade da humanidade”. Neste caso, a humanidade amadureceria para que o indivíduo pudesse guiar-se pelo seu próprio entendimento.
LB – Então seria a figura central do Iluminismo o próprio homem.
LL – Perfeito. Tem um autor, muitos séculos antes do Iluminismo, que é o sofista Protágoras, que ele dá o tom do que é o Iluminismo. Ele dizia que o homem é a medida de todas as coisas. Isso é o Iluminismo.
Esta primeira parte coloca de forma clara, a origem do movimento que tenta mudar a cosmovisão do Cristianismo, onde a obediência a vontade de Deus é o motor do comportamento social, das relações interpessoais, para dispensar esse freio comportamental que possuímos no sentido de deixar livre nossos anseios egoístas. Em nome da liberdade dos limites impostos por Deus, que abrange a todos, vamos terminar na escravidão da maioria imposta por uma minoria com maior poder, bélico ou financeiro.
Pai, hoje vou conversar com o Senhor inspirado em Esdras (9:6-15) quando estava angustiado, observando aqueles transgressores da Tua lei que tinham se liberado do cativeiro do pecado, por Tua graça. Assim, estamos hoje, aqui neste mundo que foi liberto do pecado pelo esforço supremo de Jesus, que o Senhor nos enviou como Mestre, essência da Tua própria essência. Bastaria apenas que O reconhecêssemos como de Tua essência divina e seguíssemos o Caminho da Verdade que Ele nos ensinou. Posso assim sentir o mesmo constrangimento de Esdras, pois, por mais que eu reconheça os ensinamentos do Cristo como divinos, que nenhum como estes existe sobre a Terra, mesmo assim ainda me sinto transgressor em alguns momentos. Sinto-me às vezes confundido e envergonhado de levantar minha face para Ti, porque as iniquidades dos meus irmãos se multiplicam, e eu estou entre eles, mesmo que não seja na mesma intensidade e frequência. Não protesto suficientemente, com toda a força dos talentos que possuo porque me deste, contra a maldade que observo ao redor. Essas maldades, delitos, contravenções, crescem até o Céu, desde o tempo dos nossos pais, avós... Eu tenho cometido pecados até o dia de hoje, meus talentos estão adormecidos e corro o risco de serem tirados de mim e dado a outros mais eficientes. Minhas iniquidades emporcalham a minha veste espiritual. Estou hoje nas mãos perversas dos tiranos desta época, quer sejam nacionais ou internacionais. Estou no risco de ser entregue à espada, fuzil ou cassetete, ser levado ao cativeiro ou à rapina dos meus bens, quer por impostos, multas ou descaradas corrupções de bilhões, por destruição de nossas instituições estatais. Estou com medo de sair às ruas, dizer o que tenho a falar sobre a injustiça, evitar palavras que não posso pronunciar, principalmente as que levam o Teu nome como o nosso Pai. Dentro de tão grave contexto em que me encontro, Pai, rogo ao Senhor que me ilumine a visão, que me permita o são discernimento para que eu possa identificar a Verdade e ter coragem, com sabedoria de encontrar o Caminho que me tire dessa escravidão. Reconheço que sou um dos Teus filhos e que quero fazer a Tua vontade e não a minha. Por isso, Pai, me perdoe por ter violado os Teus mandamentos tantas vezes, algumas com plena consciência do que estou fazendo, outras por ignorância. Rogo misericórdia para minhas fraquezas morais e estou disposto a lutar com o Behemoth que criaste dentro de mim, para defender a existência do meu corpo e não para a corrupção do meu espírito, mesmo porque, não posso confundir o veículo/corpo do agente/espírito. A Terra que ganhamos para ser um paraíso para as nossas existências carnais se tornou imunda com a sujeira de nossas almas imprevidentes e ingratas, com as abominações do nosso comportamento, e eu participo, por menos que seja, desse emporcalhamento. Permite, Pai, que eu coloque o capacete da salvação e vista a armadura que o Cristo ensinou e entre no campo de batalha, como um cavaleiro obediente ao Mestre e Comandante, ajudando aos meus irmãos, componentes da família universal, para que permaneçam no Caminho da Verdade que nos leva à Tua intimidade.
Sim, filho, reconheço as tuas fraquezas, vícios e pecados, mas vejo em teu coração as boas intenções e que te esforça para coloca-las em prática. Tu tens a minha permissão para levantar o capacete da salvação e usá-lo junto com a armadura cristã do combate espiritual, com tuas próprias forças, pois não posso fazer por ti o que a ti compete fazer. Não quero ao meu lado na eternidade, um robô automatizado condicionado ao que desejo, e sim um espírito sábio e autônomo, mesmo que corra o risco de cair no orgulho, como aconteceu com Lúcifer.
Estamos alcançando o nível social do mundo pré-diluviano, como está escrito em Gênesis, o livro bíblico: “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente (6:5)”. Talvez não estejamos ainda nesse mesmo nível, pois aqui ainda existem muitos cristãos que querem fazer a vontade do Pai, não somente Noé.
Mas estamos testemunhando uma tendência perturbadora de mentiras na política e corrupção nos governos, no sistema educacional, no meio científico e nas grandes empresas de tecnologia da informação e comunicação. A verdade está sendo suprimida e distorcida para servir a agendas políticas, e aqueles que se atrevem a contestar isso, muitas vezes, são silenciados ou marginalizados. Essa erosão da verdade e da integridade tem minado os alicerces da sociedade.
Hoje em dia, mentir é algo muito comum. Em quem você pode confiar? Especialistas em mídia e funcionários públicos têm se envolvido num fluxo constante de manipulação psicológica, que é uma forma de abuso em que as pessoas recebem deliberada e sistematicamente informações falsas para que questionem a sua própria sanidade, memória ou percepção da realidade. Até a grande mídia tem embarcado em narrativas absurdas. Todas as notícias deveriam ser realmente verificadas, mas as pessoas responsáveis por isso, frequentemente, participam desse engano e, às vezes, até elas mesmas são enganadas por essas narrativas falsas.
As relações internacionais estão mais corrompidas do que nunca. A hipocrisia e o suborno fazem parte da política entre as nações, cujos diplomatas participam de conferências apenas para mentir uns para os outros, referendar regimes autoritários. As nações fazem acordos entre si apenas para descumpri-los quando for conveniente.
A lei de Deus exige honestidade, integridade, mas todos têm se rebelado. “E estendem a língua, como se fosse o seu arco para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e a Mim me não conhecem, diz o Senhor” (Jeremias 9:3). Em vez disso, sucumbem à influência de Satanás, o diabo e pai da mentira (João 8:44).
Em nosso mundo, todos devem arrepender-se de seus maus caminhos – desde os presidentes, os congressistas, os donos da grande mídia até o cidadão comum. Todo verdadeiro servo de Jesus Cristo deve evitar participar da corrupção deste mundo. Apocalipse 21:8 adverte a “todos os mentirosos, (que) a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte”.
Noé construiu a Arca segundo as orientações de Deus para salvar as espécies da destruição. Cristo construiu a Sua Barca, a Santa Igreja Católica, deixou-a na condução inicial de Pedro com os apóstolos que mantém a tradição dos seus ensinamentos até o dia de hoje. Esta é a nossa Arca da Salvação, frente a destruição deste mundo coberto de trevas.
Lembro do livro bíblico Neemias (ou segundo livro de Esdras). Neemias se mostrava amargurado pela necessidade de reconstrução da sua cidade, Jerusalém, principalmente o Templo, que se encontrava em ruínas. Havia uma necessidade de reforma dos costumes e purificação espiritual.
Aqui no Brasil e especialmente na Praia do Meio também precisamos disso, reforma dos costumes e purificação espiritual. Em Jerusalém era importante a construção do Templo para a profissão da fé, aqui na Praia do Meio é importante a construção de nossa Sede para a organização das ações em benefício da comunidade, seguindo a vontade do Pai, agindo fraternalmente com todos os irmãos, não fazendo a nenhum aquilo que não queremos para nós.
Com este objetivo cristão hoje a AMA-PM trabalha com nova direção, sabendo desta responsabilidade diante do Pai. Conversamos com cada pessoa que mora na comunidade ou que mora distante, mas sintoniza com nossos princípios cristãos, que tenha um trabalho a realizar junto conosco ou um cargo público ou privado que nos promova parceria.
Olhamos as necessidades, tanto individuais como doenças, abuso de drogas, prostituição, desemprego, criminalidade, quanto as necessidades coletivas, como iluminação, vias públicas, retirada do lixo e espaços ociosos, públicos ou privados, que trazem malefícios, mas que podem se transformar em benefício para a comunidade.
Toda a Diretoria da AMA-PM e membros da comunidade sabem que este trabalho é feito com o objetivo exclusivo de servir ao povo, sem exigir nenhuma recompensa material, financeira ou eleitoreira para qualquer um de nós. Procuramos ensinar o Evangelho do Cristo com toda a pureza que é necessária, evitar que o egoísmo de alguém cause prejuízo ao próximo ou à comunidade.
Esperamos que a consciência de cada um que entra em relacionamento conosco, também esteja sintonizada com a verdade e com a justiça, pois não podemos compactuar com nenhuma forma de manipulação perversa, em busca de lucros ou benefícios pessoais que passem por cima dos interesses da comunidade.
Estamos prontos para discernir a verdade da mentira, entendo com a lógica da inteligência quando existem falsas narrativas para desviar dos interesses da comunidade. Caso não possamos resolver com os princípios cristãos, entregaremos o caso para a justiça secular. Qualquer que seja o resultado, acataremos, e continuaremos a seguir em frente com nossa missão, tendo a consciência tranquila do dever cumprido.
Neste setor de trabalho da construção da nossa Sede provisória, temos 2 espaços onde estamos trabalhando esta possibilidade, mas com certeza o Divino Espírito Santo que está nos assessorando irá nos intuir o melhor caminho a seguir e apresentar novas pessoas com novas oportunidades. Sabemos que o trabalho é imenso, dificultoso, e até sacrificante, mas o nosso Mestre e Pai merecem todo o esforço que possamos demandar.