As leituras de todos os livros espirituais que faço diariamente convergiram como se tal fosse uma ordem do Pai para mim. Mas fico assustado com a dimensão que isso assume, e o tempo que deve levar. Fico preocupado pela não capacidade de realização dessa ordem assim como está vindo na minha consciência, e, se mesmo eu conseguindo cumprir, o meu corpo físico suportará? Isso sem falar dos fatos anexos a essa comunicação que pode ter algum significado e que não alcanço, e que podem dar um novo sentido ao que por enquanto imagino.
Irei transcrever os trechos lidos neste dia em cada livro, colocando em negrito aquilo que acho ser o foco da comunicação do Pai comigo:
BÍBLIA – 9. Tomarás trigo, cevada, favas, lentilhas, milho e aveia, que guardarás num mesmo recipiente para fazeres o teu pão. É isso que comerás durante todo o tempo que estiveres deitado, ou seja, por trezentos e noventa dias. 10. O peso desse alimento que comerás por dia de 24 horas será de 20 siclos. 11. A ração de água que irás beber será reduzida a um sexto de hin por 24 horas. (200 gramas aproximadamente e um litro de água). 12. Tomarás esse alimento sob torta de cevada, cosida em fogo de excrementos humanos, e à sua vista. 13. E assim, falou-me o Senhor, que comerão os israelitas os alimentos impuros por entre as nações onde eu os dispersar. 14. Ah, Senhor Javé, respondi, nunca estive manchado. Desde minha infância até hoje, jamais comi animal morto ou despedaçado; nenhuma carne impura entrou em minha boca. 15. “Pois bem, me disse, eu te permito trocar os excrementos humanos por esterco de vaca, sobre o qual farás coser o teu pão.” 16. Em seguida ajuntou: “Filho do homem, vou desesperar Jerusalém de fome. Aí se comerá, na angústia, um pão rigorosamente pesado, beber-se-á, no meio do assombro, uma água racionada, 17. e, na penúria de pão e água, virão a esmorecer uns e outros e perecerão por causa da sua iniquidade.” Ezequiel, 4:9-17.
Esta foi uma ordem direta, acredito que tomada em função do Brasil hoje corresponder a Jerusalém do passado, por se ter o entendimento de ser o “Coração do mundo e pátria do Evangelho.” A fome referida deve ser o desemprego recorde que o pais atravessa pela iniquidade de seus habitantes, principalmente com a corrupção nas relações eleitoreiras, na venda dos votos e na gerência de um poder eleito e corrompido na base.
FONTES FRANCISCANAS E CLARIANAS – 32. Quando chegaram a Roma, encontraram o Bispo da cidade de Assis, que naquele tempo morava em Roma. Ao vê-los, recebeu-os com imensa alegria.
O Bispo era conhecido de um Cardeal, que se chamava Senhor de São Paulo e que era um homem bom e religioso e amava muito os servos do Senhor. O mencionado Bispo dera-lhe a conhecer o propósito e a vida do bem-aventurado Francisco e de seus irmãos. Ele, tendo ouvido estas coisas, ansiava com o desejo de vero bem-aventurado Francisco e alguns dos seus irmãos. Ao ouvir que eles se encontravam em Roma, mandou procurar por eles e fê-los virem até ele. Quando os viu, acolheu-os com devoção e amor. Anônimo Perusino, 32.
Roma tem o significado de uma instância que controlava o mundo naquela época, e atualmente quem poderia ter esse poderio financeiro e militar seria os Estados Unidos, e à nível político a Organização das Nações Unidas. Oferece uma sinalização que essas ações desenvolvidas aqui, podem se dirigir a esses órgãos de poder central para receber deles a chancela de autorização para espalhar tal comportamento por todos o mundo, como esse era o objetivo de Francisco e seus companheiros.
ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS – 21-09-16: Oração pela paz mundial – Que os conflitos mundiais não passem de extensões dos conflitos travados dentro das almas. Nada acontece fora, que não tenha acontecido, antes, lá dentro. Dentro da gente. Personalidades serenas e pacificadas espalham segurança e clima saudável à sua volta. Corações perturbados e agressivos projetam igualmente sobre os outros seus distúrbios interiores. Sem a sede não teria sentido as fontes. És o caminho, a verdade e a vida, Senhor. Que eu saiba encontrar a paz na fonte eterna do teu Amor. Leitura do dia.
Coloca o foco da minha observação nos conflitos que são travados no interior da alma, e não nos conflitos externos, por mais agressivos e destruidores que sejam, afinal tudo tem origem no interior das almas e para elas é que deve ser direcionada todo o esforço de educação evangélica.
UM SANTO PARA CADA DIA – 21 de setembro – São Mateus: Coletor de impostos, apóstolo e evangelista. Foge do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. O Evangelho atribuído a ele nos fala mais amplamente que os outros três usos do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus”. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”...
...Ninguém deve desesperar da salvação, se houver conversão para vida melhor...
...No silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.”
Reforça o papel que o dinheiro deve ter em nossa vida, não ser o objetivo principal, mas servir como uma ferramenta para ser praticado o bem de forma discreta, oculta, que somente o Pai possa perceber.
Vi uma conexão nesses quatro textos, e como sempre entendo que o Pai está perto de mim, orientando, instruindo e ordenando, é nisso que irei aprofundar a reflexão e procurar forças e inteligência para fazer a vontade dEle.
O grande redil brasileiro sofre ameaça, acende a luz vermelha de ações enérgicas para sair do abismo em que entrou. O nível de corrupção avançou tanto que destruiu a base financeira e o respeito perante o mundo. Como nós temos a perspectiva de nos tornar “O coração do mundo e a pátria do Evangelho”, devemos agir com firmeza para arrancar o joio do meio do trigo.
Acontece que o mal conseguiu permear muitas consciências saudáveis e também muitas instituições, que deveriam prestar um serviço ético à comunidade. Estas pessoas assim contaminadas resistem ao esforço que a justiça e a polícia realizam para descobrir os focos de corrupção e sanear o estado.
Esses grupos, geralmente beneficiários da corrupção, não se intimidam do mal feito que fizeram ou deixaram fazer e vão as ruas. Levam palavras de ordem que são totalmente divorciadas da realidade. Os cidadãos que antes encheram às ruas em protestos, ficam em seus trabalhos, não se sentem motivados para protestar contra algo que eles mesmo pediram.
Às vezes muitos cidadãos que não participaram das maracutaias ficam a perguntar, que nível de dissonância cognitiva essas pessoas apresentam nas ruas, querendo apresentar uma situação que todos entendem ser falsas. O que era esperado era que as pessoas de bem que tivessem dentro desse partido que se voltou para o mal, saíssem de forma espontânea dos seus quadros. Mas poucos foram os que agiram assim, de forma coerente com a verdade e a justiça. A maioria permaneceu dentro do partido, todos sabendo que eles usufruíram dos recursos ilegalmente captados.
Este é o motivo pelo qual a luz vermelha foi acesa dentro do redil. As mentes corrompidas pelo mal tentando mostrar à população que o mal feito que eles fizeram estar correto. Como o país é composto de uma maioria analfabeta, que se comportam motivados pelos interesses da sobrevivência, do estômago, corremos o risco de em eleição ditas democráticas, venhamos a sofrer a eleição dos mesmos corruptos que desgraçaram a nação, pelo simples fato deles terem trazido benefício de forma irregular, gastando o que não podiam gastar.
Mas, iremos torcer e lutar dentro de nossas trincheiras éticas e espirituais para que a verdade prevaleça e a justiça reine em nossos compromissos coletivos.
Quando o Cristo ensinou que o Reino de Deus estava perto e que podíamos pertencer a ele desde que corrigíssemos as impurezas do coração, Ele sinalizou que podíamos manter uma dupla cidadania.
A primeira cidadania que podemos considerar é esta associada ao mundo material. Dentro desta cidadania material, praticada em qualquer país, que sejamos nativos ou não, sempre deve ser praticada a ética cristã com todos, quer pertençam ou não a família biológica, quer sejam ou não conterrâneos ou tenham qualquer outra relação.
Ao agir dessa maneira, praticando em todos os relacionamentos a moral cristã, estamos automaticamente dentro do Reino de Deus. Acontece que a maioria das pessoas, apesar de conhecerem as lições do Evangelho, de se declararem cristãs, não conseguem praticar as lições que supostamente aprenderam. Não conseguem, dessa forma, alcançarem a dupla cidadania. Mas isso não implica que uma ou outra pessoa alcance essa condição, pois o esforço pessoal de se manter íntegro e obediente as leis de Deus é que vai justificar a sua cidadania no Reino de Deus.
Temos o exemplo maior do próprio Cristo, que encarnou entre nós na forma humana, sentia todas as emoções geradas pelo seu corpo, mas se manteve fiel ao compromisso espiritual que manteve com o Pai. Não foram as circunstâncias dele viver cercado de pessoas ignorantes, cheias de pecado, que inviabilizariam a sua cidadania divina. Foi tentado de diversas formas, inclusive tentações espirituais contrárias à vontade do Pai, mas não cedeu a nenhuma delas.
Sabemos que é difícil alcançar essa condição. As diversas pessoas que tentaram fazer isso, mesmo com a proximidade do Cristo, não conseguiram. Vejamos o exemplo de Judas, o traidor, e de Pedro, o grande amigo do Cristo, a quem Ele determinou de liderar o movimento evangélico. Todos falharam em algum momento e durante a vida sempre havia momentos de tropeço. O importante é que não percamos o nosso foco devido aos tropeços e quedas.
Sei que apesar de meus esforços ainda não atingi plenamente essa dupla cidadania. Continuo com grandes falhas comportamentais, com a gula, com a dependência de certos desejos corporais, com a preguiça que exagera no repouso do corpo físico e não realiza o trabalho que é necessário, no tempo preciso. Pelo menos já consigo visualizar a meta para a qual me dirijo e se cometo erros já tenho uma boa percepção do que saiu errado e me sinto disposto a corrigir. Por isso reconheço que não tenho condições de reivindicar essa dupla cidadania, mas sou um bom candidato a alcança-la em tempo não tão demorado.
Esta atual vivência aqui na Terra não será suficiente para eu alcançar esse objetivo, mas já tenho bem compreendido que a morte é um fator que não existe para a minha vida. Pode existir para o meu corpo, na forma que ele se apresenta. Mesmo porque, comparado ao corpo que eu tinha quando menino, devo considerar que tenho um corpo totalmente modificado. Por que seria então que o meu espírito não deveria sofrer alterações de acordo com os esforços que faço para melhorar?
As ovelhas podem sair do redil e se perderem no mato, nas montanhas, nas pedras, sem conseguirem encontrar mais o caminho de volta. É necessário que o pastor vá à sua procura e a conduza de volta. Este é o exemplo que o Cristo apontou na sua famosa parábola do Bom Pastor ou A ovelha perdida.
Qual seria a lição que o Cristo queria que aprendêssemos com essa parábola? Não é que tenhamos de ir à procura de um irmão que se perdeu pelos caminhos físicos da vida e traze-lo de volta ao seu lar. Muitos estão perdidos na vida, mas continuam morando dentro de casa. A perdição tem mais sentido no caminho psicológico que leva a pessoa a se comportar de forma antiética.
Lembro que a maioria dos adolescentes tem uma visão positiva da vida e desejam que a ética prevaleça nas relações sociais. Acontece que com o passar do tempo, a maioria passa a aceitar novos conceitos e valores, quando assumem suas profissões e cargos, e terminam por saírem do caminho ético. É neste ponto que essa “ovelha” se perde e entra em caminhos errados, contrários à ética, à justiça e a solidariedade. Deixa prevalecer os instintos egoístas de sua natureza animal e passa a acumular recursos para beneficiar a si e a sua família e amigos, em detrimento de uma grande quantidade de pessoas que se tornam prejudicados por tal ação. Isso é o que aconteceu no Brasil atual, quando um partido político, o PT, que antes se comportava como um grande guardião da ética e logo que assumiu o poder passou a fazer tudo aquilo que condenava. O líder maior entrou nos caminhos errados, se tornou a ovelha perdida, e conduziu com ele diversas outras que pensavam ser o correto, ou então consideravam os atos criminosos como importantes e necessários para se atingir determinada meta.
Também podemos observar a perdição de ovelhas num ambiente menor, na família, por exemplo. Tudo começa com a mentira que evita a descoberta de atos antiéticos. Digamos que o marido não resiste à tentação e passa a se relacionar sexualmente com outra pessoa, sem o conhecimento da esposa, e sem que ela saiba que existia essa possibilidade. Isso estabelece um crime, o adultério, algo que nenhum dos dois podia fazer. Essa ovelha se encontra perdida do ponto de vista ético. No entanto, a maioria dos homens casados tem essa disposição, de cometer esse crime, de se perder em caminhos errados, contrários à ética. Seria melhor que ele revelasse a disposição de sair com outras pessoas, mas como ele teria por justiça dar o mesmo direito à mulher, e como ele mantem o sentimento machista da mulher pertencer somente a ele, e que não deve ter o mesmo direito às aventuras extraconjugais, se forma assim a perdição dessa ovelha.
O caso complica mais quando a mulher descobre o que está acontecendo e desenvolve um função disso um grande ódio, incapaz de ser perdoado. A mulher entra por esse motivo em caminhos errados, considerando a ética cristã, que não devemos condenar ninguém e que devemos perdoar setenta vezes sete.
Isso mostra que os motivos que levam uma pessoa a se perder dos caminhos corretos, geralmente induzem a outras pessoas a fazerem o mesmo, qualquer que seja o contexto, político, profissional, familiar, etc.
A lição do Cristo pretende prevenir que entremos em caminhos errados, que consigamos resistir aos desejos egoístas, e que tenhamos força para não reagir de forma errada com quem pratica o erro ao nosso redor, quer nos beneficie ou prejudique. Evita que nos tornemos ovelhas perdidas.
Por outro lado, devemos estudar com afinco essa lição e nos fortalecer para não cairmos nos erros e, mais ainda, devemos ser capazes de ir em busca das ovelhas perdidas e traze-las de volta ao redil, isso é, mostrar o caminho errado que ela tomou, quer seja direta ou indiretamente, e da vantagem de praticar as lições do Cristo.
Tem um ditado que diz, fulano de tal está com a “pá virada”, que segundo o nosso folclorista e principal estudioso potiguar, significa alguém que pode fazer alguma coisa, mas que está deitado ou mantido na ociosidade sem fazer o que seu instrumento carnal tem como missão. É como se fosse uma pá emborcada, virada, que não está em funcionamento. Eu não conhecia o sentido desse termo, e somente nesta semana, fazendo resgate dos documentários de Câmara Cascudo para comercializar na Loja Mãos de Arte, foi que prestei atenção, e vi que isso poderia também se aplicar a mim, pois tenho muita tarefa designada pelo Pai, mas não estou fazendo a contento. Sei que estou sendo rigoroso, pois muito já estou fazendo, mas a consciência continua acusando que mais poderia ser feito. E talvez esse ditado venha como um precursor de ordens severas do Pai, um pouco mais adiante.
Costumo dizer que quero ser um instrumento do Pai para fazer a Sua vontade, em detrimento da minha. Querer é uma coisa, ser é outra muito diferente. Raramente as coisas andam juntas. Sei que já iniciei muitas tarefas que são da vontade do Pai, que me sacrifico em algumas delas e isso é prova de que não é a minha vontade e sim a dEle.
Agora, se a minha ferramenta de servir a Deus está virada, e se isso atende aos desejos do meu corpo, e se meu corpo ainda exerce forte poder sobre o meu livre arbítrio, o meu comportamento, então a minha fala de querer servir a Deus começa a parecer hipocrisia.
Tenho que vigiar esse aspecto, pois se prometo ser ou fazer alguma coisa, sabendo de antemão que não poderei fazer, está caracterizada a hipocrisia. Como fazer para evitar isso? Reconhecer as dificuldades, os vícios e defeitos que todos nós possuímos. Ao reconhecer, não prometer ao Pai algo que não posso cumprir.
A tarefa que é posta à minha frente, neste momento, é desvirar minha ferramenta, adaptar o meu corpo ao trabalho extra, aquele que se torna necessário para que eu atinja o nível de cidadão do Reino de Deus.