Estou escrevendo este texto com um dia de antecipação. Irei deixar programado para a publicação no primeiro minuto deste dia. Logo mais à tarde irá acontecer o casamento do meu filho primogênito. Portanto, estou colocando perspectivas do que será esse evento.
Está escrito nos livros sagrados que o primogênito deve ser oferecido à Deus. Isso deve ter ainda um significado nos dias atuais, uma vez que as lições sagradas são para a eternidade. Talvez seja o filho mais ligado com as propostas do divino. Percebo isso nele, apesar dele não ter nenhum engajamento nas atividades espirituais que desenvolvo. Pelo menos não observo críticas nele pelo pensamento e ações que desenvolvo, no mundo que eu criei tão diferente do que ele agora está começando a criar. Que diferenças são essas?
Ele está iniciando com este casamento, a formalização junto à divindade de uma família com características nucleares. Todos os seus parentes e suas respectivas famílias nucleares estarão presentes, não será admitido, principalmente pela parte na noiva, nenhuma outra pessoa que tenha se envolvida afetivamente com o noivo. Esta é a expressão forte do amor romântico, na procura pela exclusividade da permanência para sempre do companheiro.
Por outro lado, lá eu estarei como um convidado especial, na condição de pai. Eu que defendo e procuro formar a família universal. Qualquer uma das minhas relações afetivas, passadas ou atuais, poderão estar presentes, com a minha anuência e permissão dos noivos, que sabem como eu penso. Mas existe um contraste entre as nossas duas formas de pensar e agir. Do lado dele não observo conflitos, tudo é alegria, satisfação. Do meu lado, é o oposto, cheio de conflitos, reclamações. O amor exclusivo que ele desempenha, atende aos interesses diretos ou indiretos de todos os convidados. O amor inclusivo que eu desempenho cria uma série de conflitos entre aquelas pessoas que estão mais afastadas afetivamente de mim, justamente por irem de encontro à inclusividade dos afetos que procuro praticar. Muitas das pessoas ligadas afetivamente a mim não irão a esse evento, justamente porque irão me ver mais próximo a outra pessoa, ou que no passado, algumas pessoas que podem estar presentes, tenham sido suas adversárias quando ela estava mais próxima de mim. Até mesmo a pessoa que está mais próxima de mim, espacialmente, certamente estará constrangida com a proximidade de outras pessoas que ela considera como concorrentes a um afeto que deveria ser entendido como inclusivo. Nenhuma delas entendem, ou se entendem não conseguem praticar, de que a pessoa que meu coração mais se aproximará afetivamente, será aquela que demonstre amar com especial distinção as outras pessoas que me amam.
Essa situação também me deixa constrangido, pois ninguém consegue ver ou praticar os requisitos básicos do amor incondicional através do qual eu procuro me comportar. Se todas as pessoas que se envolveram afetivamente comigo tivessem assumido em seus corações esse amor incondicional, com certeza essa capela onde esse casamento irá ser realizado, estaria cheia de pessoas muito mais ligadas a mim que ao noivo, e todas com muita efusão de harmonia e felicidade, entre elas algumas com filhos que o Pai permitiu, todos amados e integrados nos afetos compartilhados.
Esta é a beleza da aplicação do amor inclusivo que está dentro do amor incondicional, e que, infelizmente, parece que somente eu tenho condições de imaginar e tentar aplicar. Estarei neste evento com a pessoa que no momento está mais próxima de mim, e afastado pela intolerância, ressentimentos, raiva e orgulho de todas as outras... com uma exceção, a minha primeira esposa e mãe do meu primogênito, é a que demonstra melhor aprendizado nessa harmonização de afetos, que conseguiu domar a maior parte dos seus ressentimentos e agora na maior parte do seu comportamento, procura se harmonizar com todas as outras que se aproximam afetivamente de mim, no passado, no presente e no futuro.
Enfim, como este projeto que procuro levar avante pertence a Deus, tenho que ser paciente com tantas distorções cognitivas nas formas de pensamento, de tantas intolerâncias que ainda persistem nas formas de comportamento. Penso como pensava aquele sacerdote do Templo judeu sobre as perseguições aos primeiros cristãos: “Se este pensamento e ação pertence a Deus, não pode ser destruído pelo poder ou intolerância de quem quer que seja”.
A Reforma Íntima enquanto processo contínuo de aperfeiçoamento do nosso ser real, é uma atividade que não devemos esquecer devido a labuta diária, dos estresses do cotidiano. Procurar resgatar os erros admitidos pela consciência, corrigir o mal que causamos a alguém, ter a ajuda da ciência e do mundo espiritual nessa jornada, tudo se reveste da maior importância para o alcance da meta final, a plenitude.
Nesse processo de renovação é importante que sejam identificadas as metas de realizações, desenvolvendo a consciência das responsabilidades, a conquista do necessário pouco a pouco, fazendo acontecer o processo da evolução.
É preciso a compreensão que nesta escalada ascensional existem os diversos patamares, degraus que se deve galgar um a um, certo que irá encontrar no em cada um estímulos atraentes e desafiadores que estimulas as potencialidades adormecidas.
A evolução espiritual implica na conquista de diversas áreas, por exemplo: educacionais, familiares, sociais, econômicas, artísticas e espirituais. O requisito para se obter essa ascensão é o esforço e a perseverança, na ampliação, renovação ou mudança de paradigmas.
Essa mudança de paradigma tem o efeito de uma entrada numa área desconhecida, mas que foi informada, avaliada e aceita. Daí se desenvolve o cultivo de novos valores, que levam a reações de acomodação ao que antes era estabelecido como correto ou aceito como inevitável. Esse esforço de renovação implica em alterar o emocional e o cultural, que teimam em permanecer no psiquismo.
Mas a força evolutiva está acontecendo em todas as áreas, e pode ser utilizada principalmente do campo do conhecimento, na ciência, tecnologia e cultura. Esta força mostra que existia em 1995 uma duplicação a cada quatro anos dos recursos obtidos pela evolução, e em 2020 está sendo avaliado que isso pode acontecer a cada 20 meses. Ninguém pode ficar de fora dessa onda evolutiva, tanto material quanto psicológica e espiritual, pois senão a vida de quem ficar parado perderá o sentido.
Devemos ter a coragem para enfrentar esse desafio constante que a evolução nos apresenta, fazendo reciclagens periódicas e reconhecendo com humildade os momentos que somos ultrapassados, até por pessoas mais jovens e menos experientes.
As metas humanas colocadas no campo de nossa evolução, devem ser multifacetadas, dentro das realizações morais, evitando o risco da desumanização ou robotização. Os implementos psicológicos que devemos priorizar diz respeito a adequação ao espiritual, à ultrapassagem dos limites corporais, até atingir a consciência transcendental.
O alcance da plenitude só será possível quando tivermos a consciência da escalada evolutiva, evitando a desmotivação causada pelos problemas surgidos a cada novo patamar alcançado; quando tivermos renovado os valores para a estruturação do ser real no campo da consciência; identificar-se com a consciência cósmica para adquirir a força propulsora necessária para a ascensão; e atingir o nível máximo da liberdade e do amor, o alcance da plenitude.
Escuta, Francisco, os mandamentos da vida. Meditas a fim de que aprendas a prudência. Donde vens, Francisco, donde vens que te encontra em terra inimiga, cheia de crimes, e abandono da minha vontade? Aprende onde se acha a prudência, a força e a inteligência, a fim de que saibas, ao mesmo tempo, onde se encontram a vida longa e a felicidade, o fulgor dos olhos e a paz.
Quem jamais encontrou sua mora e penetrou em seus domínios? Onde estão os chefes das nações que domavam os animais da terra, e brincavam com as aves do céu, que entesouravam prata e ouro, em quem os homens confiavam, e cujos bens eram inesgotáveis? Nada resta de suas obras. Desapareceram, desceram à habitação dos mortos, e outros subiram ao lugar deles; os mais jovens viram o dia e habitaram a terra; não descobriram, porém, o caminho da sabedoria, nem conheceram a senda que a ela conduz. Também seus filhos não a alcançaram e longe permaneceram de seu caminho.
Deles não se ouviu falar do Reino de Deus, nem seguiram as lições do “meu Filho”. Mesmo os membros do Templo, à procura de prudência terrestre, e os negociantes do ferro e da fala, os amigos de provérbios e os desejosos de prudência, não puderam conhecer o caminho da sabedoria, nem dela obter informações sobre sua pista.
Ó Francisco! Quão imensa é a minha Casa; como é vasta a extensão dos meus domínios! Sim, é vasta, imensa, ampla, ilimitada. Aqui nasceram os famosos gigantes antigos, de estatura imensa e alma de guerreiros. Não os escolhi, nem lhes mostrei o caminho da sabedoria. E por falta de sagacidade pereceram, vítimas da própria estultícia.
Quem escalou o céu, a fim de procurar a sabedoria, e a trouxe para baixo das nuvens? Quem atravessou o mar para encontrá-la, e a adquiriu, ao preço do ouro mais puro? Ninguém conhece o caminho que a ela conduz, nem sabe a pista que lá o possa levar. Somente aquele que tudo sabe a conhece, e por efeito de Sua prudência à descobre; aquele que criou a Terra para tempos que não findam; aquele que de animais a povoou; aquele que lança o relâmpago e o faz brilhar, que o chama e ele, bramindo, obedece.
Brilham as estrelas em seus postos e se alegram; Eu as chamo, e respondem: “aqui estamos”. E jubilosas refulgem para o seu Criador. Eu sou o vosso Deus e comigo nenhum outro se compara. Conheço a fundo os caminhos que conduzem à sabedoria, galardoei com ela Salomão, Jesus e seus discípulos. Foi então que ela apareceu sobre a Terra, onde permanece entre os homens.
Ela é o livro dos mandamentos divinos e a Lei que subsiste para todo o sempre. Todos aqueles que a seguem adquirirão a vida, e os que a abandonam ou não a alcançam, morrerão. Vem para ela, abraça-a. caminha ao seu encontro, ao esplendor da sua luz. Participes com outros desta glória, e estendes esta salvação à nação inteira.
Ditosos são todos, Francisco, que dentro da consciência percebem o que foi revelado e que agrada a Mim!
Este relato, tirado de Baruc, 3:9-38; e 4:1-4, com algumas adaptações, das minhas leituras diárias e sequenciais, foi sentido por mim que era a transmissão das intuições divinas passadas aos profetas do passado e registradas na Bíblia, como a resposta material do Pai aos meus constantes pedidos de sabedoria. Esse é o procedimento que o Pai usa, com a sua inesgotável sabedoria, de se comunicar com toda a sua criação inteligente, através de recursos que podem seguir um roteiro de séculos até atingir os seus objetivos, de clarear o discernimento de Seus filhos que procuram fazer Sua vontade e que permanecem mergulhados em dúvidas, vícios e defeitos.
Fiquei satisfeito com a resposta, pois apesar de não me considerar portador da sabedoria que Salomão e o próprio Jesus apresentavam, sinto que estou bem orientado na trilha que estou seguindo e que foi ensinada pelo Mestre, de aplicar o Amor Incondicional em todas as circunstâncias da vida, mesmo que para isso eu aparente ser a causa de sofrimentos individuais, pois o objetivo está no coletivo que é o interesse maior do Pai. Esta sabedoria de um dia alcançar a harmonia geral num amplo relacionamento que leva à família universal, é um objetivo que está colocado à frente do caminho.
No dia 17-08-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, teve início mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Francisco; 02. Paulo; 03. Edinólia; 04. Rusa; 05. Mano; 06. Ana Paula; 07. Douglas; 08. Junior; 09. Davi; 10. Washington; 11. Neta; 12. Joanilson (vereador); 13. Igo (Assessor); 14. Daniele (militante); 15. Gleidise (militante); 16. Sales (Escola S&A); 17. Jailton (assessor); 18. Joyce (Assessor); 19. Damião (Mórmons); e 20. João Maria. Após os 30 minutos de conversa livre, foi lido o preâmbulo espiritual com o título “O mundo e o mal” uma frase de Jesus escrita por João em 17:15. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada com a observação de que Luzivam justificou a sua ausência e os pedidos de lixeiras e policiais foi dirigido ao vereador Ubaldo, presente à reunião. Paulo deixou dois livros na Biblioteca Virtual, ficando “A mentira do sistema religioso” com Edinólia e “O dízimo” com Francisco; Francisco deixou um Filme sobre a vida de Jesus-menino, que ficou com Paulo. Como havia vários convidados de primeira vez na reunião, foi colocada a proposta de trabalho comunitário desenvolvida pela AMA-PM, de natureza evangélica, sem partidarismo ou filiação religiosa. Porém todos os cidadãos que queiram colaborar com a comunidade, principalmente os vereadores eleitos e candidatos, serão bem vindos em nossa reunião, sem compromisso de atrelamento a qualquer candidatura. O nosso líder maior é Jesus, e sabemos que Ele considera a todos como irmãos, independentemente de partido ou de igreja. Em seguida foi dada a palavra ao vereador Joanilson para falar sobre sua plataforma política e que está apresentando um projeto de um diálogo inter-religioso. Informa que também pode ajudar no reconhecimento de utilidade pública para a AMA-PM e que estão abertas as inscrições na Câmara para estágios dirigidos para estudantes. Orienta que a AMA-PM pode credenciar uma pessoa junto à Câmara Municipal, para acompanhar os projetos de interesse da comunidade. Deixa o telefone do seu gabinete, 3232-3860 para qualquer necessidade da comunidade, falar com Alexandre ou Wober. O senhor Sales falou da Escola “SA Soluções em Informática & Cursos, que prepara para o mercado de trabalho nas áreas Tecnológicas, Humanas, Idiomas e Saúde, além de preparação para o ENEM e Concursos. Tem mensalidade a partir de 50,00 reais, mas com a possibilidade de bolsas, de 10 a 20. A condição de matrícula é que a pessoa tenha acima de 14 anos e seja alfabetizado. As 20h30m foi encerrada a reunião, o pastor Damião da Igreja Mórmons conduziu a oração ao Pai, posamos para a foto coletiva e degustamos o lanche fornecido por Francisco.
A vida em família universal continua sofrendo muito obstáculo da família nuclear. A família nuclear desenvolvida a partir do amor romântico, que tem a meta da reprodução e portanto da transmissão dos gens dos amantes envolvidos, vai ser facilmente envolvida pelos mecanismos egoístas que preservam a individualidade, a melhor oportunidade de preservar e reproduzir os próprios gens. Este é um mecanismo atávico, associado a sobrevivência biológica e que gera energias representadas na mente como desejos e repulsas. Desejo pelas pessoas que podem possibilitar a melhor condição de reproduzir e preservar os seus gens; repulsa pelas pessoas adversárias que podem ser obstáculos, que podem desviar as pessoas companheiras que facilitariam o seu desempenho biológico. Este é o jogo que prevalece na cultura, na vida social, em todos os segmentos. Isso gera um clima de hostilidades, de conflitos, de prepotência, orgulho de vaidade, que tende a se disseminar no espaço e no tempo, que gera ódios e guerras.
Por outro lado, a família universal, formada pela aplicação do amor incondicional, tem como meta a harmonização da sociedade, com solidariedade e justiça social. Essa energia mental do amor incondicional carregado da inclusividade, deve ser forte o suficiente para suplantar a energia do amor romântico com sua carga de exclusividade. Os desejos e repulsas que chegam em nossa mente, não conseguimos evitar, pois tem origem no atavismo formado ao longo dos milênios de nossa formação e evolução biológica e espiritual. No começo a evolução espiritual esta à reboque da evolução biológica, e por esse motivo na herança atávica só iremos observar a força do amor condicionado a algum benefício para a sobrevivência individual. Mas, no momento que nossa consciência atinge o estágio de entender e desenvolver os conceitos morais, iremos perceber que o egoísmo tende a destruir a evolução harmônica em direção à perfeição de uma coletividade divina, o Reino de Deus.
O amor incondicional deverá dirigir as ações do indivíduo para a vida se processar dentro da família universal. A fidelidade entre os casais que pretendem desenvolver um companheirismo não pode ser na base do exclusivismo, e sim da inclusividade. Em qualquer momento o companheiro ou companheira pode desviar sua atenção para outro setor espacial, para outra pessoa compatível no sentido de reforçar a ampliação dos sentimentos que é um dos pré-requisitos para se conceituar a família universal. As forças dos desejos e repulsões podem estar presente no psiquismo do amante incondicional, mas ele não deixará que elas prevaleçam sobre o comportamento de inclusão, solidariedade, fraternidade e justiça social.
A fidelidade nesse contexto não quer dizer: “jamais se envolver intimamente com outra pessoa”, e sim, que as forças egóicas do atavismo animal não irá impedir o comportamento do companheiro(a) no relacionamento pertinente ao amor incondicional com outras pessoas, mesmo que na aparência exista o formato do amor romântico, mas o compromisso de fidelidade é com o amor incondicional.
Somente dessa forma a vida familiar universal pode ser realizada, mesmo que nos estágios iniciais exista grande sofrimento, pelo não vencimento ou convencimento do amor condicional, romântico e exclusivo.