Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/06/2016 23h59
BIG-BANG – UMA RACIONALIZAÇÃO

            A pergunta clássica da filosofia, comum ou técnica, sempre está circulando na nossa mente: “quem sou, de onde vim, para onde vou”. A primeira pergunta o filósofo Sócrates coloca como uma incógnita da qual temos que descobrir: “conhece-te a ti mesmo”. A segunda pergunta, em termos mais gerais de origem da vida e não origem do indivíduo, recebe da ciência uma tentativa de resposta. Explica que tudo começou a partir de uma grande explosão (Big-Bang) cósmica que iniciou a criação e a expansão do universo, fato que acontece até hoje.

            As religiões também tentam explicar essa nossa origem cósmica. Dentre elas existe a hipótese de um Deus: Criador, Incriado e Eterno. Dotado de sabedoria máxima, inalcançável por nossos recursos cognitivos, se expressa na Natureza, quer seja ou não alcançável por nossos órgãos dos sentidos ou capacidade imaginativa.

            Mesmo sabendo de minhas limitações cognitivas, me atrevo a raciocinar sobre essa origem e tenho que aceitar a lógica da Ciência ao apontar para o Big-Bang. Por outro lado, tenho que aceitar a lógica das religiões de que se existe um efeito é por que existiu uma causa. E se o efeito foi o Big-Bang, a causa tem que ser encontrada. Como a Ciência emudece nesse ponto, sou obrigado a aceitar a hipótese das religiões que dizem ter sido obra de Deus, qualquer que seja o formato que as religiões o aceitem.

            Portanto, a inteligência matemática que criou o universo conhecido e possíveis universos desconhecidos, aceito com o nome de Deus. Se a Ciência designa essa causa com o nome de acaso, eu não me incomodo, simplesmente entendo como sinônimo. Peço apenas licença para colocar dentro dEsse acaso que considero Deus, seus atributos de inteligência e sabedoria máxima, que irradia a energia mais poderosa, sublime e sutil de todos os universos, a energia do Amor.

            Essa forma de eu encarar o Acaso, destoa da forma que muitos colegas da academia encara o acaso, algo sem sentido, sem inteligência, sabedoria ou qualquer atributo nobre. Portanto, se esse acaso foi o criador de sua existência enquanto ser humano, não tem nenhum dever de reconhecimento por esse ato. Enquanto o Acaso/Deus que entendo ser responsável por minha criação, tenho com Ele toda uma responsabilidade de filho para Pai e procuro conhecer a Sua vontade e realiza-la, como fazemos com os pais biológicos.

            Posso ser visto por esses colega de forma irônica, por acreditar num Pai transcendental reverenciado por uma corte de espíritos, encarnados e desencarnados. Não sei porque, deveria me considerar humilhado por ser assim considerado, um coitado que se tornou encantado por estórias da carochinha, mas, pelo contrário, sinto-me tão seguro, mesmo órfão de pai biológico! Sinto que tenho um Pai presente a cada momento, sábio e bondoso, que deseja o meu crescimento evolutivo para chegar próximo dEle. 

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em 21/06/2016 às 23h59
 
20/06/2016 23h59
FAMÍLIA AMPLIADA (25) – NOVAS PERSPECTIVAS

            Sinto que o leque de relacionamentos que podem ser caracterizados dentro de tal família ampliada está cada vez mais se abrindo. Uma dificuldade surge em função dessa ampliação, que não deixa de ser o objetivo a ser alcançado... surge a dificuldade de eu não poder estar em todos os lugares que tem pessoas caracterizadas como membro desta família. Isso poderia ser um elemento negativo nesse formato da família ampliada, pois na família nuclear a presença do outro é garantida.

            Acontece que existe uma pressão muito grande para os relacionamentos serem formados além da família nuclear, e isso termina acontecendo de forma clandestina, com a pecha do pecado ou culpa do adultério, tanto pelo homem quanto pela mulher.

            Esse tipo de relacionamento, nuclear mas com diversos encontros adúlteros, implícitos ou explícitos, é o que se observa como normalidade na sociedade. Então, para evitar essa situação de anomalia, devemos colocar esse comportamento adúltero que se tornou normalidade, dentro de um paradigma diferente, que dê dignidade ao homem e mulher que assim proceder.

            A construção desse paradigma, com base na honestidade e na verdade, irá construir a família ampliada, pois não será concebível que dentro de uma relação harmônica, o relacionamento sexual seja realizado sem um laço forte de afetividade. Sem isso estaríamos nivelado aos animais, infelizmente é o que se observa também com muita regularidade. Mas não posso entrar nesse campo da sexualidade instintiva sem respeito à dignidade do outro, pois estaria tratando com um animal travestido de humano.

            O que quero demonstrar aqui é a válvula de escape para os instintos sexuais serem realizados dentro da verdade, coerência com os interesses de todos os envolvidos, e alimentar o sentimento do Amor que foi desencadeado pela força da paixão. Por isso a família ampliada se torna necessária e se tudo correr dentro dos princípios do Amor, alcançaremos a família universal, e, enquanto espécie, a sociedade característica do Reino de Deus.

            O aspecto negativo da falta de uma pessoa específica junto da outra, pode ser compensada de forma ampla pelas diversas pessoas que giram em torno da amizade e afetividade, nesse círculo familiar. O sexo não pode ser considerado tabu, se ele está a serviço do Amor, mas tem que ser evitado se ele induz a exclusão de outras pessoas.

            Senti a necessidade de fazer este texto ressaltando as novas perspectivas dentro da família ampliada, porque vejo essa necessidade estar surgindo em diversos campos, mesmo além do envolvimento sexual, que antes era o principal fator. Desde uma pessoa que fez um benefício para mim no passado e deixou registrado no mármore da minha memória a gratidão, essa pessoa e seus descendentes e antecedentes devem ser considerados como membros da família; uma pessoa que no passado distante se envolveu sexualmente comigo e agora se aproxima com outras demandas, também está registrada no mármore de minha memória. Até mesmo um paciente, companheiro de trabalho ou aluno, que mostre afinidade pelo pensamento e afeto pelos participantes, tende a entrar também nessa família ampliada.

            Tudo isso acontece no campo da minha consciência e percebo diversos caminhos se abrindo, cada vez com mais diversidade. Chega a um ponto que fico confuso na forma de melhor administrar tudo isso, uma vez que o egoísmo ainda prevalece e tende a desarmonizar o conjunto. Mas deixo todas essas dificuldades nas mãos de Deus, pois sei que esse trabalho pertence a Ele, e sou apenas um simples instrumento.

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em 20/06/2016 às 23h59
 
19/06/2016 23h59
INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO

            As vezes sou confrontado com a ideia de que o casamento, como uma permissão que Deus faz de união entre o homem e a mulher, tem que ser indissolúvel, pois o que Deus une o homem não pode desunir. Isso implica dizer que eu não obedeci a Deus no primeiro casamento que eu realizei perante Ele no altar. Cometi esse erro e também outro, pois casei uma segunda vez e separei novamente.

            Mas fico a imaginar, por que essas separações aconteceram se eu estava sempre procurando cumprir a principal lei de Deus que é a lei do Amor Incondicional? Para ajudar nas minhas dúvidas, procurei ler novamente o Evangelho.

            “E chegaram-se a Ele os fariseus, tentando-o e dizendo: é porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa? Ele respondendo, lhes disse: ‘Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? E disse: ‘Por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou. (Mateus, XIX: 3-6).

            Vamos seguir então as lições do Mestre. Ele ensina que Deus criou o homem na forma de macho e fêmea, e que o homem/mulher deixará pai e mãe e ajuntar-se-á com sua/seu homem/mulher, e serão os dois uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, unidos assim conforme a vontade de Deus e os desejos humanos, não caberá a nenhum homem fazer essa separação.  

            As leis humanas baseadas no amor romântico reforçam esses ensinamentos. A união entre o homem e a mulher é feita na forma do casamento que visa construir uma família nuclear, voltada para os interesses da parentela em primeiro plano, e que o desvio desse compromisso leva o nome de adultério, um crime que chega à pena do apedrejamento em algumas culturas, inclusive naquela que o Mestre vivia. Inclusive foi Ele que impediu a morte por tal castigo de uma mulher flagrada em tal crime, simplesmente por evocar na consciência de cada um dos pretensos carrascos, se eles tinham moral para fazer o que pretendiam.

            Por outro lado, o Pai criou cada pessoa com instintos básicos de sobrevivência, entre eles um dos mais forte é o instinto de preservação da espécie, representado pelo desejo sexual entre homem e mulher. O homem honesto que queira seguir a Lei do Amor, obedecendo a bússola comportamental que o Cristo nos ensinou, de fazer ao próximo o que desejaríamos que fizessem conosco, vai se defrontar com a possibilidade de envolvimento afetivo/íntimo/sexual com outra pessoa, caracterizando o adultério. Fica então a decisão para essa pessoa ciosa de fazer a vontade de Deus no cumprimento da Lei do Amor: desenvolve o relacionamento extra conjugal com essa pessoa sentindo que está cumprindo a Lei de Deus, ou permanece firme na decisão de não se envolver sexualmente com outra pessoa, para não cometer adultério? Mesmo tendo a consciência que se mantiver a fidelidade ao casamento, perderá a fidelidade ao que Deus espera dele? Mas pelo menos terá o respeito de todos que o verão como uma pessoa honesta e respeitador das leis. Mas ele terá a mesma compreensão que Deus o verá assim?

            Mas vamos imaginar que tal pessoa queira fazer a vontade de Deus e seguir as lições do Cristo, o Seu filho mais evoluído que veio à matéria para nos ensinar. Então ele conclui que a união com sua mulher o transformou numa só carne com ela conforme a vontade de Deus. Se ele tem os desejos que Deus colocou na sua mente, se existe a oportunidade de relação sexual com outra pessoa na obediência da Lei do Amor, de fazer ao outro o que desejaria que fosse feito consigo, então a sua mulher, carne da sua carne, ao invés de se sentir agredida por tal ato, deveria se sentir gratificada por seu companheiro obedecer de forma tão precisa as determinações do Criador. Mesmo porque ela sabe que se tal oportunidade surgisse nos seus relacionamentos, de cumprir a Lei do Amor com outro homem, o seu companheiro estaria tendo a mesma compreensão e sentido o mesmo tipo de orgulho com sua mulher.

            Acontece que na prática, quando o homem toma tal atitude sentindo estar dentro da Lei de Deus, a mulher o esbofeteia e expulsa de casa. Dessa forma não foi ele que repudiou a esposa, foi ela que, sem compreender o alcance do seu comportamento, não tolerou o que para ela parecia uma agressão. Mesmo assim, sofrendo tais dissabores, tal homem cioso do cumprimento da vontade de Deus continua sem repudiar a sua mulher, mesmo tendo sido por ela expulso de sua casa e de seu coração. Ele continua a entender que ela continua sendo carne de sua carne, pois um dia juntos trocaram fluidos e seus corações dispararam juntos no êxtase do orgasmo cósmico. Continua a considera-la uma pessoa especial e cujo amor que um dia nutriu não deixa se extinguir de dentro do seu coração. Essa pessoa que o tempo pode levar à uma consideração mais próxima da verdade, volta a se relacionar de forma fraterna e solidária com o antigo marido que hoje é seu companheiro espiritual.

            Pronto! Por caminhos diferentes foi encontrada a indissolubilidade do casamento, sem este está presente na sua formalidade, mas que na essência os corações estão unidos como antes estavam na orgia da carne. Pode não ser uma só carne, se para isso é exigido ainda a troca de fluidos, mas com certeza pode ser um só espírito, tolerante com os desejos da carne e corajoso para assumir os caminhos que o Pai apresenta para a construção do Seu Reino.

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em 19/06/2016 às 23h59
 
18/06/2016 23h59
TERAPIA FAMILIAR AMPLIADA (24) – ARTE DE RESOLVER CONFLITOS

            Cada vez que o tempo avança e novas compreensões vão alcançando a consciência, dentro da lógica de “fazer a vontade de Deus” de acordo com os ensinamentos do Cristo, mudanças no modo de agir se tornam necessárias. Não teria nenhuma lógica se, tanto esforço para aprender fosse realizado e nenhuma mudança fosse feita, simplesmente porque se decidiu agir de determinada forma em alguma ocasião. O que não deve mudar, assim eu compreendo, é a meta original, a intenção de cumprir a vontade de Deus, usando o corpo que Ele nos deu como ferramenta. Se para atingir essa meta eu descubro que outro caminho é mais eficaz do que aquele que estou trilhando, é claro que eu deverei assumi-lo, sob ameaça de não assim fazendo eu não está sendo honesto com o Pai, de fazer a vontade dEle com a maior eficiência da minha parte, tentando superar os meus defeitos biológicos, instintivos, emocionais e racionais.

            Percebo que esse setor que passei a desenvolver há certo tempo, este é o 24º texto desta série, tem sofrido alterações na forma e no conteúdo. Mas, dentre todos os caminhos que estou trilhando na minha vida, profissional, voluntário, associativo, etc., este é o mais objetivo no que diz respeito a construir a família universal, a base coletiva onde deverá ser instalado o Reino do Pai.

            O que no início aparentava uma ação bem localizada e bem amarrada com uma só pessoa, lentamente percebo que vai existindo uma espécie de diluição. Essa localização cada vez se amplia mais, e isso é motivo de conflito com quem se aproxima mais de mim. Principalmente no campo afetivo com liberdade para a intimidade sexual.

            O sentido de cumprir a meta, cada vez mais se aproximar do Criador através da construção do Seu Reino de paz e Amor, leva a aproximação com pessoas com um apela cada vez mais generalizado. Se o que antes motivava essa aproximação era o apelo sexual, agora outros fatores se apresentam e mostram que também estão à serviço da fraternidade, da construção dessa Família Universal, sem necessariamente passar pela intimidade sexual. São pessoas que chegam com o motivo de formar uma relação, em qualquer formato, seja profissional, espiritual, comercial, lúdico, etc.. As justificativas são inúmeras e cada vez que isso acontece eu vejo que são caminhos que se abrem para a construção do Reino de Deus. O que parece exigir de minha racionalidade um esforço extra, como fazer para construir essa ligação onde todos se relacionem através de mim com o mesmo nível de solidariedade e fraternidade que tento desenvolver. Observo que a semente do egoísmo é muito mais forte que a semente de Deus que cada um possui.

            O trabalho que comecei a realizar na Polishop parece um bom exemplo para isso que estou querendo dizer neste texto. De repente eu percebo que esse trabalho, vindo através de uma pessoa do meu círculo de amizade mais próximo, parece demonstrar um potencial de aglutinar pessoas mais distantes, com mais facilidade com o apelo comercial.

            Dessa forma, onde quer que eu esteja, sozinho ou acompanhado, estou sempre sintonizado nessas opções que o Pai coloca ao meu alcance e tentando interpretar no que tal ação vai contribuir para o Reino que Ele espera de nós.  

            Fiz um texto há pouco tempo falando da dimensão dessa família ampliada que estou construindo como um protótipo da Família Universal, mas parece que tenho que fazer outro texto para atualizar aquele, falando das atuais dimensões da minha família ampliada. Talvez eu tenha que mudar o nome, retirar o “Terapia”, pois afinal de contas todos estamos nos tratando da ignorância que gera tanta doença quando deixa predominar nas ações o egoísmo. Seria conveniente tirar esse termo redundante e focar na família ampliada, fazendo considerações a cada setor.

            Neste texto que apresentei nesta reunião de hoje com o grupo de Ceará Mirim, “A arte de resolver conflitos”, a lição deixada foi que deve existir o diálogo afetivo como a forma mais eficiente de digerir os conflitos. O que não falta em nossas relações humanas são os conflitos, e dentro dos meus relacionamentos tão fora da cultura, esses conflitos se tornam mais difusos e mais frequentes. Mesmo que tudo esteja sendo construído para fazer a vontade de Deus, mesmo assim o egoísmo prevalece e constrói os conflitos de natureza individualista. Devo mais que ninguém que ouviu a lição, desenvolver esse diálogo, tanto individualmente, coletivamente ou através de textos como este que estão abertos à toda a humanidade

            Então, brevemente produzindo um texto com essas novas características – FAMÍLIA AMPLIADA (25) – NOVAS PERSPECTIVAS, mesmo que não cause grande impacto nas ações que estou desenvolvendo.

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em 18/06/2016 às 23h59
 
17/06/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (13) – O SUBCONSCIENTE

            O subconsciente é parte do inconsciente que pode aflorar à consciência com seus conteúdos alterando o comportamento do indivíduo. O subconsciente é o arquivo da mente, que começa desde o útero.

            Pode ser observada as seguinte características do subconsciente: 1. É um arquivo que é formado a partir das experiências cotidianas da pessoa; 2. Automático; 3. Irracional; 4. Estático; e 5. Vinculado à personalidade. Na mente humana pode ser entendido o consciente como a parte racional, onde é feita a análise dos fatos e a tomada de decisão. É o centro da fonte do raciocínio, da análise, dos prognósticos, comparação, justificação. O subconsciente é a parte mecânica, cartorial, registra de forma robotizada, tende a realizar o que nele está arquivado sem a preocupação do certo e do errado.

            Mesmo estando situado numa condição subalterna em relação ao consciente, o subconsciente pode se manifestar através de sonhos, neuroses e atos falhos. O consciente se restringe apenas ao presente. O subconsciente, além de abranger o presente, abrange o passado e o futuro. É um fiscal implacável de nossas vidas. A tudo registra, transformando em clichês etéreos que compõem nosso campo cognitivo ou campo de equilíbrio. É nesse escaninho maravilhoso da nossa mente que Deus está presente com mais influência em nossa consciência, com o Seu amor, com a Sua Justiça e com a Sua misericórdia.

            Os sonhos nem sempre dizem aquilo que pensamos através de sua simbolização. Eles são representados em fatores de sua complexidade e apresentam significados diferentes quando avaliados por seus detalhes. Lembro que assisti o filme “Avatar” onde existia uma arvore cheia de flores e que significava a força daquela comunidade. Pois bem, certa noite sonhei com aquela árvore e que caiam todas as suas flores. Não compreendi o que isso significava, até o momento que minha ex-segunda esposa me expulsou de casa e senti o mundo desabar ao meu redor.

            As neuroses são quadros psiquiátricos que caracterizam-se por dificuldade de adaptação por parte do indivíduo, embora este seja capaz de trabalhar e estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade. Na clínica psiquiátrica podem ser classificados da seguinte forma: transtornos fóbico-ansiosos, ansioso, histérico, obsessivo-compulsivo, e distimia.

            Os atos falhos são fugas de conteúdos reprimidos no subconsciente. O paciente não recorda coisa alguma do que esqueceu ou reprimiu, mas expressa-o pela atuação ou atua-o. Ele o reproduz não como lembrança, mas como ação. Repete-o, sem, naturalmente, saber o que está repetindo. Podemos ver esses atos falhos sendo constantemente repetidos no programa de humor do Chaves, onde ele usa em cima do ato falho o refrão: “Foi sem querer querendo”.

            É esse conteúdo que está arquivado no subconsciente na forma de pensamentos e atos, que irão programar a atitude e o comportamento. Isso reforça que a mente humana tem essas duas funções básicas, dentro do processo psíquico das funções mentais: o consciente e o subconsciente. O consciente é a parte racional e que distingue o homem dos outros animais. É o centro, a fonte do raciocínio, análise, tomada de decisões, comparação, justificação... é o que leva a pessoa do animal para o humano. O subconsciente é a parte mecânica, o registro, o robô, que só realiza as programações que nele estiver, sem a preocupação se é certo ou errado.

            Mesmo o subconsciente sendo mecânico, nem por isso deixa de influenciar o comportamento e atitude. Portanto, se arquivamos coisas negativas dentro do subconsciente vai surgir em função disso uma programação negativa. Sabendo dessa condição, e reconhecendo que estamos com uma programação negativa, podemos trabalhar para fazer uma reprogramação para mudar essa negatividade. Existem três leis que podemos usar para promover essa reprogramação: primeiro, a lei da repetição que deve ser praticada com treino, hábitos e condicionamentos; a segunda lei é a repetição, sabendo que no subconsciente não há diferenciação entre realidade e ficção. Então, devemos imaginar sempre coisas e situações boas; e terceiro, a lei da compreensão. Devemos aplicar a lógica e a coerência em tudo que fazemos, pois assim o nosso arquivo no subconsciente organiza as programações correspondentes e nossas ações nas interações passam a ser mais pragmáticas no sentido da harmonia.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/06/2016 às 23h59
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