A comunicação entre os seres vivos e principalmente entre os humanos é importante para a evolução de todos os envolvidos. O fato da comunicação trazer sentimentos e emoções as mais diversas pode provocar também reações as mais diversas nos envolvidos. É compreensível que se a comunicação nos traz sentimentos e emoções positivas, ficamos satisfeitos e aderimos com facilidade ao processo. Mas quando essa comunicação traz sentimentos negativos, pode existir uma tendência do interessado se isolar. Isso pode parecer uma atitude de defesa justificável, mas se essa comunicação tem uma base lógica e coerente com a verdade, com a evolução positiva dos envolvidos, é importante que se suporte essa carga negativa de emoções compreendendo que isso vai contribuir para o seu crescimento. É preciso ser humilde, vencer o orgulho, a vaidade, talvez até a arrogância, para compreender a opinião divergente do outro e considerar a sua importância, mesmo que essa pessoa seja considerada uma adversária. Quando estou numa situação desse tipo, eu faço um esforço para verificar a verdade do que está sendo dito, coloco os interesses do meu ego de lado e se descubro que a crítica tem fundamento, procuro corrigir de imediato o meu pensamento ou comportamento. Esse é um comportamento saudável para todos. Não é que devemos aceitar tudo como verdade e corrigir a cada momentos nossa posição. Não tem esse sentido, pois devemos usar todo o nosso poder de argumentação, tanto interna, conosco mesmo, ou externa dialogando com o outro e defendendo nosso ponto de vista. Mas sempre atentando para o fato de que não sou o dono da verdade, que a discussão lógica pode aliviar a ignorância dos envolvidos na comunicação.
A verdade pode ser considerada como a graxa que deixa funcionar sem o empecilho do atrito as engrenagens sociais. Quando a mentira se instala a engrenagem social pode até ser que num primeiro momento flua bem melhor, mas com a passagem obrigatória do tempo fica cada vez mais difícil e oneroso do ponto de vista emocional a sustentação da farsa. Quando a verdade chega causa o sofrimento do impacto das perspectivas frustradas, mas em seguida o próprio tempo corrige e cicatriza as feridas formadas. Para evitar que a verdade seja em algum ponto das nossas vidas sequestrada por qualquer tipo de interesse, devemos nos comportar sempre com o máximo de transparência. Claro, temos a necessidade de momentos íntimos, a sós ou com alguém e que isso não tem necessidade de se tornar público. Mas que todos saibam que esses momentos podem existir, sim. Agindo assim estamos protegendo a verdade em cada momento de nossas vidas, e se por algum motivo, por imperativo da habilidade social, de convivermos sem colocar constrangimento em alguém, tivermos que omitir ou usar a mentira, que sejamos muito cuidadosos, que saibamos que estamos usando um veneno para evitar um mal maior, mas que isso jamais assuma proporções de independência, que tenha a força de controlar a nossa vida e de não sermos mais capazes de colocar a verdade. Que isso seja sempre a exceção e não a regra.
Temos a tendência de achar que a rota escolhida em algum momento de nossa vida deve ser seguida sempre sem nenhuma alteração. Isso não é correto. No momento que escolhemos alguma rota a seguir, escolhemos dentro de muita ignorância. Somente o tempo é quem nos dará a cada momento novos conhecimentos que nós podemos juntar em forma de sabedoria. Com certeza irá acontecer a compreensão de que há necessidades de fazer correções no rumo dos paradigmas de vida previamente estabelecido. Como exemplo, coloco a minha posição de ser defensor do aborto logo que terminei o curso médico, por entender que a mulher tinha o direito sobre o seu corpo. Contribui indiretamente com minhas posições que alguns abortos fossem realizados. Cheguei a ameaçar meus próprios filhos com essa ideia. Adquiri uma nova compreensão da vida, acredito hoje que o indivíduo tem o direito a sua vida desde a fecundação. Os pais que proporcionarem essa situação, devem assumir suas responsabilidades, qualquer que seja o grau de sacrifício que devam passar. Então, isso foi uma mudança radical dentro de um aspecto do meu paradigma de vida global.
Tem outras mudanças mais sutis, como, por exemplo, a marcação do meu nome nos livros que adquiro. Quando convivia com minha última esposa e acreditava que nós éramos um só corpo e carne, eu marcava os livros que adquiria com o meu nome e o dela associados. Um pouco mais à frente percebi que nós não formávamos um só corpo, uma só carne, não tínhamos o mesmo ideal. O casamento deixou de ser significativo e passamos a conviver apenas como amigos. Então não tinha mais sentido escrever o nosso nome nos livros que eu adquira. Passei a marcar apenas com o sobrenome, que é o nome que eu uso frequentemente, desde que passei no serviço militar e assim era chamado. Um pouco mais adiante no tempo, percebi que o meu ideal tinha um forte conteúdo espiritualista, o meu paradigma agora estava completamente voltado para o mundo espiritual e nesse sentido o meu primeiro nome tinha uma força significativa e até mesmo se enquadra nos projetos que passaram a assumir o maior campo de minha consciência. Agora marco meus livros com o prenome e sobrenome e sinto que no futuro usarei apenas o primeiro nome.
O que importa não são as correções que temos de fazer ao longo do caminho de nossa trajetória. O que importa é não perdermos o sentido ético e moral de nossa vida, que cada mudança acontecida seja respaldada por novos conhecimentos ou por novas circunstâncias que a vida nos oferece.
Esse termo se refere a uma peculiaridade apresentada por determinada pessoa, que é uma característica dela. Pode ser de diversos tipos dentro do nosso contexto de vida: bioquímico, emocional, comportamental, fisiológico. Temos um exemplo até certo ponto comum com a relação bioquímica ao álcool. Algumas pessoas ao ingerir uma dose apenas de qualquer bebida alcoólica, desenvolve uma reação exagerada, fica inquieto, agressivo, agitado e tem que ser conduzido de urgência a um pronto socorro médico para ser contido. É uma reação não comum, não esperada, uma idiossincrasia. Hoje, observando com detalhes o meu comportamento e emoção, verifiquei que possuo uma idiossincrasia nesse campo. Quando algum fato atinge a minha consciência de forma incoerente, mal adaptativa, coerciva e desperta de forma automática no meu ego uma reação emocional negativa, isso dispara um comportamento idiossincrático de eu mergulhar para dentro de mim, ficar mais calado do que geralmente sou e as tiradas de humor que aqui acolá eu tenho, desaparecem do meu repertório. A pessoa que provoca essa reação algumas vezes fica preocupada com esse comportamento e quer de alguma forma saber o que houve, quer uma explicação, mas eu me torno inexpugnável. Não adianta, quanto mais exista esforço para vencer esse bloqueio, mais introvertido eu me torno e até mesmo irritado se a insistência persiste.
Talvez fosse mais saudável tentar vencer essa idiossincrasia e expor de imediato a incoerência que está sendo praticada. Mas sei que a carga emocional despertada iria motivar palavras duras, talvez injustas e terminar por ampliar o mal que havia sido iniciado. Então, esse comportamento idiossincrático que exibo nessas situações, tem o objetivo de servir como escudo, tanto para eu não ser excessivamente atingido e também não atingir o outro com minha reação. Quando eu mergulho no meu interior, passo a meditar sobre o fato e tentar uma explicação do ponto de vista de quem se comportou comigo daquela forma. Assim, a emoção vai perdendo força e fica apenas o fato a ser considerado à luz da razão. Mais adiante, num momento oportuno eu abordarei a questão e direi de forma didática o que aconteceu e da necessidade de ser feito correções para tal coisa não voltar a acontecer. Pode ser até que essa explicação cause no outro uma reação negativa, mas do meu ponto de vista eu estou harmonizado e com habilidade social tentando resolver o problema que foi provocado. Portanto, mesmo parecendo um comportamento mal adaptativo da minha parte, essa idiossincrasia, eu prefiro que ela permaneça, pois ela cumpre uma função importante no atual estágio evolutivo que estou, de manter a minha estabilidade e harmonia emocional com potencial de harmonizar quem estar ao meu lado.
É uma cerimônia importante, pois simboliza o momento onde os dois seres que se amam deixam de ser apenas um individualmente e passam a ser duas pessoas habitando o mesmo corpo. Porém, a qual dos corpos obedecer? Ao homem ou ao corpo da mulher? Nesse ponto há uma falha enorme. As duas pessoas que se amam e desejam viver a vida toda esse amor e essa união, fica perturbado quando ver o seu amado se relacionando afetivamente com outra pessoa. Não era para aceitar, pois o outro também faz parte do corpo único, que o prazer que ele(a) tem deveria ser motivo de prazer e satisfação para o outro? Mas o contrário é observado. Devemos instruir a comunidade sobre esse aspecto.