Encontrei nas redes sociais um texto de um escritor húngaro, escrevendo sobre a existência de Deus, que foi divulgado pelo Pastor Carlos Magno de Miranda e que achei importante trazer aqui na íntegra para conhecimento e reflexões de meus leitores.
COMO UM ESCRITOR HÚNGARO EXPLICOU A EXISTÊNCIA DE DEUS.
A EXISTÊNCIA DE DEUS
No ventre de uma mãe havia dois bebês.
Um perguntou ao outro:
“Vc acredita em vida após o parto?”
O outro respondeu: “ É claro.
Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”
“Bobagem”, disse o primeiro. “Que tipo de vida seria esta?”
O segundo disse: “Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.”
O primeiro retrucou: “ Isto é um absurdo. O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto.
A vida após o parto está fora de cogitação.”
O segundo insistiu: “Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico.”
O primeiro contestou: “Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá?”
“Bem, eu não sei”, disse o segundo, “ mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós.”
O primeiro respondeu: “ Mamãe, vc realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?”
O segundo disse: “Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.”
Disse o primeiro:“ Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe.”
Ao que o segundo respondeu: “Às vezes, quando vc está em silêncio, se vc se concentrar e realmente ouvir, vc poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa”
Pastor Carlos Magno de Miranda
Perfeita a comparação. O diálogo entre os dois bebês no ventre da mãe reproduz muito bem a negação dos ateus sobre a existência de Deus e de um mundo mais sofisticado e de onde tudo provém.
ENTENDENDO
O relato mostra um fluxo de afeto que partiu do sentimento de bondade pelo irmão, que chegou a ser o favorito, até o sentimento de indiferença, e que continua a evoluir negativamente. Isso produz raiva e rancor.
Sente a pressão social e familiar de ter amor para ele, por ser do mesmo sangue, a mesma biologia, mas nada sente de positivo para ele.
Em 2019 sofreu o primeiro impacto da doença, ele soltou palavrões na sua frente, palavras fortes, por ela não querer ir a um aniversário. Seguiu a vergonha por ele ter sido diagnosticado com depressão, por ter tentado suicídio, por passar a quebrar objetos domésticos. Chegou a dormir na casa de amigas por segurança, fingia as internações psiquiátricas, sofria perda do sono.
Agora, sente alívio por ele estar distante e não poder machucar o pai ou a mãe. Podem até pensar que ela seja uma pessoa ruim, mas ela não liga para a opinião das pessoas. Mostra que tem uma visão catastrófica do que pode acontecer, e que não deixa de ser um fato provável. A morte violenta dos pais, devido a essas crises que já se mostram com violência, e que ao final se mostra como um inocente, um arrependido do que fez, mas sempre volta a repetir os erros, esperando sempre o mesmo perdão, por ter sido outra pessoa a culpada. Não se sente capaz de perdoar dessa forma. Não sabe qual o objetivo dele. Se sente indefesa nesse contexto e por isso pensa em fugir, dos gritos, das quebradeiras, das ameaças, das violências, do ambiente hostil.
Por tudo isso se sente em paz agora, pois ele não está presente. Mas o trauma permanece em sua consciência, tem sustos por pequenos barulhos, sofre de insônia, tem medo dele voltar com raiva por ter sido internado e tudo voltar até com mais intensidade. Medo pela integridade dos seus pais, pois ali existe uma pessoa que ela não conhece, que não é o seu irmão da infância. Por tudo isso não tem mais condições de morar com ele, nem mesmo de o ver. É uma pessoa que não gosta de ser desafiada, pois parece um fanático, de olhar fixo, dependente da mãe sem demonstrar autonomia, que pode mostrar uma voz doce e olhar inocente, mas é uma máscara para disfarçar o que na realidade existe dentro de sua alma, uma ameaça constante, principalmente para os pais.
INTERPRETANDO
A narrativa mostra a condição de desespero que chegou a narradora. Desespero frente a grave situação de convivência dentro da família e impotência de resolução de sua parte. Não há como ajustar o seu psiquismo para voltar a conviver em tal circunstância. O projeto terapêutico tem que apontar um caminho de controle real da situação onde todos possam colaborar com um mínimo de riscos. Para construir essa situação é necessário a permanência do paciente internado, sem data programada de alta, mas sim, condicionada ao retorno de comum acordo ao seio do lar. Essa condição poderá ser obtida pela psicoterapia, nos diversos focos: individual, casal, e familiar. Este será o tempo também necessário para consolidar o diagnóstico do paciente que hoje permanece nas seguintes hipóteses: esquizofrenia, múltiplas personalidades, personalidade, e esquizo-afetivo. Dentre estas a última é a mais provável, recebendo os traços de todas as outras, principalmente múltiplas personalidades que se ajusta à influência espiritual que o paciente recebe de forma ostensiva. A equipe terapêutica deverá elaborar ferramenta de acompanhamento psicológico para verificar o nível de evolução do paciente, o qual será preenchido por todos, paciente, familiares e terapeutas.
Feita a interpretação do relatório feito por um pai que tem o filho internado em hospital psiquiátrico.
A demonstração de E de que não deveria ter nascido, reflete uma falta de adaptação com o mundo que foi crescendo e gerando a timidez e dificuldade de relacionamento emocional, afetivo, apesar dele ser inteligente na cognição (excelente desempenho nos estudos) e no corporal (jogava muito futebol).
Ter amigos no colégio e no condomínio e nunca ter namoradas, mostra a dificuldade de conexão afetiva (se sentir incapaz de amar ou ser merecedor do amor).
Passou a frequentar Centros Espíritas e recebeu a versão espiritual do que se passava relacionadas as diversas vivências passadas que justificavam os sintomas que passou a apresentar, cada vez com maior intensidade.
A intensa desarmonia emocional que ia acontecendo na psique interferiu no desempenho cognitivo, sendo reprovado no colégio. Essa desarmonia diminuía com a mudança de colégio, um sinal da atenuação da crise emocional e da geração de novas expectativas, mas sem voltar ao desempenho excelente do passado.
A partir de 2020 o problema se agravou, surgiram os sintomas de obsessão com violência, quebradeira e total perturbação externa. Foi tratado na psiquiatria com medicamentos e internamentos e psicoterapia, inclusive diversos tratamentos em diversos centros espirituais, inclusive retomando vivências passadas, conduzidas pela mãe, todos sem uma resolução prática para o caso.
Aqui entra em foco o esgarçamento afetivo dos pais, com base nos diferentes enfoques que cada um passou a ter do problema e que indica a introdução da psicoterapia de casal, seguida de terapia familiar, inicialmente sem a inclusão do E.
O relato mostra o pensamento do pai contrário ao pensamento da mãe que conduz o tratamento espiritual do filho, com firmeza (soberba).
O pai reconhece as falhas por não ter esse conhecimento espiritual e procura estudar, mas sem convicção, sem interesse. Sabe que existe o mundo espiritual, respeita e pede perdão por suas dificuldades de aceitação. Reflete o sofrimento e decepção que está sofrendo e que perdoa tudo, pois ama o filho. Não admite mais quebradeiras ou violência de nenhuma espécie.
Esta também é a conduta terapêutica da equipe e que mantem o filho internado, tratando a forma de prevenir ou resolver de imediato qualquer forma de agressão que seja considerado sintoma inadmissível.
A família está esfacelada, desunida, provocado pelo comportamento do filho, mas ainda existe o amor, o cimento que une todas as rachaduras ou fraturas. É este o papel da psicoterapia em todas as dimensões.
O alívio por ele está fora de casa traz de imediato a tristeza pelo mesmo motivo, a saudade dele. A terapia não está focada em gerar culpas em ninguém. Todos, inclusive os terapeutas, têm suas dificuldades emocionais e cognitivas, vícios e defeitos. O que importa é que nós, terapeutas, temos a nossa habilidade profissional e aprendemos a deixar os pontos que não interessam à distância.
O que importa neste momento é alcançar a harmonia familiar, considerando as características de cada um, e o que cada um pode fazer para alcançar essa harmonia, sem procurar culpas em ninguém. O que esperamos é que cada um reconheça suas dificuldades cognitivas e emocionais, e que, para alcançar essa harmonia, que em nenhum momento se tenha a perspectiva de incluir agressão, violência, quebradeira por parte de ninguém.
O relato mostra a qualidade do pai, não encontro ressalvas negativas. Se mostra cansado e abalado com tudo que acontece há anos. É compreensível. A solução de tudo que nos acontece está dentro de nós, com o potencial que temos para resolver.
Se todos tivéssemos o mesmo potencial, o que eu posso fazer, eu diria que qualquer pessoa também poderia. Mas não é isso que acontece. Nós percebemos que todos somos diferentes, mesmo que sejamos gêmeos idênticos. É esse potencial que cada um tem, que devemos saber qual é, e como podemos direcionar para alcançar a harmonia familiar que é a nossa meta, mesmo cada um sabendo de suas facilidades e dificuldades, mas que cada um possa colaborar na forma de ajuda mútua.
Lembrar da oração da serenidade: “Deus, concedei-me a serenidade necessária, para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para perceber a diferença.”
Tudo isso respeitando a lição máxima do mestre Jesus: “Amar ao próximo como a si mesmo.” Isto é, o amor está focado em nós, que devemos nos respeitar e amar , para poder respeitar e amar ao próximo. Se deixarmos a nossa integridade física, moral ou emocional seja atingida sem a defender, estamos cometendo um pecado contra nós mesmo, contra o próximo e contra Deus.
Tudo isso é parte da psicoterapia. Vamos avante!
A semelhança do que acontece na Ressonância Magnética (RM) que é um tipo de exame para ver as estruturas anatômicas do corpo humano, sem precisar realizar procedimentos cirúrgicos ou mais invasivos, podemos usar a memória para ver os impasses e conflitos cognitivos que estão dentro da mente. Este procedimento é a base da psicoterapia que pode ser realizada com vários formatos técnicos: psicanálise, cognitivo-comportamental, humanista, gestalt, behaviorismo, transpessoal, etc.
A psicoterapia se realiza frente ao cliente, de forma presencial ou on-line, como uma conversa tecnicamente dirigida. Podemos pedir também ao cliente para fazer o relato escrito do que acontece, dos problemas que o trouxe ao consultório. É este relato que apresentado ao terapeuta, corresponde a RM. Podemos dizer que é uma Ressonância Mental Mnemônica (RMM).
A psicoterapia clássica tem a vantagem que os dados da memória são solicitados de imediato e as respostas também são feitas de imediato. A RMM tem a vantagem que o cliente faz o relato escrito das partes que mais considera importante de forma mais reflexiva e o terapeuta tem oportunidade de estudar o relato em outro momento e pontuar o que considera mais importante para futuras conexões e encaminhamentos.
Quando a pessoa usa a memória para os devidos processos cognitivos que tentam entender ou justificar os problemas, irá fazer ressonância com outras formas de pensamentos que estão diretas ou indiretamente relacionados com os seus problemas. É neste ponto que o terapeuta pode observar distorções cognitivas que precisam de correção.
Quando se aponta as distorções cognitivas que levam às desarmonias existenciais, o cliente pode avaliar essa realidade e verificar a sua capacidade ou interesse de corrigir o que for de sua competência.
Cada pessoa tem seus paradigmas de vida, que nunca são iguais de uns para os outros. O pensamento, a emoção e o sentimento que cada um desenvolve em função dos fatos comuns, termina por reverberar de forma positiva ou negativa sobre quem está próximo. É esta ressonância negativa o objetivo da busca terapêutica para a correção.
Quando as pessoas avaliadas possuem um psiquismo íntegro, o processo terapêutico é realizado com mais simplicidade.
Quando, pelo menos uma das pessoas envolvidas apresenta um transtorno ou doença mental, o processo terapêutico se torna mais difícil. A pessoa com transtorno vai apresentar menor capacidade de resiliência ou mesmo capacidade cognitiva de entender o problema e não demonstrar potencial para sua correção. Neste caso, a ressonância mental exerce maior efeito negativo em todos os envolvidos e que dificulta a harmonia na convivência familiar e social.
A família tem a maior responsabilidade de desenvolver resiliência, a capacidade de manter a harmonia, se adaptar às situações difíceis, às fontes significativas de estresse, de utilizar a força interior para se recuperar da pressão.
Dentro de uma família, todos os processos de ressonância mental devem ser avaliados em causas e consequências, considerando todos os aspectos, físico, mental e espiritual, procurando orientar a direção da vontade naquilo que for mais consistente para a harmonia de todos.
Oi, Tio.
Estou aqui. Vim logo que me chamaste. Estou sempre por perto, pois minha mãe sempre está me chamando. Eu também gosto de ficar ao lado dela.
Gosto, tio, de suas orientações de não procurar por vingança do que aconteceu comigo, do meu assassinato, e de todos procurarmos seguir as lições do nosso mestre Jesus.
Aqui ainda me sinto muito perdido, mas tenho uma luz colocada no peito, aquele adesivo com uma cruz que você colocou sobre o meu corpo antes dele descer no sepulcro.
Sei que tenho uma missão, pois minha mãe recebeu a mesma cruz e você disse que isso iria fazer parte do trabalho que agora iríamos termos juntos. Uma missão ligada a você, minha mãe e a todos que eu tanto gosto, inclusive Luna (cadela da raça Fox Paulistinha que estava sempre com ele) que também visito.
Estou percebendo que tu queres colocar para funcionar a lanchonete que eu trabalhava com minha mãe, com outro serviço dirigido também as pessoas, dessa vez de forma mais nobre, tanto para alimentar e proteger o corpo e a mente, como de alimentar a alma com o pão da vida oferecido pelo próprio Jesus, e isto é o mais importante.
Eu posso ajudar nesse projeto daqui onde estou, pois apesar de ainda não ter uma boa compreensão do que acontece, sei que tem almas como eu, que não tem o apoio e orientações que eu tenho e que precisam de ajuda.
Nisso eu posso ajudar, até mais do que eu ajudava antes, quando eu tinha mais dificuldade pelo grande interesse que eu tinha na erva. Aqui ainda sinto o desejo de usar, mas prefiro ir para perto da minha mãe do que ir à procura de “bocas” ou de pessoas que têm o mesmo desejo que eu, e que possam fumar por mim.
Quero que você mostre aos meus parentes, Carlinhos, Laura, e principalmente ao meu irmão Flávio, que nunca pensei que ele me amasse tanto quanto ele demonstrou com a minha passagem para esta dimensão onde estou.
Enfim, estou muito satisfeito com tudo que está ocorrendo. Diga a minha mãe que não derrame tantas lágrimas, pois o afastamento do corpo físico jamais pode afastar as almas que se amam. E é esse amor que sempre desejei ter, até procurava exercer com vocês todos, fazendo as comidas que eu sabia que vocês gostavam, principalmente com Luna, pois sentia que com ela o meu amor não sofria nenhum tipo de recriminação.
Agora, neste lugar espiritual que me encontro, vejo com mais clareza os meus erros. Sei que posso continuar ajudando muito mais do que eu fazia quando estava ai, presente no corpo, com vocês.
Sei também que logo mais todos vocês estarão comigo, portanto, por que o choro de desespero? Por mais que eu consiga entender, são apenas nossas lágrimas de saudades, do que fazíamos juntos, mas isso é de um tempo que passou. Temos que obedecer a lei da evolução que a todos nos leva em direção à Deus, por mais que percamos tempo dentro dos erros.
Fiquemos em paz e trabalhemos, vocês por aí e eu por aqui, sempre envolvidos com o amor que emana de Deus, e que podemos alcançar, nos proteger e servir a quem precisa mais do que nós.
Fabinho.