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21/12/2020 00h21
CIRCULO DO MAL DE HITLER (37) – O MAL IMPLÍCITO 

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXVII

            Ao contrário de Goebbels que quer uma política explícita contra os judeus, outros, como Heinrich Himmler, querem fazer o oposto. Ele prefere discrição e enganação.

            Após brigas de rua em Munique, centenas de judeus e comunistas foram presos como agitadores. Himmler faz uma coletiva de imprensa defendendo essas prisões. Alega que foram presos para a própria proteção. Afirma que os judeus em custódia não estão sendo discriminados.

            Heinrich Himmler, líder da SS, diz que judeus são cidadãos alemães como quaisquer outros alemães. É estranho Himmler dizer isso, já que ele é antissemita desde os anos 20. Ele estava ansioso para garantir que a política antissemita não fosse evidente nem divulgada demais, pois eles não sabem o que o povo alemão pensará.

            Enquanto Himmler passa a impressão pública de lei e ordem, nos bastidores a realidade é bem diferente. Um campo de concentração é construído especificamente para deter inimigos do nazismo, perto de Munique, em Dachau. A maioria é de adversários políticos da esquerda e alguns ativistas judeus. Em questão de dias, os nazistas provocam uma orgia de violência contra os prisioneiros, resultando na morte de quatro judeus. Muitos mais morrerão.

            Quando o campo de concentração de Dachau foi aberto, as condições não eram boas. Lá estavam pessoas consideradas inimigas da Alemanha, que haviam minado o país durante 15 anos. Os prisioneiros são agredidos, pendurados com as mãos para trás, são chicoteados, e alguns morrem no campo.

            Himmler sabe que muitos alemães podem desaprovar essa brutalidade, então ordena que a escala de violência seja acobertada. A violência, a tortura e as execuções que aconteceram nesses campos foram totalmente encobertas. Ele reconhece a importância de manter suas ações em sigilo, escondendo os verdadeiros horrores. Isso é algo que ele fará com crescente sucesso. 

            Contrário a seus dois rivais, Goebbels quer levar sua campanha contra os judeus a um público maior ainda. Ele tenta convencer Hitler de que precisa do controle de toda a rede de estações de rádio. E inicia um ataque contínuo ao homem em seu caminho: Göring.

            Goebbels desaprova o estilo de vida de Göring. Não gosta da extravagância, da opulência e coisas assim. Ele se torna uma figura ridícula, cômica e extravagante, caricata, com seu peito largo cada vez mais cheio de medalhas em seus uniformes opulentos e ridículos.

            O estilo de vida extravagante de Göring o tornou alvo fácil de ataque para Goebbels, que envenena Hitler contra o Reichsmarschall. Tentou persuadir Hitler de que a ostentação, o estilo de vida não era nacional-socialista, certamente não socialista.

            Mas Goebbels tem que tomar cuidado para não ser tão obvio. Por causa do estilo de governo de Hitler, qualquer ataque contra um colega ou adversário dentro do partido ou governo tinha de ser indireto. Era crucial usar a técnica da omissão relevante. Você não menciona a pessoa pelo nome, diz: “Muitos no partido e no governo estão descontentes com toda a ostentação. Estamos perdendo de vista os verdadeiros propósitos e princípios.”

            E Goebbels manipula Hitler com perfeição. Quando Hitler discursa no partido atacando a grandiosidade, não há dúvidas de que é um ataque velado ao seu Reichsmarschall.

            Goebbels está muito feliz por Hitler atacar a ostentação, pois vê isso como uma crítica a Göring. Em seu diário naquela noite, Goebbels alegremente escreve que Hitler, mentalmente, já abriu mão de Göring, que ele agora é um zé-ninguém, uma piada. Goebbels está empolgadíssimo. Conquista duas vitórias, já que Hitler comanda que Göring entregue sua rádio prussiana. Goebbels superou um importante rival, e agora tem controle total das ondas de rádio alemãs.

            Mas Göring é um homem perigoso. Como comandante da polícia prussiana, Göring transforma essa organização na Polícia Secreta do Estado, a Gestapo. Ela se torna uma rede muito poderosa de coleta de informações, que tenta conseguir informações de todo mundo, inclusive de membros do círculo íntimo de Hitler. A Gestapo cerca Goebbels, observando seus passos, cada movimento, esperando que ele cometa algum erro.

            Sem saber que está sendo espionado, Goebbels avança com suas ambições de propaganda. Com a rádio sob seu controle total, ele quer garantir que todos sintonizem. Queria que todos tivessem um rádio, ou pelo menos cada cortiço tivesse um rádio para ouvirem. Uma forma pela qual Goebbels espera unir a Alemanha fazendo com que todos compartilhassem alguns programas diariamente, e no intervalo, haverá pequenas peças de propaganda.

            E o que Goebbels faz? Primeiro ele atualiza todo o hardware de transmissão para transmitir para o máximo de casas. Depois, ele ordena produção em massa de rádios, e no primeiro ano disso, são produzidos um milhão de novos rádios. O consumidor alemão fica feliz, pois acha que é um exemplo de economia em expansão. Eles têm esse novo bem de consumo. Mas era Goebbels se inserindo na casa das pessoas. E para garantir que as pessoas ouvissem, ele coloca “guardas de rádio” nas vizinhanças para garantir que as pessoas ouçam as transmissões do partido.

            Depois, Goebbels visa os impressos. Ele cria a Lei dos Editores. Ela oficialmente tira os poderes editoriais dos donos de jornais e os passa para o Estado. Ele juntava editores e correspondentes dos principais jornais e lhes dava um resumo de como deveriam abordar os diferentes assuntos.

            Agora Goebbels tem todas as ferramentas para propagar as conquistas e ideologias nazistas a toda a Alemanha.

            As entranhas do poder quando caracterizadas no mal, não respeitam limites quando qualquer elemento observa uma chance de conseguir uma fatia maior. É o império da lei do mais forte, sem nenhum constrangimento ético. Se isso ocorre dentro do círculo íntimo onde poderia se imaginar algum tipo de companheirismo, de camaradagem, mas nunca fraternidade, imagine com o povo que eles agora representam, que foram eleitos baseados em falsas narrativas.

Também pode ser observado nas entranhas do mal a tendência ao mal explícito ou ao mal implícito. É o que se observa nas atuações de Goebbels e Himmler, respectivamente. Ambos são nefastos, mas o mal implícito é pior. Ao mal explicito, as pessoas de boa tendência, de mente critica, podem reagir de forma contrária, como aconteceu com muitos alemães que não aderiram ao Boicote promovido por Goebbels contra os judeus. Por outro lado, o mal implícito desenvolvido por Himmler é o pior, pois fingindo ser amigo da vítima, essa termina sendo amigável e defendendo os atos que só mais tarde podem ser identificados como o mal. Identificamos esse mal implícito aqui no Brasil nos atos de Lula enquanto presidente. Distribuía bolsas e outras benesses à população carente enquanto por outro lado desviava pela corrupção para os próprios bolsos e de seus comparsas, de crime e de ideologia. Até hoje, acusado, punido e preso por esses crimes, ainda tem diversas pessoas honestas que o defendem. Nem falo dos comparsas encastelados em posições estratégicas na administração pública, pois esses sentem ter perdido o seu provedor e temem a mão da justiça humana chegar até eles. Um temor que pode ou não ser realizado, mas acredito que eles não consideram a justiça divina, pois senão não teriam se envolvidos em tantas iniquidades.

 Esse é mal da corrupção parece contaminar todos os candidatos a algum tipo de cargo. Também somos vítimas aqui no Brasil dessa condição, em todas as esferas do poder. Felizmente, tivemos uma grata surpresa com o último presidente eleito, sem falsas narrativas, sem corrupção.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/12/2020 às 00h21
 
20/12/2020 01h42
ONDE ESTÁ O COMANDANTE?

            A Terceira Guerra Mundial foi deflagrada. A maior bomba até hoje deflagrada em tempos bélicos, estamos sentindo os seus efeitos, em qualquer parte do globo. Mesmo que as bombas atômicas sejam poderosas e causem destruição violenta ao redor, elas são localizadas, não têm o alcance de atingir todo o globo terrestre. Esta bomba que agora estamos sentindo os seus efeitos biológicos, é da mesma natureza, biológica. Em outras épocas chegamos a sentir os efeitos de tal arma biológica na forma de pestes que nos atingiram, mas sem o caráter massivo desta que alcança quase de imediato todos os países. Enfim, estamos sendo dizimados fisicamente, a economia despencando, empresas falindo, desemprego aumentando, fome ameaçando… e o pior: ninguém ver a face do inimigo.

            Sabemos que vivemos num mundo em duas dimensões, material e espiritual. Em todos os eventos da humanidade, as duas dimensões sempre estão presentes, com prioridade para o mundo espiritual que sempre está direcionando as ações. Porém, nas duas primeiras guerras o aspecto material era mais visível e compreensível: tanques, aviões, navios, infantaria, bombas, torpedos e os oponentes de um lado e do outro. Nesta guerra, o aspecto material perde visibilidade e por isso muitos não entendem que estejam sofrendo de tal agressão. Mas, quem é o inimigo, o agressor, se ninguém se declara como tal? 

            Desta vez, o mundo espiritual joga todas suas cartas para destruir o projeto divino de evolução, onde a Terra passa do estágio de planeta de Provas e Expiações, onde o mal supera o bem, para e estágio de planeta de Regeneração, onde o bem supera o mal. Sabendo as inteligências do mal que se a Terra alcance esse estágio de Regeneração, todos que estão cristalizados no mal, sem condições de arrependimento, serão expurgados para outros orbes mais primitivos, mais coerente com o seus graus de consciência. Portanto, neste momento evolutivo, não é mais importante preparar uma nação de forma bélica, usando um pequeno grupo, como aconteceu na Alemanha nazista. Agora o importante é recrutar todas as mentes perversas ou sensibilizadas ao mal, em qualquer país, para se unirem no intuito da destruição física, principalmente dos opositores, dos mais fracos, da igreja, da família, enfim, todos que estão engajados no ritmo evolutivo do Criador, cuja essência é o amor.

            Observamos toda a estratégia do mal se desenvolvendo, pessoas colocadas em posições estratégicas desenvolvendo falsas narrativas para gerar o pânico e o isolamento social exagerado, obstruindo ações que levem a proteção do corpo físico e da saúde financeira das nações. Sabemos que tudo isso se desenvolve sob as instruções das inteligências trevosas da dimensão espiritual. E onde está o nosso comandante, Jesus de Nazaré? Aquele considerado o governador do planeta e que deve cuidar do cumprimento das leis que o Pai desenvolveu? Se as trevas levantam um exército de pessoas em todos os países, a luz, representada pelo Cristo, deve fazer o mesmo. Do mesmo modo que as trevas induzem pessoas que sintonizam com suas ondas mentais, a luz também induz as pessoas que sintonizam com ela. Assim são formados os dois exércitos que caracterizam a guerra espiritual. 

            Existe outra diferença com relação a guerra de visibilidade material. Nela, as mesmas armas podem ser usadas em ambos os lados. Nesta guerra espiritual as armas são diferentes. As forças das trevas usam a mentira; as forças da luz usam a verdade. O corpo-a-corpo se dá com as narrativas, falsas e verdadeiras. Outro ponto importante é a organização. Eles estão organizados em estruturas de poder e usam sem pudor os mecanismos de corrupção. Daí formam uma vasta rede de comando que se espalha por todo o mundo, alimentada pelo capital e vampirismo de nações subalternas. O nosso comandante está sempre perto de nós e espera que formemos nossa organização, apesar das falsas narrativas e poder materialista dos trevosos. Para isso é preciso que tenhamos a consciência da guerra e de sua natureza. Não podemos continuar sendo abatidos sem saber o que está nos atingindo. O Comandante já nos advertiu: orai e vigiai. 

E agora Ele pode perguntar: onde está você?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/12/2020 às 01h42
 
19/12/2020 00h18
CIRCULO DO MAL DE HITLER (36) – ENTRANHAS DO MAL

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXVI

            Para mudar a vontade do povo, era preciso de mais ferramentas poderosas de propaganda. Goebbels visa a estatização de toda a mídia alemã sob seu controle. Jornais, a recente indústria do cinema e as rádios. Além de ajudar a manipular o povo alemão, ele criará seu próprio império da mídia. Ele quer sua propaganda em todas as casas da Alemanha e sendo transmitida nas ruas. Seu primeiro passo é tomar o controle de todas as estações do país. Mas há um problema: Hermann Göring.

            Em 1933, dois membros do círculo íntimo entram em conflito interno destrutivo. São Goebbels e Göring.

            Cada estado da Alemanha controlava suas próprias estações de rádio, mas agora Goebbels assume o controle em todos os estados. Exceto um. O estado da Prússia. É o maior estado e o qual Göring controla diretamente como ministro do interior da Prússia.

            Göring quer ter seu próprio império, e no centro dele está a Prússia. Goebbels argumenta com fervor para controlar a mídia prussiana. Ele é a favor de centralizar os pequenos estados alemães e juntá-los em um Reich alemão unificado. Mas Göring mantém-se firme, ver isso como uma tomada de território por Goebbels e tenta se contrapor, e Goebbels escreve em seu diário que está chocado com Göring. Esse é mais um exemplo da briga constante entre esses dois homens.

            Goebbels considera levar o assunto a Hitler, mas vê que, com Göring, é sensato esperar a hora certa. Por enquanto, Göring ganhou.

            O mal tem uma face única que pode se maquiar da forma que considere, mas eficiente. Mas por dentro da estrutura do mal, as suas diversas alavancas de força podem ter características bem distintas, mas sempre no sentido de capitalizar o potencial de força central. Era assim com Göring e Goebbels. O primeiro queria ser poderoso a partir de sua gerência na Prússia; o segundo queria ser poderoso através de sua gerência na Propaganda do Estado. Claro, a intercessão teria que acontecer e um dos dois teria que se sair vitorioso. Cada um sabia esgrimir bem as armas do mal, e neste primeiro embate Goebbels se saiu vitorioso, chegando perto da raiz do mal e induzindo maledicências para alcançar seu objetivo, como de fato acontecerá.

            Tivemos a sorte que, no Brasil, as entranhas do poder maligno foram de alguma forma contidas em sua virulência com o papel da justiça que ainda tinha reflexos de dignidade e respeito aos seus deveres éticos. Principais figuras políticas e empresariais, mancomunadas com o mal foram parar na prisão, causando motivos para a população despertar e encher as ruas de todo país, exigindo a saída da quadrilha dos postos de poder.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/12/2020 às 00h18
 
18/12/2020 00h13
PLANEJAMENTO MENTAL CONSTRUTIVO

            Aproveito o livro que Deus coloca em minhas mãos, “As leis do triunfo e do sucesso”, de Napoleon Hill, organizo o meu pensamento de fazer a vontade do Pai com prioridade, acima, inclusive de meus interesses pessoais

            Entendo que o Poder Superior coloca um trabalho bem elaborado, como este livro, para que eu organize meu pensamento com base nas 16 lições apresentadas.

            O grande plano é a construção do Reino de Deus a partir da implementação da construção da Família Universal. Para alcançar este objetivo, desenvolverei três linhas de ações.

  1. Escola Igreja Trabalho e Amor (EITA) que dará apoio profissional/trabalho a pessoas em dificuldades, principalmente os pacientes. Nesta ação também está incluído os trabalhos com o Projeto de Extensão Universitária, “Foco de Luz” e da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM).
  2. O desenvolvimento do trabalho com o Marketing Multinível (MMN) conduzido pela empresa Polishop, como forma de ensinar de maneira solidária, abrangente e fraterna, a trabalhar e ganhar dinheiro pelos seus próprios méritos, que seja necessário para a sua existência, que possa realizar os seus sonhos, sem ficar na dependência financeira de ninguém.
  3. Interação de familiares e amigos no desenvolvimento e apoio no trabalho de cada um, promovendo ajuda mútua, orientação para a poupança individual e coletiva, em investimentos, em publicidade interna e externa, campanha de integração externa/interna, aprendizagem técnica, histórica, geográfica e política. 

Este é o esboço de toda a operação tática que talvez precise de uma central operacional para avaliação, correção e implementação de rumos. Este é o conceito de Mastermind (mentes desenvolvidas pela cooperação harmoniosa de duas ou mais pessoas que se aliam com o objetivo de completar uma determinada tarefa, qualquer uma que seja) que irei desenvolver ao longo do trabalho.

Este é um período apropriado, final de ano, para apresentar o projeto, inicialmente às pessoas (Carlinhos e Rodrigo) que convidarei para compor o grupo mínimo de Central Operacional, principalmente da terceira linha de ação, integração familiar/amigos.

A primeira e segunda linhas de ações não exigem obrigação de participação de ninguém dentro delas, só porque participam do projeto amplo de integração família/amigos. Vai depender da vocação, motivação e principalmente, chamado de Deus.

O primeiro encontro com as pessoas convidadas para a Central Operacional, irá fazer surgir o Poder Superior no meio de todos, como acontece nas reuniões de Alcoólicos Anônimos, capaz de surgir intuições para corrigir ou incluir ações não previstas e que se mostrem necessárias. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/12/2020 às 00h13
 
17/12/2020 20h34
CIRCULO DO MAL DE HITLER (35) – O MAL EXPLÍCITO

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXV

            01 de abril de 1933

            No começo do dia os soldados da SA se posicionam no exterior de lojas de judeus com os cartazes: NÃO COMPRE DE JUDEUS! Cartazes são colados: ALEMÃES! DEFENDAM-SE!... E frases antissemitas são pintadas. O trabalho deles era deixar claro que os alemães deveriam boicotar.    

            Cartazes eram colocados em lojas de judeus: “Não comprem dos judeus. Eles são nossa desgraça. Voltem para a Palestina.” Era antissemitismo virulento patrocinado pelo governo em sua forma mais pura.

            Mas, para Goebbels, não foi bem-sucedido como ele esperava. Göring não é o único ambivalente quanto ao boicote. Muitos alemães não apoiam. A SA ficou do lado de fora das lojas, alguns clientes eram intimidados fisicamente, outros diziam: “Vim pegar um pedido.” E a SA deixava claro que não sabia se poderia bloquear fisicamente as pessoas. Se a pessoa tivesse coragem e não gostasse do que a SA estava fazendo, ela entrava. Muitos alemães entravam em desafio aos homens da SA que estavam à porta. A Alemanha ainda não tinha se transformado em um Estado autoritário de completo terror, e as pessoas saíam assim, ilesas de suas ações provocativas.

            Ele queria ter um amplo apoio ao boicote, mas não conseguiu. Foi um fiasco. Foi uma grande decepção para Goebbels, ele teve de engolir sua indignação e aceitar que não tinha dado certo naquele momento. No entanto, como ministro da Propaganda, Goebbels pode transformar o fracasso em sucesso. Ele faz declarações públicas celebrando o boicote, e ameaça dizendo que outros poderão acontecer a qualquer momento. Mas é um blefe.

            Enquanto os fiéis do partido dão apoio total ao antissemitismo, ele percebe que precisa convencer todo o povo alemão. Para fazer isso, ele tem de ganhar a confiança deles. Por ora, o antissemitismo explícito foi recuado. Ele precisa pensar em longo prazo.

            Goebbels e outros antissemitas do partido precisavam pensar em como envolver o povo alemão. Teria de ser feito aos poucos.

            Podemos exemplificar o antissemitismo como o mal explícito. Como pessoas pacatas, vivendo de seus trabalhos, sem envolvimento político, passam a ser hostilizadas e perseguidas em seus próprios ambientes de trabalhos, envolvendo diretamente seus próprios clientes. As pessoas não estão suficientemente informadas do poder virulento do nazismo e continuam acreditando nas suas promessas de recuperação econômica e honra nacional. 

            Aqui no Brasil, a ação maligna da corrupção, para beneficiar a ideologia socialista tanto dentro como fora do país, não foi feita de forma explícita, pela sua própria natureza criminosa. Os agentes públicos responsáveis para evitar tais crimes, se deixaram corromper nas diversas esferas administrativas e jurídicas, principalmente em postos estratégicos cuja indicação era pessoal, do chefe de Estado. Essas ações maléficas que poderiam se tornar o mal explícito só adquiriu esse estágio com o escândalo do Mensalão. Mesmo assim o povo não tinha as condições de reagir contra o fato que já havia sido consumado, como o povo alemão reagia e entrava nas lojas que estavam sendo boicotadas.  Mas tem suas semelhanças.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/12/2020 às 20h34
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