Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
08/06/2024 00h01
SÍNODO – 19 PROMOTORES DO SÍNODO

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 19a. pergunta.



19. A quem ouvem os promotores do Sínodo?



            Os organizadores do Sínodo pedem que todos sejam ouvidos, incluindo os ateus: “Juntos, todos os batizados são o sujeito do sensus fidelis, a voz viva do Povo de Deus. Ao mesmo tempo, para participar plenamente no ato de discernimento, é importante que os batizados escutem a voz de outras pessoas no seu contexto local, incluindo pessoas que abandonaram a prática da fé, pessoas de outras tradições de fé, pessoas sem crença religiosa, etc. (...). Devemos chegar pessoalmente às periferias, às pessoas que abandonaram a Igreja, que raramente ou nunca praticam a sua fé, que estão em situação de pobreza ou de marginalização, aos refugiados, aos excluídos, às pessoas que não tem voz, etc.”.



            Acredito que essa postura do Sínodo, de ouvir todas as pessoas, o que cada uma tem a dizer, seja positivo. Mas não no sentido de transformar a hierarquia da Igreja, sua forma de conduzir o rebanho. Seria uma forma de ouvir o pensamento de cada pessoa, especialmente os fiéis, aqueles que querem fazer a vontade do Pai e mostram pensamentos e comportamentos fora do esperado pela maioria dos cristãos. Eu gostaria muito de poder expressar minha forma de pensar e agir para pessoas dispostas a ouvir e considerar a lógica, os erros e acertos sem julgamentos morais e sim diagnósticos coerentes com a vontade do Pai. Esses promotores do Sínodo fariam um bem enorme para as pessoas e certamente para a Igreja se tomassem tal posicionamento.



            Desde que fiz a mudança na minha forma de pensar, acreditando que estou seguindo à risca o que o Cristo ensinou e que seja a vontade do Pai, fico em dúvidas, pois não sinto a empatia dos meus interlocutores, não vejo pensamentos semelhantes. Esse fato me leva a pensar que eu esteja errado, que estou sendo conduzido por meus instintos e que uso os argumentos cristãos, espirituais, para dar uma respeitabilidade ao meu comportamento.



            Essa é a principal dúvida que me acompanha nessa trilha espiritual que acredito estar sintonizada com os ensinamentos de Jesus. Sei que posso estar errado, mas nenhum argumento até o momento me afastou dessa crença. E não posso simplesmente abandona-la por causa das críticas e falta de apoio, considero que seria uma covardia da minha parte. Portanto, seria muito útil para mim ter uma escuta qualificada, capaz de mostrar com coerência os pontos onde estou equivocado. Enquanto isso não acontece, devo permanecer na trilha que minha consciência aponta como a mais correta.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/06/2024 às 00h01
 
07/06/2024 00h01
SÍNODO – 18 CRENÇAS INFALÍVEIS?

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 18a. pergunta.



18. Então, como se pode saber se as crenças dos fiéis são infalíveis?



            O único método seguro é aplicar a regra de São Vicente de Lerins: Infalível é o que sempre e en todos los lugares foi acreditado por todos (quod semper, quod ubique, quod ab omnibus). Esta é a doutrina tradicional da Igreja. Afirma o ex-padre anglicano Nazir-Ali, agora padre católico: “O sensus fidelium não é o que os leigos e os padres pensem em determinado momento, mas o consenso dos bispos até o mais simples dos fiéis em todo o mundo durante os séculos”.



            Portanto, há muito risco em presumir como infalível a opinião dos fiéis sobre alguma novidade num momento determinado. E ainda mais temerário, para saber o que o Espírito Santo está dizendo à Igreja, consultar não só as pessoas de virtude ou de profunda fé, mas todos os batizados, e até pessoas pratiquem outras religiões ou são ateias.



            Essa regra de São Vicente de Lerins é outra forma de mostrar que a minha crença enquanto fiel pode não ser infalível. A minha forma de pensar que o amor incondicional é a lei mais importante e que em função dela devemos reformar todas a leis humanas as quais somos submetidos devem ser reformadas pode ser um equivoco. A minha forma de pensar que no relacionamento entre homem e mulher deva ser feita com base no amor incondicional e que o amor romântico deva fluir com inclusividade e não com exclusividade, pode ser um erro. Isso porque a minha forma de pensar não estar sempre presente, em todos os lugares e acreditados por todos. Pelo contrário, até agora não encontrei ninguém que pense e se comporte da mesma forma. Alguns podem achar que é uma forma justa de se comportar dentro dos relacionamentos românticos, mas ninguém a pratica nem tinha imaginado. As mulheres que se aproximam de mim dentro da aura de romantismo, de desejos libidinosos, sexuais, logo se deparam com essa barreira da não exclusividade. Todas elas preferem ser exclusivas dentro do relacionamento, mesmo que saibam que têm a mesma liberdade de me comportar como eu faço. Então, é muito arriscado e até incoerente, temerário, considerar que seja o Espírito Santo falando através de mim, como de qualquer outro fiel de pensamento semelhante, indo de encontro ao comportamento defendido e praticado pela Igreja durante tantos séculos. Eu continuo pensando e agindo dessa forma, pois a minha consciência até o momento não acusa que eu esteja errado, mas sei da forte crítica que recebo de tantos irmãos mais virtuosos que eu. Portanto, não posso dizer que eu esteja falando pelo Espírito Santo, pois sei que estou bem mais próximo dos meus desejos instintivos, da cabeça da luxuria presente no Behemoth.


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em 07/06/2024 às 00h01
 
06/06/2024 00h01
SÍNODO – 17 JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 17a. pergunta.



17. Que justificativa teológica é apresentada para a necessidade de escutar?



            O Papa Francisco, os organizadores do Sínodo e seus documentos preparatórios insistem ad nauseam nesse ponto: “A totalidade dos fiéis (...) não pode enganar-se na fé: E esta sua propriedade peculiar manifesta-se por meio do sentir sobrenatural da fé do Povo todo, quando este, desde os bispos até ao último dos leigos fiéis, manifesta consenso universal em matéria de fé e costumes (...) Aquele famoso infalível “in credendo” não pode enganar-se na fé”.



            Como se justifica teologicamente tal afirmação?



            Entre 2011 e 2014, a Comissão Teológica Internacional (CTI) realizou um estudo sobre o significado da fé, que levou à publicação do documento O sensus fidei na vida da Igreja. Esse estudo descreve o senso de fé dos fiéis como “uma reação natural, imediata e espontânea, comparável a um instinto vital ou uma espécie de faro, pelo qual o crente adere espontaneamente ao que está conforme a verdade da fé e evita o que se opõe” (n. 54). Esse aspecto espiritual deriva “da conaturalidade que a virtude da fé estabelece entre o sujeito crente e o objeto autêntico da fé, isto é, a verdade de Deus revelada em Cristo Jesus” (n. 50).



            Esse sensus fidei fidelis “é infalível em si mesmo quanto ao seu objeto, a verdadeira fé” (n. 55). Mas não é infalível em cada crente, porque se desenvolve proporcionalmente à virtude da fé. Por isso ele é proporcional à santidade da vida de cada pessoa (n, 57). Além disso, no mundo real as intuições dos fiéis podem coincidir com opiniões puramente humanas, ou até mesmo com erros predominantes em seu contexto cultural.



            Por esse motivo, o documento da CTI acrescenta, citando o parágrafo 35 da declaração Donum veritatis da Congregação para a Doutrina da Fé: “Se, portanto, a fé teologal enquanto tal não se pode enganar; o fiel pode, ao contrário, ter opiniões errôneas, porque nem todos os seus pensamentos procedem da fé. Nem todas as ideias que circulam entre o Povo de Deus são coerentes com a fé” (n. 55).



            Apesar de não estar dentro da Igreja Católica, aceito a preponderância dela no que diz respeito a fé nos ensinamentos de Cristo e respeito todos os pais da Igreja que procuraram com bom senso e sabedoria fortalecer em nosso psiquismo a verdade do Caminho que o Cristo nos ensinou. Na condição de crente eu adiro espontaneamente ao que está em conforme a verdade da fé, como é o caso de eu aceitar o amor incondicional acima de qualquer outra lei humana e com isso transformar minha forma de conduzir o meu casamento, do amor exclusivo para o amor inclusivo, como já expliquei isso em outras ocasiões dentro deste diário. Mas sei que esse meu posicionamento não é infalível, eu posso estar errado. E eu não tenho uma vida de santidade tão perfeita que me sirva como aliado às minhas pretensões. A minha intuição enquanto fiel pode estar coincidindo com o meu instinto humano, associado a erros do meu contexto cultural. Assim, eu sou uma prova real de que nem todos os pensamentos de fiéis cristãos ser coerentes com a verdadeira fé. Portanto, eu posso estar enganado na fé, o “in credendo” em mim pode estar enganado na fé. E isso pode incluir até mesmo pessoas preparadas dentro dos seminários, quando estas deixam de considerar a prevalência dos ensinamentos do Cristo e passam a valorar outras fontes.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/06/2024 às 00h01
 
05/06/2024 00h01
SÍNODO – 16 VOZ DO POVO, VOZ DE DEUS?

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 16a. pergunta.



16 – A voz do povo é a voz de Deus?



            Não necessariamente. Na igreja, a expressão “vox populi” tem um significado muito diferente do que lhe é atribuído nas democracias modernas: nestas, a opinião da maioria é necessariamente correta e acatada. A esse respeito, comenta o Cardeal Gerhard Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé:



            “A participação de todos os fiéis no ofício profético, real e sacerdotal da Igreja, baseia-se sacramentalmente no batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e não no poder que emana do povo, como no regime constitucional de um Estado democrático. O ministério dos sacerdotes e diáconos é baseado na autoridade de Cristo. (...) Na História, a voz do povo tem sido bastante ambivalente. Muitas vezes o povo de Atenas se sentiu ofendido por seus filósofos, e democraticamente condenou Sócrates à morte.



            “O povo de Deus reclamava repetidamente contra o Senhor: Pilatos disse cinicamente a Jesus: ‘Foram o seu povo e o chefe dos sacerdotes que o entregaram a mim’ (Jn 18,35). Na Nova Aliança, ao contrário, o povo messiânico de Deus é caracterizado pelo fato de que todos os fiéis ouvem a Palavra de Deus na medida em que participem do sacerdócio de Cristo: e os bispos e sacerdotes ordenados santificam, guiam e ensinam o povo sacerdotal na Pessoa de Cristo, Cabeça da Igreja”.



            A voz do povo, colhida de forma democrática, jamais vai expressar o pensamento do Espírito Santo, da Santíssima Trindade, de Deus. Como pode pessoas que foram criadas por Deus, simples e ignorante, com toda a influência egoísta que a carne exige, agora poder transmitir a sublime vontade do Pai?



            Se torna uma cena deprimente ver esses homens eclesiásticos formados na doutrina católica, vinda dos apóstolos que a aprenderam com o Cristo, e fizeram à duras penas todo esforço, com sangue, suor e lágrimas, trazerem esses ensinamentos até nós, agora curvarem seus ouvidos para ouvir a voz do povo que condenou democraticamente o nosso Mestre e até hoje continuam perseguindo os fiéis ao redor do mundo.



            Essa é uma prova de que a tentação do Demônio continua forte sobre a nossa consciência e que tem a capacidade de penetrar dentro da Igreja, contaminando e corrompendo o pensamento daqueles mais jovens, mas que um dia estarão em idade de assumirem cargos importantes dentro da hierarquia, até mesmo o cargo de Papa.



            Agora estamos vendo com clareza como está distante do pensamento de Deus o comportamento do povo que expressa sua vontade através do voto. Não conseguem discernir os bons dos maus candidatos, que são os lobos, pastores, cães e ovelhas. Colocam no poder lobos vorazes que deixam todos em liberdade de ao menos expressar sua opinião.



            Não, jamais a voz de Deus pode ser ouvida através do povo... muito deficitariamente através de alguns profetas e de todas as pessoas que estiveram conosco na Terra, apenas Jesus conseguiu se mostrar como o Pai, e agora a ideia que a Igreja traz é de trocar Seus ensinamentos pelo que o povo quer dizer?



            Não, nós, cristãos, continuaremos a ouvir a voz do Cristo, mesmo que nos reduzamos a 12, mesmo que sejamos novamente sacrificados e que nosso sangue sirva de semente às novas gerações.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/06/2024 às 00h01
 
04/06/2024 00h01
MINHA NARRATIVA 9 – FILHO DE DEUS

            Após ter discorrido pelos aspectos da criação de tudo que existe, inclusive eu, vou agora passar à narrativa de minha caminhada neste mundo e nesta minha vida atual. Considero que vivi diversas outras existências, mas que cheguei nesta com necessidade de muito aprendizado, devido as deficiências que percebo possuir.



            A explicação de me considerar como filho de Deus, entendendo que tudo que existe é também seu filho, e isso parecer uma redundância, deve ser aqui bem refletida.



            Tenho por base essa identificação de “Filho de Deus”, na lição que Jesus nos deixou quando estava ensinando a um grupo de pessoas e chegou os Seus parentes. Quando foi avisado disso, o Mestre aproveitou e disse que seriam a sua mãe e seus irmãos aqueles que fizessem a vontade do Pai.



            Esta lição aparentemente simples tem uma aplicação profunda. Implica que de toda criação só quem pode ter essa distinção de ser o Filho de Deus é quem faz a vontade dEle. Isso restringe drasticamente o número de candidatos, pois só quem possui capacidade de raciocinar com inteligência e capacidade para discernir o acerto do erro, a verdade da mentira, a coerência da incoerência, o Criador das criaturas, a vontade do Pai e a vontade da carne, são esses que podem decidir fazer ou não a vontade do Pai.



            Deus decidiu organizar Sua família do meio da criação, quando sugeriu um pacto com Abrão e garantiu que toda sua descendência que fizesse a vontade dEle, seria o Seu povo, a Sua família.



            Na leitura da Bíblia, encontramos no Velho Testamento toda essa saga do povo de Deus, representado pelas 12 tribos de Israel que chegam até o dia de hoje. O Novo Testamento traz os ensinamentos de Jesus que veio reformar a leis trazidas por Moisés, o grande profeta do Velho Testamento.



            Jesus se identifica entre nós, não como um profeta, e sim como o Filho de Deus, que foi enviado pelo Pai para nos ensinar sobre o Caminho da Verdade que nos leva à Vida eterna, integrado ao Divino.



            Jesus se identifica tanto com Deus que diz aos apóstolos que quem O ver, ver ao Pai. Faz o maior esforço para mostrar a todos, inclusive à família biológica e aos apóstolos que Suas lições levam a formação da família universal, à construção do Reino de Deus, e que este tem uma perspectiva espiritual e não material.



            Foram essas lições que introjetei dentro de minha consciência para procurar cumpri-las com integridade e honestidade, fazendo o discernimento mais perfeito possível entre o certo e o errado, entre o que devo fazer e o que devo evitar.



            Fazendo assim, entendo que estou fazendo a vontade do Pai, e portanto, não preciso ser israelita ou ter feito a circuncisão para ser Filho de Deus. Já estou dentro dessa condição, e ao mesmo tempo, posso ver tantas pessoas, amigas e até parentes, que não fazem a vontade de Deus, e, portanto, não são meus parentes espirituais, não pertencem à família universal, ao Reino de Deus. São pessoas que podem ter um alto nível de racionalidade, podem ser acadêmicos, juristas, parlamentares, eclesiásticos, etc., mas não fazem a vontade de Deus, por ignorância ou por determinação.



            É da vontade de Deus que nós, mais evoluídos espiritualmente, que já pertencemos à família universal, procuremos os irmãos racionais para ensina-los sobre o Reino de Deus, como participar de nossa família espiritual, como Jesus fez conosco.



            É neste ponto que me encontro agora, como Filho de Deus, procurando fazer a vontade do Pai, apesar das minhas profundas dificuldades, emocionais, racionais e motivacionais, que geram vícios e defeitos.



            A confecção deste espaço literário é onde coloco diariamente as minhas reflexões pessoais ou reflexões sobre ideias de outras pessoas. Tudo isto no sentido didático de deixar um rastro de minha existência do ponto de vista cognitivo, chamando a atenção de como podemos nos comportar para seguir as lições do Cristo para ser incluído na família universal.



            Toda minha produção literária neste espaço tem o sentido de mostrar a minha caminhada nos passos do Cristo, as dificuldades que encontro na aplicação prática e até na compreensão verdadeira das lições divinas, desde que somos bombardeados pelas mentiras, pelas falsas narrativas que podem nos levar a praticar o mal pensando estar fazendo o bem.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/06/2024 às 00h01
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