Assim como existe uma hierarquia entre os anjos bons, assim também existe uma hierarquia entre os anjos maus. Efésios 6.12 faz referência a essa hierarquia do mal. “Principados” são as ordens angelicais malignas superiores, enquanto “Potestades” são os governantes angelicais malignos subordinados. Os dominadores deste mundo tenebroso são os anjos a serviço do diabo. O “mundo tenebroso” que também se lê em Efésios 5.8, é este mundo com o seu pecado, os seus pecadores e as esferas da existência onde o mal domina, enfim, o reino das trevas. As “forças espirituais do mal” são uma referência aos anjos que estão a serviço do diabo, que é maligno.
Principado é um pequeno estado independente, cujo soberano tem o título de príncipe ou de princesa; Potestade é a autoridade constituída, que tem o poder para exercer certas funções.
Existe um mundo espiritual que, embora não possamos ver, tem influência poderosa sobre o mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos e a demônios, seres espirituais que agem na Terra. Paulo dizia em Efésios, 2.1, que estamos mortos por nossas faltas, pelos pecados que cometemos, seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das potestades do ar, quando vivemos nos desejos carnais, fazendo a vontade da carne e da concupiscência... mas sem termos consciência disso. A partir do momento que conhecemos a Jesus e seu Evangelho, que reconhecemos a verdade de suas lições e a Justiça de Deus, saímos das trevas da ignorância e ficamos dentro da luz da vida. A escolha deste caminho apontado por Jesus nos deixa envolvido numa intensa batalha espiritual, pois o príncipe do império das trevas, de onde fomos libertos, não se dá por vencido.
Paulo também nos orienta para enfrentar essa batalha, como ser revestido da armadura de Deus para poder resistir as ciladas do demônio, pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares. Devemos tomar, portanto, a armadura de Deus para que possamos resistir nos dias maus e nos manter inabalável no cumprimento do nosso dever, frente às lições do Cristo. Fiquemos alertas, a cintura cingidos com a Verdade, o corpo vestido com a couraça da Justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da Paz. Sobretudo, devemos embraçar o escudo da Fé, com o qual possamos apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Enfim, devemos tomar o capacete dos espíritos santos e a espada do Amor, que é a palavra e a essência de Deus. (Adaptado de Efésios, 6:10-17)
O Brasil, país indicado para ser o “coração do mundo e a pátria do Evangelho” enfrenta momentos decisivos para ser digno dessa condição. Suas estruturas políticas e administrativas de poder foram invadidas por uma quadrilha comandada pelos principados e construíram potestades em vários setores, incluindo a academia, a justiça e até o clero. O lado sadio da Justiça conseguiu provar a existência dessa quadrilha de potestades que dilapidou a nação e conseguimos com movimentos sociais amplos, pacíficos, que encheram as ruas das principais cidades, pedindo a aplicação ampla da Justiça e o impeachment da principal potestade que tinha o cargo de administrar a nação, que havia sido eleita na base da mentira.
Apeados do poder, as potestades sob a orientação dos principados procuram encher novamente as ruas para voltar ao poder máximo da nação. Podemos fazer agora uma comparação desses confrontos sociais e ver a quem cada um deles pertence, a Deus ou ao Diabo. Nos movimentos pacíficos, com as cores verde e amarelo, não há impedimentos ao direito de ir e vir de nenhum cidadão, não há danos físicos ou patrimoniais a ninguém, não há queima de pneus, bloqueios de estrada, ameaças a livre expressão do pensamento. Nos movimentos impositivos, conduzidos por bandeiras vermelhas, há imposição da vontade de algumas pessoas, principalmente sindicalistas, sobre outras pessoas que pensam de forma diferente, impedem de entrar nos seus locais de trabalho ou estudo, bloqueia estradas, impedem coletivos de circular, ameaçam com foices e paus a integridade física e patrimonial de quem encontram pelo caminho, queimam pneus e querem pela força obrigar a todos a participarem de seus projetos.
Nós, como cristãos e que aceitamos ser soldados nesta batalha espiritual sob o comando do Cristo, como desfazer as estratégias do nosso inimigo, dos principados que são os chefes ou líderes da maldade, dos espíritos dominadores, das potestades que são os que tem o poder para governar? Já que todos promovem males sobre a Terra?
Primeiro, devemos conhecer o inimigo. Esses principados, dominadores e potestades do mal procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento. Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimento de culpa sejam mais intensos. Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó quando o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista, e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero.
Essas são algumas observações que faço na condição de candidato a cidadão do Reino de Deus, de soldado do Cristo, como uma contribuição aos colegas que também fazem parte do mesmo exército do bem, para que saibamos em quais movimentos atual e quais os recursos do combate podemos utilizar.
Existe um contato frequente do mundo espiritual com o mundo material, feito principalmente por pessoas de sensibilidade, chamadas de médium. Mesmo que todos nós sejamos considerados como médiuns, pois mesmo não apresentando ostensividade nós de alguma forma temos contato com o mundo espiritual. Eu costumo dizer que sou como uma pedra quanto a sentir pelos meus órgãos dos sentidos, qualquer estímulo vindo do mundo espiritual. Porém, do ponto de vista intuitivo, acredito que eu tenha essa comunicação, e também através do acaso que se manifesta muitas vezes trazendo alguma informação que necessito, seja por uma comunicação de alguém, por um filme, livro, CD, DVD, etc.
Mas, existem alguns sinais que parece uma tentativa de comunicação do mundo espiritual. Vamos ver alguns que estão sendo colocados como tal:
São esses elementos uma prova bastante consistente para a existência do mundo espiritual, que estão dentro das minhas narrativas de vida, construídas com o máximo de coerência que eu posso aplicar.
Este é um aspecto de informações novas que entram em conflito com informações antigas que estão registradas como verdadeiras nas minhas narrativas sobre o mundo espiritual. Dentro delas está a informação de que o espírito não recua em sua evolução, não involui. O máximo que pode acontecer é ele ficar paralisado no seu caminho evolutivo. No entanto, o livro “Senhores da Escuridão” informa que nos abismos oceânicos existem seres em pleno processo de degeneração, no caminho para a forma ovóide que em tudo parece um processo de involução. Pois vejamos o que diz o espírito Ângelo Inácio com o lápis de Robson Pinheiro:
Primeiramente, não é apenas a justiça divina que determina a exclusão e expiação desses espíritos. Eles próprios se precipitaram nestes abismos, devido ao extraordinário grau de culpa arquivado em suas consciências. Abusaram tanto da relativa liberdade que lhes foi concedida, que se lançaram vibratoriamente a estes sítios, de tamanha profundidade que se torna impossível aos humanos encarnados lhes terem acesso. Os corpos perispirituais dessas entidades impregnaram-se largamente da fuligem astral, na mesma proporção dos sentimentos autopunitivos que passaram a nutrir, de tal modo que se adensaram sobremaneira e, como consequência, foram inexoravelmente arrastadas para junto das fontes de magnetismo primário do planeta. Desceram, como chumbo, às zonas abismais. Uma vez aí, somente a justiça suprema tem condições de administrar as penas impostas por suas próprias consciências, a fim de evitar que, apesar da loucura de seus atos, possam se render à insanidade absoluta, perdendo a parca razão que lhes resta.
Encontram-se assim porque participaram ativamente de perseguições que ocasionaram o extermínio de populações inteiras, genocídios, e agressões em massa. Em atitudes verdadeiramente terroristas, induzem acontecimentos que resultaram em expurgos coletivos. Ao agir dessa forma, suas mentes se imbuíram de tamanha culpa que geram um círculo vicioso de punições e aflições para si próprias. Quando encarnados, muito embora diversos deles tenham sido considerados homens e mulheres comuns, a realidade é que foram agentes de sistemas políticos que promoveram o assassinato e o massacre indiscriminado. Sua selvageria espiritual e mental foi responsável por eventos de premeditada maldade e de crueldade extrema. Atos de indescritível violência foram perpetrados por tais indivíduos, quando sobre a Terra, os quais acarretaram perdas irremediáveis a vítimas humanas e ao próprio planeta durante as manifestações da perversidade e do vandalismo espiritual que os caracterizam.
Caso fosse possível liberar essas almas delinquentes de seu cárcere astral, sua sanha de destruição e morte se voltaria contra a humanidade novamente, pois mesmo aqui, nesta zona de purgação, persistem no mal, arquitetando chacinas e atentados que objetivam dizimar os seres conscientes da criação. Levariam ao máximo do absurdo suas ideias e elucubrações terroristas, sob todos os aspectos. Afinal, brincam de matar e aniquilar como as crianças brincam com seus brinquedos inofensivos.
Eis o trecho que não tem coerência com a minha narrativa. Mais ainda, se o sentimento de culpa é o fator que leva a essa degeneração, parece que os espíritos que praticam o mal e que não desenvolvem essa culpa, continuam evoluindo intelectualmente até a posição de um Mago Negro ou Senhor da Escuridão. Mas a culpa e o arrependimento não é um aspecto positivo para a recuperação do espírito que praticou o mal?
Também o trecho sublinhado parece levar outra incoerência, pois se os espíritos estão nessa condição de degeneração devido o arrependimento e sentimento de culpa, como persistem no mal arquitetando chacinas?
São essas informações que não possuem coerência junto àquilo que já tenho incorporado como verdade nas minhas narrativas, que não posso utilizar. Isso não quer dizer que foram descartadas definitivamente como falsas, pois novas informações podem dar sustentação a elas e descartar o que tenho como correto hoje.
Mais uma vez o tema da gênese e evolução espiritual é colocado em destaque no grupo de estudo espiritual, e mais uma vez não vejo uma defesa consistente de uma narrativa mais coerente. Mesmo que a minha narrativa não coloque com detalhes todo o processo da gênese e evolução espiritual, mesmo assim não consigo perceber nas colocações contrárias à minha narrativa nenhuma consistência que inviabilize a minha aceitação nos construtos que considero corretos.
Na minha narrativa, aceito o ponto de partida que Deus, o Pai Criador, fez toda a natureza com a qual se confunde, com a energia do Amor que pode ser considerado o Seu sinônimo. Então criou toda a matéria de um lado e do outro todos os espíritos, todos individualizados e simples e ignorantes. Cabia a cada um dentro das circunstâncias da sua vida, avançar, progredir da melhor forma possível. Iniciou “dormindo” na matéria, principalmente nos cristais, daí passou a sonhar no reino vegetal e acordou no reino animal. Porém não havia conquistado a sabedoria suficiente para desenvolver os princípios morais. Isso só iria acontecer quando habitasse um organismo com um cérebro altamente complexo como o humano.
Nessa caminhada o espírito vem acumulando experiências desde a fase mineral, vegetal, animal até a hominal. Isso remete obrigatoriamente a passagem do espírito por esses diversos reinos, e mesmo eu não lembrando, assim como não lembro as minhas vivências anteriores, devo ter existido no corpo de qualquer espécie do reino animal.
Não obrigatoriamente eu tenha passado por todas as espécies animais. No meu caminho evolutivo eu posso ter tido um caminho que enveredou pelos felinos ou canídeos até chegar no hominal. Tudo depende das experiências que eu tenha tido oportunidade de vivenciar e com as melhores respostas dentro de uma inteligência que se aproxima das convicções do bem.
Não quero dizer que esta minha narrativa seja a correta, mas está alicerçada nas informações que já adquiri tanto no campo científico, acadêmico, quanto no campo espiritual, principalmente na codificação do mundo espiritual feito por Allan Kardec, com a participação de diversos espíritos de escol. Estou aberto a corrigir qualquer posição equivocada, desde que os fatos sejam apresentados ou que uma interpretação mais consistente com a lógica seja realizada.
Enquanto isso não acontece permaneço com a minha narrativa que consiste nesse relato simples que acabo de descrever.
No aprofundamento dos estudos espirituais, trago comigo a informação que os espíritos não regridem. Observam com rigor as leis do progresso e da evolução. O que pode acontecer é que fiquem estacionados nesse desenvolvimento por sua insistência na prática do mal.
Porém, na leitura de “Senhores da Escuridão”, Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, é explicado que os seres espirituais devotados ao mal podem se tornar vítimas do monoideísmo, uma ideia fixa, decorrente da recordação recorrente dos seus crimes, impondo-lhes sentimentos autopunitivos. A consciência logo responde a essa sensação pungente e provoca metamorfose no psicossoma, que de homem pré-histórico, estátua, chega a aparência reptiliana. Esta aparência remonta à era evolutiva em que os seres vivos abandonaram parcialmente as águas, berço de toda a vida, e fizeram as primeiras incursões pela superfície terrena.
Os seres de aparência reptiliana encontram-se em estágio avançado de degradação perispiritual, a poucos passos de se tornarem ovóides. Antes, porém, experimentam a última etapa da transformação, quando assumem a forma de embriões astrais ou vibriões, muito conhecidos nos laboratórios das sombras como cânceres astrais, devido aos elementos tóxicos que liberam ao serem implantados nos viventes. Na verdade, seu sofrimento é agravado pela pelos agentes extrafísicos das trevas, que os submetem a torturas de uma crueldade inimaginável. Somente depois dessa fase de vibrião é que o espírito se recolhe, finalmente, à forma ovóide.
Assim, a transformação de um espírito em ovóide não se dá da noite para o dia, afinal, a natureza não dá saltos. É todo um processo, posto em movimento pelo atavismo comportamental a que se entregam suas vítimas, que simplesmente estagnaram, recusando-se a prosseguir a jornada evolutiva natural. Lançaram-se nesse quadro doentio por conta própria, ao se rebelarem contra as leis da natureza, ou seja, as leis divinas, tanto protelando a reencarnação indefinidamente, quanto se insurgindo contra as leis do progresso e da evolução.
Os magos negros, senhores da escuridão, seres intelectualmente mais desenvolvidos, porém destituídos de ética, caçam os reptilóides com o objetivo de escraviza-los nos campos de concentração das unidades inferiores do astral. Também recorrem a seu magnetismo para aprisionar os cavernícolas, empregando-os como cobaias em seus experimentos com humanos encarnados. Como se sabe, até os ovóides e as formas pré-ovóides fazem parte dos processos de obsessão complexa engendrados pelos perversos das trevas.
Essas informações de degeneração do espírito até a condição de ovóide parece uma contradição do que foi dito sobre a não involução do espírito. Então, um espírito que perde a forma humana e chega até a forma ovóide, não sofreu uma involução? E por que os senhores da escuridão, os magos negros, também não sofrem essa deterioração? Porque não possuem ética? Mas os que praticaram o mal e continuam a fazê-lo de forma repetitiva parece que também não tem o sentido ético.
Esta informação sobre os ovóides, magos negros, deterioração e evolução vai ficar na minha mente numa espécie de limbo, sem ser incorporada a estrutura de verdade sobre o mundo espiritual que eu já desenvolvi. Irei precisar de mais informações para melhor suportar racionalmente esses aspectos que parecem contraditórios. Afinal, dentro da estrutura da verdade não pode haver contradições.