Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/08/2019 00h17
MEU DESAFIO

            Agora, perto de completar 67 anos de vida nesta atual existência, com uma melhor compreensão do mundo e seus desafios, posso fazer uma avaliação mais clara da minha missão.

            Compreendi que este corpo que agora escreve e publica este texto, é simplesmente um instrumento operacionalizado por meu espírito, que encontra na arena mental as forças biológicas enviadas pelos instintos em defesa de todos os mecanismos de autopreservação que o Pai nos aparelhou para tal.

            Hoje, vejo que boa parte da minha vida, eu (meu corpo), inundado de hormônios que lubrificaram e motivaram meus mecanismos instintivos e que isso se refletia em torno da minha existência como comportamentos egoístas. Felizmente, meu espírito já possuía uma boa bagagem de aprendizado capaz de os conter, mesmo eu não sabendo da importância que isso era para minha evolução espiritual, de respeito aos padrões morais ensinados pelo Cristo.

            Passei pela adolescência e vida adulta jovem nas vibrações fortes no campo dos sentimentos, se a consequência de sofrer fortes dores que impactasse com meu desempenho físico ou psicológico.

            Faço neste momento uma reflexão com mais propriedade, alicerçada numa consciência mais próxima da verdade.

            Há 6 anos, “conversei” com o Mestre Jesus e deixei um desafio para mim mesmo. Reconheci que naquela época, aos 60 anos, eu tinha vivido o dobro da vida d’Ele antes do início da Sua missão. A partir dos 30 anos o Mestre passou 3 anos cumprindo Sua missão de ensinar sobre o amor incondicional.

            Entendia naquela época, há 6 anos, eu com 60 anos, que poderia aplicar também o dobro do tempo da missão do Cristo, em aplicar na prática a lição do Amor Incondicional. Este seria o meu desafio.

            E hoje, prestes a completar esses 6 anos, em 20 de outubro deste ano de 2019, quando começo a contar os 67 anos, vejo que procurei cumprir missão aos trancos e barrancos. Isso principalmente nas relações familiares, da família nuclear para a universal, do amor romântico, condicional, para o amor incondicional.

            No dia 19-10-2019 irei fazer o evento “Reino de Deus: uma construção possível?”, dentro da Academia e contando com o máximo da participação dos religiosos de todas as denominações. Será realizada uma avaliação do que temos feito nestes 2.000 anos de ensinamentos cristãos, do quanto falta para a construção do Reino de Deus se materializar em nossa sociedade, e o que devemos fazer para isso acontecer.

            Este evento será minha participação final nesta missão que coloquei como desafio.

            Espero que eu tenha no final, a consciência tranquila junto ao Pai, do dever cumprido.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/08/2019 às 00h17
 
17/08/2019 00h16
LIBERTAÇÃO (20)

            João Evangelista tinha boa disposição de espalhar a Boa Nova do Reino de Deus que Jesus lhe ensinara. Ao passear pelo Rio Jordão, sentiu que as águas pedem libertação do seio da terra. Refletia, por que ele, como discípulos do Cristo não consegue se libertar das prisões do cativeiro da carne?

            Não gostava da pesca, por enxergar nos peixes seres vivos com o mesmo direito de viver. Tinha muitos amigos na cidade de Jericó e passou a ensinar o Evangelho da forma que ouvia do Mestre. Como intermediário da Boa Nova, acendeu a chama da fé e da esperança naqueles corações simples.

            Certa manhã, quando ele era solicitado para falar de Jesus, de repente se ouvia gritaria no pátio. Era um louco chamado Janjão, cabelos em desalinho, roupas rotas e boca espumante, com muitas escoriações, fazendo todos correrem. De repente, paciente, João estava de frente a Janjão.

            João observou a inquietação daquela alma pelo desespero dos olhos. Lembrou-se de Deus e não esqueceu Jesus. O homem doente começou a apagar sua fúria quando o Evangelista lhe ensinou o nome de Cristo. Janjão sentou-se no chão, pediu que João fizesse o mesmo e falasse mais daquilo que estava dizendo. João discorreu com veemência sobre o Messias, os curiosos se ajuntando. Uns diziam que João era filho do Deus do amor. Outros, que ele era um profeta que nada temia.

Depois da conversa, Janjão acompanhou o apóstolo até a estalagem onde bebeu e comeu com desembaraço. Entendendo muito bem o que João falava, quis várias vezes beijar a mão do apóstolo, mas este não permitiu, dizendo que a cura vinha do Mestre. O doente de Jericó às vezes chorava, às vezes sorria e dizia que via um homem vestido de luz ao lado de João.

            Quando em Betsaida, João aproximou-se do casarão e entrou nele com Jesus. Todos os discípulos ali já estavam. André sentiu-se no direito de orar e o fez com respeito. Tiago, ao lado de João, acentuou com entusiasmo. Há muito que você não fala, por que não pergunta a Jesus hoje sobre qualquer coisa?

João olhou para o Cristo que autorizou com um sorriso.

            - Mestre, ficaria muito contente se nos dissesses acerca da Libertação de uma alma, de um povo ou da humanidade.

            - A Libertação da humanidade e de um povo depende muito, mas muito, da Libertação individual. Por enquanto vivemos nos ensaios, e nesses ficaremos milênios, para aprendermos a verdadeira Libertação.

‘Livres são aqueles que começam a amar a verdade. Às vezes, João, trabalhamos para libertar um povo a que pertencemos pelo sangue, por fazer parte da comunidade a que pertencemos por nascimento. Essa Liberdade custa, como a história atesta, vidas e mais vidas. O saldo, depois da luta, de mortes e estragos, não nos deixa a consciência tranquila, enquanto não repararmos a covardia, a vingança e o ódio a que demos vazão.

‘Quando saímos vitoriosos, ficamos mais escravos pelo constrangimento de fazer muito mal a criaturas que, muitas vezes, nunca desejaram brigar.

‘Libertar uma nação é muito mais difícil, porque, quanto mais se mata pela liberdade, mais o cativeiro se estampa na consciência. A libertação que queres, comparando-a com a Natureza, podes tê-la.

‘Na verdade, te digo que ser-te-á dado muito mais, pela vigilância do tempo. Ouve bem, para que não te esqueças nunca: conhecerás a verdade e ela te tornará livre. Todavia, não procures essa verdade somente em um ponto da vida. Ela se estende em toda a sabedoria de Deus. A verdade é como o ar que não cansa de soprar em todas as direções.

            ‘Os homens da lei na Terra propõem a Libertação de um povo ou de uma nação por caminhos errados, pelas vias largas e métodos selvagens. A verdadeira Libertação haverá de surgir de dentro de cada criatura. Esse pode e deve ser um esforço coletivo.  Não é um trabalho de dias, nem de anos, nem de séculos, pois é um tempo longo.

            ‘Essa Libertação é feita de pequenas coisas, como a tolerância com discernimento, o trabalho com disciplina, o perdão sem exigência, o sorriso temperado na dignidade, o amor sem paixão, a persistência sem fanatismo e o dever com respeito.

Jesus olhou firmemente para o discípulo e comentou com consciência, do fato:

- Meu filho, o que fizeste em Jericó e que tomaste por Libertação de um homem, na verdade é só na aparência de liberdade.  Não deixa de ter o seu real valor na pauta do bem; no entanto, só ele mesmo poderá e terá esse direito da sua própria Libertação. O que fizeste por amor, serviu de toque espiritual, mas o resto, o mais duro de fazer, pertence a ele, somente a ele, para que possa desfrutar dos seus próprios esforços no alvorecer da sua maturidade. Se queres desatar dentro de ti a força da Libertação, tal trabalho está em tuas mãos. Ama e começarás bem; ama e começarás a sentir a felicidade; ama que o amor te beneficia por dentro, igualmente te ajudando por fora. Se procuras uma liberdade fácil, tu mesmo és o primeiro a desconfiar dela, sentindo a sua falsidade.

‘A razão não inaugura no homem a Libertação. Somente quem tem o poder de fazer isso é o amor. E, para que a criatura ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, tem de passar por todas as fervuras do espaço e do tempo. A coroa dessa conquista é a Libertação.

‘Pensaste bem agora. Não foste somente tu que ajudaste o irmão enfermo a se livrar de perseguições espirituais. Primeiramente, foram as bênçãos de Deus, que te ouviu, o amor d’Ele que te ajudou a ajudar.

Encerrou-se a reunião naquela noite, com alegria e esperança a vibrar nos corações...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/08/2019 às 00h16
 
16/08/2019 00h15
REINO DE DEUS: UMA CONSTRUÇÃO POSSÍVEL?

            Jesus, o Mestre mais conceituado e respeitado à nível do Ocidente, veio há 2.000 anos para nos ensinar sobre o Amor Incondicional, como formar a Família Universal e construir o Reino de Deus. Acontece que, depois de tanto tempo passado, que conseguimos tanta evolução na ciência e tecnologia, parece que esse Reino ainda está muito distante, tendo em vista a prevalência do mal sobre o bem.

            A Universidade é uma instituição destinada a procurar a verdade, de facilitar e desenvolver a evolução humana em todos os campos do conhecimento. A Universidade também acata o ensino de até onde vai nossas limitações. Usa a ferramenta da Ciência como instrumento básico na busca da verdade, mas não pode em nome do instrumento descartar como mentira o que na verdade ainda não conhece.

            Este é o desafio colocado para a Academia. Usar da humildade para reconhecer seus limites e deixar em aberto à procura da verdade sobre assuntos transcendentais. Neste ponto se encontra a procura por Deus: uma pessoa ou energia? Uma existência ou não existência?

            Com o reconhecimento dessa condição de não poder responder a essas questões com os instrumentos da ciência, resta a lógica e a coerência para nos ajudar a evoluir nesses campos não desbravados.

            Quando Jesus fala do Reino de Deus, quer se referir a uma sociedade composta por cidadãos conscientes e dispostos a cumprir com suas responsabilidades éticas e morais nos diversos tipos de relacionamentos, interpessoais e com a Natureza de forma geral. Esta é uma condição social apoiada por todos, e por isso as lições do Mestre Jesus são aceitas por todos, mesmo que a maioria ainda não tenha condições de cumprir.

            Esta deve ser a preocupação da humanidade atual, tão mergulhada em crimes e iniquidades, em dores e sofrimentos. Estas lições do Cristo podem realmente serem cumpridas? Quem pode responder essa pergunta? Certamente os homens que se dedicam ao estudo do Evangelho, que em suas diversas atividades religiosas defendem e amam a “figura” de Deus.  

            Como colocar na prática essas lições para a construção do Reino de Deus? Pelo que Jesus ensinou, este Reino deve ser iniciado pela construção dos seus cidadãos. Cada pessoa deve fazer sua reflexão pessoal e começar com determinação à reforma íntima, limpar o coração da força dos instintos para fazer prevalecer o racional na defesa dos princípios morais, praticando o amor incondicional em todos os relacionamentos.

            Parece ser por aí o caminho. Ensinar a cada pessoa a importância do mundo espiritual, transcendental, para onde todos nós devemos ir com o passaporte de cidadão do Reino de Deus. Se cada um se comportar aqui, no mundo material, com essa determinação, construirá no mundo físico ao redor, essa realidade de natureza transcendental, mas que nossa razão e coerência aponta como o caminho correto. E certamente algum dia, a ciência poderá esclarecer melhor os detalhes desse funcionamento, inclusive colaborando com a sua instalação, o mais breve possível.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/08/2019 às 00h15
 
15/08/2019 03h14
DEMOCRACIA... QUEM ÉS?

            O discurso proferido em 08-12-1949 na Câmara dos Comuns, na Inglaterra, pelo 1º Ministro Winston Churchill, referente à criticada decisão que tomou das forças militares inglesas serem firmes na Grécia, recentemente dominada pelos nazistas e no momento sofrendo a investida dos comunistas, é de grande valor para compreendermos mais um pouco de nossa realidade atual. Vale a pena lermos trechos desse discurso que foi publicada em seu livro, “Memórias da 2ª Guerra Mundial”, volume 2, para nossa reflexão.

            A acusação feita contra nós (...) é a de estarmos usando as forças de Sua Majestade para desarmar os amigos da democracia, na Grécia e em outras partes da Europa, e para sufocar os movimentos populares que tão valorosamente auxiliaram na derrota do inimigo. (...)

            Mas surge a questão – e podemos permitir-nos refletir sobre ela por um momento – de saber quem são os amigos da democracia, e como interpretar a palavra “democracia”. A ideia que faço dela é que o homem simples, humilde, comum, homem do povo que sustenta mulher e filhos, que sai em luta por seu pais quando este se acha em dificuldades, que comparece às urnas nas ocasiões adequadas e coloca seu x na cédula eleitoral, mostrando o candidato que deseja eleger para o Parlamento, minha ideia é que esse homem constitui o fundamento da democracia. E é também essencial para esse fundamento que tal homem ou tal mulher faça isso sem medo e sem forma alguma de intimidação ou de coação. O cidadão marca sua cédula em rigoroso sigilo e, depois, os representantes eleitos se reúnem e decidem, juntos, que governo – ou até, em tempos de aflição, que forma de governo – desejam ter em seu pais. Se isso é a democracia, eu a saúdo. Defendo-a. Disponho-me a trabalhar por ela. (...). Apoio-me no fundamento das eleições livres, baseadas no voto universal, e é isso que consideramos a base da democracia. Mas tenho um sentimento muito diferente em relação aos simulacros de democracia, às democracias que se denominam democracias por serem de esquerda. Há que haver toda sorte de gente para compor uma democracia, e não apenas esquerdistas, ou mesmo comunistas. Não admito que um partido ou um órgão se denomine democrata por estar enveredando cada vez para as formas mais extremadas de revolução. Não aceito que um partido seja necessariamente representante da democracia pelo fato de se tornar tão mais violento quanto menos numeroso é.

            Há que se ter respeito pela democracia e não usar essa palavra de maneira leviana. A última coisa que pode se assemelhar à democracia é a lei da turba, com bando de gângsteres equipados com armas mortíferas a forçarem a entrada em grandes cidades, tomarem as delegacias policiais e as sedes principais do governo, empenharem-se em introduzir um regime totalitário com mão de ferro e clamarem, como eles costumam fazer hoje em dia, quando conseguem o poder... (interrupção).

            A democracia não se baseia na violência nem no terrorismo, mas na razão, no jogo limpo, na liberdade, no respeito ao direito dos outros. A democracia não é meretriz apanhada na rua por um homem de metralhadora. Confio no povo, na massa da população de quase todos os países, mas gosto de me certificar de que se trata mesmo do povo, e não de uma quadrilha de bandidos que, pela violência, acham que podem derrubar a autoridade constituída – em alguns casos, antigos parlamentos, governos e estados. (...).

            Churchill relata que só trinta deputados votaram contra e quase trezentos deram seu voto de confiança. Um exemplo da aplicação da democracia, dentro da Casa que congrega os representantes eleitos pelo povo. Certamente entre esses que votaram contra estão aqueles que colocaram a carapuça naquilo que Churchill acusou. Mas, a grande maioria apoio o discurso e apoiou a tomada de decisões no enfrentamento de hostilidades na Grécia, mesmo que a imprensa, não sintonizada que a essência da democracia, tenha feito tantas críticas e induzido ao erro tantos cidadãos, que sem saber na verdade o que se passava, passaram a criticar o Primeiro Ministro da Inglaterra.

            Algo muito parecido se passa no Brasil. Aqueles que pegaram em armas no passado e que hoje se dizem defensores da democracia, que se elegeram de forma democrática com esse discurso, logo mostraram suas reais intenções, em quase levar o Estado brasileiro à falência e o deixar até hoje aparelhado com suas ideias totalitárias, usando sem dó ou piedade os mecanismos da corrupção.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/08/2019 às 03h14
 
14/08/2019 00h12
CONHECIMENTO E PARTICIPAÇÃO EM ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

            A Irmandade de Alcoólicos Anônimos (AA) é reconhecida como a alternativa mais prática e eficiente para manter o alcoólico em sobriedade. No entanto, ainda existe muito preconceito sobre a doença e consequentemente sobre as alternativas de tratamento que existem.

            A participação nas salas de AA disseminadas por todo o mundo, representam a melhor forma de conter a compulsão que faz o alcoólico, mesmo querendo sua recuperação, se perder em diversas recaídas. A percepção dessa incapacidade de manter a sobriedade naqueles alcoólicos que desejam parar de beber, é um grande motivo para o suicídio que ocorre nesse segmento.

            Para as salas de AA se manterem abertas e cumprindo o seu papel de salvar vidas, é importante que os membros em recuperação sejam frequentes nessas reuniões. Acontece que um bom número desses alcoólicos em recuperação falta a essas atividades, dificultando os poucos que frequentam em levar adiante a mensagem.

            Para ajudar na conscientização de alcoólicos e seus familiares sobre a importância do AA, desenvolvemos este projeto de pesquisa com o objetivo de ir nas residências de alcoólicos já identificados e entrevistar os familiares disponíveis e o próprio alcoólico se for possível.

            Após a exposição da importância do AA, será feita a sensibilização dos presentes para a participação no grupo de AA mais próximo da residência ou onde melhor haja a adaptação da pessoa. Também será informado da importância dos grupos paralelos, de Al-Anon para os familiares de alcoólicos, e de Al-Teen para filhos adolescentes de alcoólicos.

            Este estudo terá como base de atuação o grupo de AA existente em Ceará-Mirim-RN, que funciona aos domingos de 9 as 11 horas. Servirá de referência para aquelas pessoas que se sintam intimidadas, pois encontrará na reunião as pessoas que fizeram a entrevista em sua casa.

            Será usado o telefone fixo, celular ou e-mail para manter as pessoas entrevistadas conectadas com as diversas atividades de AA, sendo mantida a motivação para a participação, tanto dos familiares quanto dos alcoólicos.

            Caso seja necessário, haverá a orientação para o tratamento médico, com o uso de psicofármacos e possíveis internações, em hospitais psiquiátricos ou comunidades terapêuticas. Também será feita a devida orientação social para fins de benefício social enquanto se mantiver em tratamento, incapaz de trabalhar, ou encaminhar para aposentadoria se estiver incapacitado.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/08/2019 às 00h12
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