Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/01/2016 02h35
O CULTIVADOR E A TERRA

            Sei que estou na mira do Mestre. Ele que veio à Terra e com pouco tempo de existência conseguiu mudar até o calendário, que cumpriu com excelência a missão que o Pai lhe delegou. Sei que o Seu espírito se insurge contra a fraqueza dos que preferem o repouso à luta, o êxito fácil aos trabalhos do pensamento e às fadigas corporais.

            O Mestre ensina que a luz deve ser espalhada com profusão. Que quem a oculta deve se envergonhar, pois são homens pusilânimes, de pouca fé. A abundância dos dons divinos enche a todos de alegria, mas quando se deve demonstrar a verdade com o trabalho e a graça mediante sacrifícios, todos permanecem no meio da ociosidade ou do egoísmo. O cultivador que dá com terra estéril, leva suas esperanças para outra terra mais produtiva... Pois bem, o Mestre é o cultivador e a terra estéril somos nós.

            Sei que o Mestre se depara comigo. Sou também uma terra estéril que Ele olha com compaixão. Tenta incutir em minha mente a fé e a confiança. Imprime na minha alma Seus ideais e Seus propósitos como estigmas de fogo que jamais desaparecem. Imprime em meu espírito a imagem do Seu olhar, que é sempre terno, do Seu sorriso, quase imutável, da Sua maneira e Sua delicadeza ao consolar-me e demonstrar-me Seus afetos.

            Ele ver em pessoas como eu, o povo do futuro, e sonha no despertar do mundo, no êxito da Sua missão, o triunfo da Sua doutrina, apesar dos meus desatinos e da má-fé dos Seus inimigos.

            Mesmo eu me reconhecendo uma terra estéril, onde o cultivador divino podia muito bem dá a volta e ir em busca de outra terra, Ele continua insistindo comigo. Certamente Ele vê em mim algum potencial. Não sou de todo estéril. Ele me pede para eu me converter em verdadeiro adorador de Deus interpretando com sabedoria as leis da Natureza, onde está o lado visível do Criador. Pede que eu honre o caminho do meu espírito, conforme a missão que o Pai me delegou.

            O Mestre pede que eu acumule provas da grandeza de Deus, na minha condição de acadêmico, pois dessa forma tenho maior capacidade de colocar a luz sobre o alqueire. Merece muito de Deus, explica Ele, o que se levanta com coragem; o que desenraiza a árvore velha e lança-a ao fogo; o que lava suas imundícies com o perfume do amor para que nada do passado inglório se note nele; o que do fundo do abismo sai à luz do sol no pleno domínio de sua vontade e mediante seus esforços.

            Tenho que desviar o foco de minha felicidade. Devo depender para ser feliz do cumprimento dos meus deveres, quaisquer que sejam as responsabilidades que resultem daí. Devo lembrar que a alma eleva-se com a privação dos bens temporais, devo buscar os dons de Deus com o desprendimento das ambições terrestres.

            Sei que o poder do Pai se manifesta nas menores coisas, como também nas maiores, e o Seu olhar penetra o meu pensamento no mesmo instante que percorre a imensidade da criação.

            A palavra do Pai está espalhada por todas as terras, por minha terra também. O Mestre a cultivou em minha consciência e devo esforçar-me para deixar de ser estéril, que devo progredir apesar de minhas fragilidades. Não quero que o Mestre me abandone por me considerar uma terra estéril.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/01/2016 às 02h35
 
16/01/2016 00h45
PERSONALIDADE DE DEUS

            Personalidade está relacionado com pessoa, com uma máscara que a pessoa usa para os seus mais diversos relacionamentos. Deus precisa de uma personalidade? De uma persona, uma máscara? Essa ideia parece totalmente desprovida de sentido. Deus não necessita de uma máscara, de uma personalidade. Deus é Amor! Assim aprendi que Deus é a maior energia do universo, a sabedoria infinita contida dentro dela. Porque necessitaria de uma personalidade?

            Ao ler “O livro de Urântia, logo na primeira parte do livro intitulado “O universo central e os superuniversos”, o primeiro parágrafo é o seguinte: “Não permitais que a magnitude e a infinitude de Deus obscureçam ou eclipsem a vossa visão da personalidade dEle. Ele que planejou o ouvido, não o escutará? Ele que formou o olho, não o verá? O Pai Universal é o auge da personalidade divina; Ele é a origem e o destino da personalidade em toda a criação. Deus é tanto infinito quanto pessoal; Ele é uma personalidade infinita. O Pai é verdadeiramente uma personalidade; se bem que a infinitude da Sua pessoa coloque-O sempre para além da compreensão plena dos seres materiais e finitos”.

            Essa informação que antes me parecia fora de propósito, agora alcança um bom nível de coerência. Primeiro, consegue fazer-me mais humilde, de não querer que a minha mente tão primitiva consiga alcançar uma compreensão capaz de abranger o infinito Pai e dizer-lhe do que é capaz. Parece-me mais conveniente que a minha mente siga o pensamento de entidades superiores, guardiões do universo em nome do Pai. Se o que eles dizem não soam absurdo, então por que eu não devo seguir o pensamento deles, já que reconheço ser bem mais superior que o meu? Passo então a fazer uma reinterpretação do meu pensamento tendo por base o que eles ensinaram.

            O Pai criou uma série de instâncias capazes de perceber estímulos ambientais e os interpretar de acordo com as necessidades de um corpo no qual está instalado. Esse corpo forma uma pessoa, que por extensão forma uma personalidade. Por que então, uma estrutura como a personalidade, criação indireta do Criador, não pode por Este ter a mesma característica? Caso isso não fosse possível, então o homem, criador de uma personalidade, seria mais poderoso do que o Criador nesse aspecto? Não, reconheço, o Pai também pode ser representado ou reconhecido como uma personalidade, não tendo o corpo ou aparência humana, Ele não necessita disso. Ele pode continuar sendo a energia mais poderosa do universo, a essência do amor, a inteligência absoluta... a sua personalidade se manifesta na forma de compreender e perceber qualquer movimento por mínimo ou grandioso que seja, com uma natureza harmônica e por essência criadora.

            Tudo que se afasta desse caminho harmônico e criador, não faz parte da personalidade de Deus, e se isso acontece podemos imaginar que uma das criaturas do Pai adquiriu a consciência do livre arbítrio, de fazer aquilo que considera correto, não percebe o erro que comete, da desarmonia que causa. Isso é típico da natureza e personalidade humana, que ainda sofre forte influência dos instintos carnais dos quais ela emergiu. É necessário que a sua inteligência reconheça essa limitação humana frente a imensidade do Criador e decida, com humildade, corrigir os seus erros e procurar fazer a vontade do Pai Universal.

            Sim, dessa maneira entendo a personalidade do Pai, e quando em minhas orações eu me dirigia a Ele, agora reconheço, que por trás dos meus pedidos sempre eu fazia como se tivesse me referindo a uma personalidade, mesmo sabendo que era pura energia e que essa energia me penetrava também.

            Parece um tipo de paradoxo, rezar para um Deus que está tão distante e ao mesmo tempo, dentro de mim, que o meu corpo é o seu templo. Uma personalidade distante e dentro de mim. Um juiz que sonda os meus pensamentos e o meu coração!

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em 16/01/2016 às 00h45
 
15/01/2016 00h59
FOCO DE LUZ (85)

            Em 14-01-16, as 19h, na Escola Estadual Olda Marinho, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Edinólia, 02. Paulo Henrique, 03. Francisco 04. Francisca 05. Luci, 06. Ronnam, 07. Ana Paula, 08. Marise, 09. Nivaldo, 10. Netinha, 11. Sued, 12. Josineide, 13. Marília, e 14. Railma. Foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Examina-te”, a partir de uma frase de Paulo em Filipenses. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem alterações. Ronnam falou do trabalho de conselheiro, da falta de vagas nas creches e que as mães estão procurando uma solução. Falou que elaborou um ofício solicitando uma vaga para uma mãe que lhe procurou e que irá solicitar a transformação da Escola Estadual Isabel Gondim em creche, uma vez que existe a tentativa da Secretaria de Educação em transferir os professores e alunos para outras escolas, devido o baixo índice de matrículas. Foi orientado para as mães se organizarem, cadastrarem os filhos que precisam de creches e fazer abaixo-assinado solicitando o aumento de vagas. Falou que iria procurar o IBGE para levantar os números de crianças na faixa dos 6m aos 3a11m para comparar com o número de vagas oferecidas pelo município. Deixou o seu número de celular, 98788-8559, para quem precisar de fazer contato consigo ou com a Associação de Moradores. Francisco apresentou o boletim financeiro do mês de dezembro com os seguintes resultados: A receita totalizou 2.574,25 reais com destaque para a receita do bazar no valor de 1.610,25 reais; a despesa totalizou 1.243,86 reais, com destaque para a Festa do Natal que fez um desfalque de 758,86 reais. Totalizando com o saldo anterior ficou um valor em dinheiro de 4.589,42, e com os demais investimentos a Associação tem um valor total de recursos no valor de 6.922,35 reais. Foi avaliado que a Associação não pode gastar o dinheiro arrecadado em eventos dessa natureza, pois o trabalho evangélico não tem a devida profundidade, a grande maioria das pessoas que chegam próximo ao evento, não conseguem nem ao menos entender qual a filosofia que está sendo desenvolvida. Foi aceito pelos presentes que a missão da Associação deve ser no incentivo ao trabalho, investindo nas pessoas que passam por dificuldades financeiras, que não tem emprego, mas que estão dispostas a trabalharem por conta própria com o apoio da Associação. Essas pessoas devem cumprir um cadastro especial para o trabalho, além de se associarem e junto com a família participarem das atividades da Associação, principalmente aquelas de caráter evangélico. As 20h30m a reunião foi encerrada e Ronnan conduziu a oração do Pai Nosso. Fizemos a foto oficial e todos degustamos o lanche da noite.

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em 15/01/2016 às 00h59
 
13/01/2016 09h59
O PRIMEIRO DEVER

            Aprendi com Jesus os dois primeiros mandamentos no sentido de obedecer e fazer a vontade de Deus: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Isso serve para mim como uma bússola comportamental, onde em qualquer momento, em qualquer situação em que eu me sinta confuso qual atitude devo tomar, é somente fazer a aplicação dessa orientação do Mestre.

            Ao iniciar a leitura de “O livro de Urântia” recebi uma lição de um mestre universal da estirpe de Jesus, que do Pai Universal emanou o supremo mandato: “Sede perfeitos assim como Eu sou perfeito.” Em amor e misericórdia, os mensageiros do Paraíso levaram essa exortação divina através dos tempos e através dos universos, até mesmo a criaturas inferiores de origem animal, como é o nosso caso, a raça humana no planeta Terra/Urântia.

            Ao chegar a mim tal informação, não vejo dificuldade em associar ao que Jesus ensinou, parecendo ser quase idêntico. Mas vejo umas nuances que merecem ser destacadas para aprimorar a minha conduta, aperfeiçoar os meus paradigmas.

A bússola comportamental que Jesus me ensinou tem aplicação prática direta, nos relacionamentos quaisquer que sejam, principalmente os afetivos. Esta nova lição, “Sede perfeito assim como Eu sou perfeito” exige um continuo esforço de aprimoramento em todos os aspectos da vida. É uma orientação direta do Pai Universal do qual ninguém pode escapar, principalmente aqueles que já o entendem como Pai e procuram fazer Sua vontade.

Também tem o poder de me colocar lado a lado com os Mestres universais, pois todos pretendem ser cada vez mais perfeitos e se aproximarem o máximo do Pai, principalmente em fazer Sua vontade, em receber determinadas missões e cumprir até com o sacrifício das vidas efêmeras que venham a ocupar, como foi o caso do Mestre Jesus de Nazaré. Não quero dizer que estou no mesmo nível que eles, mas estou colocado no mesmo batalhão do bem, de praticar o Amor Incondicional.

“Ser perfeito como o Pai” pode servir como a minha meta, o caminho a ser percorrido, mas o trajeto é enorme e as dificuldades são imensas. Mesmo que eu já tenha superado a fase de dúvidas, de ateísmo, sei que possuo diversos vícios e defeitos que retardam meu caminhar. Sei que devo fazer todo o esforço para avançar o máximo nesta minha atual vivência na Terra, mas a preguiça atrapalha o trabalho que eu sei devo realizar. Os projetos estão na mente e até no papel, mas a realização deles fica sempre adiada em função de outras atividades mais prazerosas. O que me deixa mais tranquilo, apesar de tantos aspectos negativos, é que sinto estar caminhando na sintonia com a vontade do Pai, e portanto não estou dentro de nenhum desvio.

 

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em 13/01/2016 às 09h59
 
13/01/2016 00h59
ONDAS DE NOSTALGIA

            Interessante como pode em algum momento o coração e a mente ficarem em campos opostos. O coração é responsável pelos afetos, a mente pela coerência na vida. Nada mais harmônico se os dois ficassem sempre em acordo em tudo que dissesse respeito à vida.

            Hoje estou sentindo uma divergência entre a opinião de cada um deles. O coração lembra dos amores que conquistei, daqueles que o marcaram a ferro e fogo, e faz um movimento de aproximação, de voltar a receber e dar tantos carinhos quanto a memória registra no que aconteceu. As músicas dos cantores que preenchiam os nossos espaços, hoje me traz fortes recordações, uma nostalgia de um tempo que foi embora, que eu não consegui manter sempre comigo.  

            Sei que tudo isso aconteceu dentro dos meus paradigmas de vida, nada fugiu ao que minha mente tinha determinado, eu não poderia fazer diferente sem a mente acionar a culpa na consciência. Meus atos causaram desconforto e sofrimento em quem convivia comigo e queria desenvolver um amor exclusivo. Esse foi o nó górdio do relacionamento. Se eu me reprimisse e conseguisse manter um amor exclusivo, eu estaria seguindo a natureza dela, não a minha; se pelo contrário, ela se reprimisse e tolerasse um amor inclusivo, estaria seguindo a minha natureza não a dela.

            Concluo com essas observações que nossas naturezas são diferentes e incompatíveis. Só é viável a convivência dos dois se um deles se sacrificar e seguir a natureza do companheiro.

            Neste momento que sou atingido pela nostalgia, sei que isso é efeito do coração que deseja retornar aos afetos que tinha antes. Mas a mente vigilante adverte que eu não posso conseguir isso sem abrir mão de minha natureza, e por outro lado eu não posso pedir que a pessoa abra mão da sua natureza. Tenho que reconhecer a incompatibilidade e aceitar o afastamento de quem amo.

            Isso implica numa questão da maior importância. Se o Reino dos Céus deverá ser construído pela família universal, que é formada através do Amor Incondicional e leva ao amor inclusivo, então não posso ficar passivo sem lutar para vencer essa incompatibilidade entre homem e mulher devido as suas naturezas diferentes. Tenho que ver qual o comportamento que está impedindo o amor inclusivo e vejo que é o feminino. O homem por natureza já promove afetos os mais diversos; a mulher tende a permanecer apenas com um afeto, uma relação íntima. Portanto, é a mulher que deve se conter, reprimir e permitir a ocorrência do amor inclusivo. O homem deve se conter, por uma questão de justiça, em permitir que a sua companheira tenha as mesmas experiências afetivas fora do relacionamento principal.

            Mas por enquanto, essa nostalgia que me impele para os braços da mulher que me expulsou por eu ter amor por outras, deve ser contida, porque no momento atual tanto irá aumentar o sofrimento dela como a minha culpa, se a situação permanece de nenhum de nós querer partir para o sacrifício, principalmente ela.

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em 13/01/2016 às 00h59
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