A reunião do dia 10-04-14 do Projeto Foco de Luz contou com a participação de 14 pessoas: Edinólia, Radha, Jose Vanderlino, Damares, Paulo, Nivaldo, Oscar, Ana Paula, Ivanaldo, Clóvis, Francisco, Rosendo, Esdras e Marivon. Todos que são registrados após o meu nome, Francisco, é porque chegaram após o inicio que se deus as 18h e se prolongou até as 19:30h como estava previsto.
Inicialmente demos os informes. Eu falei que não deu para organizar o data show para apresentação do projeto não foi possível, pois fui chamado ao Jornal de Hoje para falar sobre a questão do Hotel e do Projeto Foco de Luz. A matéria já deve estar circulando na cidade, infelizmente a entrega do meu jornal atrasou e por isso não trouxe para a reunião. Em seguida li as normas de conduta que fiquei de elaborar para que todos pudessem apreciar e fazer suas devidas considerações. Todos aprovaram o texto na íntegra e passará a ser o nosso modelo comportamental baseado nos Evangelhos do Cristo. Entreguei uma cópia a cada um do presentes.
Os documentos da escola foram entregues por Ivanaldo pedindo serviços à Secretaria de Educação em caráter de urgência, desde 01-02-11, tais como: problemas elétricos devido a maresia, problemas de infiltração e reparo nas grades de ferro. Ficamos de marcar uma audiência com a Secretária de Educação através de Adailson e irmos enquanto Projeto Foco de Luz, comunidade e direção da escola tentar resolver a questão.
Paulo mostrou o Estatuto da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA Praia do Meio) que ele resgatou e que irá prosseguir no processo de reativação. Mostrou também o mapa da cidade de Natal onde ira ampliar o setor do Bairro de Praia do Meio para que possamos trabalhar no sentido de identificar um líder em cada rua e trabalhar junto à Associação.
Damares fez o relato do movimento “Basta de Violência” ocorrido em frente à governadoria e que teve a participação também de Clovis e de Radha. Falou que foi instalado um Fórum permanente de Combate a Violência aberto a sugestão e participação de todas as entidades, de todos os cidadãos.
Paulo e Clóvis ficaram de contatar o dono do Hotel Reis Magos para firmar a nossa posição de apoio ao Centro comercial conforme divulgamos no jornal.
Eu fiquei de reunir na terça-feira no Departamento de Medicina Clínica – HUOL, com Paulo e Oscar para elaborarmos uma ficha de inscrição para o início dos trabalhos da AMA Praia do Meio.
As 19:30h como combinado encerramos a reunião. Clóvis lembrou de rezarmos o “Pai Nosso” e todos caímos em si, pois o grupo é essencialmente espiritual e não podemos deixar de expressar o nosso respeito à divindade com as orações que ligam o nosso coração ao coração do Pai. Combinamos que faríamos disso, a oração, uma regra para todo o início e fim de cada reunião.
O encontro e a aceitação da verdade tornam a pessoa livre. O desejo de ser livre está no íntimo de cada ser humano. Infelizmente muitas pessoas vêem alguns aspectos da verdade, reconhecem como tal, mas não a absorvem em suas vidas, pelos mais variados motivos.
Eu sempre procurei encontrar a verdade, a aceitar mesmo trazendo para mim os maiores obstáculos e problemas. Primeiro foi com o livro da Natureza, a fonte primordial de onde flui a “palavra de Deus” sem necessitar ser escrita pelas vias tradicionais. Como estudante que sempre sou, encontrei um dia o livro da Sociobiologia e que explica nosso comportamento baseado nas influências poderosas dos gens, para a nossa sobrevivência e relacionamentos. Aceitei essa verdade que eu próprio podia constatar no meu psiquismo, ideações e comportamento. Não entendi como algo do mal, mas sim como a mão de Deus na arquitetura da Natureza da qual eu pertenço. Deveria ter apenas o cuidado de obedecer acima de tudo a Lei do Amor, uma obrigação característica da minha espécie humana e que proporciona a minha evolução moral.
Foi a aquisição desse conhecimento da Natureza associado ao conhecimento do mundo espiritual trazido por Jesus, que me libertei dos preconceitos sociais relacionados com o casamento, com a formação da família nuclear. Essa condição deixou-me capacitado para receber uma missão do Criador, a formação de uma família ampliada, baseada no Amor Incondicional e mais próxima da família universal, para a construção do Reino de Deus.
Foi assim que Deus usando os princípios naturais aproximou de mim diversas mulheres para que eu começasse a formatar essa nova estrutura familiar. Inicialmente tudo era feito de forma intuitiva, os relacionamentos eram construídos na base do Amor Incondicional da minha parte, mesmo que houvesse sempre o sentimento do amor romântico. Sempre coloquei o Amor Incondicional como prioridade e não deixei o amor romântico causar os sentimentos negativos que geralmente ele provoca.
Infelizmente as mulheres que tiveram essa oportunidade sempre sentiram o amor romântico em primeiro plano e não conseguiam colocar em prática a prioridade do Amor Incondicional. Atualmente duas tentam com muita dificuldade fazer essa inversão de prioridade, do amor romântico para o Amor Incondicional. Mas na esteira da minha história muitas outras mulheres existem que deixaram a minha companhia mais íntima por não aceitarem essa forma de amar com amplitude, sem exclusividade, onde todas sejam respeitadas e consideradas pessoas de uma mesma família.
Sinto a maior liberdade possível dentro do contexto em que vivo, obedecendo a essa verdade que descobri e aceitei, fugindo do pecado da sexualidade, da busca do prazer sexual sem o componente afetivo e espiritual, fugindo do vício, do pecado que pode escravizar.
Eu tenho a compreensão clara do que Deus deseja que eu construa a partir do meu comportamento, apesar de não saber os detalhes do caminho que me leva até esse objetivo. Sei que o caminho me desvia cada vez mais dos objetivos da vida material, este mesmo material que produzo a cada dia neste diário, pode servir para uma avaliação acadêmica de desvio comportamental para outra meta. Até que ponto existe sanidade nessas ações que priorizam um mundo que não está ainda bem conhecido pela ciência e muito menos pelos interesses mundanos.
Mas eu vejo o exemplo de José e Maria, um casal formado pelo Amor incondicional, sem nenhuma influência do amor romântico, com a firme determinação de cumprir a vontade de Deus. Eles viam nos diversos detalhes da vida a vontade de Deus se manifestando. Como o senso que eles são obrigados a cumprir por determinação do imperador romano e que é um dos itens do cumprimento da palavra de Deus já registrada nas escrituras, de que o Messias deveria nascer em Belém, lugar onde Jose deveria ir para realizar o censo.
Da mesma forma eu estou me acostumando a ver todos os detalhes da vida que desfilam perante a minha compreensão como sendo a vontade de Deus que se manifesta naquele momento e que depende do meu livre arbítrio a realização da melhor opção, para os desígnios de Deus, não os meus. Posso perder grandes chances, como aconteceu no almoço domingo em Jardim do Seridó, mas logo chega na minha mente o vacilo que dei e procuro me fortalecer na compreensão e na sabedoria, na coragem e na condução da luz que eu já possuo, por mínima que seja.
Vejo toda a história que se descortina à luz da minha compreensão e em tudo eu vejo a participação de Deus e de Sua justiça incomparável. Vejo as civilizações que floresceram e decaíram; os homens soberbos e humilhados, e que trocam de posição na mesma existência ou em outras. Em tudo vejo o progresso, nos quadros pictóricos da Natureza, e até na aparente selvageria dos animais brutos na luta pela sobrevivência...
Vejo a minha participação como criatura inteligente dentro dessa Natureza que a inteligência não consegue abranger em sua totalidade. A verdade surge em pequenas doses e depende da sintonia do meu coração com o bem, com o Amor, para que eu saiba qual é a vontade do Criador para mim.
Sei que Ele já me determinou uma missão e que depende de minhas ações dentro das opções que Ele coloca constantemente ao meu alcance, a minha aproximação ou distanciamento dEle.
Então, esse é o processo. Cada vez que eu obedeço a Sua vontade, mais ainda eu me capacito a receber mais informações sobre os caminhos, sobre a verdade. Posso parecer uma pessoa esquisita, fria, distante, pois não faço questão de ligar ou ficar próximo de uma pessoa exclusiva. A missão que o Pai me deu foi para ampliar cada vez mais um leque de relacionamentos dentro da fraternidade de uma família que se torna cada vez mais ampliada. Tem o objetivo de corrigir as distorções da família nuclear e a construção da família universal, característica do Reino de Deus.
Estou pleno da vontade de Deus e sigo os caminhos que Ele me oferece fazendo a opção que considero mais adequada para atingir essa meta. Nessa condição eu começo a perceber que o meu corpo e minhas ações se tornam como instrumento dessa vontade de Deus implantada em minha consciência, mesmo que muitos a acusem de imprópria aos padrões culturais, porém não mostram a incoerência dentro da lei do Amor.
Foi assim que, na companhia de 5 membros da minha família ampliada, cumpri em Caicó no último sábado, mais uma etapa dessa vontade de Deus implantada dentro de mim. Fiz os atendimentos previstos no Posto de Saúde, me relacionei com duas pessoas que Deus enviou com mais profundidade afetiva para mim (apesar de ter esquecido de convidar uma terceira), e fiz a palestra de ação comunitária no bem, dentro do projeto de Nova Ordem Social, e que os participantes estão rebatizando de Nova Consciência Cristã.
Como sei que não sou um ser humano perfeito e muito menos um espírito superior capaz de se livrar dos vários chamativos do corpo ou do egoísmo no cumprimento da vontade do Pai, sei que posso cometer erros, perder chances oferecidas por Deus. No sábado eu não percebi erros tão graves, na alimentação e nos relacionamentos, apesar de ter esquecido de convidar a terceira pessoa que está ligada afetivamente a mim e que poderia ter se beneficiado dessas ações como eu sinto que está se beneficiando quem participa.
Porém, a perda de uma grande chance aconteceu no domingo, durante o almoço oferecido na casa de uma amiga em Jardim de Seridó, durante o nosso retorno para Natal. Durante a apresentação das pessoas que iam em minha companhia, senti a necessidade da minha primeira esposa se identificar como sendo todos irmãos. Assenti na sua forma dela se identificar dessa forma e todos os outros seguiram a orientação. Acontece que no meio deles existia a minha filha. Foi identificada como tal e quem era a sua mãe. Foi o momento da minha primeira esposa dizer que tinha também 3 filhos comigo. A partir daí foi necessário um melhor esclarecimento da situação. Minha primeira esposa colocou a sua posição de forma clara e veemente, dizendo que pediu o divórcio por não tolerar um homem conviver sexualmente com mais de uma mulher, mas que se considera minha irmã, que eu sou um grande amigo para ela, mesmo sem ter cama, e que a qualquer momento que eu precise ela está disposta pra me acolher e a quem precisar, inclusive as minhas “namoradas”. A mãe de minha filha presente poderia ter colocado com igual veemência a sua posição, de estar tentando viver comigo um relacionamento profundo em todos os planos, mesmo sabendo do meu relacionamento íntimo com outras mulheres, que existem e que podem vir a existir, por acreditar no Amor que alimenta tudo isso. Ela preferiu sair do ambiente da discussão, foi uma falha dela, mas a maior falha foi minha. Eu continuei no ambiente da discussão, dava alguns toques de fatos que aconteceram para reforçar o que estava sendo dito, como a ida da minha primeira esposa para ajudar tanto a minha filha presente como a minha companheira que mora em Ceará Mirim. Isso não era o suficiente. Eu sou o formulador dessa idéia de família ampliada com essas características que entendo ser a vontade de Deus. Eu estava num ambiente amigável onde poderia ter explicado com detalhes a formação da família ampliada que está sendo realizada com a participação delas e do Amor Incondicional. Foi a grande chance que Deus me ofereceu para que eu explicasse tudo isso que já aprendi e que procuro colocar em prática. Nesse momento a grande vitoriosa foi Edinólia que conseguiu colocar o seu ponto de vista, e grande derrotado fui eu, que tinha todas as informações e fiquei calado.
Peço perdão ao Pai por minha falha, e prometo ficar atento para numa oportunidade igual a essa eu não a desperdiçar, afinal o tempo está passando e cada vez fica mais urgente o surgimento desse contexto familiar baseado no Amor Incondicional dentro da humanidade.
A esperança da vinda de um Messias alimentada pelos judeus foi uma condição que influiu decididamente na história da humanidade. Seria uma pessoa de origem divina que viria para trazer a salvação do mundo, libertação de Israel. Viria trazer a justiça e corrigir as distorções egoístas presentes no mundo.
Por essas características, nenhum dos grupos que estavam no poder, tanto na Palestina quanto em Roma ficaram satisfeitos ou tranqüilos. Os poderosos temporais ou espirituais não queriam perder as suas benesses, mesmo que elas não estivessem de acordo com a vontade do Criador. Assim, ameaçados pelas profecias dos verdadeiros profetas, quanto a vinda do Messias, os poderosos já o ameaçavam de morte no berço, antes que Ele pudesse se expressar e desse as lições de Amor para vencer as trevas.
Outra característica que poucos percebem na vinda do Messias, foi quanto a sua preparação. O casal que o deveria obedecer deveria ser bem escolhido para gerar, educar e proteger o Messias enquanto ele estivesse indefeso na fase infantil. A partir do próprio casamento que foi realizado com base na vontade de Deus, na escolha desses pais para o rebento divino. Nesse casamento não prevaleceu o amor romântico que é associado ao corpo e que é o comum até hoje. Nesse casamento prevaleceu o Amor Incondicional que é ligado ao Espírito, à vontade de Deus, e que devemos praticar para formar o Reino de Deus; mesmo que exista o amor romântico, mas que ele sempre seja subordinado às diretrizes do Amor Incondicional.
Jose se defrontou logo no início do seu noivado com Maria, mesmo o amor romântico não ter sido a tônica do seu envolvimento afetivo, e sim as conveniências religiosas da época, e mais do que isso, a vontade de Deus que estava operando dentro das circunstâncias. Maria apesar de surpresa não titubeou ao deixar se engravidar por obra do Espírito Santo, cumprindo a vontade de Deus. José vacilou, no choque preconceituoso da surpresa em saber que sua noiva estava grávida sem a sua participação. Pensou em abandoná-la, mas o seu coração bondoso não aceitava expor a vergonha de Maria (para os outros, pois para si Maria não nutria vergonha e sim orgulho por ter sido escolhida por Deus) e ao sacrifício dela morrer apedrejada. Finalmente o seu coração foi apaziguado durante o sono, quando o anjo responsável por esse esclarecimento apareceu em sonho e lhe deu as devidas explicações.
Durante a cerimônia do casamento dos dois é observado um ambiente diferente. Quem já conhecia a história que estava se desenvolvendo, da gravidez antecipada e duvidosa de Maria, mostrava um certo ar de austeridade que contrastava com a alegria do presentes que não conheciam esses fatos. O próprio olhar de Maria a José e vice versa, não tinha um pingo de amor romântico. Era o Amor Incondicional que se impunha naquele momento, na consciência dos dois, para aceitarem a vontade do Senhor, mesmo não sabendo com detalhes quais os passos seguintes que eles teriam de seguir.