O trabalho do bem em Caicó teve sua primeira reunião em 05-04-14 depois do Seminário acontecido em 01-03-14, no Campus da UFRN, onde foi colocada a proposta de ser feito um trabalho de preparação para que no sábado de carnaval do próximo ano pudéssemos fazer um trabalho abrangente em toda a cidade, com o foco no bem e na espiritualidade.
Nesta reunião estavam presentes 26 pessoas. Sandra organizou como da primeira vez, todo o espaço físico da reunião. Assumi a mesa dos trabalhos sozinho, pois eu tinha ficado de falar sobre o foco do nosso trabalho. Depois de apresentar às pessoas que estavam vindo pela primeira vez os motivos da nossa reunião, entreguei os certificados a quem participou da reunião anterior. Em seguida passei a apresentar a palestra na forma de data show, com o título: “Deus, o amor, a luz e o foco”.
Falei inicialmente da sociedade que está sempre num processo de construção baseada na educação constante dos indivíduos. Apesar da aparência calamitosa do nível de agressividade presente na sociedade atual, se fizermos um estudo retrospectivo do comportamento humano ao longo do tempo, iremos observar que houve um declínio da violência. Devemos isso ao esforço humano em busca de um comportamento ético, principalmente às lições do mestre Jesus que se espalhou por todos os continentes.
Durante as lições de Jesus observamos que Ele faz uma ligação direta de si para com Deus, que Ele chama de Pai devido o mesmo ser o Criador de tudo que existe no Universo, inclusive nós.
O núcleo central da minha palestra foi uma palestra de Jesus quando Ele tinha 14 anos e vivia entre os essênios. Depois da apresentação da palestra abri o momento de debate, discussão e sugestões.
Sandra colocou por impresso 10 idéias para discussão com os seguintes títulos:
Alem dessas idéias foram colocadas também: 1) Ação comunitária no bem, com a eleição de um bairro onde fosse colocada a concentração dos trabalhos que podemos realizar (André); 2) Banco de remédios, com doação de medicamentos sem uso para ser utilizado por outros sobe receita médica (Adriana); 3) Fazer uma rotatividade nos grupos para que a rotina não diminua a motivação; 4) Usar o potencial do grupo para realizar a atividades propostas; e 5) Escolher o bairro João Paulo II como o primeiro a receber esse trabalho, por já existir uma base para as ações.
Ao final decidimos antecipar a próxima reunião para o dia 26-04-14 devido o feriado que iria intervir com a reunião no primeiro sábado de maio. Fizemos um ligeiro lanche para nos confraternizarmos.
A atividade foi filmada.
A gravidez de Maria na condição de virgem, feita pelo Espírito Santo, até hoje é motivo de discórdias entre dois grupos: aqueles que acreditam ipsis litteris (literalmente) e aqueles que rejeitam totalmente.
Os materialistas radicais dizem que essa história é totalmente imaginária, uma lenda da mãe virgem do Salvador que está presente em várias civilizações do mundo. Dizem que as leis da natureza não podem ser alteradas, nem mesmo pela divindade, se por acaso existisse. Então consideram essa história com um mito e nenhum valor dão a ela.
Os espiritualistas racionais entre os quais me incluo têm outra perspectiva dessa história. Acredito que exista uma força de inteligência suprema a criar e presidir o universo constantemente, na base da harmonia, do Amor. Acredito que existam diversos seres muito evoluídos moralmente que se aproximam muito da essência do Criador, o Amor, e que recebem o nome de anjos ou espíritos superiores.
Maria mostra que tem uma boa mediunidade neste contato que fez com um anjo e que disse ser vontade do Criador que ela engravidasse de um ser que deveria vir ao mundo material e ensinar lições teóricas e práticas para a nossa evolução moral. Como os anjos (espíritos superiores) fizeram essa engenharia genética, de usar apenas o DNA de Maria, que já era também um espírito superior e gerar um filho? Não seria mais fácil ter sido escolhido outro espírito superior, como Maria, ter encarnado na condição de homem e ser gerado o filho de forma mais natural, dentro dos nossos conhecimentos? Com essa segunda interrogação eu abro espaço para aceitação do fato como foi contado. Aqui eu coloco a compreensão do que acontece dentro dos meus conhecimentos. Se tudo que eu sei apenas me deixa a firme convicção que eu nada sei comparado a verdade exata do que existe, pode muito bem que esse anjo, conhecedor de técnicas que eu nem imagino que possa existir, tenha operado o milagre que minha ignorância aceita como tal, mas que se eu tivesse o conhecimento do anjo estaria também explicado dentro das leis da Natureza. Dessa forma o meu racional se inclina pela aceitação da gravidez de Maria enquanto virgem, da mesma forma que aceita a gravidez de sua prima Isabel que já tinha engravidado há seis meses, conforme o anjo informou e que Maria mais tarde comprovou.
Todos esses fatos na mente de quem vive restrito ao mundo material, não passa de bobagens de pessoas crédulas, que são desfocadas da vida. Na minha mente esses fatos comprovam a existência do mundo espiritual do qual eu tenho confirmação de diversas maneiras, inclusive as que intervém com o mundo material, como o fenômeno comprovado da mediunidade, do intercâmbio racional entre os seres inteligentes desses dois mundos, material e espiritual.
Maria comprovou tudo que o anjo lhe disse com relação a sua prima Isabel e a si mesma. Teve muita dificuldade em explicar o caso a José que na condição de seu marido pensou em lhe abandonar por ter um filho sem a participação dele. Foi necessária a interferência mais uma vez do anjo em sua consciência para ser testemunha da verdade que Maria dizia. Felizmente José também era um homem espiritualizado, senão teria considerado essa visão de um anjo em seus sonhos como um delírio onírico devido a pressão familiar que ele estava sofrendo. Teria exposto a vergonha de Maria para todos e a morte pelo apedrejamento seria o passo seguinte no destino de Maria.
Maria e José aceitaram todas as informações transmitidas pelo anjo e se colocaram humildemente como servos do Senhor, para cumprirem a Sua vontade. Este é um momento especial da vida deles e que pode ser o primeiro exemplo a ser dado ao mundo, antes das lições do Mestre Jesus. A lição de que nós, seres humanos imperfeitos a atrasados moral e intelectualmente, devemos como primeiro passo da nossa evolução, reconhecer nossa condição de filho do Criador e obediente no cumprimento de Sua vontade seja qual for, colocada em nossa consciência. Por mais estranha que seja, mas desde que seja identificada como coerente com o Amor Incondicional que é a essência de Deus, não devemos tergiversar, e sim cumprir.
Foi assim que eu cheguei ao atual estágio da minha vida, entrando no estudo aprofundado do mundo espiritual, identificando minha identidade de filho do Criador, que possuo uma infinidade de irmãos semelhantes a mim espalhados pelo Universo, todos submetidos a lei do progresso, subsidiária à lei do Amor, e de que devo fazer a vontade do Pai assim como Ele a coloca em minha cabeça. Mesmo que seja totalmente paradoxal com a verdade conhecida por todos ao redor, como aconteceu com Maria, mas seguindo o mesmo exemplo dela, enfrentarei todos as resistências e ameaças para implementar aquilo que o Pai quer para mim. No caso é a formação de uma família ampliada que mostre a superioridade moral e intelectual sobre a família nuclear e a preparação para a formação da família universal, característica do Reino de Deus.
Passarei a partir de hoje a colocar neste diário as reuniões que estou desenvolvendo nos diversos projetos sociais que estou implementando. Servirá para enviar a todos os envolvidos que estiveram presentes ou não a reunião, como forma de atualização de todos e de manter o sentimento de integração.
A reunião do projeto de extensão universitária Foco de Luz, aconteceu no local fixo da Escola Olda Marinho onde estamos nos reunindo sempre nas quintas feiras às 18 horas. Estavam presentes 10 pessoas.
Foi abordado o problema da reativação da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, como importante instrumento de mobilização comunitária. Encontra-se parado no cartório na dependência do resgate por um dos sócios fundadores e que seja pago a taxa de 236,00 reais. Os senhores Oscar e Paulo, sócios fundadores da Associação, ficaram de ir ao cartório e resgatarem esse documento, rateando o valor a ser pago entre aqueles que puderem.
Foi informado do fórum “Basta de Violência” que está sendo realizado por várias instituições e que devíamos nos agregar também a esse movimento. Damares, Radha e Paulo ficaram de participar do evento em nome do Projeto Foco de Luz.
Quanto aos problemas da escola foi visto a necessidade de ser feito um documento onde tudo seja listado e com orçamento para que seja enviado através de comissão com a diretora da escola, os moradores, pais e alunos, aos gestores responsáveis pela manutenção do Olda Marinho. Caso seja difícil a implementação rápida do que precisa ser feito, a comunidade se mobilizará para realizar o que precisa é necessário com seus próprios recursos. Dorinaldo e Ivanaldo ficaram de resgatar um documento com este teor que já existe e organizar a audiência com o gestor estadual da educação.
A bicicletada que está prevista para o dia 18-05-14, da zona oeste para a zona leste, cuja logomarca ficamos de trazer sugestões, Dorinaldo ficou de entrar em contato com seus amigos e trazer na próxima reunião uma sugestão de logomarca trabalhada profissionalmente. Colocamos as palavras chaves para ser trabalhada pelo setor de criatividade: Foco de Luz – Paz – Praia do Meio.
Paulo colocou a importância de ser explicada a todos os envolvidos nesse trabalho que estamos iniciando, qual é o foco que queremos atingir. Fiquei comprometido a trazer na próxima reunião as normas de conduta para todos que quiserem se engajar como voluntários e de cunho essencialmente espiritual. Também trarei em data show uma apresentação sobre esse “foco” para abrir a percepção de todos envolvidos na formação de um grupo coeso de natureza essencialmente cristã.
A comunicação para todos, de todos os eventos que realizarmos será realizada através do trabalho de Secretaria que iremos sediar no Departamento de Medicina Clínica, no Hospital Universitário Onofre Lopes, a cargo de Damares. Será construída uma listagem com todos os parceiros que estão se integrando ou que desejam se integrar nesse trabalho, e verificar a melhor forma de integração de todos, mesmo que todos não possam comparecer a todas as reuniões.
A reunião terminou como prevista as 19:30h com o reforço ao compromisso que cada um assumiu.
Li no texto do “Pão Diário” de ontem, dia 03-04-14, a importância que tem o nome para certas pessoas, a partir do nome de Jesus que foi escolhido não por seus pais terrenos, mas pela divindade. Dizia o autor ao citar Filipenses (2:9) que o nome de Jesus está acima de todos os nomes, pois segundo Mateus (1:21) Ele salvará o seu povo dos pecados deles.
O autor cita também uma garota que queria que o seu nome fosse incluído em uma das histórias do “Pão Diário”, mesmo não tendo uma história para contar. Seu nome era Joyeth (intensa alegria) e tinha uma personalidade muito feliz. Se a lógica dos pais foi no sentido de instigá-la a ter alegria em sua vida, eles foram bem sucedidos.
Assim, o nome representa a pessoa, o que ele deseja, o modelo que quer seguir. Isso é uma prática muito comum dentro do movimento Hare Krishna, onde cada devoto pode escolher o nome daquela personalidade com a qual se identifica ou quer seguir o exemplo. Temos o exemplo de Sidarta Gautama que passou a ser identificado como Buda, o iluminado. Temos na França o exemplo de Hyppolyte Leon Denizard Rivail que adotou o nome de Allan Kardec, que seria um sacerdote druida, a sua reencarnação. No Vaticano temos o exemplo dos diversos papas que ao serem eleitos escolhem um nome diferente pelo qual será inspirado a exercer o papado.
Dessa maneira é muito bom quando alguém conhece uma personalidade a qual admira e da qual quer incorporar as suas qualidades, psicológicas e espirituais, principalmente. Adota o nome dessa pessoa para que seja assim reconhecida no seu ambiente, sem ser necessária uma formalidade burocrática e cartorial para o reconhecimento desse nome. Basta a pessoa sentir essa necessidade de viver inspirada por essa personalidade para a sua escolha ter validade consciencial e que seus amigos e conhecidos podem muito bem assim a reconhecerem, mesmo sabendo que por trás disso tem um nome oficial para firmar documentos oficiais. Isso não é nenhum impedimento.
Porém, existem pessoas que rejeitam tal comportamento, que nunca fariam isso e extrapola o seu sentimento dentro da comunidade, principalmente dentro do convívio das pessoas do seu relacionamento. Isso passa a ser um fator de discórdia, de conflito. São pessoas intolerantes que esperam cada um fazer o que o intolerante acredita ser correto.
Fazendo uma analogia dessas situações com o meu nome, vejo que ele foi escolhido em outras circunstâncias. Eu fui o primeiro filho de minha mãe, que me gerou e pariu numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Norte, uma ilha salineira chamada Areia Branca. O meu parto foi em casa e devido as dificuldades encontrada na passagem do primeiro filho e o canal do parto, corri sério risco de não atravessar esse canal. Minha família resolveu fazer uma promessa a São Francisco, pois estávamos em outubro e neste mês Francisco era o santo mais devotado.
Como eu escapei a promessa foi cumprida, recebi o nome de Francisco e para reforçar ainda mais as características do santo, colocou o “das Chagas”. Talvez isso tenha levado às minhas características introvertidas, de um aspecto sereno e melancólico na minha fácies.
Hoje, de posse de vários conhecimentos, principalmente espirituais e acadêmicos, fico a imaginar que tipo de influência o meu nome exerce sobre mim. O fato é que, com minha decisão de aprofundar minha vida dentro dos valores espirituais, encontro o nome Francisco com toda a força para dar respaldo a minha decisão. É tanto que o nome “Rodrigues” pelo qual eu sou mais conhecido, devido o nome escolhido no quartel quando eu servi a Marinha, agora está ficando em segundo plano.
Felizmente o meu nome coincide com os princípios que quero adotar para a minha vida, senão eu iria atrás de um nome que assim me representasse. Não iria me preocupar com a opinião histérica das pessoas que não tem essa necessidade, afinal elas devem trilhar outro caminho espiritual.
Ao voltar ontem para casa, terça-feira, por volta das 23h, vejo na calçada três meninas que acenam para eu parar o carro. Eram prostitutas, talvez menores de idade. Sempre que eu as vejo “trabalhando” dessa forma, sinto o impulso de fazer alguma coisa para ajudá-las, pois já coloquei em algum dia neste diário a interpretação que tenho da minha irmandade especial com elas. Sou tentado a parar e dar alimentos, sorvetes, picolés como já fiz.
Desta vez eu não tinha nenhum alimento no carro, mas poderia parar para lhes dar algum dinheiro. Mas dar dinheiro dessa forma, sem nenhuma vinculação, sem nenhum propósito?... Seria uma ação pra mim constrangedora, para elas talvez assustadora. Sei que nesse trabalho delas são encontrados diversos tipos de pessoas, as mais bizarras possíveis. Eu poderia ser mais um.
Fiquei a matutar nessa questão durante todo o trajeto para casa. Certamente que estou paralisado nas minhas ações de ajuda a favor delas. Devo encontrar uma forma de iniciar o trabalho contando com o engajamento delas, que elas percebam o caráter divino do que se deseja fazer, colocando fora de objetivo o prazer do corpo que elas comercializam. Elas devem fazer uma reflexão de suas condições humanas e de filhas do mesmo Pai que no momento nos dá a oportunidade de nos reunir fraternalmente e não sexualmente.
Foi a partir daí que surgiu a elaboração de uma idéia que pode ser colocada em prática sem tanto constrangimento para ambos lados, o meu enquanto pagante, cliente, e o delas enquanto recebedoras, profissionais.
A idéia seria esta: eu atenderia o chamado e pararia o carro ao lado delas. Conversaria com as três. Perguntava por quanto cada uma fazia um programa sozinha, e quanto seria para as três juntas. Depois de elas dizerem o preço do tempo das três durante uma hora, eu tentaria regatear, dizendo que seria um trabalho diferente, que não envolveria muito esforço ou risco para elas. Acertávamos o preço e eu deixaria todas entrarem no carro. Diria que eu iria parar em algum lugar para comer alguma coisa e conversarmos. Que isso estaria incluído no tempo que acabava de contratar.
Parava o carro num restaurante tradicional ou uma pizzaria e deixava que elas escolhessem o cardápio. Então eu iniciaria o assunto, querendo saber o nome de cada uma, a quanto tempo trabalhavam daquela forma, se tinham algum sonho na vida, se tinham alguma associação que cuidassem dos interesses delas.
Durante essa conversa eu teria condições de fazer um diagnóstico psicossocial de todas e fazer uma proposta de organização e de participação nos nossos projetos sociais. Mostraria a elas o valor que elas têm enquanto ser humano e filhas do mesmo Pai, que por ter esse tipo de trabalho não significa que elas mereçam ser discriminadas, que a honra se encontra na pureza do coração.
Depois da conversa e do jantar, chegaria o término da hora contratada. Eu lembraria isso prá elas e diria que seria melhor todas irem para suas casas, refletirem no que conversamos e dormirem. Voltaria no carro para deixá-las no mesmo lugar após trocarmos telefone e e-mail para o caso de alguém querer mais alguma explicação sobre o que conversamos. Explicaria que tinha agido assim porque assumi me comportar como um instrumento de Deus e que Ele me orientou que eu me comportasse justamente dessa forma, sem ir a busca do prazer corporal que elas pudessem me oferecer, mas em busca da graça do Pai por fazer a Sua vontade.