Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/08/2023 05h40
CÁTEDRA DE PATROLOGIA

            A Patrologia é a parte da história da literatura cristã que trata dos autores teológicos da antiguidade cristã. Esses autores procuravam levar avante a racionalidade dos conhecimentos trazidos pelo Cristo sobre o Reino de Deus. Este Reino é estabelecido com base na paternidade universal, de um Pai criador. Esse Pai também exige que tenhamos um comportamento fraterno, como seus filhos obedientes. Isso implica que, agindo dessa forma, terminamos saindo do fluxo cultural que ainda é caracterizada pela influencia dos instintos animais de nossa origem biológica.



            Esse conhecimento avançou a partir do Cristo para todos os ambientes em todo o tempo e em todas as direções. Com a criação das universidades foram inauguradas cátedras de Patrologia com esse objetivo, de mostrar as pessoas que debatiam o assunto e qual a direção do pensamento que eles manifestavam, ou atrelado à ortodoxia do ensino original ou de conteúdo herético, se desviando do sentido divino.



            Essa importante tarefa que criou as universidades não se pode perder com a modernidade. O conhecimento da vontade de Deus como o Pai criador não pode ser perdido ou deixado de lado, como um penduricalho interessante para manter a fé de pessoas simples, que não possuem os graus acadêmicos.



            Nós, acadêmicos, não podemos deixar isso acontecer, desviar nosso pensamento da vontade de Deus que é formar uma sociedade justa, solidária, fraterna, ao invés desta que estamos vendo, com todo tipo de iniquidade prosperando, obnubilando nossa capacidade de discernimento e se aliando voluntaria ou involuntariamente à corrupção que acontece no mundo.



            É importante que tenhamos uma disciplina com esse perfil na nossa Universidade, mesmo que seja opcional, para que possamos discutir sobre a vontade de Deus, reconhecendo Sua existência. Suas lições devem constituir um preventivo das maldades do mundo, doenças, guerras, pestes, etc.



            Essa disciplina não deverá ter caráter religioso, e sim consciencial, sintonizando nossa consciência com a verdade e a nossa conduta com os ensinamentos do Cristo, que foi o único que colocou entre nós uma ideologia capaz de nos tirar da barbárie e nos ensinar a caminhar em direção ao divino. Um verdadeiro embaixador do Reino de Deus.



            Somos desafiados a deixar de encarar os conceitos divinos como uma questão inteiramente particular, pessoalmente consoladora, mas publicamente irrelevante.



            A etiqueta social de hoje não considera polido mostrar o público e o particular, ou o sagrado e o secular. Esta divisão é a força mais potente que, sozinha, mantém o divino contido na esfera particular, despojando-o do seu poder de desafiar e resgatar a totalidade da cultura.



            Como unificar nossa vida fragmentada e recuperar o poder espiritual numa família universal? Precisamos argumentar e agir dentro desta proposta divina, em busca da verdade sobre a realidade total, a verdade absoluta.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/08/2023 às 05h40
 
23/08/2023 23h49
EMBAIXADOR DE DEUS

            Como no mundo secular, temos os embaixadores que em cada país representam suas nações e para isso são preparados desde a infância nos bancos escolares, nos estudos básicos até que chegam pelo seu livre arbítrio e intenções a se submeter nos estudos específicos das escolas para embaixadores.



            Assim acontece com o Reino de Deus que é o principal Reino dentro do universo, conhecido e desconhecido. Também esse Reino precisa de embaixadores para cada planeta onde a evolução material, biológica está acontecendo e permite que os processos mentais de um cérebro neural provoquem a instalação de uma consciência capaz de administrar as energias instintivas advindas do Behemoth, o monstro mítico e energético que reside em nós.



            Quando a nossa consciência percebe a importância do Reino de Deus divulgado por Jesus, cai logo em muitas pessoas o interesse de se tornar embaixador desse Reino, da mesma forma que em muitas pessoas surja o interesse em ser embaixadores dos reinos terrestres.



            Certamente que todas essas missões são importantes e contribuem para o Reino de Deus. Tanto faz que a pessoa opere uma missão divina, tanto aqui no mundo material, quanto as ações que devemos desenvolver no mundo espiritual. Todas elas contribuem para instalar devidamente o Reino de Deus, desde que a pessoa esteja sintonizada com o Pai e aja com a fraternidade exigida por Ele.



            Cada uma das missões que são intuídas pelo Pai, traz em si determinados esclarecimentos para ajustar a nossa sociedade a um nível de Família Universal.



            Foi isso que aconteceu comigo. Percebi a importância do Amor Incondicional como pano de fundo de todos os relacionamentos. Todos relacionamentos devem ser na base do Amor Incondicionado, devem estar sintonizados com o amor inclusivo e não com o amor exclusivo que caracteriza o casamento.



            Esta foi a missão entregue por Deus a mim, na minha consciência, mesmo que a minha conduta a partir desse momento fosse de encontro aos livros divinos, reconhecidos pela cultura como a palavra de Deus. Mas o importante não é a letra que mata, mas o espírito que vivifica.



            Foi dentro dos livros divinos que surgiu na minha mente a missão que Deus me deu. Agora, com a leitura do primeiro livro da coleção “Patrologia”, de Johannes Quasten, sinto o chamado para me tornar também um embaixador do Reino de Deus, pela pena, pelo teclado e pela palavra.



            Sei que estou ainda longe de assumir tal cargo, talvez não tenha ainda a inteligência rápida, sabedoria e coragem suficiente para enfrentar as adversidades que irei encontrar, tanto externas como, principalmente as internas.



            Mas talvez seja a produção deste texto a minha prova junto ao Pai das minhas intenções. Se Ele me considerar capacitado para o cargo ou pelo menos para iniciar os estudos preparativos, certamente irei receber dEle novas instruções.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/08/2023 às 23h49
 
22/08/2023 00h01
MULHER VESTIDA DE SOL

            Na leitura do livro de Apocalipse, na Bíblia, verificamos um texto (Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab) que diz respeito as consequências da vontade divina associada à vontade humana, como o projeto de Deus se materializou na Terra, apesar de toda adversidade que existia. Vejamos o trecho do texto citado.



            Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Então apareceu outro sinal no céu: um grande dragão cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a Terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar a luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. E ela deu a luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo.”   



            A Mulher, mesmo não sabendo bem qual era a vontade de Deus, o que ela teria de fazer a não ser ficar grávida por Seu intermédio. Também não sabia bem qual era a missão que o seu Filho iria realizar. Jamais ela pensava que o Filho iria enfrentar um inimigo tão poderoso, um Dragão de fogo capaz de arrastar as estrelas, os anjos do céu.



            Ela pensava simplesmente que o seu Filho seria o Messias prometido, que iria livrar o seu povo judeu do cativeiro romano, que formaria um reinado acima de todas as nações por todo o tempo. Esse era o pensamento majoritário da época, para a sua parentela, amigos, vizinhos, sacerdotes, revolucionários, enfim, todos pensavam assim.



            Entendo a frustração da Mulher quando ela começou a perceber que o seu Filho não iria reinar sobre a humanidade com opulência e poder material, e sim, como Ele passou a ensinar: que veio para informar sobre o Reino do Pai que não tem base neste mundo material; e que quem quisesse ser o maior neste novo reinado que fosse o servidor de todos; que a implantação deste Reino aqui entre nós começaria com aqueles que estivessem dispostos a cumprir a vontade do Pai, da mesma forma que Ele estava ensinando, que pudesse suportar ao final as injúrias do povo ingrato e ignorante, e talvez uma coroa de espinhos e a elevação pregado numa cruz.



            A Mulher finalmente compreendeu a dimensão do trabalho do seu Filho, o qual repercutiu em todo o universo. O Dragão poderoso, capaz de derrubar as estrelas do céu, não foi capaz de vencer com suas mentiras ilusórias, suas tentações miraculosas, e com o castigo físico e moral, a determinação de Jesus de fazer a vontade do Pai, deixando entre nós as lições do caminho, verdade e vida para que pudéssemos nos aproximar de Deus.



            Agora, a Mulher plenamente consciente das artimanhas do demônio, que chegou a enganar Eva no Éden, agora não lhe engana mais. Pelo contrário, ela agora aparece frequentemente entre nós, nos advertindo das estratégias malignas, escondidas nas frases mentirosas dos revolucionários, como ele mesmo tentou revolucionar no céu e foi contido pelo Arcanjo Miguel. Aqui o maligno Dragão coloca nas mentes egoístas o desejo pelo poder e constrói falsas narrativas com palavras benignas como liberdade, igualdade e fraternidade, e assim carreia toda a malignidade entre nós: peste, fome, escravidão, guerras, genocídios, e todo tipo de iniquidades com base na corrupção moral.



            Tudo agora depende de nós, de discernirmos o certo do errado. A Mulher fez o seu papel, o Filho cumpriu Sua missão, e agora seremos nós. É nossa missão vencer o filhote de dragão que existe dentro de nós, as suas sete cabeças representadas pelos pecados capitais. É nossa missão vencer o egoísmo animal, mesmo que tenhamos de suportar nossas cruzes, mas agora já não somos ignorantes. Sabemos o caminho, a verdade e a vida eterna que nos espera ao lado do Pai que nos espera no fim da trilha.



            Agradecemos à Mulher, ao Filho e ao Pai.



            Ave Cristo!


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/08/2023 às 00h01
 
21/08/2023 00h01
O CREDO DO PENSADOR PÓS-MODERNO

            Recebi através do curso de Bernardo Küster, “Em Defesa da Fé”, um texto traduzido por Emerson de Oliveira, na revista “Logos – Apologética Dristã”, datado de 08-03-2014, que merece nossa reflexão.



O credo do pensador pós-moderno



Acreditamos em Marx, Freud e Darwin. Acreditamos que tudo é correto desde que você não faça mal a ninguém, de acordo com sua definição de “fazer mal”, e de acordo com sua definição de “conhecimento”.



Acreditamos em sexo antes, durante e depois do casamento.



Acreditamos na terapia do pecado.



Acreditamos que o adultério é divertido.



Acreditamos que é correto praticar a sodomia.



Acreditamos que tabus são tabus.



Acreditamos que tudo está ficando melhor, apesar das evidências em contrário.



As evidências devem ser investigadas. E você pode provar qualquer coisa com evidências.



Acreditamos que nos horóscopos, OVNIs e colheres dobradas.



Jesus era um homem bom, assim como Buda, Maomé e a nós mesmos. Ele era um bom professor de moral, embora achemos que seus bons costumes eram muito ruins.



Acreditamos que todas as religiões são basicamente as mesmas; pelo menos sobre a que lemos era. Todas acreditam no amor e na bondade. Elas só diferem em questões de criação, pecado, céu, inferno, Deus e salvação.



Acreditamos que após a morte vem o Nada, porque quando você pergunta aos mortos o que acontece, eles não dizem nada.



Se a morte não é o fim, se os mortos mentiram, então o céu é merecido para todos, com exceção, talvez, de Hitler, Stalin e Gengis Khan.



Acreditamos em Masters e Johnson.* O que está selecionado é a média. O que é média é normal. O que é normal é bom.



Acreditamos no desarmamento total. Acreditamos que existem ligações diretas entre guerra e derramamento de sangue.



Os americanos devem deixar suas armas serem destruídas. E os russos deveriam fazer o mesmo.



Cremos que o homem é essencialmente bom. É apenas o seu comportamento que o prejudica. Isso é culpa da sociedade. A sociedade é responsável pelas condições. As condições são de responsabilidade da sociedade.



Acreditamos que cada homem deve encontrar a verdade que é certo para ele. A realidade vai se adaptar em conformidade. O universo vai se reajustar. A história vai mudar.



Acreditamos que não há verdade absoluta com exceção do fato de que não há verdade absoluta.



Acreditamos na rejeição dos credos, e o florescimento do pensamento individual.



Post Scriptum: Se o acaso é o pai de toda a carne, o desastre é o arco-íris no céu e quando você ouve:
“Estado de emergência!”
“Franco atirador mata dez!”
“Black blocs!”
“Arrastões!”
“Bomba explode em escola!”



não é nada senão o som do homem adorando seu criador.



* Masters e Johnson foi uma equipe de pesquisa, composta por William H. Master e Virginia E. Johnson, que pesquisaram sobre a natureza da resposta sexual humana e o diagnóstico e tratamento de distúrbios sexuais e disfunções de 1957 até os anos 1990. Fonte: http://tcapologetics.org/the-modern-thinkers-creed/



            São pontos que merecem nossa reflexão e possíveis correções nos nossos paradigmas de vida. Que todos possamos caminhar na verdade conforme o Cristo ensinou, em direção à vida eterna.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/08/2023 às 00h01
 
20/08/2023 06h54
TOLERÂNCIA EM MÃO DUPLA

            O relacionamento humano é uma das tarefas mais difícil que devemos aprender para burilar o nosso espírito.



            Este relacionamento se torna mais complicado quando a pessoa está mais próxima. Isso porque cada uma tem o seu projeto de vida, paradigmas racionais os quais são impossíveis conciliar todos os interesses, sentimentos, emoções, cognições.



            A pessoa mais próxima de nós é a companheira com a qual resolvemos conviver, dividir interesses de forma profunda, até a intimidade sexual com a geração de filhos. Essa pessoa deve estar tão integrada à nossa perspectiva de vida que possa ser considerada como uma só pessoa, uma só carne, como está previsto na Bíblia. Podemos prever que isso é impossível de acontecer sem a existência de conflitos.



O homem e a mulher têm interesses distintos com base na própria condição de gênero, macho e fêmea. O homem possui milhares de espermatozoides utilizados na relação sexual, enquanto a mulher possui apenas um óvulo, liberado a cada mês.



O homem está preparado para jogar sobre o leito fértil da mulher seus milhares de espermatozoides, a qualquer momento, com quantas estejam disponíveis, sem falar daquelas que ele consegue abusar pela força. Isso tem o objetivo biológico de garantir um sucesso reprodutivo para o homem, quando ele consegue lançar o máximo possível seus espermatozoides, pois levam a sua semente genética através do tempo.



A mulher não tem essa mesma estratégia do homem, pelo contrário. Ela possui apenas um óvulo que deve saber fecundar com aquele homem capaz de ficar ao seu lado e colaborar com a educação e subsistência do filho. Ela tem que saber discernir entre todos os apelos de sexo, qual aquele que se mostra mais competente social, psicológico e fisiologicamente.



Este é um grande conflito entre homem e mulher, que poucos sabem a origem, que nenhum homem age com depravação ou mulher que age com ciúme é por simples maldade. Os paradigmas de ambos estão determinados pela biologia.



Portanto, pequenos conflitos dentro do lar podem ser melhor tolerados, tanto por um quanto pelo outro, pois não possuem uma base biológica tão severa. Somente esse esforço de ambos é importante para a vida conjugal de forma harmônica. Não pode ser exigida a tolerância somente de uma parte, pois isso levará a desproporcionalidade no relacionamento e inevitavelmente surgem os ressentimentos que solapam a base do amor que um dia uniu a ambos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/08/2023 às 06h54
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