Mensagens como esta que irei transcrever do vídeo que foi postado nas redes sociais, servem para irmos amadurecendo nosso pensamento e procurar a união em atos coletivos. Mesmo que isso se tenha tornado tão temerário hoje, pelo avanço das trevas sobre o horizonte do nosso país. Mas vejamos o recado...
Gente, democracia não é sobre o que é que tem que mudar. Democracia é sobre quem deve ter o poder de mudar as coisas. É isso que significa a palavra: demo, do povo; cracia, poder. Então vamos deixar de lado as consequências, gente. Vamos nos concentrar na causa das desgraças do Brasil.
As leis brasileiras, com todos os seus defeitos e tortuosidades, estavam genericamente dentro da chave democrática. O problema sempre foi e agora mais do que nunca, como fazer as autoridades cumprirem a lei. Como por as autoridades debaixo da lei. Tudo que a ditadura mais deseja, gente, são essas reações isoladas que a gente tem visto, de um jornalista na internet, de um deputado, de um senador, até de um partido político. Já tem cabeça de representantes de todas essas espécies lá na parede de troféus do Alexandre de Moraes. Por enquanto ele é um atirador de tocaia que opera fora do alcance das arminhas desses inimigos lá de cima da sua montanha inatingível, para fuzilar individualmente sem o menor risco de revide, cada um que levanta a voz contra o golpe. E esqueçam a lógica, a justiça, a ideologia... isso não tem efeito nenhum sobre atos de violência como esses que temos sofrido. O Estado contra o indivíduo, o Estado sempre vence. E não tem argumento mais convincente que o resultado nesse mundo canalha do qual a política brasileira é dos modelos mais bem-acabados.
A carneirada vai pular muito mais cedo do que se pensa, como aliás já está acontecendo para o lado de quem acharem que vai ganhar. A única maneira de deter e reverter o golpe lulista, fora da guerra civil, é com um confronto de instituições. Nada de opor ao deputado ou senador fulano ao Alexandre de Moraes. No país onde nem eleger o Bolsonaro e manter ele no poder por quatro anos, muda coisa nenhuma ou é essencial. O que funciona é opor à instituição Congresso Nacional à instituição Supremo Tribunal Federal, que mais ou menos isolado na arena e por enquanto desprovido de uma Força Armada, é o instrumento do golpe lulista.
Agora mesmo a gente vendo o Ministério Público está reagindo enquanto instituição ao arrombamento da sua porta pelo golpe, com esse ato monocrático aí do Toffoli de criminalizar a delação das roubalheiras do Lula, que a Promotoria pública do Brasil arrancou da Odebrecht, dentro de todas as regras da civilização e do Estado de Direito, ato do qual obrigatoriamente vai decorrer da criminalização de todos os promotores públicos envolvidos na Lava-Jato, individualmente. E é por aí mesmo que as coisas acontecem gente, quando o fogo chega na bunda, o cara pula pela janela. É fácil você linchar um Deltan aí na covardia, num país com uma imprensa canalha. Mas não dá para mandar prender e ara aposentar compulsoriamente, e para desmonetizar o Ministério Público como um todo. E na briga de instituição contra instituição, quem atira também pode levar tiro. E a constituição é muito clara quando ela dimensiona e aponta as armas do Congresso, as do Senado em especial para o STF e vice-versa. Pelo que está escrito lá, é o canhão do Senado que ganha sempre.
Nós temos a chance de virar esse jogo, gente, enquanto eles não arrumarem a Força Armada que eles ainda não têm. Nós temos de forcar como nação o Congresso Nacional e agir como à constituição manda que ele aja. Eles não vão poder prender o país inteiro. Se o país inteiro gritar firme e forte, que quer os seus direitos de volta, os ditadorezinhos de papel do Supremo vão desaparecer no ar como bolas de sabão. E é do interesse do Congresso fazer isso pela mesma razão que fez o Ministério Público se mexer. Porque se não fizer e já, ele está morto e enterrado, eles vão matar a pau um a um.
Todos os representantes eleitos do povo, e como estão na beira de fazer com todos os promotores e todos os juízes.
Cara, vai para a rua, mas vai com foco. Vai pra rua para mandar e não para pedir. Só o que tem de mudar é quem tem o direito de mudar as coisas. Com esse poder na mao, depois a gente ver como fica o resto. Ir para a rua, gente, é por o povo no poder. Ir para a rua, empurrar o Brasil de volta para a democracia.
O recado final, de volta para a democracia, parece ser muito apelativo, mas na prática não é realizável. A democracia que costumo ver, é o político gastar milhões para se eleger, com nosso dinheiro ou com o dinheiro de apoiadores que depois querem o retorno do investimento. Os eleitores usam esse dinheiro para justificar o seu voto. Alguém viu democracia nesse “negócio”?
Transcrevo um trecho da fala de Bolsonaro num encontro que ele teve online com algumas pessoas sintonizadas com ele e que deve merecer nossa reflexão frente ao atual momento em que nos encontramos no Brasil.
A Direita sempre esteve unida. O que nos falta é cada vez mais nós acertarmos o nosso Norte. Como um todo estamos indo bem. Começamos muito tarde em relação à Esquerda, que digo sempre: não são adversários, são inimigos da humanidade, inimigos do cidadão, inimigos da liberdade. Mas tudo muda, tudo passa, e creio eu que ao longo desses últimos 4 anos quando estive à frente da presidência, serviu para despertar milhões de pessoas pelo Brasil do que realmente é a Direita, o que são os conservadores e quão importante estarmos na política e bastante afinados para o futuro da nossa nação.
Certas coisas a gente não dava valor há pouco tempo atrás, porque achávamos que era bens duráveis, ou bens pétreos. Nós estamos vendo que não é bem assim. O mais importante, que é o primeiro deles, logicamente depois da vida, que não se discute, é a nossa liberdade. Não é apenas de ir e vir, é de expressão que é muito importante, que é pelo debate, é pelo embate, é pelo confronto de ideias que nós evoluímos aqui em nosso Brasil.
Eu lembro que estava conversando há pouco com o Tércio, que está ao meu lado aqui. Ele está na dúvida se vai torcer pro São Paulo ou para o Flamengo. Aí, está aqui ao meu lado. Estamos vendo que há poucas décadas... em 70, eu estava sozinho. Quinze anos depois eu descobri o que é Esquerda no Brasil. E depois, quando eu cheguei em 1991 na Câmara, o que alguns de vocês sofrem hoje, junta todos vocês, era o que eu passava sozinho em 1991. Isso serviu para forjar a gente, nos preparar para embates mais difíceis.
Hoje eu fico feliz porque temos parlamentares na Câmara e no Senado, bem como em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, que pensam de maneira semelhante. E nós podemos com toda a certeza cada vez mais proporcionar ao nosso povo dias melhores. E mais do que esperança, a certeza que o Brasil realmente um dia ocupará o seu lugar de destaque na humanidade.
Hoje de manhã eu falei com o grupo nosso que estava na Suíça. Estava o Onyx e fomos muito bem recebidos também e trocamos algumas ideias desse tipo. Então, esse movimento serve cada vez mais para nós aqui, inteirarmos e interagirmos para o bem do nosso Brasil.
Faço um apelo para quem não está nos assistindo, que temos eleições municipais no ano que vem, estamos acertando, no Partido aparecem alguns problemas, conversei com nosso presidente na semana passada, se Deus quiser vamos resolver a questão do Ceará. Temos alguns problemas por aí, vão pintar alguns problemas em São Paulo, vamos resolver tudo e convidar ou até convocar. Se eu tivesse esse poder, pessoas bem-intencionadas que entrem no Partido e disputem prefeituras, e o que é mais importante: as Câmaras Municipais. Jovens, homens e mulheres nas Câmaras Municipais. Eu comecei lá, o Níkolas também começou por lá e é o primeiro degrau na política.
Então, essas eleições do ano que vem são um marco para todos nós. E o futuro a Deus pertence.
Cumprimentar também aqui o velho Magno Malta aí presente. E nesse evento com a pessoa já idosa, né, quase a minha idade, sempre é bom tê-lo como um bom conselheiro.
Então, nesse momento, quero cumprimentar todos vocês, agradecer a presença, desculpar pela minha ausência e dizer que acredito em vocês. Mais do que acreditar em vocês, hoje em dia, dezenas de milhões de brasileiros acreditam em vocês. Temos lideranças em todos Estados. A Direita está unida e nós sabemos o que nós queremos na política.
Um abraço a todos vocês e muito obrigado pela oportunidade e vamos em frente. Deus, Pátria, Família e Liberdade.
Primeiro que tudo, merece ressalvar a sintonia que Bolsonaro continua a ter com Deus. Não observamos nenhum ataque gratuito a ninguém, mas adverte que estamos sendo atacados pelas forças do mal, que devemos resistir, principalmente dentro da política. Muitos assuntos pertinentes ele não abordou, certamente pela censura que estamos vivendo que cerceia nossa liberdade. Como falar de política, em eleições se não temos urnas seguras, honestas, transparentes. Se continuar como está, por mais que estejamos alinhados com o Bem, que possamos formar maioria incontestável como já formamos no Brasil, as urnas simplesmente dizem não e não há como fiscalizar. Estamos dentro de um estado autocrático, próximo da ditadura comunista que observamos em muitos países, inclusive em vizinhos nossos. A grande força que nos resta agora é a espiritual, e ficamos gratificados em perceber que o nosso grande líder nacional também está sintonizado com Deus.
Ave, Cristo! Nós que somos os seus discípulos, agora somos os seus soldados, vestindo a armadura do cristão que Paulo nos ensinou. Sabemos o que queremos, fazer a vontade do Pai, como a grande família universal.
Colocarei aqui um texto do missionário Louis Edoa, contando com meus comentários em negrito, para a nossa reflexão.
Vocação à Vida Secular
18 de abril de 2023
Missionário Louis Edoa, MIPK
Todos nós já ouvimos falar que o ser humano é um ser vocacional, isso se traduz pela sua característica de ‘ser em busca’, ‘ser em construção’, um ser que renasce a cada despertar para uma realidade que o leva à construção e reconstrução num processo contínuo de crescimento e evolução.
Esse processo de construção e crescimento somente é possível quando dentro do ser humano existe uma abertura constitutiva, “que é exatamente a sua dimensão relacional: consigo mesmo, com o mundo, com outros e com Deus”. Ou seja, a construção total do ser humano não é realizada de maneira isolada, afastada do mundo ou das pessoas. Nesse sentido então, a constituição e construção da pessoa humana se dá em um processo de integração que inclui diferentes dimensões. Uma dessas dimensões é a religiosa que, inerente ao coração humano, é um anseio profundo do ser humano em busca do transcendente ao qual deseja se entregar de forma absoluta, na iminência de obter respostas às suas angústias e perguntas.
Essa dimensão religiosa é que constitui a essência vocacional do ser humano e que está constantemente ligada a uma missão. Assim, afirmar que o ser humano é um ser vocacional é apresentá-lo como sendo um ser relacional, constantemente em diálogo com o divino e o humano para a realização de uma missão específica que dá sentido à vida.
A Igreja define a vocação como Chamado e Resposta, “Um chamado constante, permanente […] desperta a sensibilidade para ouvir e responder […] evitando que seja algo apenas teórico ou restrito ao âmbito do discurso”. É um processo que exige discernimento para descobrir e estruturar a sua identidade. Por essa razão é que a Igreja, através da Constituição Pastoral Gaudium et Spes, entende que o ser humano está constantemente a caminho em vista de descobrir sua vocação. Nesse discernimento, somos chamados a escolher entre as diferentes formas de vida, uma em que possamos responder ao chamado recebido.
Das diversas formas que temos para corresponder e responder ao chamado e missão de Deus, há a vida celibatária por causa do Reino de Deus que tem uma longa tradição dentro da Igreja, partindo dos tempos apostólicos, o surgimento das virgens consagradas nas primitivas comunidades cristãs, a vida eremítica e monástica, as ordens mendicantes, as congregações e chegamos aos Institutos Seculares, como uma nova forma de viver a consagração a Deus através de um chamado especial.
A vocação à vida consagrada secular ou vocação à secularidade consagrada é a escolha de viver o seu chamado no mundo tendo Cristo e seu Evangelho como centro. Em outras palavras, o consagrado secular vê e sente que “o mundo tem uma sede de justiça, diálogo, participação, solidariedade, paz e amor; necessita de pessoas capazes de se arriscarem por esses valores e de se consumirem pelos outros; que a vida centrada em Cristo e totalmente entregue a ele, mediante os conselhos evangélicos, permite responder melhor às necessidades do mundo e compartilhar a vida com os outros, mais radicalmente, a cada dia e com a máxima responsabilidade”.
Como consagrado secular, o ser humano é chamado, no seu próprio ambiente de vida e trabalho, a criar modalidades concretas de evangelização, colocando-se em relação constante com o mundo e apresentando a este o Evangelho de Cristo. O consagrado secular não é tirado do mundo para se santificar, mas é chamado a buscar a santidade estando no mundo e conduzir seus semelhantes nesse caminho. “Sua tarefa primária consiste em pôr em prática todas as possibilidades cristãs e evangélicas, ocultas, sim, mas presentes e operantes nas realidades do mundo. O campo próprio de sua atividade evangelizadora é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social, da economia, das ciências e das artes, da vida internacional, dos instrumentos de comunicação social” (Paulo VI).
Uma característica dos institutos seculares e que orienta a forma como atua o consagrado secular é o surgimento desse estilo de vida “em situações adversas e conflitantes, correspondendo ao processo de secularização da cultura”. Por essa razão mesmo, os institutos seculares são chamados a “levar autenticamente, em todo o tempo e em todo o lugar, a vida de perfeição e abraçá-la em certos lugares em que a vida religiosa canônica é impossível ou pouco adaptada; recristianizar, intensamente, as famílias, as profissões, a sociedade, graças ao contato imediato e cotidiano duma vida perfeita e totalmente consagrada à santificação, exercendo o apostolado sob múltiplas formas”. Ou seja, o consagrado secular vive a autenticidade de sua consagração através do exercício do apostolado na profissão, onde busca praticar e viver as virtudes dos conselhos evangélicos no mundo. A consagração secular é o meio mais eficaz que temos para encontrar Cristo e encarná-lo na cultura contemporânea. Pois o consagrado secular, por viver imerso nas realidades terrenas, se encontra cotidianamente com os diversos tipos de cultura de nossa sociedade e busca, não os transformar, mas, de dentro, apresentar a Boa-Nova de Jesus Cristo que veio para nos apontar como reescrever a história através do amor. Nesse sentido, o consagrado secular é alguém que deseja estar “todo inteiro” dentro do mundo, abre-se para a busca de sentido e permite que haja espaço de conversão em todos os corações. Ele vive “o entrelaçar-se das realidades infelizes, misérias e experiências negativas, e as esperanças de liberdade, salvação e felicidade humana. Toma com seriedade o ‘humano’ como lugar no qual busca e encontra Deus e o homem; desenvolve solidariedades cada vez mais estreitas que irmanam e suscitam confrontações, projetos e intercâmbios que condizem com a humanização e plenitude do homem; compromete-se com a salvação total: corporal e espiritual, mundana e ultramundana, temporal e eterna. Vive a continuidade entre ‘de onde vem’ e o ‘para onde vai’, entre a memória e a imaginação, entre o patrimônio de verdades acumulado pelos antepassados e as esperanças que vão ao encontro do futuro, a fim de construir morada mais adequada para a verdade e para a liberdade”.
A consagração secular, diante do cenário atual da globalização, se apresenta como uma vocação do nosso tempo em que se faz urgente uma abertura e comprometimento, buscando trazer para nossas culturas elementos que possam garantir a construção de uma sociedade que caminha de acordo com a verdade, a realidade, a liberdade, a justiça, a paz e o amor. Fidelidade e esperança, dois grandes dons que Deus, manifestado em Cristo, concede aos homens como meta a perseguir e viver. Essa constitui a beleza da consagração secular, que encontra dentro da sociedade um terreno propício.
Missionário Louis Edoa, MIPK Missionário da Imaculada Pe. Kolbe
Mestre e doutorando em Comunicação Social. Pesquisa tema como vulnerabilidade social, Territórios de vulnerabilidade, Mudanças climáticas; Prevenção e mitigação de Desastres ligados às mudanças climáticas.
Apesar de apresentar uma forma de missão aproximada do homem e seu entorno, não mostra a conversão do homem à doutrina cristã, a mudar o seu comportamento para fazer dos seus atos a forma de ensinar pelo exemplo, fazer a transição das atitudes mundanas para o Caminho e a Verdade ensinada pelo Cristo. A secularização parece querer ajustar o homem ao seu mundo com os ensinamentos do Cristo como referência. Mas isso não seria deixar de lado a busca da conversão do homem do seu pecado no mundo?
Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.
O que precisa ficar claro é que, em última instância, Chesterton reagiu contra tudo isso. Ele se rebelou contra a rebelião, para voltar na direção do bom senso. No final desse período, o que ele percebeu foi que, mesmo que a realidade fosse uma ilusão, ela não era um pesadelo, mas um sonho.
Então, ele disse que o que lhe resgatou foi um pequeno fio de gratidão. Ele saiu desse túnel de depressão. E começando muito jovem, afinal, não tinha terminado a universidade, começou a trabalhar como jornalista.
A medida que ele foi recordando a sua infância, desse deslumbre da realidade enquanto criança, que ele começou a sair desse período de trevas. E conta com a ajuda da sua esposa, Frances Chesterton (1869 -1918).
Ele era um homem apaixonado. Conheceu a Frances pela apresentação entre amigos e se apaixonou na hora. Nesse momento já começa a escrever poesias, fica encantado, e para sorte dele, a Frances corresponde a esse amor. E ela foi conseguindo derrubar essas barreiras com Chesterton, conseguindo aproximar mais da religião, do Anglicanismo, e isso ajudou bastante.
Ele desenvolveu uma visão muito cavalheiresca e nobre de sua responsabilidade para com sua mulher. Chesterton foi acusado, algumas vezes, de não estar de acordo com o feminismo. Mas o que temos a perceber sobre Chesterton é que ele não encarava as mulheres como inferiores. O que ele fazia era coloca-las num pedestal e exaltá-las. Ele achava que elas eram muito boas e muito nobres para estarem envolvidas no esgoto da política, por exemplo.
A mulher, como Chesterton via, era como uma lareira, não como uma luz elétrica. A luz elétrica é especializada, a lareira não. A lareira é capaz de aquecer, iluminar, cozinhar alimentos... ou seja, existe uma universalidade. Frances, também. Com o passar do tempo do casamento, ela é quem revisa os textos de Chesterton, ajuda muito a ele dar sequencia neste trabalho.
O enamoramento dele pelo mundo e a glória que ele dava à mulher, pode muito bem ser visto no relacionamento dele com Frances. Um dos temas que ele escreve é depois do casamento. Ele termina falando: “No mundo há muitos e loucos, e nós somos um, e somos sãos”. Se no casamento Chesterton encontrou sua paz, foi a amizade com Hilaire Belloc (1870 – 1953) que o preparou para a guerra. Era um grande historiador inglês de origem francesa, que se torna o melhor amigo de Chesterton.
Chesterton conheceu Belloc na época da Guerra dos Bôeres (1881 – 1902), que era uma guerra colonial ocorrida na África do Sul. Belloc tem força vital, tem fibra e ideal. Também tinha a peculiaridade de ser católico. E a fé católica era perseguida na Inglaterra há muito tempo.
Quando Chesterton olha para o Belloc, ele diz que era uma pessoa com apetite humano pela realidade e que ele colocava em ação a razão. A amizade com Belloc fez com que Chesterton compreendesse a cristandade em um sentido europeu mais amplo e católico. É o sujeito que vai convidar o Chesterton pela primeira vez para assistir uma missa.
Chesterton é um homem que trabalha com crítica literária, com apologia, mas muito do seu senso histórico é dado por essa influência, do seu melhor amigo, Hilaire Belloc. Chesterton esta incomodado com o ambiente intelectual da época. Usando de ironia, chamava essa intelectualidade de pessoas razoáveis, sujeitos que sabiam como resolver todos os problemas do mundo. Resolveu enfrentar essas pessoas publicando livros hereges.
Com esse título “Heréticos”, polêmico, bombástico, para uma sociedade relativista, o Chesterton lança sua carreira literária no campo do ensaísmo filosófico. Neste livro, basicamente, Chesterton atacava, caridosamente, mas de um modo muito sério.
Uma evolução de um talento em direção ao cristianismo e que até hoje influencia o nosso pensamento.
PREFÁCIO
Descobri que na minha formação de ser vivo possuo não só a dimensão material, como também outros seis corpos de natureza vibracional, que não posso constatá-los com meus sentidos ou com meus instrumentos. Esses estudos mostram essas duas realidades que se entrelaçam, material e espiritual, e que a dimensão espiritual tem prevalência sobre a material.
Compreendo que o meu corpo físico pertence ao mundo material e que as energias vibracionais pertinentes, cada vez mais sutis, pertencem ao mundo espiritual. Dessa forma o espírito tem prevalência sobre o corpo, a carne.
O corpo dentro das leis biológicas está se desenvolvendo, evoluindo a partir dos seres vivos unicelulares para os seres complexos, multicelulares, racionais.
O espírito colhe experiências diversas ao longo da existência, tanto positiva quanto negativa, tendo o corpo como veículo de tais experiências, como na escola o aluno usa o caderno para ir notando o que aprende. Quando este caderno termina ele pega outro novo caderno e continua com suas anotações de aprendizado.
Assim acontece com o meu corpo, meu espírito o usa como se fosse um caderno para anotar meus conhecimentos. Logo ele vai findar, devo depositá-lo de volta à terra, de volta ao pó, e vou à procura de um novo corpo para continuar no meu aprendizado.
O que dificulta essa compreensão é o motivo do espirito mergulhar na intimidade do corpo em cada célula que chega a se identificar com ele. Se não temos a capacidade ou oportunidade de fazermos essa reflexão, podemos pensar que existe apenas o corpo físico, o espírito é apenar uma teoria especulativa sem dados de realidade.
Observando os fenômenos que existem no mundo, mesmo através de testemunhas confiáveis, pelo raciocínio inteligente posso imaginar e aceitar a existência do mundo espiritual povoado de seres inteligentes e para o qual irei quando chegar o término de meu atual estágio de estudos.
Sei que o corpo possui instintos biológicos associados ao Behemoth bíblico e que devo domesticar a sua força para não comprometer a minha evolução espiritual em direção ao Pai.
Essa tarefa não é fácil, pois esse Behemoth é apresentado como um monstro de 7 cabeças, com uma força descomunal, que certamente em uma só existência não sou capaz de domesticar. Todas 7 cabeças estão ativas dentro de mim, umas com mais força, outras com menos. Mas o conhecimento da minha formação enquanto ser humano, faz o meu espírito saber o que tem pela frente, e ficar satisfeito em saber sobre a Verdade e caminhar tentando colocar em prática tudo que aprendi.