Há no imo de cada ser humano uma centelha divina que registra automaticamente, isto é, independentemente da vontade ou esforço de cada um, todos os atos e atitudes praticados pelo ser, cujas reações têm de se harmonizar com esses atos e atitudes.
Assim, todo aquele que pratica uma ação louvável, meritória, para com o próximo, aviva a luz dessa centelha e isto lhe acarreta uma satisfação íntima, um certo bem-estar que redundará num sentimento de felicidade.
Não foi o Pai Celestial quem lhe concedeu essa felicidade. Tal sentimento decorre do avivamento de sua própria centelha, em virtude do bom ato que praticou. Se, ao contrário, o ato tiver sido mau, empalideceu com ele a sua luz interna, que é a sua centelha divina, e com isso deixou de enxergar, provavelmente, um caminho justo, e veio a sofrer alguma decepção ou enfermidade da qual não conseguiu livrar-se.
Nesta hipótese, igualmente, não houve interferência do Pai Celestial, que nem tomou conhecimento do fato. A cada um segundo suas obras, é a parábola de Jesus, a ninguém se podendo culpar quando as consequências forem contrárias aos desejos de cada um.
Ora bem; então, explicarei a razão do afastamento da Terra de todos aqueles que aqui não podem permanecer. É que, de conformidade com o princípio de que os semelhantes se atraem, muitos dos atuais viventes da Terra persistem na prática de atos e atitudes que muito têm influído para o rebaixamento constante de suas ondas vibratórias, inteiramente incompatíveis com as do meio em que vivem, e que estão sendo elevadas a todo momento pelos Espíritos adiantados que aqui se encontram encarnados.
Em tais circunstâncias, as vibrações inferiorizadas emitidas pelos encarnados endurecidos em face do aprimoramento moral, estão em harmonia com as vibrações de seres que habitam outros mundos inferiores à Terra, e são por estes atraídos, assim como o ímã̃ atrai a limalha de ferro que lhe está próxima.
Os Espíritos que estão sendo atraídos para fora da Terra, irão viver por largos anos (séculos?) nesses mundos inferiores, onde encontrarão oportunidades de se aperfeiçoarem entre seres mais afins com suas próprias vibrações.
Perguntar-me-eis ainda, provavelmente: e esses Espíritos poderão voltar à Terra futuramente? Minha resposta só pode ser esta, meus irmãos, formulada nesta pergunta: Aquele que ficou na estação por haver perdido o trem, ainda poderá́ alcançá-lo? Respondei vós mesmos.
A Terra também está a caminho de um novo grau de evolução, alcançado mercê̂ da soma vibratória de seus habitantes milenares. E esse novo grau deverá encerrar muitos dos atuais motivos de sofrimento de quantos aqui se encontram nesta hora, e de muitos milhões de outros que devem vir.
É mister, por conseguinte, que nenhum passo à retaguarda seja dado pelos homens e mulheres da atualidade, antes, até, que todos se esforcem por alcançar o mais alto nível moral que puderem, para que possam passar no crivo que começou a funcionar desde o princípio do século, e muitos Espíritos já recusou por não poderem passar em sua tela.
Avante, pois, irmãos meus! Jesus, Nosso Grande Salvador, é quem me envia a secundar o que muitos outros disseram, pregaram e exemplificaram, na continuidade de sua luminosa pregação de há vinte séculos. Avante, mais uma vez eu vos digo; elevai vossos pensamentos constantemente para Deus, para que os vossos atos correspondam ao mais elevado sentido do Bem, da Moral e da Justiça.
É o que sinceramente vos deseja o vosso — Irmão Tomé (O Apóstolo de Jesus).
Interessante essa explicação do motivo pelo qual as pessoas que estão praticando o mal de forma constante, sem nenhuma compaixão pelas pessoas que sofrem devidos seus atos maléficos, serem transferidos para orbes de natureza inferior onde outras pessoas de índole semelhante produzem a energia vibratória suficiente para os atrair magneticamente. Não precisaria de nenhum artefato sofisticado para essa condução. Parece ser o mais prático e coerente.
A circunstância de se encontrarem ao mesmo tempo em peregrinação terrena, Espíritos adiantados (já bastante evoluídos), outros menos do que estes e muitos ainda em princípio de sua evolução como seres humanos, é suficientemente explicada pela Lei de Evolução que preside e dirige as sucessivas reencarnações dos Espíritos.
É em virtude desta Lei que se encontram contemporaneamente na Terra estas três categorias de Espíritos, tal qual se encontram cursando o mesmo grupo escolar diversas categorias de alunos, segundo a série em que se acham matriculados.
Dada esta simples explicação, direi das razões da existência ao mesmo tempo em corpos físicos, de diversas categorias espirituais, todas em busca de maiores conhecimentos para a conclusão de seu aprendizado neste pobre planeta.
Aqueles que aqui estiveram em sucessivas reencarnações e lograram atingir suas metas, isto é, preencheram o programa com que reencarnaram, continuam suas presentes tarefas, ao mesmo tempo em que vão ministrando luzes e conhecimentos aos que menos sabem, com o que também lucram, ganhando luzes novas para seus Espíritos.
Há, entretanto, encarnados na atualidade Espíritos que muito provavelmente daqui serão retirados para outros mundos ou planetas menos evoluídos, devido à resistência em que se têm mantido, em face das oportunidades de evolução que lhes têm sido reiteradamente oferecidas.
Guiando-se apenas pelos sentimentos instintivos, esses irmãos nossos se recusam a aceitar ensinamentos que os levariam a elevar suas vibrações mentais até ao nível de moral superior, com o que, em consequência, também elevariam o nível moral de sua vida terrena, tendo, porém, já esgotado todas as oportunidades de poderem evoluir na Terra.
Estes Espíritos, uma vez encerrada a presente peregrinação terrena, deixarão para sempre este minúsculo planeta, para irem reencarnar em outro que melhor se ajusta à sua formação espiritual.
Perguntar-me-eis, provavelmente, vós que estas linhas compulsardes, se esta retirada da Terra pode representar uma punição para tais Espíritos.
Eu vos responderei que não, absolutamente. O Pai Celestial não pune a nenhum dos seus filhos, por maior que seja a falta por eles cometida. Isto pela simples razão de que para o Pai não existe nenhuma espécie de falta.
Cada um possui a faculdade de se conduzir da maneira que desejar, de acordo com o seu livre arbítrio. E devo insistir neste ponto para desmanchar certo preconceito que atribui ao Pai o sofrimento que se apodera dos filhos faltosos, como se fora um castigo do Céu.
Não, meus irmãos; Deus não premia nem castiga, porque, sendo Ele a Bondade Absoluta, não se ocupa de tal procedimento, exatamente porque concedeu a cada um dos seus filhos o livre arbítrio, para se conduzirem a seu bel-prazer.
O que sucede então, é que a própria Lei se incumbe de premiar ou punir os infratores, segundo atos e atitudes pelos mesmos praticados.
Deus ao criar tudo que existe fez dentro da criação as leis que devem reger o processo evolutivo na sintonia com o tempo. Se nós não estivermos sintonizados com essas leis iremos sofrer automaticamente a reação da criação que tende de voltar a harmonia que foi quebrada pelo uso inadequado do livre arbítrio dos seres racionais, inteligentes, que devem alcançar sabedoria e pureza com os próprios esforços. Dai porque, os sofrimentos que observamos em quem se desvia da lei, não significa punição do criador, pois as próprias leis desrespeitadas é quem vão causar os devidos concertos, em benefício do próprio transgressor, que muitas vezes age de forma errada por simples ignorância e não por expressa maldade íntima.
Citado pelo atual Papa Leão XIV e mantido o tema em seu brasão, vejamos o que diz esses Salmos.
1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
3 Eis que os filhos são heranças do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
4 Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
5 Bem-aventurado o homem que enche deles a as aljava; não serão confundidos, mas falarão com seus inimigos à porta.
Sem falar nada de pastoreio, o Papa ao colocar esses Salmos no centro do seu episcopado, quer nos dizer muita coisa, tanto individual quanto coletivamente, pois vejamos.
Se o Senhor não edificar o Eu existencial, a minha casa, o meu país ou o meu planeta, em vão será o trabalho de seus construtores ou seus vigias. Então, é preciso que o Senhor queira fazer esse trabalho. Se Ele não faz de imediato é porque espera de nossa parte alguma ação.
Deus está dizendo através desses salmos intuídos que é inútil acordar tão cedo ou dormir tão tarde, de fazer tantos sacrifícios, pois Ele nos está dando o repouso, para que tanto esforço?
No Reino de Deus somos todos uma grande família. Quem sabe mais deve proteger e instruir os mais deficitários, ignorantes, como se fossem nossos filhos. Eles são a herança que Deus nos entrega no nosso entorno, uma bênção divina que recebemos neste mundo material para progredirmos espiritualmente.
Esses filhos, biológicos ou espirituais, são como flechas em nossas mãos, que podem servir como armas nessa batalha espiritual em que estamos envolvidos. Serão uma fonte de proteção quanto mais termos construídos esses filhos que o Pai nos oportuniza.
Este é um chamado para entendermos a dependência de Deus na construção da família biológica e/ou universal, progredindo espiritualmente para a Vida eterna na sintonia plena com o Pai.``
Esta é uma prosperidade que vem do Senhor, bem diferente da prosperidade material que nos esforçamos tanto para conquistar e que logo o tempo dissipa com o advento inevitável da morte do corpo físico.
"In Illo uno unum" (Em aquele que é um, somos um. Também remete a Santo Agostinho que, de acordo com a Santa Sé, declarou durante o sermão sobre os Salmos 127 que “embora nós cristãos, sejamos muitos, em um só Cristo somos um”.).
Estas são as palavras, pronunciadas em um sermão por Santo Agostinho, que o Pontífice escolheu como seu lema episcopal. Uma referência ao Bispo de Hipona também no brasão, com a imagem de um livro fechado sobre o qual repousa um coração transpassado por uma flecha.
Foram publicados neste sábado, 10 de maio, o brasão e o lema do Papa Leão XIV, assim como a foto oficial do Pontífice recém-eleito.
O brasão representa um escudo dividido diagonalmente em dois setores: o superior tem um fundo azul e nele está representado um lírio branco; o inferior tem um fundo claro e apresenta uma imagem que remete à Ordem de Santo Agostinho: um livro fechado sobre o qual há um coração transpassado por uma flecha. A imagem remete à experiência de conversão de Santo Agostinho, que ele próprio explicava com as palavras "Vulnerasti cor meum verbo tuo", "Feriste meu coração com a tua Palavra".
Nos traços essenciais, portanto, Leão XIV confirmou o brasão anterior, escolhido por ocasião de sua consagração episcopal, bem como o lema "In Illo uno unum". Trata-se das palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.
Em uma entrevista aos meios de comunicação vaticanos em julho de 2023, o próprio Prevost explicava: “Como se depreende do meu lema episcopal, a unidade e a comunhão fazem parte justamente do carisma da Ordem de Santo Agostinho e também do meu modo de agir e pensar. Acredito que é muito importante promover a comunhão na Igreja, e sabemos bem que comunhão, participação e missão são as três palavras-chave do Sínodo. Portanto, como agostiniano, para mim, promover a unidade e a comunhão é fundamental. Santo Agostinho fala muito sobre a unidade na Igreja e sobre a necessidade de vivê-la.”
O lema adotado pelo Papa Leão XIV, resgata o pensamento de Santo Agostinho e exorta-nos, cristãos, a sermos um em Cristo, apesar de sermos muitos. Isso quer dizer que somos muitos em Cristo, pois obedecemos a principal lei que Ele nos ensinou, de amar a Deus sobre todas as coisas, com todas as forças e todo o entendimento e amar ao próximo como a si mesmo. Não importa que tenhamos algum pensamento na forma do nosso entendimento e que gere com isso a separação em grupos divergentes, igrejas com denominações diferentes, continuamos sendo cristãos, sendo irmãos, pertencentes a mesma família, ao mesmo Reino de Deus.
Enfim, o Papa está disposto a seguir o pensamento de Santo Agostinho, promovendo fundamentalmente a unidade e a comunhão para em seguida ir em missão, atrair o mundo para a família de Deus.
Papa Leão XIV visita o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho
O Pontífice dirigiu-se, na tarde deste sábado, 10/05, à cidade de Genazzano, nos arredores de Roma, para uma visita privada ao local de culto de tradição agostiniana, onde é conservada a imagem mariana proveniente da Albânia. O Papa saudou os fiéis presentes na praça da igreja e rezou diante do ícone da Virgem Maria. "Desejei muito vir aqui nestes primeiros dias do novo ministério que a Igreja me confiou, para levar adiante a missão como Sucessor de Pedro.”
Para sua primeira saída surpresa, o Papa Leão XIV escolheu um local querido aos agostinianos, presentes ali desde o ano 1200: o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Genazzano, cidade a cerca de 65 km de Roma. O Pontífice dirigiu-se ao local na tarde deste sábado, 10 de maio, por volta das 16h locais, para uma visita em caráter privado, conforme informa a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Após uma recepção festiva por parte de centenas de pessoas reunidas na praça em frente ao Santuário, o Papa entrou na igreja, onde saudou os religiosos e deteve-se em oração, primeiro diante do altar e, em seguida, diante da imagem da Virgem Maria, e ali, com os presentes, recitou a oração de São João Paulo II à Mãe do Bom Conselho.
Ao final, após a oração da Ave Maria e o canto da Salve Rainha, o Papa dirigiu-se àqueles que estavam no Santuário, saudando-os, bem como ao povo de Genazzano reunido do lado de fora: “Eu quis muito vir aqui nestes primeiros dias do novo ministério que a Igreja me confiou, para levar adiante esta missão como Sucessor de Pedro.”
E recordando a visita feita após sua eleição como Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho e a escolha de “oferecer a vida à Igreja”, o Papa reiterou sua “confiança na Mãe do Bom Conselho”, companheira de “luz e sabedoria”, com as palavras dirigidas por Maria aos serventes no dia das Bodas de Caná, relatadas no Evangelho de João: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” Em seguida, junto à comunidade, o Papa dirigiu-se então a uma sala interna para um encontro privado.
A Mãe nunca abandona seus filhos
Ao final, o Papa apareceu novamente na entrada da Basílica e, saudando os presentes, dirigiu-lhes algumas palavras, expressando a alegria de ter conseguido vir rezar à Mãe do Bom Conselho, “um dom tão grande” para o povo de Genazzano, do qual também deriva uma grande responsabilidade: “assim como a Mãe nunca abandona seus filhos, vocês também devem ser fiéis à Mãe”.
O Papa saudou os jovens, e os jovens de coração – “Somos todos nós!”, disse – e evocou o espírito de entusiasmo com que se deve seguir Jesus, segundo o exemplo de Maria. Por fim, antes de deixar o Santuário, abençoou os presentes.
Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho
Administrado pelos religiosos da Ordem de Santo Agostinho, o local de culto guarda uma antiga imagem da Virgem Maria, muito querida pela Ordem e pela memória de Leão XIII, que nunca conseguiu visitá-lo, mas que, em 1903, o elevou à dignidade de basílica menor.
Outros Papas, porém, já haviam visitado a Mãe do Bom Conselho: João XXIII em 1959 e João Paulo II em 1993. Hoje, foi a vez do Papa Leão XIV, que, quando ainda era cardeal, celebrou no santuário a Missa da Festa da "Vinda" da Mãe do Bom Conselho em 25 de abril de 2024. Em sua homilia, o então cardeal Prevost expressou sua devoção à Virgem, exortando os fiéis a se inspirarem em Maria para difundir a paz e a reconciliação no mundo.
Adaptei para este espaço literário a visita que o Papa Leão XIV fez ao Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho conforme anunciado pelo site Vatican News. Tenho apenas uma observação quanto o dito pelo Papa, sobre a inspiração em Maria para difundir a paz e a reconciliação no mundo. Se eu for me inspirar em Maria, como procuro me inspirar, lembro de Suas diversas advertências que Ela fez ao redor do mundo, quanto aos erros do comunismo que se alastra pelo mundo, que gera ódios nos corações e revoluções coletivas. Se devemos difundir a paz e a reconciliação, devemos difundir a Verdade sobre o gerador de guerras e dissenções.