Acredito que o Mestre Jesus tenha se aproximado da Terra mais uma vez, agora no corpo espiritual mesmo, com o objetivo de que suas lições sejam implementadas. Existe uma corrente de pensamento com livros publicados que defendem essa idéia: NOVA ORDEM DE JESUS. Com o auxílio de apóstolos como Thomé, este livro é recheado de Mensagens ditadas pelo próprio Jesus. Tem o objetivo de esclarecer a humanidade sobre a característica da vida, da existência dos dois principais mundos, o material e o espiritual; que nós devemos saber nos conduzir entre ambos, sabendo que o segundo tem maior precedência sobre o primeiro; que devemos saber nos relacionar com as autoridades dos dois mundos, principalmente do mundo espiritual cuja maior influência deve ser respeitada, aplicando o Amor Incondicional.
Depois que fiz essas observações, aceitei a verdade de suas considerações e procurei me relacionar com Jesus com maior proximidade. Considero seus apóstolos, discípulos e crentes, tanto os próximos no tempo quanto os situados num passado longínquo os meus companheiros, minha família espiritual, mesmo que eu seja dentro dela o irmão caçula, aquele que ainda precisa aprender muita coisa.
Com essa compreensão passei a me determinar como um discípulo operante, militante, do Mestre, em obediência à vontade do Pai. Aceitei a incumbência de colaborar para a criação de um novo relacionamento social mais próximo do Reino de Deus que Jesus anunciou já se encontrar próximo. Para tanto procuro colocar o Amor Incondicional como prioridade em qualquer forma de relacionamentos que eu tenha, mesmo que ainda seja falho em muitos setores devido as minhas fragilidades.
Chegou a minha mente a realização de um seminário em Caicó onde com pessoas sensibilizadas para esse tipo de ação possamos criar um espaço em pleno carnaval para procurar viabilizar as lições de Jesus na prática. Seria um dia no carnaval deste ano, destinado 4 horas para sentarmos e discutirmos na forma de Seminário, como fazer para ir construindo esse espaço espiritual, ecumênico, educativo e que se fortaleça ano após ano.
Como coube a mim a recepção da idéia e a disposição de colocá-la em prática, vem logo a primeira tarefa que é a denominação deste seminário. Fiquei tentado em usar o próprio título do livro: NOVA ORDEM DE JESUS. Mas como estou dentro de um meio acadêmico, e pretendo fazer com que a academia se engaje no projeto, sinto que colocar no título o nome de Jesus, por mais respeito que eu tenha a Ele, pode servir de munição para quem deseja atacar o projeto por motivo de crença. Então escolhi colocar um nome neutro, que não vai dividir a maioria das pessoas que já fizeram sua escolha religiosa de acordo com suas tendências e preferências. Dessa forma preferi deixar a denominação sem o nome de Jesus: NOVA ORDEM SOCIAL. Dessa forma o nome de Jesus no título Seminário não iria causar certos conflitos internos que podiam fragilizar o grupo logo na sua infância. O próprio Jesus tem elegância e sabedoria suficiente para entender e aceitar que o Seu nome não figure no título do trabalho, o que vale é a intenção de colocar na prática todos os seus ensinamentos.
Jesus na condição de governador do planeta, onde existem cerca de 7 bilhões de almas encarnadas a procura de progresso espiritual, tem a preocupação de que elas estejam realmente tentando se aprimorar nesse sentido. Pelo menos um terço da população já atingiu um plano de vida espiritual bem mais avançado do que tinham antes. É pretensão do nosso Governador promover a esse mesmo plano espiritual um numero maior de almas encarnadas, a metade se possível, principalmente daquelas que contam acima de 50 anos. Muitas dessas almas ainda faltam aquele espírito de religiosidade que só o hábito da oração diária pode construir.
Infelizmente, tenho que confessar que até pouco tempo eu não estava dentro desse terço da humanidade, não tinha um plano de vida espiritual de forma bem clara. Ainda hoje o hábito da oração não está arraigado dentro de minhas atividades.
Foi então elaborado por Jesus um plano alternativo de promover novas encarnações de vários espíritos mais avançados que são portadores de conhecimentos técnicos que muito devem a ajudar no progresso tecnológico, científico e social.
Necessita então o Senhor Jesus da colaboração sincera das almas que aqui se encontram em idade de maturidade espiritual no sentido de se prepararem para ocupar um plano de grande evolução no mundo espiritual. Esta recomendação pode ser comparada aquela que fazem todos os mestres aos alunos das últimas séries, para que estudem com afinco suas matérias, para que logrem concluir o curso e não passem a decepção de repetir o ano.
Dessa forma me senti convocado para colocar em prática os ensinamentos do Senhor Jesus, como uma ordem do meu Governador, no sentido de aproveitar todos os recursos que o Pai me concedeu. Sinto um desejo forte de por em prática os ensinamentos do Mestre. Estou aprendendo que durante a oração eu passo a ter um contato íntimo, tanto com o Mestre, quanto com o Criador. Sinto que tenho assistência dEles em todos os momentos difíceis da caminhada. Encho meu coração de elevado sentido de amor ao próximo, do espírito de fraternidade e do desejo de ser assistido em todos os meus atos por um representante das Forças Superiores que são a própria Divina Providência.
Com essa presença e assistência do Mestre, eu posso contar com Ele sempre que necessitar. Por isso tenho a força de romper com toda estrutura organizada que se contrapõe à prática do Amor Incondicional.
A felicidade não é algo pessoal, individual, como se dependesse só de nós mesmos. Eu moro só num apartamento e me considero feliz dentro das minhas possibilidades. Mas isso não quer dizer que eu me contento comigo mesmo dentro dessa sensação de felicidade. Compõe esse sentimento a perspectiva que tenho de ajudar diversas pessoas, que estou contribuindo para a felicidade de outros. Se eu tivesse tudo o que possuo e não pudesse repartir com os outros, sei que me sentiria triste e egoísta. Portanto não faço assim, pois quero evitar a infelicidade que isso me traria.
Então, a felicidade implica em algum nível de relacionamento com algumas pessoas. Não pode ser com qualquer pessoa. Mesmo que eu possa ajudar ao próximo como se fosse a mim mesmo, existem pessoas que pensam de forma muito diferente, então não podem entrar no meu círculo de convivência. As pessoas que me trazem com mais força a sensação de felicidade são aquelas que entram comigo numa espécie de comunhão de pensamentos. Considero que somos espíritos felizes, que nos atraímos um para o outro pela semelhança de idéias.
Acontece que no relacionamento homem mulher dentro do mundo material, onde nossos espíritos assumem um corpo feminino ou masculino, passamos a sofrer as influências da biologia, dos interesses na reprodução e na perpetuação dos corpos, conforme a lei da Natureza. Assim, posso ser atraído por uma mulher, e vice-versa, pela força dos instintos que formam em torno de nós o amor romântico, sem a necessidade de saber a forma de ela pensar. Mas no decorrer do relacionamento a forma de pensar vai se expressando e caso não exista a semelhança das idéias, o relacionamento pode até persistir, mas sempre cheio de conflitos que impedem a felicidade.
Esse é o motivo de eu morar sozinho. Apesar de ser atraído por muitas mulheres pela força do amor romântico. Quando estamos morando no mesmo teto, a diferença de idéias se manifesta e então o conflito é inevitável. Viver dentro de conflito é incompatível com a felicidade. Então se torna necessário a convivência com as companheiras em tetos diferentes, para evitar o constante conflito. Os momentos de encontro devem ser livres de conflitos, mesmo que exista ainda as diferenças de idéias, essas devem ser evitadas em suas manifestações, pois senão implica no afastamento definitivo dessa parceria, da convivência. Não quer dizer que deixe de existir o amor, pois este se existiu na sua qualidade pura, sem condicionamentos, jamais ele desaparecerá. Mas a convivência é que deve ser eliminada, mesmo que essa convivência seja por alguns momentos, porque as idéias contrárias se manifestam de forma conflituosa.
É mais fácil a convivência com outros espíritos no próprio mundo espiritual, pois lá não existe o sexo nem a pressão biológica pelos interesses da reprodução, que sempre se reveste do egoísmo. No mundo espiritual os Espíritos felizes são atraídos uns para os outros pela semelhança de idéias, de gostos, de sentimentos e formam vastos grupos ou famílias homogêneas, no seio das quais cada individualidade irradia suas próprias qualidades, e se penetra dos eflúvios serenos e benfazejos que emanam do conjunto. Assim, os membros dessa irmandade ora se dispersam para se ocuparem de suas missões, ora se reúnem em um ponto qualquer do espaço para se darem a conhecer o resultado de seus trabalhos, ora se juntam ao redor de um Espírito, de uma ordem mais elevada, para receberem seus conselhos e instruções.
Sei através das intuições que recebo do fundo da minha alma, que sou um Espírito feliz e que possuo um grupo de convivência, uma verdadeira família espiritual, todos com a mesma sensação de felicidade. Se hoje estou aqui encarnado na Terra e sofrendo os efeitos do meu corpo biológico, com as dificuldades inerentes ao instinto sexual de sobrevivência; se sou obrigado pelas circunstâncias a morar sozinho, na realidade não estou sozinho, pois estou acompanhado de todos os meus amigos da espiritualidade que torcem pelo sucesso da minha missão. Talvez muitas pessoas que estão dividindo agora a convivência comigo deste mundo material façam parte desse grupo feliz do mundo espiritual. Da mesma forma que tenho uma missão e procuro cumpri-la superando as dificuldades e as pressões do corpo material, espero que minhas parceiras e parceiros consigam da mesma forma, principalmente minhas companheiras que pretendem participar da minha missão de reformar a estrutura familiar. Talvez elas tenham vindo com essa mesma missão que é complementar a minha, cada uma desenvolvendo um papel de acordo com a sexualidade que herdou e assumiu.
Quando me senti determinado a cumprir a vontade de Deus, passei a encontrar ao meu redor, por qualquer meio, em qualquer circunstância, principalmente nos livros religiosos, espiritualizados, a expressão Divina quanto ao meu caminho, missão e movimento do que eu devo fazer.
O Senhor firma os meus passos quando sonda o meu coração e ver que a minha conduta O agrada. Ele fala comigo mediante qualquer recurso.
Deus tem um desejo para mim e por isso me guiará constantemente.
A vontade de Deus é específica para mim, demonstrar como pode ser formado o Reino de Deus a partir da construção de uma família ampliada com base no Amor Incondicional acima de quaisquer outros sentimentos. Pode ser que eu me envolva com outras atividades, mas noto que sempre tudo retorna ao projeto original e que tudo não passou de mais artifícios para fortalecê-lo. Também sei que para realizar esse projeto eu necessito de no mínimo duas pessoas para se integrar comigo nesse propósito. Ao longo da vida, de marchas e contra marchas com pessoas que se aproximaram e que desistiram de permanecer dentro do projeto, cheguei a certa estabilização com duas companheiras que se mostram interessadas e tentam caminhar comigo por essa estrada. Acontece que existe uma barreira enorme para se alcançar a harmonia e a fraternidade que o projeto de Reino de Deus exige: que o Amor Incondicional seja aplicado em prioridade frente a qualquer outro sentimento ou pensamento. No caso delas ainda prevalece o amor romântico, condicional, com toda sua carga de egoísmo na forma de ciúmes e exclusivismo. Consequentemente, a harmonia e fraternidade não se instalam. Não posso ser incisivo e obrigá-las a Amar, o que posso fazer é que eu mesmo, com o meu comportamento, demonstre a forma desse Amor ser aplicado entre nós, entre todos e tudo.
A vontade de Deus pode parecer difícil para quem não sintoniza com o Amor Incondicional, pode parecer algo tão distante da prática convencional, outro mundo, uma espécie de loucura, de esquizofrenia. Mas para quem aprende a essência do Amor Incondicional e decide colocá-lo em prática, tudo se torna tão simples. Tudo que tenho de fazer é simplesmente dar o passo que Ele está me mostrando, mesmo que isso vá de encontro as normas culturais pré-estabelecidas, que eu me torne um pária dentro da comunidade, que seja expulso dos locais e das pessoas que amo por não comungar com elas de suas idéias e de sua forma de sentir e de amar. As vezes a dúvida quer entrar em minha mente, de que as críticas que são feitas de forma constantes e persistentes ao longo do tempo, não tem alguma razão, eu não estarei de alguma forma equivocado, total ou parcialmente.
Todas as dúvidas que surgem espontaneamente em minha mente ou são colocadas por pessoas significativas, que demonstram também querer o meu bem estar, são logo dissipadas quando converso com Deus na oração e na meditação. Vejo assim tão claro os caminhos que Ele coloca à minha frente e basta apenas ser obediente e dar os primeiros passos. Se por acaso eu tomo um caminho incoerente com Sua vontade, logo a minha consciência acusa o erro durante o ato da oração e meditação. Tenho a chance de fazer a correção de imediato, se assim for possível, ou então de não voltar a praticar o mesmo erro. Dessa forma eu sinto que cada passo de obediência que eu executo transforma minha vida de obediência a vontade de Deus.
A maior violência é aquela que engendramos na mente agredindo constantemente pessoas e coisas e a nós mesmos, torcendo as leis naturais para adquirir mais e mais recursos, prazeres, sem considerar a angústia, tristeza e infelicidade que surge em função disso.
A nossa comunidade se encontra altamente contaminada pela violência, gerada pelo egoísmo desenfreado e que as lições do Cristo tão fortemente disseminadas pelas diferentes igrejas não conseguem serem aplicadas com coerência. O egoísmo campeia livre por todas as dimensões e classes sociais, desde as mais humildes até as mais abastadas, até mesmo nos homens devotados a Deus encontramos ninhos de egoísmo.
A conseqüência dessa triste realidade é o paradoxo existencial que nos encontramos. Os marginais, bandidos de toda espécie, soltos pelas ruas à procura de vítimas e nós, cidadãos que desejam seguir dentro da lei, presos dentro de nossas próprias casas, comércios, escolas, etc. Tudo tem grades, tudo tem polícia, tudo tem vigilância. Termina por surgir do fundo do nosso desespero um grito de angústia que parece mais uma auto-crítica: que posso fazer?
Foi dentro desse clima de procurar uma saída para conter a violência, que colegas do Hospital João Machado expressaram esse grito de impotência, parecido com desespero. Logo fiquei aliado a esses anseios e participei da primeira reunião que só tinha duas pessoas. Parece desalentador, como resolver tamanho problema com apenas duas pessoas. O que nos valeu foi que lembramos do nosso Mestre Jesus, que dizia que quando duas ou mais pessoas estivessem presentes e sintonizados com o seu nome, Ele se faria presente. Então na realidade foram três pessoas e uma, a terceira pessoa que estava desencarnada, era uma pessoa de peso: o próprio governador do planeta. Que poderíamos querer mais? Tínhamos que colocar nossos projetos e idéias em ação, a missão de cada um de nós deveria se tornar um movimento. No mundo material, eu e minha colega, tínhamos agora a tarefa de dar prosseguimento ao projeto, ao movimento. A nossa tarefa era de procurar os parceiros, a de Jesus a de nos intuir a quem procurar e de sensibilizar cada um a dar o que pudesse na execução do projeto.
Dessa forma eu tive que falar do projeto que nutro há anos, de trabalhar com jovens na comunidade, e que por falta de tempo nunca cheguei a cogitar a sua aplicação. Estava esperando pela aposentadoria para implementá-lo. Mas dentro desse contexto eu não poderia ficar com nada guardado e que fosse útil para o desenvolvimento do movimento.
Na próxima segunda feira teremos a segunda reunião desse movimento e teremos que mostrar competência para fazê-lo evoluir apesar de toda a dificuldade operacional que prevejo. Sei que o Cristo está ao nosso lado, mas Ele não pode operacionalizar a matéria como nós podemos. Ele depende de nós nesse aspecto e nós dependemos dEle para a sensibilização de novos parceiros e de nos facilitar a sabedoria para que nós possamos escolher o melhor caminho da construção do Reino de Deus como Ele ensinou. Sei que não podemos alimentar as diferenças que existem no seio da comunidade, seja de natureza política, religiosa ou de qualquer forma. Temos que valorizar o potencial que cada um apresenta e a sua disponibilidade de servir, de ser humilde e de amar incondicionalmente.