Como pode, o Amor, sendo a energia mais poderosa do universo, essência do Criador, ser ferido? Pois esta canção indiana que reproduzo abaixo, do filme “Professor de Música” parece indicar que isso acontece.
Na história apresentada no filme, ele é um professor de música que vai ensinar a uma garota que mora em casa sofisticada. Ela logo se apaixona por ele, e quer ficar com ele. Ele percebe o potencial dela ser uma grande estrela e a incentiva a ir para um centro maior, continuar os estudos, não pode perder tempo com ele. Ela insiste, quer conversar com ele na ponte antes de decidir ir para essa viagem, e ele não aparece.
O tempo passa, ela foi para o grande centro, se transforma na grande estrela que ele previa e um dia volta à sua aldeia, no auge da fama. O teatro está lotado e ela canta esta canção cheia de suas memórias. Ele corre de sua casa para o teatro, usando uma moto velha que dá o prego no caminho. Ele não desiste, continua o trajeto correndo e entra no teatro... ela está na metade da canção... ambos se entreolham... ela continua a cantar... como se fosse uma declaração tardia para ele... ele percebe e sinaliza, tímido, para ela... ao terminar a canção o teatro explode em aplausos e ela corre para abraçar o amigo. Nesse momento eu percebo que o Amor está ferido. Mas o meu leitor pode ter outra interpretação... convido que assista o filme.
No dia que o vi
Seus olhos pela primeira vez
Aquele dia e seus momentos
Sempre ficaram no meu coração
Lembrando de você
Mudando de lado
As noites que passei
Sempre ficaram no meu coração
Meu Deus, é por isso que eu vivo
Eu anseio por essa intoxicação
Até a temporada de chuva passou sem chover
Não me castigue assim, meu amigo
Eu posso viver só olhando para você
Serei sua até na morte
Então me abençoe, meu amigo
Como o tempo passou sem você
Você não sabe
Você não sabe
Eu não existo sem você
Você não sabe
Você não sabe
Eu não sei porque ainda tenho esperança
Loucos são meus olhos
Que não param
De esperar por você
Meus olhos não se cansam
Lembrando de você
Mudando de lado
As noites que passei
Sempre ficaram no meu coração
Meu Deus, é por isso que eu vivo
Eu anseio por essa intoxicação
Até a temporada de chuvas
Já passou sem chover
Não me castigue assim, meu amigo
Eu posso viver só olhando para você
Serei sua até na morte
Então me abençoe, meu amigo.
- Muitos pregadores errantes conseguiram atrair multidões com a retórica e o tom enérgico. Eu mesmo já ouvi alguns ao longo dos anos, mas eu nunca ouvi nenhum deles dizer a um paralítico que levantasse e andasse, muito menos que isso acontecesse...
- E qual é a sua conclusão?
- Eu acredito que você não está agindo sozinho. Ninguém pode fazer isto que você faz sem que Deus esteja com ele. Só alguém que veio de Deus...
- E como essa tese está sendo aceita na sinagoga?
(Risos)
- É por isso que estamos aqui a esta hora. E o que mais?
- O que veio nos mostrar?
- Um reino.
- É com isso que nossos governantes estão preocupados.
- Não, não desse tipo.
- Então o que?
- Um tipo de reino que a pessoa não pode ver, a menos que nasça de novo.
- Nasça de novo? Quer dizer, uma nova criatura? A conversão do gentio para o judaísmo?
- Não, não é disso que estou falando.
- Nascer de novo... espero que não queira dizer retornar ao ventre, porque seria um problema para mim. A minha mãe, que descanse em paz, está morta.
- Na verdade, eu te digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no Reino de Deus. Aquele que nasce da carne é carne, mas aquele que nasce do espírito é espírito. Essa é a sua parte. É isso que deve nascer de novo para uma nova vida.
- Como pode ser isso?
- O senhor é professor em Israel e não entende essas coisas.
- Estou tentando Mestre.
- Sim, eu sei. Ouviu isso?
- O quê?
- Escute... O que o senhor escuta?
- O vento.
- Como sabe que é o vento?
- Porque eu posso sentir, ouço seu som.
- Sabe de onde ele vem?
- Não.
- Sabe para onde ele vai?
- Não.
- É isso que chamo de nascer de novo do espirito. O espírito pode trabalhar de formas que são mistérios para o senhor. E embora não possa ver o espírito, o senhor pode reconhecer o efeito dele.
- A minha mente não para de pensar em como essas palavras causariam agitação entre os doutores da lei.
- Sim, e sinceramente eu não espero o contrário. Eu falo do que eu sei e do que ouvi. Isso não foi recebido pelos líderes religiosos. Eu falei a vocês sobre coisas terrenas e vocês não acreditaram. Como vou falar de coisas celestiais?
- Eu acredito nas suas palavras. Eu só temo que você não tenha chance de falar muito mais antes de ser silenciado.
- Eu vim para fazer mais do que falar, senhor Nicodemos.
- Mais milagres?
- Sim, mas ainda mais do que isso. O senhor se lembra de quando os filhos de Israel reclamaram contra Deus e contra Moisés no deserto de Parã?
- Sim, eles queriam voltar para o Egito e amaldiçoaram o maná que Deus enviou. Depois eles foram mordidos por serpentes e eles estavam morrendo. Mas Deus criou uma forma de eles serem curados.
- Moisés levantou uma serpente de bronze no deserto e as pessoas só precisavam olhar para ela. Assim o Filho do Homem será levantado para que quem nele crê tenha a vida eterna.
- O povo não está morrendo de picadas de serpentes, está morrendo com os impostos e outras...
- Eu lamento desapontar o senhor, mas eu não vim para libertar o povo de Roma.
- Então do quê?
- Do pecado e da morte espiritual. Deus ama tanto este mundo que deu seu único filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
- Então isso não tem nada a ver com Roma? Isso é tudo sobre pecado?
- Deus não enviou o próprio filho ao mundo para condenar. O Senhor o enviou para salvar através dele. É tão simples quanto a serpente de Moisés no poste. E quem acredita nele não será condenado. Quem não acredita já está condenado.
- Quando eu conheci Maria naquele dia, eu disse a minha esposa e aos meus alunos que ela estava além da ajuda humana, que somente o próprio Deus poderia curá-la. Então eu a vi... curada! E aqui está o Senhor... que a curou. Toda a minha vida eu me perguntei se veria este dia...
- Siga-me, e o Senhor dá mais.
- Seguir o senhor?
- Siga a mim e a meus alunos. Em dois dias vamos deixar Cafarnaum. Venha ver o Reino que estou trazendo para este mundo.
- Mas eu... eu não...
- O senhor tem uma posição no Sinédrio, tem família, já está em idade avançada... eu entendo. Mas o meu convite ainda está aberto.
- Convite para quê exatamente? Para uma vida nômade? Para desistir de quem sou?
- É verdade, o senhor abriria mão de muito, mas por outro lado ganharia uma coisa muito maior e mais duradoura.
- Esse é outro dos seus mistérios do nascer de novo?
- Eu sei que mistérios não são fáceis para o estudioso. Pense nisso! Pense com calma. Na manhã do quinto dia nós partimos e nos encontraremos junto ao posto no Distrito Sul ao amanhecer.
- O Reino de Deus está chegando mesmo?
- O que seu coração lhe diz?
- Meu coração está cheio de medo e assombro e não pode me dizer nada, só que estou em Solo Sagrado.
- Espero que venha conosco, Nicodemos.
Pai... como sempre tenho dificuldades para falar com o Senhor. Sei que tenho muito o que dizer, mas as palavras não me vêm. Talvez porque eu só tenha me exercido em falar com pessoas materializadas. Com pessoas que como eu, tem também uma finitude nesse mundo material. Agora que eu percebo cada vez mais a importância do mundo espiritual, da Tua existência e do meu dever enquanto filho de tal Ser, invisível e atemporal, fico perdido.
Mas vou falar das minhas responsabilidades e agradecer o quanto recebo de Ti, de recursos e informações para alavancar meus talentos, minhas virtudes.
Sei que estou colocado numa posição estratégica para fazer cumprir a Tua vontade, Pai, dentro da academia, no ambiente universitário onde eu possa explorar o pensamento e ações dos meus irmãos, o que é feito da ciência e tecnologia, de formas de relacionamento servidor, de curas e reabilitações.
Tantas frentes de trabalho que eu percebo que Tu me ofereces, mas para cumprir a Tua vontade seguindo a Tua lei do Amor Incondicional, vou me deparar com o duelo dos Behemoths que existem dentro de cada um de nós, fonte de todo egoísmo. Isso me deixa como um “estranho no ninho”, onde todos privilegiam os interesses materiais, egoístas, e eu praticando o amor inclusivo que não respeito barreiras para fazer ao próximo aquilo que desejo ser feito para mim.
Acuso que recebi de Ti, Pai, mais duas tarefas. Uma mais próxima e de ação mais imediata. Atualizar os conteúdos e metodologia da disciplina Medicina, Saúde e Espiritualidade para o próximo semestre, usando o trabalho dos dois monitores que demonstram grande interesse.
A outra tarefa é mais ampla e mais ousada. Consiste em organizar para o próximo ano uma nova forma de despertar a comunidade através de evento de extensão universitária, quanto a vontade que Tu desejas para o Brasil, de ser a “Pátria do Evangelho e o coração do mundo”.
Seria um evento dirigido principalmente para as igrejas e quarteis militares. Resgatar a história do Brasil no contexto espiritual. Desde a formação de Portugal como um país católico, com a missão de colonizar novas terras e catequizar novos povos; que veio para o Brasil através de caravelas trazendo em suas velas a Cruz do Cristo, identificando o nosso país como a Terra de Santa Cruz e rezando a primeira missa.
O trabalho seria feito em seis meses, cada mês em Estado diferente. Começaríamos pelo Rio Grande do Norte, Natal, cidade que simboliza o nascimento do Cristo. O segundo encontro poderia ser na Bahia, Estado que recebeu as primeiras caravelas. O terceiro no Rio de Janeiro, Estado que recebeu a família real portuguesa e construiu no país nossa primeira infraestrutura educacional e administrativa.
Vejo dessa forma, Pai, tamanhas responsabilidades, e por isso não canso de Te pedir: inteligência rápida, sabedoria e coragem, para que eu não me perca nos interesses do Behemoth e deixe para trás a Tua vontade.
A minha consciência tomou a determinação de não deixar os pensamentos selvagens, oriundos da energia do Behemoth, livres dentro da arena mental. Percebi que eles se organizavam em torno de imaginações que iam em busca do prazer. Prazer esse que era impedido ser alcançado dentro da realidade, pois poderia trazer transtornos e prejuízos para terceiros.
Dentro de uma política de boa vizinhança, já que reconheço a importância do Behemoth, um ser criado por Deus para se responsabilizar pela sobrevivência do meu corpo físico, eu/Espírito acatei que ele podia usar a imaginação para alcançar os prazeres corporais, principalmente no campo da luxúria. Esse contrato teria o objetivo do Behemoth ser satisfeito, alcançar o seu prazer, sem por causa disso, interferir na evolução moral e ética de eu/Espírito.
Porém, passei a observar que no início, mesmo no campo imaginativo, os limites éticos eram respeitados pelo Behemoth, mas com o desenrolar dessas ações abstratas, os limites éticos começaram a ser lentamente desrespeitados. O Behemoth argumentava que tudo estava se passando no campo mental, que o Espírito não devia se preocupar, pois a ética dentro da realidade não estava sendo quebrada.
A consciência avaliando esse acordo e vendo o caminho que estava sendo tomado, advertiu o Espírito do risco que estava havendo. A quebra dos limites éticos dentro da imaginação era o primeiro passo na corrupção dos costumes, dentro dos relacionamentos em busca do prazer e que implicaria na quebra dos compromissos espirituais que o eu/Espírito tem com o Criador, e no seguimento das lições dadas pelo Cristo.
Foi a decisão tomada para deixar os pensamentos selvagens retidos na sua origem e que não dominassem mais o campo mental, que eu tinha como compromisso do Espírito, administrar. No início parecia que seria fácil, pois o Behemoth não se manifestava sem provocação, como antes acontecia. Antes, eu não precisava de qualquer estímulo ao meu redor, bastava pensar que era um momento do Behemoth ser saciado que ele chegava e começava a implementar seus pensamentos dentro da construção imaginativa. Agora, como eu não queria o surgimento dos pensamentos selvagens, não liberava o Behemoth para soltar seus pensamentos. E isso não foi difícil.
Acontece que hoje, dentro dos meus relacionamentos, surgiu um forte estímulo libidinoso. O Behemoth excitado avançou o máximo possível, permitido pelo Espírito, no limite entre o amor e a luxúria. O Espírito manteve, a duras penas, o controle ético, deixando permear o amor sem descambar para a luxúria. O Behemoth sob o cabresto esperneava, mas não conseguia ir além dos limites éticos em busca do seu prazer.
Logo após o estimulo ter se afastado, o Behemoth entrou na arena mental exigindo ter o domínio da imaginação, prometia que não ia atropelar a ética, mesmo dentro do campo abstrato, e que o Espírito devia ficar seguro disso. Mas o Espírito sabia qual o desenrolar que isso iria ter, e dessa vez seria muito pior, pois haveria no contexto uma falta de cumprimento de decisão.
Eu/Espírito, não contemporizei com esse monstro de sete cabeças, cuja cabeça da luxúria estava ardendo de desejo. Impedi que os pensamentos selvagens fossem liberados e que o prazer fosse alcançado, mesmo que naquele instante realmente não houvesse a quebra abstrata dos limites éticos, pois a excitação da carne estava a todo vapor. Bastaria um pequeno movimento fisiológico para o prazer ser alcançado. Sem isso, o Behemoth ficaria sem o prazer, como de fato ficou.
Esta foi uma primeira e grande vitória para o Espírito. Não posso garantir que sempre será assim, que o Espírito saia vitorioso em cada confronto. Muito bem sei da força do Behemoth, o quanto de argumentos ele pode colocar na mente para justiçar o alcance dos seus desejos.
Sei apenas da minha responsabilidade enquanto Espírito e que deverei prestar contas dos meus atos brevemente. Não posso deixar que prazeres tão fugazes prejudiquem a harmonia de minha vida nos mundos superiores e eternos. Procurarei manter retidos, sempre, os pensamentos selvagens na minha arena mental.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
A rainha Isabel foi educada por Santa Beatriz da Silva, que é a fundadora da Ordem das Concepcionistas. É a primeira Ordem na Igreja Católica a ser consagrada ao privilégio da Imaculada Conceição. Séculos antes desse privilégio ser declarado como dogma pela Igreja, Santa Beatriz da Silva fundou uma congregação aprovada pelo Papa Urbano XVIII no século 17. Este era o mesmo Papa que era amigo de Galileu.
A América Latina é marcada profundamente pela presença da devoção à Imaculada Conceição da Virgem Maria, desde sempre, desde sua fundação. Vejam as padroeiras dos países vizinho nossos: Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida; Argentina, Nossa Senhora da Conceição de Lorraine, cuja imagem foi feita no Brasil; Uruguai, a Virgem dos 33; Paraguai, a Virgem de Caacupé.
A presença de Nossa Senhora da Conceição nas colônias portuguesas e espanholas são frutos da devoção dos reis católico. E de onde vem a devoção dos reis católicos? De Santa Beatriz da Silva que era uma nobre portuguesa, que tinha parentesco com a família real espanhola e foi enviada para ser a Dama de Companhia da rainha e depois cuidar das filhas meninas.
Santa Beatriz era muito bonita e na corte espanhola, a mãe da rainha Isabel ficou muito enciumada pelo fato dos olhares que Santa Beatriz atraia. Desconfiando que Santa Beatriz pudesse de alguma maneira está se insinuando, então trancou Santa Beatriz num baú para morrer sufocada. Dentro desse baú Nossa Senhora da Conceição aparece a Santa Beatriz e diz o seguinte: você deve fundar uma congregação, uma ordem religiosa para honrar o privilégio da minha Imaculada Conceição. E através daqueles que honrarem o privilégio da minha Imaculada Conceição, grandes graças serão comunicadas em todos os lugares onde os mosteiros que você vai fundar estiverem. E em todos os lugares onde o culto da Imaculada Conceição chegar.
A rainha depois se arrepende e foi ver se ela estava viva ainda. Abre o baú e Santa Beatriz, milagrosamente viva, resolve se retirar da corte a partir desse momento. Se retira, funda a Ordem das Concepcionistas e fez o voto para que sua beleza não fosse mais apreciada, utilizando um véu sobre o rosto. Ela usou esse véu até o último dia da sua vida. Somente na sua morte é que seu rosto foi desvelado e foi encontrada uma grande estrela sobre a testa dela, e não havia envelhecido. O envelhecimento não a tocou como costuma tocar todos nós.
Essa Santa forjou a personalidade dos reis católicos da Espanha. Ela vai influenciar grandemente em Portugal. Os seus primeiros mosteiros Concepcionistas fora da Espanha são em Portugal. São destinos que se unem.
Este é um importante fato da nossa história que infelizmente não foi valorizado, não foi ensinado em nossas escolas e talvez nem nos seminários formadores dos padres que vão passar adiante e ideologia do Cristo. Santa Beatriz não é reconhecida dentro do contexto histórico que ela proporcionou, do ensinamento que Cristo que ela passou adiante e contribuiu de forma marcante para criar as primeiras realezas com o perfil que o Cristo atribuía para a conquista do Reino de Deus entre nós, de forma coletiva.