Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
30/07/2014 07h44
O TESOURO ESCONDIDO

            Todo comportamento humano é baseado na hierarquia de valores que seja dado aos diversos aspectos e opções que temos frente à vida. Normalmente os aspectos materiais são os primeiros a serem considerados, a partir do nascimento, quando os instintos são de fundamental e exclusiva importância. O recém-nascido deve trazer consigo os instintos de sucção ao seio materno para se alimentar, de preensão dos dedos para segurar o que esteja ao seu alcance, o de chorar quando sentir qualquer desconforto ou necessidade para chamar a atenção de quem estiver por perto. Com o desenvolvimento do corpo entra em ação a racionalidade e nesse momento devemos ensinar as devidas regras sociais para que haja justiça e harmonia nos relacionamentos. O ensinamento sobre o mundo espiritual e da nossa paternidade divina deve ser feita concomitantemente com as lições que vamos receber sobre o mundo material. Ensinar sobre a existência passageira do corpo e sobre a eternidade da alma.

            Com todos esses ensinamentos vamos formar a hierarquia de valores que direcionará o nosso comportamento por toda a vida, material e espiritual. Por uma razão lógica devemos dar prioridade aos valores espirituais, já que estão associados à eternidade da alma, e deixar em segundo plano os valores materiais que estão associados a um pequeno espaço de tempo.

            Seria muito bom que essas lições fossem dadas a cada momento, tanto pela família quanto pela escola. A maioria das pessoas teriam um comportamento mais espiritualizado e o mal, a ignorância, deixaria de prevalecer nos nossos relacionamentos, como acontece hoje.

            Sofri essa falha na educação, como até hoje a maioria sofre, e somente muito tarde fui perceber a importância do mundo espiritual. Foi Jesus, através dos seus discípulos, que me apontou a existência de um tesouro e que eu podia alcançar: o Reino de Deus. Considerei esse tesouro, no início de forma tímida, desconfiada... Mas com o passar do tempo foi se cristalizando na minha mente sua importância e hoje tenho uma melhor compreensão desse tesouro que estava escondido no meio da minha ignorância. Para participar desse tesouro, para construir o Reino de Deus, tive que mudar radicalmente minha forma de pensar e agir. Agora os valores materiais perderam a sua primazia, todos esses valores estão agora subordinados a Lei do Amor que disciplina as relações desse Reino. Inclusive a forte preponderância do amor romântico deve ser contida nos seus impulsos e colocados a serviço do Amor Incondicional.

            Vejo dessa forma o valor do ensinamento de Jesus sobre o Reino de Deus e que isso caracteriza um verdadeiro tesouro. Como pode, então, esse Reino ser um tesouro em comparação aos tesouros materiais que eu posso conquistar? Aquilo que pode me trazer poder, alegria, prazer e segurança?

Em primeiro lugar deve ser considerada a garantia da posse desse tesouro. Qualquer tesouro que eu adquira no mundo material está sujeito a diversas ações externas, como roubos ou fenômenos da Natureza como doenças ou catástrofes ambientais. A qualquer momento eu posso perder todo tesouro material que adquiri com tanto esforço. O tesouro que Jesus ensina não corre esse risco. Tudo que eu adquirir com o meu esforço no cultivar das virtudes e na correção dos defeitos frente a harmonia da Natureza será contabilizado como um bem dentro da estrutura da minha consciência e garantido por Deus a sua posse por toda a eternidade; ninguém terá acesso para roubar, nenhuma catástrofe da Natureza pode atingir e destruir.

            Quando a falência dos órgãos atingir o meu corpo e eu tiver que deixar o mundo material, tudo que adquiri de valor para o tesouro espiritual eu levarei comigo, enquanto tudo que está acumulado na forma de tesouro material ficará na Terra para ser dividido de acordo com a lei e cultura humana.

            Agradeço a Jesus por ter me dado a oportunidade de reconhecer esse tesouro que estava ao meu alcance a tanto tempo, mas que estava escondido na minha ignorância. Hoje sou cidadão, principalmente, do mundo espiritual e começo a viver o tesouro do Reino de Deus e a sentir a magnitude do seu alcance na felicidade e no tempo.

              

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/07/2014 às 07h44
 
29/07/2014 08h38
O CAMINHO A SEGUIR

            Estou determinado a seguir o caminho que Deus predestinou na minha consciência, de construir a Família Ampliada, seguindo os preceitos do Amor Incondicional. Acontece que eu não escuto com clareza, com uma voz audível, nem vejo letras ou frases dizendo com detalhes o que devo fazer. Sinto apenas a intuição apoiada nas minhas convicções de que tenho uma comunicação aberta com Deus e que Ele fala comigo e eu com Ele, em todo momento, que nos comunicamos.

            Acontece que tudo isso é processado através do meu cérebro de natureza biológica e sujeita as forças instintivas da animalidade, do egoísmo, do crescimento exclusivo, individual. Será que isto que surgiu na minha mente como intuição Divina, de construir uma família tão ampla, não é simplesmente as forças instintivas da sexualidade querendo se expressar por algum tipo de canal?

            Isso é um tipo de dúvida, e eu já sei que isso deteriora a relação que eu tenho com o Pai. Por mais de uma vez Ele já me confirmou que esta é realmente a Sua vontade, mesmo que todos pensem que eu busque a sexualidade ampla, como parece.  Mas eu não posso deixar de fazer essas reflexões, pois sempre volta a minha mente a possibilidade de eu estar errado.

            Vejo o que Isaias dizia sobre isso (30, 19-26): “Quer você olhe para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o””.

            A maior acusação que paira sobre mim é quanto ao domínio da sexualidade nas minhas ações. No caminho que Isaias se referia não tem escrito nada que dê prioridade ao instinto sexual, e sim aos interesses divinos. Então eu posso colocar meu racional para funcionar e ver até que ponto o meu instinto sexual tem a prioridade no meu comportamento. Ao fazer essa reflexão eu não vejo essa prioridade. Não vejo o meu comportamento em busca de pessoas para a prática do sexo, quer seja profissional ou emocional. Reconheço que sinto a força desse instinto inserido nas minhas funções mentais, como memória, desejo, prazer, ligadas aos interesses da carne. Mas uso a inteligência para colocar essa força à serviço da vontade divina, do Amor Incondicional. Então, na prática o que prevalece são as ações que estão sintonizadas com a “vontade de Deus”, assim como a imagino, carregada de harmonia com os interesses de todos os seres viventes, com toda a natureza, inclusive comigo, mas não exclusivamente comigo.

            Por isso posso dizer com firmeza que a voz que fala comigo intuitivamente está mais ligada a essa harmonia universal, portanto mais ligada à vontade de Deus do que aos interesses dos meus instintos. Devo evitar estar sempre colocando em discussão essa dúvida, pois isso é interesse de terceiros que não têm o alcance cognitivo para perceber ações que fogem dos interesses do mundo material e procuram construir um novo mundo baseado em novos critérios.

            Vou procurar ficar sempre receptivo a voz de Deus. Estou convicto de que uma vez que estabeleci as prioridades corretas e colocado o coração para a direção certa, a voz de Deus me guiará. Essas diversas forças que existem dentro do meu corpo biológico e se expressam na mente como pulsões, foram todas criadas pelo Pai para garantir a perpetuação da vida ao longo do tempo. Sei que não posso eliminá-las por total, fazem parte da minha vida, é a sombra do meu Eu luminoso. Deve ser conhecida e tratada com respeito, mas com energia suficiente para colocá-la à serviço do Pai, assim como já determinei que o meu corpo seria o Seu instrumento. As opiniões leigas de terceiros que estão totalmente envolvidas com os interesses do mundo material, não podem ter influência negativa sobre os interesses do divino. Pelo contrário, é essa massa bruta que vive nas trevas da ignorância, dominada pelas paixões da carne, que devo levar a luz do divino, do pouco que ilumina minha consciência e meu caminho.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/07/2014 às 08h38
 
28/07/2014 09h43
O PRIMOGÊNITO

            Paulo dizia em suas cartas (Romanos 8, 28-30) que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os Seus desígnios. Os que Ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conforme a imagem de Seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos. E aos que predestinou, também os chamou; e aos que chamou, também os justificou; e aos que justificou, também os glorificou.  

            Paulo foi chamado pelo próprio Cristo para difundir o Evangelho pelo mundo, além dos limites culturais dos judeus. Onde houvesse um ser humano, este deveria ser considerado como filho de Deus, e como tal ser ensinado a sobre o Reino de Deus e como se tornar um cidadão deste Reino.

            Também é colocado nos ensinos bíblicos do Velho Testamento, que todo pai deveria dedicar o seu primeiro filho, o primogênito, ao serviço do Senhor. Portanto, existe de antemão uma predeterminação do primogênito ter esta predestinação. Considero Jesus como o primogênito de Deus no contexto da humanidade e da espiritualidade. Foi o primeiro que veio a Terra nascido com essa informação, de ser o filho de Deus, portanto nascido de uma virgem, pois não poderia ter um pai biológico. Apesar de toda a crítica que exista sobre essa condição aparentemente não natural do Seu nascimento, prefiro acreditar na sua veracidade e que os mecanismos racionais que a justifica ainda não esteja ao alcance da minha compreensão.  

            Então, dado a minha condição de primogênito, sei da minha predestinação natural a Deus, dentro da egrégora bíblica. Sei que a maioria não tem esse conhecimento e dos poucos que o possui, a maioria não os considera devidamente, entende apenas como uma curiosidade nos escritos da Bíblia. Porém, eu respeito essa informação e aceito a predestinação natural “dada por Deus” segundo os escritores inspirados da Bíblia. Talvez por isso exista essa minha natural ânsia por procurar entender o Divino e fazer a Sua vontade.

            Agora vejo no Novo Testamento, este ensino de Paulo que reforça mais uma vez a importância que dou a minha primogenitura. Eu fui pego na rede dos pregadores que falam sobre o Reino de Deus. Apurei os meus sentidos para ver e ouvir o que estava sendo ensinado, tomei a postura de ter encontrado um grande tesouro, “vendi” tudo o que eu tinha no mundo material para me tornar um cidadão deste Reino.

            Fiquei muito contente em saber, segundo Paulo, que o Pai me predestinou com uma missão para dentro dela ser a imagem do seu Filho mais perfeito, o seu primogênito, Jesus. Mais contente fiquei ainda em saber que Ele justificou todas as minhas faltas, erros e defeitos. Não é que eu me sinta perfeito a partir dessa compreensão, é porque eu reconheço todas as minhas falhas, mas me considero a nível dos primeiros apóstolos que tinham também tantos defeitos e todos foram escolhidos pelo próprio Cristo, inclusive a Pedro que Ele sabia iria Lhe negar por três vezes, inclusive Judas que Ele sabia que iria lhe trair e desencadear o Seu martírio.

            Então, aqui estou eu, o primogênito pela natureza de Deus, e primogênito por ter sido alcançado pela rede do Evangelho e ter tido olhos e ouvidos para ver e ouvir, e agora estou no trabalho da construção da Família Ampliada como minha principal tarefa na realização da vontade do Pai.

            Espero que o meu empenho em fazer a Reforma Íntima me dê as condições de ser glorificado como Paulo ensinou que o Pai faria com quem fosse o escolhido. Entendendo que essa condição de escolhido e glorificado depende do meu empenho em fazer a tarefa que foi confiada a mim, e não uma deferência de Deus para comigo. Sei que Deus não tem preferência por nenhum dos seus filhos, pois todos foram criados em iguais condições. O que vai fazer minha maior aproximação a Sua essência amorosa é o esforço que devo fazer para compreender e aplicar as Suas leis, como Jesus bem nos ensinou.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/07/2014 às 09h43
 
27/07/2014 10h49
ÁRVORE E FAMÍLIA

            Com o uso da Árvore Genealógica feita através do site da My Heritage, adquiri uma melhor compreensão da minha família. Em primeiro lugar, ela não vai ser construída, não é uma ideia para o futuro, ela já existe. O que se pode observar é que ela está em processo constante de crescimento, sempre em evolução positiva, como ocorre com nossa vida individual – sempre estamos evoluindo, crescendo para o aperfeiçoamento, mesmo que em algum momento fiquemos parados, estagnados, mas nunca retroceder. Assim, é a característica da minha família ampliada. Ela está sempre crescendo, bem mais que as famílias nucleares nas três formas de abordagem que posso considerar. Tem o crescimento biológico, conceitual e o consciencial. Todos estão acoplados.

            O crescimento biológico diz respeito a todos os indivíduos que nascem dentro dessa árvore, como filhos, netos, sobrinhos, irmãos, etc., por mais distante que esteja o galho onde vai se fixar essa nova folhinha.

            O crescimento conceitual diz respeito as normas culturais que classifica os diferentes indivíduos quanto o grau de parentesco dentro da árvore, que tenha ou não o laço consanguíneo, como é o caso de cunhados, genros, noras, etc.

            O crescimento consciencial é o mais amplo de todos. Considero nessa abordagem, que pelo nome, “consciencial”, quer dizer se tratar da minha própria perspectiva. Como sou o construtor da Árvore termino colocando dentro pessoas que não se consideram fazer parte dela. É o caso de S., minha ex-esposa e mãe de um filho meu. Após ter me expulsado de sua casa, passou a não me considerar mais como membro de minha família, pelo contrário, até seu adversário; não quer eu vá a sua casa e evita que até os seus parentes biológicos tenham contato comigo. Por outro lado, permaneço com a consciência de que ela faz parte da minha árvore, em posição de destaque, por um dia ter me apaixonado por ela e por termos gerado um filho. Não me importa se ela quer ou não minha proximidade ou mesmo falar comigo. Ela mantém dentro da minha consciência o mesmo nível hierárquico, perto do meu tronco, mesmo que jamais tenhamos a oportunidade de viver como companheiros como antes. Assim acontece com diversas pessoas que passo a incluir em minha árvore, algumas mais próximas, outras mais distantes; algumas aceitando com alegria, outras rejeitando com raiva.

            Na condição de cultivador dessa Árvore, como uma missão dada para mim pelo Pai, devo usar sempre como adubo a energia do Amor, e no cotidiano das minhas ações devo ser justo, tolerante, compreensivo, e levar harmonia dos galhos mais próximos até os mais distantes, sempre observando a condição dos galhos mais próximos ao tronco, do próximo que esteja mais próximo.

            A peste que sempre está a rondar a vitalidade da Árvore é uma mutação que sofre o Amor Incondicional no amor condicional, no coração das pessoas. Geralmente quem faz essa transmutação no coração são os laços consanguíneos, e destes o mais forte é o laço pais-filhos. Quando um novo indivíduo entra na Árvore na condição de filho, todos os demais integrantes perdem valor frente aos pais. É até natural que isso aconteça, pois os pais tem a responsabilidade de cuidar com muito mais empenho daquela nova pessoa. Mas isso não deve servir como argumento ou motivo para que outra pessoa seja prejudicada em seus direitos e consideração, dentro ou fora da Árvore. Foi isso que aconteceu com S., já citada acima. Ela acha que desconsiderei o seu filho porque fui dar atenção a minha filha com outra mulher. Não considerou a minha atuação enquanto cultivador harmônico da minha Árvore com base no Amor Incondicional. Ela visou mais os seus interesses particulares, consanguíneos, e fez o que fez.

            Outro aspecto importante da minha condição de cultivador da minha Árvore Genealógica para formar a minha família ampliada, cumprindo um mandamento de Deus para a construção da família Universal que irá compor o Seu Reino, é o que devo usar como matéria prima. A matéria prima são as pessoas. A ferramenta é o Amor Incondicional. As condições de trabalho Deus já forneceu no princípio, é a nossa constituição biológica com toda sua energia instintiva para motivar as ações e sair da inércia em busca da manutenção, reprodução e perpetuação da matéria viva.

            É o instinto que vai fazer a procura por uma companheira e construir o tronco da árvore com os filhos gerados. A sociedade através da justiça e da religião, faz a lei e a cultura para proteger dos excessos que podem ser cometidos, geralmente pelo homem, com o seu instinto gerado para viabilizar os bilhões de espermatozoides que produz durante a vida. Assim, disciplina o limite das famílias e caracteriza o que seja a família nuclear. Mas a lei mais importante é a Lei de Deus que está dentro de nossa consciência que deve ser usada para o nosso crescimento moral, não deve ser subordinada a nenhuma outra lei construída pelo homem, e assim disciplinar a família ampliada capaz de se tornar a família universal.

            Estou sempre a receber do Pai a matéria prima para este trabalho. Novas pessoas chegam ao meu relacionamento e o meu instinto continua ativo e junto com a lei na consciência promover ações coerentes com o Amor Incondicional. Uma nova mulher que surja e os instintos que promovam é um exemplo disso. Caso a consciência permita, e a intimidade sexual se realize, ocorre o enxertamento na Árvore, passa a ser  “carne da mesma carne” do cultivador. Nessa condição, mesmo que não haja a possibilidade de convivência, essa pessoa passa a ser considerada como participante da Árvore, com toda a harmonia e respeito que dela possa fluir, por todos os seus integrantes.

            E assim, cada membro dessa Árvore, no uso dos seus legítimos instintos e aplicando a lei da sua consciência, pode fazer enxertos sexuais em qualquer momento e a Árvore se ampliar cada vez mais, independente do tronco gerador.

            Assim, é a família universal se formando, o Reino de Deus se viabilizando.

          

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/07/2014 às 10h49
 
26/07/2014 00h01
A PARÁBOLA

            A parábola é uma compreensão entre coisas da vida cotidiana e os mistérios do Reino de Deus, e que Jesus usava constantemente para facilitar o que Ele devia ensinar, a aplicação do Amor em um mundo dominado pelo mal, pelo egoísmo.

            Hoje existe muita gente que conhece as parábolas de Jesus e que se esforça para sua mais ampla divulgação em todos os lugares do mundo. Mas, é necessário agora, partir do conhecimento teórico para a prática. Talvez seja necessário mais uma vez utilizarmos o recurso da parábola, agora com o sentido de execução da ação comunitária, social, sintonizada com as lições do Evangelho.

            Tenho três áreas de atuação onde posso aplicar os conhecimentos do Evangelho. A primeira é a familiar, onde está situada a principal missão que tenho como determinação do Criador, de construir a família ampliada. Esta já construí e continua em crescimento. Ela é dinâmica e cresce com mais rapidez que a família nuclear. O site da My Heritage que ensina como fazer a árvore genealógica trouxe-me essa percepção, do quanto a minha árvore é frondosa e se espalha por dentro de tantas famílias nucleares. O que falta agora é o acabamento dessa árvore. É como a construção de um prédio, é feito inicialmente as fundações, depois os diversos compartimentos, para em seguida fazer o acabamento. Devo fazer a acabamento de minha família ampliada trazendo a harmonia em todos os relacionamentos dentro dela, com todos os integrantes, desde os mais próximos aos mais distantes, mas que de alguma forma componha algum ramo dessa árvore. A matéria prima que devo usar para fazer esse acabamento é o Amor Incondicional. Devo fazer circular essa energia entre todos, por mais que existam obstáculos do amor romântico ou de qualquer outro tipo de amor condicionado.

            A segunda área de atuação é a profissional. Tenho o trabalho como médico e professor, que se espalha do público ao privado, do local ao regional, do remunerado ao voluntário. Ao colocar dentro dele os ensinamentos cristãos, ele deixa de ser ferramenta para o meu crescimento material, na forma de acumular patrimônios e poupanças, e passa a ser o necessário para movimentar a minha rede de relacionamentos dentro da solidariedade. Passo a considerar todos os recursos que adquiro como fruto desse trabalho, como bens materiais que o próprio Deus me proporciona para que eu administre em Seu lugar, em Seu nome. Nada me pertence, tudo pertence a Ele! Esta é a minha convicção. Por isso devo ser parcimonioso, econômico, justo. Não posso desperdiçar aquilo que não é meu, com os meus próprios interesses. Sempre consulto a minha consciência onde está a Lei de Deus, para saber se não estou sendo desleal ou injusto com qualquer pessoa, na redistribuição dos bens do Pai. No campo material eu concordo que tenho excesso de trabalho, mas eu acho que é isso que o Pai deseja, pois Ele sempre me dá oportunidades de mais e mais trabalho e a saúde necessária para a sua execução. Claro, se ele não quisesse que eu fizesse todo esse trabalho, Ele não me daria as condições.

            A terceira área de minha atuação eu considero que tenha iniciado, de fato, este ano, a partir da participação ativa no trabalho comunitário. De repente surgem várias frentes de trabalho dentro do meu campo de atuação: Caicó, Ceará-Mirim, Praia do Meio; são de onde estão partindo o chamado para eu desenvolver o trabalho, auxiliado pelos companheiros que o Pai coloca no meu relacionamento. É nessa área que eu vejo que existe o maior confronto, entre as forças do bem e da luz, na qual estamos engajados, com as forças do mal, das trevas, representados pela ignorância. A luta aqui é bem maior que nas outras áreas, pois exige de nós uma coragem e perfeição que ainda não temos. O trabalho surge com clareza à nossa frente e falta em nós compromisso, determinação e inteligência para resolver. Sei que de alguma forma estamos avançando, pois estamos intuídos da vontade de Deus, mas os passos são muito lentos, comparados aos que poderíamos dar. Mesmo sem abandonar o trabalho tradicional com o qual já temos compromisso, temos que fazer um esforço adicional para nos aprimorar, reconhecer nossas falhas em público e tolerar as falhas dos colegas em particular, e ter sempre a disposição de lutar para nos corrigir.

            É aqui nesta luta cotidiana da reforma íntima aplicada ao trabalho comunitário que iremos construir, palmo a palmo, o Reino de Deus. Será a parábola do beija-flor lavando a gotinha de água para apagar as labaredas do inferno de medos e sofrimentos de onde vivemos, que estamos convocados a transformar para o bem e para a luz, este planeta de provas e expiações.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/07/2014 às 00h01
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