Considerando Jesus como o maior ideólogo para a construção de uma sociedade ideal, livre e harmônica, e a sua ideologia mantida pela Igreja Católica Apostólica Romana, observamos que seus adversários, que querem ver uma sociedade em conflito e com a maioria escravizada a uma minoria, pretendem destruí-la para alcançar seus objetivos nefastos. Nós, que somos os mais interessados na vitória do Cristianismo, devemos estudar com atenção o livro (O processo sinodal, uma caixa de Pandora) que aborda diretamente o assunto e que pretendemos fazer isto aqui neste espaço. Abordaremos hoje o final da introdução.
Do conciliarismo à sinodalidade permanente
Por mais que se apresente como “moderno” e “atualizado”, o espírito sinodal é inspirado em antigos erros e heresias.
Já no início do século XV, sob pretexto de adaptar a Igreja à nova mentalidade nascida com o Humanismo, surgiu a corrente “conciliarista”, que buscava reduzir o poder hierárquico do Papa em favor de uma assembleia conciliar. A Igreja deveria ser estruturada, como uma expressão da vontade dos fiéis, em “sínodos” locais e regionais amplamente autônomos, cada um com seu próprio idioma e costumes. Esses sínodos deveriam se reunir periodicamente em um “concílio geral” ou “santo sínodo”, detentor da mais alta autoridade da Igreja. Reduzido a um primum inter pares, o Papa teria que se submeter às decisões dos concílios, tomadas por meio de um voto igualitário dos participantes.
Em suas manifestações mais autenticas, o espírito que anima o Synodaler Weg alemão, e também o caminho sinodal universal, nada mais fez que retomar e reviver esses velhos erros, condenados por vários papas e concílios.
Denunciou esses velhos erros o então Cardeal Joseph Ratzinger: “A luz da tradição da Igreja, bem como da estrutura sacramental e do propósito específico da Igreja, a ideia de um sínodo misto, como autoridade suprema e permanente das igrejas nacionais, Não passa de um quimera. Tal sínodo careceria de toda legitimidade, e dever-se-ia recusar-lhe obediência de modo claro e decisivo”.
Alienus factus sum in domo matris meae
Para um observador atento, o panorama adquire tons apocalípticos. Está em andamento uma manobra para demolir a Santa Madre Igreja, eliminando elementos básicos de sua constituição orgânica, de sua doutrina e moral, tornando-a irreconhecível. Como advertiu o Cardeal Müller, as reformas sinodais, se aplicadas integralmente de acordo com as intenções utópicas de alguns de seus promotores, poderiam levar “à destruição da Igreja Católica”. Trata-se da mais terrível das destruições, por ser perpetrada por mãos consagradas que deveriam preserva-la de todo perigo. Nunca foi tão veraz como hoje a admoestação de Paulo VI: “Alguns praticam a autodestruição. (...) A Igreja também é atacada por aqueles que pertencem a ela”.
Diante de quadro tão sombrio, muitos católicos se sentem perdidos, desanimados, confusos, perplexos e decepcionados, mas nem todos reagem adequadamente. Alguns cedem à tentação do sedevacantismo: abandonam a Igreja para se tornarem autorreferenciais. Outros sucumbem à tentação da apostasia: abandonam a Igreja para abraçar falsas confissões. A maioria se afunda na indiferença, abandonando a Igreja a seu triste destino. Ora, todos estão errados, pois amicus certus in re incerta cernitur. Exatamente agora a Santa Igreja precisa de filhos amorosos e destemidos para defende-la de seus inimigos externos e internos. Deus quer constatar a nossa fidelidade, e nos chamará a prestar contas.
A exemplo de Plínio Corrêa de Oliveira, perguntamos: “Quantos são os que vivem em união com a Igreja este momento que é trágico como trágica foi a Paixão, este momento crucial da História, em que uma humanidade inteira está escolhendo por Cristo ou contra Cristo? Devemos pensar como a Igreja pensa, sentir como a Igreja sente, agir como a Igreja quer que procedamos em todas as circunstâncias de nossa vida. Isto supõe um senso católico real, uma pureza de costumes autêntica e completa, uma piedade profunda e sincera. Em outros termos, supõe o sacrifício de uma existência inteira”. Acrescentaríamos que se trata de sacrifício ainda mais doloroso, se levarmos em conta que altos funcionários da própria hierarquia eclesiástica já demonstraram não apreciar esta atitude, e costumam persegu9r ferozmente os que a tomam.
Poderíamos quase exclamar, parafraseando o salmista: “Alienus factus sum in domo matris meae – Tornei-me um estranho na casa de minha mãe” (Sl 69, 7). Alienus, sim, mas ainda in domo matris meae, ou seja, na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, fora da qual não há salvação.
É esse o espírito que anima os autores deste livro.
Este é o novo campo em que se desenrola a guerra espiritual que teve início nas hostes celestiais com a rebelião de Lúcifer e que se estende até os dias atuais, onde novas armas são exibidas na surdina, como humanismo, modernismo, cientificismo, socialismo, comunismo, etc. Para os revoltosos, revolucionários, o grande adversário é a Igreja Católica que leva através dos séculos o pensamento do Cristo. Como não estavam vencendo no embate externo, mudaram a estratégia e se infiltraram dentro do Corpo Místico de Cristo, como se fosse uma virose que ataca a quem não tem uma imunidade cristã fortalecida pela fé, pela crítica e pelo bom senso. Essa infecção viral se alastrou e alcançou até o cérebro, o papado, que agora deixa a sobriedade de lado e passa a desfilar com todos os atores mundanos exibindo a faixa de amizade social. É este combate interno que iremos estudar com este livro.
Considerando Jesus como o maior ideólogo para a construção de uma sociedade ideal, livre e harmônica, e a sua ideologia mantida pela Igreja Católica Apostólica Romana, observamos que seus adversários, que querem ver uma sociedade em conflito e com a maioria escravizada a uma minoria, pretendem destruí-la para alcançar seus objetivos nefastos. Nós, que somos os mais interessados na vitória do Cristianismo, devemos estudar com atenção o livro (O processo sinodal, uma caixa de Pandora) que aborda diretamente o assunto e que pretendemos fazer isto aqui neste espaço. Abordaremos hoje o meio da introdução.
O caminho sinodal alemão
Entre os defensores mais radicais da “conversão sinodal” da Igreja se encontra a maioria dos bispos alemães. Seu próprio “caminho” o Synodaler Weg, concentra e relança as exigências mais extremas do progressismo alemão.
Para os seus promotores, o Weg não deve se limitar à Alemanha, mas servir de modelo e força motriz para o sínodo universal. Portanto, no vasto universo dos promotores da “sinodalidade”, os alemães aparecem como uma facção extrema, articulada e influente. Alguns dos vaticanistas mais conhecidos temem que a influência dos progressistas alemães possa ser decisiva nos trabalhos do Sínodo, como ocorreu durante o Concílio Vaticano II, quando “o Reno desaguou no Tibre”.
Levada às últimas consequências, o Weg acarretaria uma profunda subversão na Santa Igreja Católica. O Cardeal Gerhard Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, afirma: “Eles sonham com outra Igreja que nada tem a ver com a fé católica. (...) e procuram abusar desse processo para levar a Igreja Católica, não apenas em outra direção, mas a destruição da Igreja Católica”.
Se o Sínodo Universal aceitar simplesmente uma parte do Weg alemão, poderá desfigurar a Igreja como a conhecemos. Obviamente não seria o fim da Igreja Católica, pois confortada pela promessa divina, ela tem a certeza da indefectibilidade, perdurará até a consumação dos tempos (Mt 28:20), e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18).
Uma experiência fracassada
Antes de aplicar à Igreja Católica o “Caminho Sinodal”, seus promotores deveriam estudar experiências semelhantes, fracassadas em outras religiões. Veja-se o exemplo da Igreja da Inglaterra, que empreendeu seu próprio “Caminho Sinodal” na década de 1950.
Gavin Ashenden, ex-bispo anglicano e ex-capelão da Rainha Elizabeth, convertido ao catolicismo, testemunha: “Acho que os ex-anglicanos podem ser de alguma ajuda, porque já viram o estratagema da sinodalidade aplicado à Igreja da Inglaterra, com efeitos divisivos e destrutivos. Como ex-anglicanos, já vimos esse truque antes, que faz parte da espiritualidade dos progressistas. Em termos bem simples, eles envolvem um conteúdo quase marxista em uma embalagem espiritual reconfortante; e depois falam muito sobre o Espírito Santo”.
O padre Michel Nazir-Ali, ex-bispo anglicano de Rochester, e agora sacerdote católico, compartilha esta opinião e adverte: “Devemos aprender com a confusão e o caos que resultaram do ocorrido na Igreja anglicana e em algumas igrejas protestantes liberais”.
Não é preciso ir longe para antever o fracasso da abordagem sinodal. Note-se o desastre da Igreja na Alemanha. Qualquer um ver que a Igreja na Alemanha está quase desaparecendo, em meio à pior crise de sua história, precisamente como consequência da aplicação de ideias e práticas semelhantes às que inspiram o Synodaler Weg que deve servir de modelo para reformar a Igreja universal.
Por que impor à Igreja universal um “caminho” que já levou ao desastre em outros países?
Por outro lado, como este livro deixará claro, quase ninguém se entusiasma pelo Caminho Sinodal, seja ele universal ou alemão. Há uma indiferença generalizada, e o número de participantes nos vários processos consultivos é irrisório. Saberão os promotores do Caminho Sinodal interpretar corretamente essa indiferença? Será que percebem estar jogando uma partida diante de arquibancadas vazias? Se ao menos fosse uma partida de futebol... Mas o que está em jogo é nada mais nada menos que a Esposa Mística de Cristo!
Infelizmente essa realidade está acontecendo e a maioria, chego a arriscar 90% dos católicos não percebem essa ameaça que paira sobre os fundamentos cristão da Igreja Católica. Sempre que tenho oportunidade pergunto a meus pacientes ou alunos a transformação que está prestes a acontecer na Igreja. Muitos não sabem nem da existência da Teologia da Libertação e o estrago que ela está causando no seio da Igreja, com a cooptação de muitos clérigos de alta patente. Os leigos independentes que estudam a história real, dão uma boa contribuição nas redes sociais no esclarecimento da população que procura saber o que está acontecendo e tem uma mente aberta ao pensamento crítico e estão longe dos limites impostos pela hierarquia aos sacerdotes.
Considerando Jesus como o maior ideólogo para a construção de uma sociedade ideal, livre e harmônica, e a sua ideologia mantida pela Igreja Católica Apostólica Romana, observamos que seus adversários, que querem ver uma sociedade em conflito e com a maioria escravizada a uma minoria, pretendem destruí-la para alcançar seus objetivos nefastos. Nós, que somos os mais interessados na vitória do Cristianismo, devemos estudar com atenção o livro (O processo sinodal, uma caixa de Pandora) que aborda diretamente o assunto e que pretendemos fazer isto aqui neste espaço. Abordaremos hoje o início da introdução.
Sob o título “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”, o Papa Francisco convocou um “Sínodo sobre a Sinodalidade” em Roma. Será a 16a. Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
Apesar da importância dos temas e do seu interesse para todos os católicos, o debate sobre esse Sínodo permaneceu em grande parte restrito aos “iniciados”. O público em geral sabe pouco a respeito. Este livro tem o objetivo de preencher essa lacuna, explicando em termos simples o que está em jogo. Na verdade, o que está em andamento é um plano para reformar a Santa Madre Igreja. Se levado às últimas consequências, esse plano poderá subverter e demolir a Igreja em seus próprios fundamentos.
Uma assembleia nada “comum”
Embora se apresente como uma Assembleia Ordinária, vários fatores fazem deste Sínodo um evento incomum, que alguns até gostariam de ver como um divisor de águas na história da Igreja, uma espécie de Concílio Vaticano III de facto.
Primeiro fator – sua própria estrutura. Após uma ampla consulta internacional, duas sessões plenárias foram planejadas para Roma em 2023 e 2024, precedidas por um retiro espiritual para os participantes.
Segundo fator – seu conteúdo. Enquanto as Assembleias Gerais ordinárias geralmente tratam de temas específicos (juventude em 2018, família em 2015, etc.), desta vez o objetivo é questionar a própria estrutura da Igreja. Propõe-se repensar a Igreja, transformando-a em uma nova “Igreja constitutivamente sinodal”, alterando elementos básicos de sua constituição orgânica. Essa mudança poderia ser radical, já que alguns documentos sinodais falam de uma “conversão”, como se a Igreja tivesse errado até agora e precisasse dar uma meia volta.
Terceiro fator – seu caráter processivo. Essa assembleia incomum não visa discutir questões doutrinárias ou pastorais, para tirar conclusões, mas desencadear um “processo eclesial” para reformar a Igreja. Não poucos temem que se esteja abrindo uma “caixa de Pandora”, cujos males seriam incalculáveis.
Assim, a “sinodalidade” tem as características de uma “palavra talismã”, como as que foram denunciadas pelo pensador católico Plínio Corrêa de Oliveira: “Uma palavra cujo sentido legítimo é simpático, e por vezes até nobre. Comporta ela, porém, certa elasticidade: empregando-se tal palavra tendenciosamente, começa ela a refulgir com brilho novo, que fascina e leva muito mais longe do que se poderia pensar”.
Essa reforma sinodal da Igreja, como foi apresentada pela Comissão Teológica Internacional, recuperaria estruturas antigas de participação comunitária da Igreja do primeiro milênio, negligenciadas por muito tempo devido a hegemonia de uma eclesiologia hierárquica que precisa ser superada.
O Sínodo sobre a sinodalidade é apresentado, portanto, como um divisor de águas na história da Igreja; e, em particular, do atual pontificado. (O Papa Francisco) “está preparando para 2024 sua maior reforma: a da ‘sinodalidade’. Ele espera transformar a Igreja de uma estrutura piramidal, centralizada e clericalizada em uma comunidade mais democrática e descentralizada” – escreveu o vaticanista Jean-Marie Guénois.
Observamos como o processo de ataque da Igreja está avançado, com os adversários infiltrados dentro da própria Igreja e ocupando cargos de alto significado, como o próprio papado. Resta a nós, leigos e sem ter o compromisso de seguir um falso líder, de fazer a oposição legítima que precisa ser feita para salvaguardar o Corpo Místico do Cristo e a Casa do Pai.
A compreensão que temos da Santa Igreja Católica Apostólica Romana como a casa do Pai ou corpo místico do Cristo, sofre um ataque em suas bases fundamentais, onde os caminhos energéticos da Verdade tentam ser desviados com outros objetivos, que não sejam chegar à intimidade com o Pai. Vejamos um texto escrito por Raymond Leo Cardeal Burke em 16 de junho de 2023, ocasião da Festa do Sagrado Coração de Jesus, que aborda o assunto.
Meus sinceros parabéns pela publicação de Il processo sinodale, un vaso di Pandora: cento domande e sento risposte, que aborda de forma clara e abrangente uma situação muito séria na Igreja de hoje. É uma situação que, com razão, preocupa todos os católicos conscientes e pessoas de boa vontade, os quais constatam o dano evidente e grave que está sendo infligido ao Corpo Místico de Cristo.
Dizem-nos que a Igreja que professamos como sendo Una, Santa, Católica e Apostólica, em comunhão com nossos antepassados na fé desde o tempo dos Apóstolos, será agora redefinida pela sinodalidade – um termo sem antecedente na doutrina da Igreja, e para a qual não há definição razoável. A sinodalidade e seu adjetivo (sinodal) tornaram-se slogans por meio dos quais uma revolução está em curso, para mudar radicalmente a compreensão que a Igreja tem de si, de acordo com uma ideologia contemporânea que nega muito do que a Igreja sempre ensinou e praticou. Não se trata de uma questão puramente teórica, pois esta ideologia já foi colocada em prática há alguns anos na Igreja da Alemanha, espalhando amplamente a confusão, o erro e seu fruto, a divisão – na verdade, o cisma -, prejudicando gravemente muitas almas. Com o iminente Sínodo sobre a Sinodalidade, é de se temer, com razão, que a mesma confusão, erro e divisão se abatam sobre a Igreja universal. Na verdade, isso já começou a acontecer, por meio da preparação do Sínodo em nível local.
Somente a verdade de Cristo, conforme nos é transmitida pela doutrina e disciplina imutáveis e inalteráveis da Igreja, pode lidar eficazmente com essa conjuntura, desmascarando sua ideologia oculta, corrigindo a confusão, o erro e a divisão mortais que ela está propagando. E os membros da Igreja devem ser por Ela incentivados a empreender a verdadeira reforma, ou seja, a conversão diária a Cristo, que está vivo para nós nos ensinamentos da Igreja, em sua oração e adoração e em sua prática das virtudes e da disciplina. Por uma série de 100 perguntas e respostas, a obra Il processo sinodale, um vaso di Pandora lança a luz de Cristo, a Verdade de Cristo, sobre a situação atual mais preocupante da Igreja. O estudo das perguntas e respostas ajudará os católicos sinceros a serem “cooperadores em favor da Verdade” de Cristo (3 Jo 8), como todos os membros da Igreja são chamados a ser; e, portanto, agentes da renovação da Igreja em nosso tempo, fiéis à Tradição Apostólica.
Agradeço a todos que trabalharam de forma tão diligente e excelente para formular as perguntas apropriadas e fornecer respostas idôneas. Espero que o fruto do seu trabalho seja disponibilizado aos católicos de todo o mundo, para a edificação da Igreja, como nos ensina São Paulo: “Antes, seguindo a verdade em amor; cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4,15).
Suplicamos, por intercessão e sob os cuidados da Bem-aventurada Virgem Maria – a Virgem Mãe de Nosso Senhor, que Ele nos deu na Igreja como nossa Mãe (cf. Jo 19, 26-27) – que sejam evitados os graves danos que atualmente ameaçam a Igreja, para que – fiel a Nosso Senhor, nossa única salvação – ela possa cumprir sua missão no mundo.
Com o mais profundo afeto e estima paternal, sou devotamente seu, no Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.
Observamos assim o ataque profundo que sofre a Igreja, e nós, católicos ou pessoas de boa vontade, devemos estar prontos para refutar tais ataques onde que que estivermos, usando o arsenal de combate ensinado pelo Apóstolo Paulo. Este trabalho citado pelo autor pode nos dar elementos de compreensão para a melhor forma de cada um de nós resistirmos aos ataques revolucionários das trevas.
Todos nós temos uma casa de referência, onde voltamos de nossas tarefas para nos abrigarmos. A casa pode ser simples ou faustosa, ou uma simples referência debaixo de uma ponte ou sob a marquise de um prédio.
Agora, o Pai, onde está a Sua casa? Precisa o Pai de uma casa? Precisa de repouso? Mas está escrito no livro sagrado, a Bíblia, em Gênesis, que Ele fez tudo que existe em seis dias e que no sétimo dia descansou. Descansou aonde? Perdeu a consciência como acontece conosco quando dormimos? O Seu descanso implica sono?
Parece que, quem fez tudo do nada, não tem necessidade de descanso nem de sono. Isso pode ser aplicado às suas criaturas que dependem de energias renováveis para continuar na existência material. O escrevente do livro bíblico, foi inspirado por Deus, mas deixou passar na sua escrita as suas próprias necessidades como humano.
Vamos entender que Deus permanece como energia criadora permeando todo universo, de forma onisciente, onipresente, onipotente. Tudo Ele conhece, está em todo lugar, pode fazer qualquer coisa. Como poderia apresentar a fragilidade da necessidade de repouso? Da necessidade de uma casa?
Não, Deus não precisa de uma casa, mas nós, Seus filhos humanos, sim!
Mas seria tão bom que a casa que construíssemos para nós fosse habitada por Deus. Mas não seria melhor se construíssemos uma casa exclusiva para Deus onde todos seus filhos pudessem congregar? Sairíamos do individualismo para o coletivismo fraterno. Foi isto que Jesus quis dizer quando falou para Pedro acolher Suas ovelhas.
As ovelhas que Jesus se refere somos nós e o aprisco onde Pedro devia as acolher é a igreja, que se entende como o corpo místico do Cristo ou a casa simbólica do Pai. Se dentro de nossas casas devemos acolher a nossa família nuclear e prover tudo que nossos filhos precisam para a sua evolução nos caminhos da vida, quanto mais na casa do Pai.
A casa do Pai, administrada por nós aqui na dimensão material, deve prover tudo que os filhos de Deus, a família universal, necessitam. Devemos providenciar a escola onde todos os filhos aprendam os deveres para com o seu Pai e um para com o outro. Devemos mostrar de forma didática os mapas que mostrem o caminho certo para a intimidade com o Pai, para evitar perdas pelas estradas. Também devemos mostrar a história da aliança de Deus com a humanidade, dos irmãos que conseguiram respeitar os limites da lei e daqueles que se perderam pelo caminho, a vida dos peregrinos, uns bons e outros maus, que deixaram suas lições.
Aquele que se destacarem nos estudos na casa de Deus serão treinados com muitos exercícios sobre como usar os poderes maravilhosos recebidos, como se preparar para o Serviço Ativo e defender-se dos inimigos do Pai e dos próprios inimigos. Podem aprender a usar o arsenal explicado pelo Apóstolo Paulo, como a espada, o escudo, o capacete, a couraça e os sapatos resistentes dos quais precisaremos quando tivermos idade o bastante para nos alistarmos entre os soldados de Deus.
Também organizaremos através da casa do Pai, hospital e enfermarias para os feridos e doentes, para aqueles que se desviaram do aprisco e estão sendo conduzidos de volta pela própria consciência, arrependidos, como aconteceu com o Filho Pródigo.
A parte mais importante da casa do Pai é o Salão do Banquete para todos os filhos que fazem a Sua vontade, sem distinção, jovens e idosos, ricos e pobres. Existe o espaço para a audiência especial, onde o Pai está a todo o tempo pronto para receber aqueles que vêm em busca de favores, conselhos ou de auxílio em seus problemas ou necessidades.
Aqui também em Sua casa, Seus filhos se reúnem com Ele para louva-lo com músicas e canções e para se animarem com o pensamento de que estamos caminhando de forma correta pelo Caminho da Verdade que o Cristo ensinou para logo mais estarmos todos juntos na sintonia perfeita com o Pai.