São Tomás de Aquino coloca um pensamento na obra, “Contra os Gentios, 4,55 ad 13) que merece profunda reflexão:
Mais se pratica de modo excelente a virtude, mais se obedece a Deus, e entre todas as virtudes a primeira é a caridade, em relação a qual todas as outras se ordenam. Praticando o ato de caridade do modo mais perfeito possível, Jesus Cristo atinge o grau supremo da obediência a Deus. Com efeito, segundo o ensinamento de São João (15,13), não existe ato de amor mais perfeito que morrer pela salvação de todos os homens e para a glória de Deus, e tal ato atinge o ápice da obediência, no ato do perfeito amor.
Esse exemplo do Cristo atingir o ápice da caridade ao oferecer a sua vida pela salvação da humanidade, e tentar colocar isso como um exemplo a seguir, traz algumas considerações. O Cristo veio à Terra com essa missão específica, ensinar o amor incondicional até o clímax de sua jornada com a crucificação. Nenhum de nós que veio à Terra traz em si tal missão, não temos categoria espiritual para tanto. Nós somos as ovelhas que devem estudar e aplicar as lições do Cristo. A nossa responsabilidade maior é com nossa evolução que para se desenvolver a contento devemos ajudar ao próximo sempre que possível. Isso não quer dizer que devamos dar a nossa vida pela do próximo, pois se isso se repete continuamente em cada encarnação, onde estaremos evoluindo, se cada uma dessas evoluções é interrompida pela morte precoce em função de alguém? No caso de Jesus ele deu a vida para a salvação da humanidade, pois essa era a sua missão, aceita pela pureza do seu espirito. Em nosso caso, não temos tal pureza espiritual, pelo contrário, temos que aprender muito e a nossa vida e preciosa para esse aprendizado.
Vamos criar um exemplo hipotético, onde um trabalhador tem que ir ao seu emprego todos os dias, tendo que passar por uma rua mal iluminada, provável de encontrar com marginais dispostos a roubar e matar. Esse trabalhador porta uma arma e no momento da agressão ele pode ter a chance de sacar a sua arma e se defender, matando o bandido antes de ser morto. Está ele errado? Era para deixar o bandido lhe matar e atingir os seus objetivos mórbidos, ou o que seja. O trabalhador deixaria de continuar a sua existência, deixaria de cuidar dos seus dependentes? Apenas para cumprir o item bíblico do não matarás?
Sinceramente, não vejo nenhuma lógica nos argumentos que impeçam do trabalhador salvar a sua vida tirando a vida do assassino.
Pego um exemplo mais forte: será que José, tendo uma espada ao seu lado, vendo um dos soldados de Herodes pegando o seu recém-nascido, Jesus, para mata-lo conforme a ordem recebida, deixaria o seu filho morrer, por não querer matar o soldado? Nessa hipótese não teríamos o Mestre do Amor vivo para chegar aos 30 anos e ensinar suas lições que hoje faz a gente pensar dessa forma tão pacífica que destrói o nosso potencial de vida.
Essas são minhas considerações que, mesmo sendo politicamente incorretas frente aos princípios evangélicos, não consigo pensar diferente.
Theo chegou ao mundo material do planeta Terra, num país da América do Sul, o Brasil, num momento de muita dificuldade, crise ética e financeira que assolava as principais instituições da nação.
Veio através de pais espiritualizados apesar de não praticarem a mesma religião. Veio à luz do dia numa maternidade pública, Maternidade Araken Irerê Pinto, assistido pela médica de plantão chamada Dra. Angélica, e esperou de forma forçada, o parto natural antes das 18h. Como Theo deveria nascer na hora permitida aos anjos descerem na Terra, as 18h, terminou sendo indicado o parto cesariano. Nasceu às 18h26, com 3,132 kg, e perímetro cefálico 34,3 cm.
O dia escolhido, 18 de dezembro, é o dia do migrante, aquele que muda de uma região para outra. Bem apropriado, pois Theo está migrando da região espiritual para a material.
Também tem uma citação de Jeremias, 23:5, na folhinha do coração de Jesus nesta data que diz: “Virão dias – oráculo do Senhor – em que farei brotar para Davi um rebento justo; um rei reinará e agirá com inteligência e administrará no país o direito e a justiça.”
Este oráculo do Senhor atenderá uma necessidade enorme tanto no Brasil quanto nos demais países, na relação com o direito e a justiça. Não sabemos ainda qual a forma que esse reinado irá ser aplicado, mas considero que seja bem mais próximo ao que é necessário a construção do Reino de Deus.
Este é o dia também de festa católica de origem claramente espanhola, reconhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de Nossa Senhora do Ó. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito: é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.
Mais uma vez os sinais apontam para uma responsabilidade do recém-nascido para com a salvação do mundo, no dia também dirigido a expectação do parto, e dos pais que intuitivamente o batizaram como Theo (Deus).
O mapa astral mostra como estava o céu no momento do nascimento: Sol em Sagitário, ascendente em Câncer; Lua em Capricórnio, Mercúrio em Sagitário, Vênus em Sagitário, Marte em Escorpião, Júpiter em Escorpião, Saturno em Sagitário, Urano em Áries, Netuno em Peixes, e Plutão em Capricórnio. Com esse tanto de Sagitário no Mapa, ele tem grandes chances de ser uma criança cheia de energia, aventureira, amante da Natureza, além de superquestionadora.
Iremos agora acompanhar os passos de Theo e verificar e veracidade desses tão amplos sinais.
O Reino de Deus é uma sociedade perfeita onde todos os integrantes desenvolvem relacionamentos dentro da lei do Amor. A antiga família nuclear, cheia de pecados, vícios, ciúmes, egoísmo de todas as formas, deu lugar à Família Universal, onde o amor romântico cedeu lugar ao Amor Incondicional.
No período de transição, do amor romântico ao Amor Incondicional, da família nuclear para a Família Universal, encontramos sérias dificuldades com respeito aos relacionamentos dos pioneiros que trazem essa nova formulação de vida.
Vou citar o exemplo acontecido com um dos mestres do mundo espiritual que veio à Terra, ao mundo material, trazer de forma mais explícita, na teoria de na prática, essas novas lições já colocadas há 2.000 anos por Jesus.
Esse mestre começou a se relacionar com mulheres colocando sempre a prioridade que deveria ter o Amor Incondicional sobre o amor romântico. Apesar de estranho, algumas dessas mulheres, pelo menos três, resolveram tentar viver nesse novo tipo de relacionamento.
Apesar do esforço que cada uma fez e do sofrimento que passavam ao saber que o amor exclusivo que dedicavam aquela pessoa, não tinha a mesma reciprocidade, do amor dele também ser exclusivo para elas, mesmo sabendo desde o início que esta era a sua característica, de amar de forma inclusiva, própria do Amor Incondicional.
Chegava a um ponto que nenhuma delas suportava a dor que isso provocava, e em impulsos de raiva e ressentimentos o expulsava de suas vidas. Mas o comportamento dele, estava muito sintonizado com o Amor Universal para se deixar contaminar com os arroubos do amor romântico, pelas sequelas emocionais que ele deixava. O seu Amor permanecia íntegro, por todas elas, e isso as deixava numa redoma de proteção que evitava a proliferação do mal e proporcionava a fecundação do Amor Incondicional, mesmo de forma tenra e frágil. Isso favorecia a comportamentos de inclusão afetiva, de tolerância.
Essas mulheres que passaram por essa experiência já possuíam um porte espiritual superior as demais, mesmo que tivessem condições socioculturais e financeiras superior. Já podiam se relacionar sem demonstrações explícitas de agressividade uma com as outras. Se fosse possível colocar um padrão de nobreza nesse tipo de comportamento mais próximo do Reino de Deus, poderíamos considera-las como rainhas, frente as demais.
Aconteceu do filho primogênito desse mestre espiritual ir ser pai de um filho também primogênito. As três mulheres, que se relacionavam bem com esse filho primogênito do mestre, teriam que provar agora as suas condições de rainhas, como os três reis Magos provaram a suas condições de videntes ao enfrentar o deserto e ir em direção ao Rei dos Judeus que acabara de nascer. Tinham a lhes guiar a luz de uma estrela que brilhava acima de todas. Para essas mulheres rainhas que enfrentavam o deserto dos preconceitos e das discriminações, tinham a lhes guiar também, a luz radiante de uma nova compreensão que vinha direto do Reino de Deus.
Parece uma ideia paradoxal, profana. Como é que Deus, o Criador de tudo, pode ter um avô, um pai? No contexto da Natureza, claro que isso é impossível. Mas a imaginação pode construir cenários onde tudo é possível, com uma lógica muito particular.
Imaginemos a existência de universos múltiplos, de várias dimensões de existência. Em cada universo criado estaria sempre presente a concepção de um Deus, como temos agora neste nosso universo. Mas em outros universos eu não tenho a certeza que o pensar é o mesmo que eu tenho aqui, que nesses outros universos toda a dinâmica e leis sejam diferentes das que funcionam aqui. Tudo pode ser fruto da imaginação, quando passamos para universos múltiplos. Por isso, posso muito bem imaginar que em cada universo existe algum tipo de compreensão de um Deus único e ao mesmo tempo a formação de inúmeros universos criados a partir de um original. Pensando assim, posso dizer que o Deus que cria um universo que se sobrepõe a este no qual vivo é o pai dele. Da mesma forma que na Biologia, um filho se forma através de um pai, assim teríamos a sequência dos universos assim formados, com a genealogia de deuses...
Mas, vamos deixar esse pensamento complexo e forçado, pois mesmo sendo verdade a existência de muitos universos, até o infinito, mesmo assim o Pai, o Criador, Deus, sempre seria um só.
Mas, vamos voltar e considerar que estamos dentro do nosso universo conhecido e conhecemos a toti-potencialidade de Deus. Assim sendo, para homenageá-lo e não parecendo ao mesmo tempo presunçoso, posso colocar o nome do meu filho de “Deus”, mesmo que seja em outra língua, “Theo”, por exemplo. Neste contexto é melhor compreendido como alguém pode ser o pai ou avô de Deus (Theo).
Para quem tem uma formação espiritual, mesmo sabendo de todas as características das diversas formas de espiritualidade, manifesta nas diversas civilizações e agrupamentos humanos, fica sempre a pensar no peso dessa responsabilidade.
Como posso ser o avô de Deus? Fica a interrogar o meu lado esquerdo do cérebro, acostumado com a operacionalização lógica. O lado direito que é mais abstrato, funciona melhor com as intuições do que com as racionalizações, procura dar justificativas que superem os conflitos lógicos e satisfaçam a consciência.
Ora, Jesus o mestre divino, não disse que todos nós somos deuses?! Que a condição de agir conforme a Sua vontade seria uma condição “sine qua non”? Então, procurando seguir as lições de Jesus, posso me colocar no lugar de Deus, e, agindo com meus filhos, educando-os da mesma forma que eu compreendo, estarei formando deuses, dentro dessa expectativa. Se o meu filho se comporta dentro da ética, do bem e do Amor, então pode ser considerado Deus, assim como eu, seguindo as lições do Cristo.
Dessa forma fica justificado, já que pretendemos criar e educar o recém-nascido dentro do mesmo contexto espiritual, que eu possa me considerar como o avô de Deus, sem nenhum conflito de consciência: sei quais são os parâmetros nos quais estou justificado!
Nós, que seguimos as lições do Cristo, ficamos impactados quando sentimos necessidade de usar uma arma para defender nossas vidas. Parece que isso é um crime e também uma desobediência às lições do Cristo. Mas, observando com mais rigor e lógica, veremos que possuir uma arma para defesa é cumprir exatamente à lei do Cristo: “Amar ao próximo como a si mesmo”. A referência do Amor ao próximo é amar a si mesmo. Se eu não procuro defender a minha vida de todos os meios possíveis, até mesmo matando o assassino que vem em minha direção, não estarei cumprindo a lição do Mestre.
Também podemos verificar nas atitudes de alguns governos que as leis de desarmamento da população pode ter outras motivações menos nobre, como observamos neste texto que colhi do whatsapp:
Um pouco de história para quem esqueceu ou nunca soube.
Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e quinhentos mil armênios, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 12 milhões de judeus e outros “não arianos”, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1970, a Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1973, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.
Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977 um milhão de pessoas “instruídas”, impossibilitadas de se defender, foram caçados e exterminados.
Efeito do desarmamento efetuado nos países acima no século XX: 56 milhões de mortos.
Com o recente desarmamento realizado na Inglaterra e no País de Gales, os crimes à mão armada cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento.
Segundo o governo, houve 9.974 crimes com armas entre abril de 2001 e abril de 2002.
No ano anterior havia sido 7.362 casos.
Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%.
Segundo as Nações Unidas, Londres é considerada hoje a capital do crime na Europa.
Tudo isso é óbvio, pois os marginais não obedecem as leis.
Com o desarmamento, só gente honesta não poderá ter uma arma. Uma lei feita para desarmar as vítimas é cruel.
Observamos com esses números a nocividade do desarmamento, que pode ser aprovado com um discurso positivo, de paz e harmonia, mas que na prática mostra requintes de crueldade, principalmente quando o gestor que o propões tenha essa intenção. Devemos lembrar que estamos num planeta caracterizado como de provas e expiações, onde o mal ainda prevalece, e portanto a natureza animal domina sobre a natureza humana que deseja se aproximar da angelitude.