A locomotiva que empurra nossa alma para frente é a fé. Essa virtude que posso desenvolver com o raciocínio, entendendo que ela é importante no processo de viver. Porém, ela está mais associada ao mundo espiritual e como vivo no momento no mundo material, com o objetivo de aprender a lidar com as forças instintivas do corpo, que estão sempre evitando o ruim e se aproximando do bom, do que dá prazer. Jesus ensinava que os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas (Marcos, 4:19)
A árvore da fé viva não cresce no coração miraculosamente. Eu entendo que minha existência agora, associada à carne, exerce a forte influencia para que eu pratique meu comportamento em busca daquilo que seja de interesse do corpo.
Sei que o Criador tudo oferece para a minha existência biológica, mas tenho que me esforçar para conquistar os valores do espírito.
Observo que qualquer planta que tenho no jardim reclama atenção para o seu desenvolvimento e existência. A terra e o sol são obtidos naturalmente, mas é preciso que eu leve a agua, que exerça um trabalho de auxílio de defesa, que faça a poda, que coloque adubo e tenha vigilância. Todos os fatores de preservação devo colocar em movimento a fim de que a minha plantinha atinja os fins que almejo, que fazem parte da missão dela.
A conquista da fé edificante também precisa ser trabalhada, precisa do serviço, do esforço cotidiano. Não posso esperar que a fé seja um simples favor divino dada pelo Pai, assim é imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.
Há muitos perigos sutis em minha volta, principalmente pelos desejos tóxicos do meu Behemoth, as opiniões ociosas, as discussões excitantes em volta de falsas narrativas, o hábito de analisar os outros antes do autoexame.
Não posso, pois, pensando em sã consciência, transferir de forma integral, a vibração da fé que conquistei ao espírito alheio, ou vice-versa. Isso é tarefa que compete a cada espírito imortal.
Pai, a Guerra Espiritual está atingindo o seu auge. Os seguidores do Cristo, Teu emissário divino, se sentem ameaçados em todas as regiões do globo terrestre, que ainda está classificado como morada de Provas e Expiações. Assisto em alguns países as igrejas sendo destruídas, sacerdotes e fiéis sendo mortos... o reinado do Anticristo vai se estruturando ao redor do mundo.
O Brasil, como foi indicado por Ti, Pai, para ser o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, tem grande responsabilidade nesse sentido. O Cristo já definiu o Anjo Ismael para ser o condutor do exército do Bem, e ele já definiu o estandarte com as palavras: Deus, Cristo e Caridade. Resta agora o engajamento de cada discípulo de Cristo em seu exército e ficarmos, como eu, no comando de Ismael, com a mentoria dos espíritos santos, que seguem honestamente a vontade de Deus, que estão associados aos interesses do nosso Anjo de Guarda que vela diuturnamente por nossa evolução espiritual.
Lembro da Parábola do Semeador ensinada pelo Mestre, nestes dias de convocação para o engajamento nesta atual batalha espiritual, como estratégia definitiva para a construção do Reino de Deus em nosso convívio social, após a ligeira vitória do Anticristo, como está previsto nos textos sagrados relacionados ao Mestre. É o momento de construirmos um tipo de Arca Consciencial para resistir ao fragor da batalha, aos incêndios da racionalidade com a peste da mentira, das falsas narrativas; resistir a ameaça biológica com armas tradicionais e outras sofisticadas na forma de vírus ou outros agentes patológicos que atinge indiscriminadamente todas as idades, todos os sexos, todas as religiões...
As palavras do Mestre, Pai, entendo como as sementes de compreensão, de conscientização para aquilo que devemos fazer para resistir a ofensiva do Anticristo e preparar a Terra para seu novo nível evolutivo, ser um Planeta de Regeneração, onde o Bem Supera o Mal.
Essas palavras do Mestre, exemplificadas em seus Evangelhos e demais escritos do Novo Testamento, onde encontramos diversas parábolas simples, são portadoras de graves alertas para todas as criaturas, nossos irmãos.
Algumas dessas palavras, sementes, caem ao longo do caminho, e os pássaros chegam e comem; outras caem onde não há muita terra, as sementes brotam, mas vem o sol e as queimam, e como não tinham raízes, secaram; outras caem entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram; e outras, felizmente, caiu em terra suficiente e boa e produziu frutos, dando algumas sementes, cem por um, outras sessenta, outras trinta... então Jesus explica colocando a ênfase; “Ouça quem tem ouvidos de ouvir.”
A terra que o Mestre fala, simboliza o terreno espiritual dos corações humanos. E o Semeador não escolhe o terreno, espalha as sementes, ensinamentos, em todas as direções, para todos, sem distinção. Fieis ou infiéis, honestos ou corruptos, jovens ou velhos, qualquer etnia, qualquer sexo... Todos!
As sementes que caem à beira do caminho e os pássaros comem, simbolizam os ensinos que são trazidos e cujos ouvintes não dão a mínima importância. Rapidamente se perdem no ar. São as pessoas para as quais os ensinamentos do Cristo não passam de letra morta e que, como sementes caídas sobre pedregulhos, nenhum fruto dá. São almas empedernidas que, por livre vontade, se fazem refratárias aos chamamentos do Bem.
As sementes que caem entre espinheiros, são como as verdades que ouvimos e que nos parecem lógicas e coerentes, mas que se perdem entre os espinheiros dos vícios, das iniquidades, que logo se sobressaem e abafam as sementes do Bem ali lançadas, matando-as. São os interesses imediatos que falam mais alto e sufocam qualquer semente boa.
Mas o Mestre fala das sementes que caíram em terra boa e suficiente, e produziram muitos frutos. Somos nós, acredito, homens de boa vontade, cujo coração está preparado para receber as sementes da Boa Nova, do Reino de Deus, fazendo-as germinar e dar bons resultados, preenchendo a Arca que irá sobreviver ao dilúvio das iniquidades, e reproduzir por toda a Terra as sementes do Bem, do Amor, da Justiça, a 100, 60 ou 30 por um, de acordo com sua capacidade.
Assim, Pai, vejo neste momento de tantos embates a necessidade da construção dessa Arca Consciencial para resguardar as sementes do Cristo e repovoar a nova Terra de Regeneração que irá surgir.
Dá-me, Pai, sabedoria, inteligência rápida e coragem, para receber essas sementes do Cristo como já fiz, ser capaz de construir e embarcar na Arca e ser um dos reprodutores da Verdade celeste no novo lar que nos é destinado, a partir do porto seguro que iremos manter, que se chama Brasil.
Importante que nós cristãos tenhamos um olhar cristão por sobre toda a vida, atual, passada e vindoura, reconhecendo o papel fundamental do Cristo nesse caminho evolutivo da humanidade em direção ao Pai.
Na Bíblia podemos observar no Cântico dos Cânticos de Salomão a oportunidade de exercitar a perspectiva cristã sobre o antigo testamento. Podemos interpretar as figuras carnais e sensuais para representar o amor espiritual e sobrenatural.
Na carta de São Paulo aos efésios (Ef. 5,25) ele diz: “Homens, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja.” Então, a relação de amor está muito mais focada na relação sobrenatural e espiritual, que no aspecto carnal e erótico. É difícil entender dessa forma para quem ainda não tem a compreensão da vida espiritual. Por isso tem a exortação evangélica de não jogarmos nossas pérolas aos porcos (Mt. 7,6), as pessoas de foco exclusivo no carnal. No Velho Testamento foi dado um mandamento supremo: “Amarás o teu Deus de todo o teu coração (Dt. 6,5)” para se encontrar a plenitude do amor. Esse é um indicativo para a procura do amor perfeito, tirando o foco do amor imperfeito que os instintos fazem se manifestar dentro da carne, quer seja pelo sexo oposto ou mesmo sexo.
Se conquistamos essa compreensão, procuramos não prender nosso afeto, nosso amor, a nada que é fugaz, passageiro, como é o amor carnal, mas domesticar nosso pensamento para o que é eterno e perfeito. Assim podemos dar uma interpretação espiritual a melodia cheia de sensualidade como é o Cântico dos Cânticos.
Beija-me com os beijos da sua boca, porque os teus amores são mais deliciosos que os meus.
Colocando a perspectiva cristã, posso imaginar que existe uma ponte do Velho para o Novo Testamento nesses Cânticos. O amor de Deus é o que está sendo pedido através dos beijos de Sua boca, e a encarnação do Cristo entre nós veio materializar essa boca que vai falar e beijar a esposa, a Igreja que Ele sinalizou para a sua existência.
Em Ex. 20,4 diz para não fazermos nenhuma imagem, não termos nenhum ídolo, em sintonia com a pedagogia da época, da lei, porque Israel não era suficientemente amadurecida para receber o Cristo como esposo.
No salmo 80 (Sl. 80) é dito o seguinte: “Há Israel, se quisésseis me ouvir e se não tivesse em seu meio deuses estrangeiros, eu te daria de comer da fina flor do trigo, eu te darei de beber do mel que sai da rocha”. Isso representa um suspiro de Deus, uma queixa. Pode até ser afastado os ídolos mais visíveis como imagens, mas permanece os ídolos mais sutis dentro pessoa, como os vícios e tendências do egoísmo, o dinheiro, o prazer.
A Igreja Católica que surgiu como essa esposa de Cristo, perde hoje suas características seguindo o apelo da Nova Ordem Mundial, com uma nova lei e de espiritualidade vazia, carnal e material.
A perspectiva que devemos ter com essa leitura dos Cânticos dos Cânticos, é que essa esposa sensual que se apresenta na superfície para os nossos instintos tem uma profundidade só alcançada pelo olhar espiritual. A esposa seria a alma, a Igreja, e o esposo seria Cristo, Deus. É a transição do Antigo para o Novo Testamento, trazendo o mistério da encarnação, do Deus que se faz homem, Cristo, imagem do Deus invisível (Col. 1).
Após ter assistido vários vídeos que apontam a Maçonaria como adversária da Igreja Católica, aquela que o Cristo deixou para a divulgação de sua mensagem de amor em busca do Reino de Deus, fiquei curioso, pois como cristão eu não entendia a Maçonaria como adversária. Por isso adquiri o livro “Maçonaria – 50 Instruções de companheiro” para procurar entender onde destoa a Maçonaria do Cristianismo.
Este livro que vou passar a estudar com essa intenção, foi escrito por Raymundo D`Elia Júnior, que nasceu em São Paulo em 1947. Ele é engenheiro eletrônico e administrador de empresas. Iniciado, Elevado e Exaltado entre 1985 e 1988 na ARLS (Augusta e Respeitável Loja Simbólica) Matheus Constantino, de São Caetano do Sul e Instalado entre 1997-1999 e 1999-2001 na ARLS Reais Construtores, em São Paulo. Com mais de 25 anos de trabalho ininterrupto na Instituição, o que lhe valeu a “Medalha Goncalves Ledo”, a mais destacada láurea do GOSP (Grande Oriente de São Paulo).
Neste livro que vou iniciar o estudo, são apresentadas 50 instruções aos maçons do Segundo Grau, o de Companheiro, mas que podem e devem ser lidas pelos Irmãos dos demais Graus ou por todos aqueles, como eu, interessados em conhecer essa etapa tão importante da evolução humana em sua senda maçônica. Trata-se de um trabalho de intensa pesquisa, com o intuito de auxiliar os maçons e as Lojas pertencentes aos vários Ritos.
Para facilitar o entendimento, o autor escolheu o jogral (como se fosse um coral, só que ao invés de cânticos, é um coral falado, mas falado dentro de uma ordem, o que confere uma musicalidade e ritmo à declamação. Fica muito bonito, você pega o texto ou a poesia e divide em versos, que serão declamados por 1, 2, 3, ou quantas vozes você quiser). Esse é o meio de apresentação das instruções, por acreditar que esse método facilita a condução de todas as Luzes das Oficinas para participar nas exposições das instruções aos Companheiros. Isso contribui para a criação de agilidade no pensar e no falar, e aumenta a concentração dos integrantes da Oficina, tanto dos que usam a palavra quanto daqueles que se instruem.
Com capítulos que abordam desde o simbolismo mais simples até textos com teor mais filosófico, o autor demonstra que o universo da Instituição tem amplitude incomensurável.
Somente o Homem, dentre todas as criaturas, pode mudar sua própria vida. A maior descoberta dessa geração é que o ser humano, mudando as atitudes internas e sua mente, pode mudar os aspectos externos de sua vida! (William James)
Perscrutar o Espírito Humano, eis o grande mistério que é a razão de ser e a causa efetiva exercida pela literatura.
Em qualquer circunstância, a leitura sempre traz consigo um determinado aprendizado que se acumula na mente humana, de acordo com a condição saudável do cérebro e seus neurônios. A mensagem recebida irá provocar uma modificação natural nos conceitos preexistentes, como uma tacada na bola de sinuca irá transformar a disposição preexistente de todas as outras bolas na mesa.
É importante que seja prestada atenção ao que foi incorporada na mente, a mudança de disposição que isso causou. Lembro que quando assisti, ouvi e li sobre as mentiras que o presidente Lula dizia na época do escândalo do Mensalão, esse fato causou tal alteração na disposição dos conceitos e paradigmas que eu construíra, que tudo mudou radicalmente, o que antes eu aceitava como correto, observei melhor e vi que era tudo falso, que eu deveria recompor meu pensamento e paradigmas. Foi o que fiz, e aqui estou novamente em outra jornada do conhecimento, procurando as razões que justifiquem porque a Maçonaria é adversária da Igreja Católica, como estou ouvindo falar.
Esta trindade divina reconhecida pela Igreja Católica, é um alicerce espiritual importante para boa parte da humanidade, os cristãos, entre os quais me incluo. Esse alicerce espiritual orienta aos fieis que Deus é o criador de tudo que existe, é a causa sem causa da existência. O Filho é aquele escolhido por Ele e enviado até nós, encarnado como Jesus de Nazaré e assumiu sua missão como o Cristo, o apóstolo de Deus, do Pai. O Espírito Santo é a forma que o Pai, Deus, Criador, Causa sem causa, se comunica direta ou mais comumente, indiretamente, com sua criação, a partir de qualquer forma de transmissão, mas principalmente pelas intuições no raciocínio daqueles que estão abertos, que procuram sintonizar com Sua vontade.
Esta é a concepção que faço da Divindade da qual procuro me aproximar fazendo a vontade do Pai, burilando o meu comportamento, reconhecendo o que tenho como vícios e virtudes. Dessa forma posso trazer para dentro da minha vivência e experiência esse alicerce espiritual e ver como ele se acopla ao meu pensamento.
Deus, está com a mesma compreensão. É o Pai, o Criador de tudo o que existe, onipotente e onipresente, por isso estou mergulhado nEle como um peixe no aquário, ao mesmo tempo que ele está mergulhado dentro de mim, como a água que constitui mais de 70% do meu organismo. Se eu respiro, inspiro e expiro Deus a cada momento. Ele me dá a vida na forma do oxigênio, me livra da morte jogando fora o gás carbônico. É o Deus que cria e permite que aconteça a morte, pela evolução natural ou pela interferência conveniente ou inconveniente, benéfica ou maléfica do livre arbítrio de criaturas racionais.
O Filho sou eu e todas as demais criaturas, racionais ou irracionais, orgânicas ou inorgânicas. Mas, esse filho designado no alicerce espiritual, é um daqueles que mais evoluiu, que mais se aproximou dEle, e agora divide com Ele a tarefa de criar e administrar os mundos pelos universos afora. É este Filho, enviado por Ele, que recebeu dos pais biológicos o nome de Jesus e que assumiu por conta própria a missão do Cristo. É este Filho que se identifica tanto com o Pai que veio ensinar o que Ele mandou, mesmo sofrendo atrozes dores provocadas por nossa ignorância dos desígnios divinos. É a esse Mestre divino que procuro seguir suas lições, sem esquecer a missão pessoal que o Pai designou para mim: ajudar na construção da família universal viabilizando o Reino de Deus na comunidade, conforme a indicação que o Mestre deixou.
O Espírito Santo é uma denominação coletiva, de todos aqueles que querem e procuram fazer a vontade do Pai, independente de qualquer igreja ou instituição. Dentro deste coletivo estão milhares de espíritos, assim como eu, cada um com um grau evolutivo diferente, com suas cargas de vícios e virtudes, no trabalho constante de burilamento espiritual, de limpeza do egoísmo do coração. Eu, particularmente, sinto que estou ainda bastante atrasado nesse burilamento que leva à perfeição. Sinto que eu, espírito, ainda estou preso aos desejos da carne, aos interesses egoístas do organismo, das trilhões de células que eu, espirito, deveria administrar. Uma prova disso é que, mesmo sabendo das necessidades do corpo e dos limites que devo dar aquilo que ele deseja para obter o prazer, ainda me alimento além da necessidade e fico com sobrepeso, que acarreta facilidade do adoecer e comprometer minha missão espiritual. Assim são com outros vícios associados ao egoísmo, tenho dificuldade de me livrar convenientemente deles e por isso considero que eu, espirito, mesmo me considerando dentro do coletivo da santidade, ainda estou severamente preso aos meus instintos que me desviam do Pai para os interesses fúteis da carne. Resta orar, trabalhar com afinco, respeitar os limites e a vontade intuídas pelo Pai.