Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
14/04/2016 23h59
SANEAMENTO AFETIVO NO LAR

            A criança necessita ser amada, protegida, nutrida, orientada, a fim de desenvolver os sentimentos de afetividade, de harmonia, da saúde, do discernimento.

            A criança representa um espírito que acaba de assumir um corpo físico, e portanto está esquecida momentaneamente dos valores da afetividade que ele houvera conquistado, porque é abafado pelo véu pesado da carne com seus instintos egoístas. Portanto, deve receber de fora, dos pais, da família, da sociedade, os estímulos de amor que propiciem o despertamento desses tesouros para multiplica-los através dos investimentos no coração.

            Quando a criança se sente atendida nessas necessidades, ela consegue alcançar com mais facilidade os objetivos pelos quais Deus a criou, para poder se aproximar cada vez mais da essência amorosa do Pai. Assim acontecendo, ela devolve aos grupos, familiar e social, todas as conquistas ampliadas e felicitadoras.

            Mas, se a criança passa sofrer carência de afetos, passa a desenvolver quadros patológicos que assume gravidade a partir da juventude, quando pode se tornar uma cruz difícil de carregar, exigindo terapias farmacológicas, psicossomáticas, espirituais, de natureza moral, a fim de libertar-se da opressão e do desespero que a domina e escraviza.

            Desamada, a criança, o seu inconsciente chama a atenção através de distúrbios do sono, pesadelos, inquietação e medos.

            Posso observar que a maioria dos lares está desabastecido de amor, e portanto as crianças nascem e crescem com essa carência. Consequentemente se tornam adultos problemáticos, necessitados de terapia, e geralmente se envolvem em situações agressivas, quer sejam legais ou criminosas.

            Essa é a situação do Brasil e creio que de boa parte do mundo. A carência de afeto nos lares gerando pessoas problemáticas, doentes da alma, que por sua vez intoxicam o mundo com seus pensamentos reacionários, malsãos e comportamentos agressivos, violentos, construindo uma sociedade alicerçada no medo.

            É interessante observar que os governantes conseguem alcançar a compreensão que o saneamento dos lares é importante, para drenar os dejetos nocivos para longe e assim evitar doenças físicas, mas não conseguem alcançar a compreensão da importância ainda maior de ser feita uma drenagem no psiquismo dos lares, incluir o amor nos relacionamentos para evitar que as crianças se formem com pensamentos e comportamento nocivos.

            Seria interessante que se fizesse uma campanha dirigida principalmente as pessoas mais espiritualizadas, aquelas que já aceitam a existência de Deus e que reconhecem as lições positivas sobre o amor que Jesus nos trouxe e que precisamos coloca-las em prática. Cada pessoa dessa poderia ser um voluntário para se constituir uma espécie de padrinho daquele lar, onde regularmente o visitasse, conversasse com todos os integrante e principalmente com os pais, instruindo sobre o sentimento do amor e a importância de colocá-lo na prática, na educação dos filhos, dos quais esse voluntário passa a ser uma referência importante, uma espécie de membro da família, que orienta e apoia, inclusive com recursos materiais, se isso for conveniente de acordo com a lei do amor.

            Feita essa tarefa em cada lar necessitado, estaríamos promovendo o Saneamento Afetivo no Lar (SAL) que poderia muito bem ser um desdobramento daquela diagnóstico que Jesus fez sobre aqueles que ouvem a sua palavra e procuram colocá-la em prática, que são o sal da Terra. Pois então, esse SAL poderia ser o sal da coletividade no tempero da sociedade humana para a construção do Reino de Deus.

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em 14/04/2016 às 23h59
 
13/04/2016 23h59
FOCO DE LUZ (98)

            Em 13-04-16, as 19h, em frente ao quiosque da Praia dos Artistas, foi feita mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM com a presença das seguintes pessoas: 01. Francisco; 02. Ana Paula; 03. Edinólia; 04. Luci; 05. Silvana; 06. Nivaldo; 07. Carlos Eduardo; 08. Paulo Henrique; 09. Carlos Volu; 10. Damares 11. Milttão; 12. Costa; e 13. Sheila (chegou no final por não saber com certeza o local da reunião). A reunião estava programada para o interior do quiosque onde existe a possibilidade de assumirmos como sede provisória da AMA-PM, mas devido ter havido um curto circuito e não ter energia elétrica, colocamos as cadeiras fora. Pedimos ao Sr. Gilberto, dono da sorveteria ao lado, que guardasse o suco na geladeira até o final da reunião. Depois da meia hora de conversa informal, iniciamos com a leitura da reflexão evangélica com o título “Endireitai os caminhos” uma frase de João Batista, registrada pelo apóstolo João, 1:23. Inicialmente foram feitos os comentários preliminares sobre o mutirão escolar, pois na próxima semana a reunião será na Escola Padre Monte onde será melhor abordada a questão e os próximos passos a realizar, com os diversos projetos se articulando. Paulo informa que o mutirão teve 68 participantes ao todo com 24 pessoas ligadas a AMA-PM. O carro de som não compareceu. Disse que a TV Tropical fez a cobertura do evento, que Rosário, John Lennon e Daniel (DIRED) deram entrevistas, infelizmente não foi tão fidedigna com o que foi dito. Foi sugerido que se acionasse a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação para colocar com fidedignidade o que estamos realizando. Edinólia comenta que não houve uma participação significativa dos alunos e professores e que aconteceu um aulão disponível para quem quisesse assistir. A feijoada estava muito boa, na qualidade e quantidade. Costa comenta que a ação foi positiva, apesar de vários pontos negativos, mas estamos dentro de uma ação promissora e que o importante agora é saber dosar a energia que temos ao nosso dispor e dentro de nós. Falou sobre o projeto horta, da jardinagem, da plantação de bananeiras, de uma farmácia viva, que podem ser implementados dentro da escola. Fez críticas sobre a rede de comando que não funcionou devidamente no mutirão. Disse da necessidade inicial, antes de implementar os projetos, de ser feita uma reunião com todos os professores, tal qual foi feita com os alunos, para apresentar os projetos com base no voluntarismo da AMA-PM e que o Projeto Foco de Luz poderia preparar para essa reunião um material visual como foi feito na primeira reunião que o Projeto fez na comunidade, no Shopping Mãos de Arte. Informou também que está preparando um curso preparatório para a área militar, de acordo com o interesse que viu durante a reunião com os alunos. Francisco comenta que a mídia que já está em ação, tanto na escola quanto na AMA-PM, podem se integrar para encontrar e divulgar as ações realizadas, em realização ou em projetos, nas duas instituições, escola e associação. Nivaldo coloca que está havendo muita dificuldade das instituições públicas atenderem as necessidades da comunidade e que acha interessante divulgar esse fato na mídia. Foi aprovada essa atitude, desde que não passe a impressão que estamos contra qualquer pessoa ou instituição, estamos apenas colocando as dificuldades que encontramos e que todos nós como irmãos, gerentes dos serviços públicos ou voluntários da Associação, queremos sempre agir no bem e na harmonia. Milttão informa que no dia 30-04-16, sábado, de 07h às 09h, estará promovendo um aulão de hidroginástica na Praia do Forte e espera contar com a colaboração de todos e com a participação de quem puder ir. As 20:30h a reunião foi encerrada, Costa, na qualidade de anfitrião, conduziu a oração do Pai Nosso. Posamos para a foto coletiva e fizemos o lanche da noite nas mesas e cadeiras gentilmente cedidas pelo Sr. Gilberto da sorveteria.

 

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em 13/04/2016 às 23h59
 
12/04/2016 23h59
CASO CLÍNICO ABC (01)

            Este caso teve início em 25-09-15, quando a irmã me procurou e pediu para eu atender. A paciente ABC veio à consulta e dizia que tudo começou em 06-07-15, há cerca de três meses. Relatava que ficava sempre em casa e que somente saiu agora para essa consulta. Sentia insegurança e que sofreu assalto, mas acredita que não tenha relação com sua atual condição clínica. Fica pior em situação de aglomerados humanos, tem medo de entrar em supermercados. Diz que ficava uma semana sem usar medicação e que acredita que tenha desenvolvido uma fobia social. Fez exames para descartar possíveis doenças físicas, e foi detectado alterações na área renal.

            Foi prescrita uma conduta medicamentosa e no dia 29-10-15 voltou ao consultório dizendo sentir-se bem, que estava trabalhando e tomando medicação.

            Nesta data a paciente me procurou novamente com medo da crise que sofrera antes voltar a se repetir. Autorizei uma consulta de emergência depois do atendimento dos pacientes agendados.

            A paciente explica que não sabe o que está acontecendo, que sua vida está voltando a se transformar. Não para de chorar durante toda a entrevista. Diz que desta vez vai procurar ser honesta e seguir a conduta terapêutica medicamentosa, pois nas outras ocasiões ele rejeitou usar os fármacos.

            Diz que sente uma culpa muito grande, algo assim. Fala do seu relacionamento tumultuado do qual gerou uma filha. Que resolveu se separar e essa pessoa mostrou todo o grau de malignidade que possui, quando sentiu que ela não voltaria mais para ele. Chegou a lhe agredir fisicamente e ela teve que denunciá-lo à polícia. Mas, como reavaliou a situação, que o pai da sua filha iria ser preso, ela foi à delegacia e retirou a queixa. Agora ela reconhece que fez errado, que deveria ter deixado a justiça seguir seu curso.

            Também se envolveu com outra pessoa e chegou a pensar que estava grávida. Essa pessoa ao receber a notícia de uma possível gravidez, mostrou-se indiferente, o que fez ela se sentir ruim mais uma vez.

            Foram esses os motivos que ela colocou para tentar justificar a sensação de culpa, de menos valia, de preocupação com possíveis doenças que tenha adquirido, que ninguém queira dizer para si o que é, e que ela tem contaminar quem estar ao seu redor, principalmente a filha que já tem os seus problemas pessoais.

            Prescrevi um remédio para ela usar em baixas doses, para aliviar sua ansiedade e não comprometer a capacidade de trabalho. Como ela tem dificuldade de procurar um psicólogo para fazer a psicoterapia, de colocar seu problema para outra pessoa, por ter desenvolvido confiança em mim, combinei que ela poderia me acompanhar nas diversas atividades que realizo na comunidade, pois sempre estou abordando temas psicológicos que podem ser útil para ela fazer a reflexão. Também deixei o e-mail para conversar com mais frequência, já que não tenho disponível para realizar a psicoterapia.

 

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em 12/04/2016 às 23h59
 
11/04/2016 23h59
COMANDOS DE DEUS

            Já tenho uma boa convicção que a minha vida tem a influência divina a qual se manifesta por meio de intuições ou de acontecimentos que aparentemente se interpretam como coincidências, mas que logo mostram um sentido superior.

            Hoje é o aniversário da companheira que o Senhor me indicou para me ajudar a compreender o pensamento e ações franciscanas. Ontem ao viajar para o interior onde trabalho semanalmente, e sempre levo algo para ler e assistir no caminho, e como já estava prestes a chegar o transporte que me levaria, tentei encontrar com rapidez algo para assistir, pois não havia programado com antecedência. Então peguei o DVD de “Francisco de Assis” e ao assistir percebia que aquela era uma ação de Deus para que eu colocasse hoje pelo menos uma parte desse DVD para os poucos convidados mais íntimos que viriam comemorar o seu aniversário, pudessem compreender, a partir da vida de São Francisco e de Santa Clara, que o nosso companheirismo não estava alicerçado num objetivo romântico, e sim espiritual.

            Recebi da minha companheira a opinião de que isso não seria legal, pois os convidados poderiam ficar abusados em ter que participar de um filme de conteúdo religioso quando teriam vindo em busca de festa e alegria. Não contestei a opinião, apesar de considerar mais importante a edificação do conhecimento de todos sobre o nosso relacionamento à nível espiritual.

            A tarde, depois do almoço, senti novamente a manifestação do Pai, que manipulando as ocorrências ao redor mostrava com mais clareza o que Ele queria dizer para mim. Primeiro, me deu o presente que eu procurava desde o dia de ontem no comércio do interior e não encontrava. O Pai desenhou no horizonte do ocaso, com a matéria prima das nuvens, com as cores e luzes mais belas que eu já vi, um quadro espetacular, que parecia simbolizar o rio da vida. Tirei a foto com o celular e irei reproduzir num quadro como o presente ideal.

            O outro momento foi durante a noite. Estava preparado a fazer alguns trabalhos quando chegou uma pessoa amiga que se mostrava interessado em jogar baralho, e achei conveniente fazer essa integração numa ação prazerosa, já que o trabalho é uma ação tão constante em minha vida. A programação que sempre temos de terminar o jogo com uma determinada pontuação, foi terminada pela pressão da companheira do nosso amigo de ir embora. Foi justamente no horário que estava passando no canal de TV “Vida Nova” o filme “Clara e Francisco”. Sentei de imediato para assistir a primeira parte que já havia começado. Foi então que percebi com mais clareza todas as “manipulações” que o pai estava fazendo em torno de nós. Este filme eu não teria assistido se esse amigo não tivesse chegado e eu fosse me envolver com o trabalho. Foi a minha companheira que o percebeu inicialmente e me avisou. Percebi então que o Pai estava querendo que nós mesmo revíssemos essa história mais uma vez, era mais importante para nós do que para nossos convidados. Quer o Pai assim mostrar como Francisco e Clara se comportaram na sua época, nas circunstâncias medievais do seu tempo, do propósito e meta que eles fizeram, sempre obedecendo a vontade dEle através das lições do Mestre Jesus. Foi justamente isso que fiz. Procurava analisar com mais detalhes como foram as reações de Francisco à vontade de Deus quando Ele começou a percebê-la e como foi a sua forma de relacionar-se, principalmente com o pai biológico com o qual tinha gerado um forte conflito. Um momento importante do filme ficou gravado com mais nitidez na minha consciência, quando em audiência pública Francisco confessou ao pai que o amava e respeitava, e que reconhecia ter sido um mal filho aos seus olhos, mas se isso acontecia era porque ele reconhecia agora que além de ter um pai biológico, possui também um Pai Divino e que é Pai de todos os pais, criador de todas as coisas. E é esse Pai que lhe pede para ele não ser um soldado, um boêmio, um rico comerciante, uma pessoa da nobreza... O Pai Divino pede para ele ser o último dos homens, para demonstrar que a humildade, a pobreza, a fraternidade até com o leprosos, a capacidade de servir aos miseráveis deserdados do mundo, é a essência do que Ele deseja para Seus filhos. Por isso, pai, dizia Francisco, eu abdico de tudo que é material, do seu nome, das suas roupas... e fazendo das suas palavras um ato, se despe em praça pública, sendo coberto rapidamente com uma capa pelo Bispo que presidia a audiência.

            Agora estou mais satisfeito, pois vejo que o Pai atingiu o Seu objetivo em fazermos assistir esse filme onde Ele quer que nós sigamos o exemplo de fé e energia que Francisco demonstrou em sua missão para que nós tenhamos assim a mesma motivação de cumprirmos a missão que hoje Ele coloca em nossos ombros, em mostrar a humanidade que o Amor Incondicional pode ser aplicado em qualquer relacionamento, até o mais íntimo que envolve o homem e a mulher na sua vida sexual, construindo uma sociedade baseada na família universal, onde o amor a todos inclui e a ninguém exclui. Que todos podem ser filhos e pais de ninguém necessite, que todos se considerem como irmãos que na realidade espiritual nós somos.

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em 11/04/2016 às 23h59
 
10/04/2016 23h59
CONSCIÊNCIA E CLASSES

                 Este texto é uma tentativa de resposta a um amigo que interrogou com veemência o texto anterior que eu produzi, “Duelo de Consciências”, onde ele colocava o problema desse duelo como algo concreto, “classes sociais”. A minha resposta não tem a convicção de ser a verdade real pela qual a minha consciência tenta se manter, eu posso estar equivocado nas minhas interpretações, e por isso tento dissecar os meus pensamentos com a máxima distância possível de meus conceitos já pré-formados, tentando descobrir a verdade que pode estar com o meu interlocutor.

            Acredito que tudo que se reflete na realidade tem como base e causa o que surge no pensamento, que por sua vez se estrutura e toma forma no campo da consciência vigil. Então, quando falo “duelo de consciências”, quero dizer conflito de pensamentos que estão construídos sobre a base ampla da consciência.

            Inicialmente a consciência, dominada pelos instintos, tende a desenvolver ações egoístas, próprias da idade infantil. É o processo educacional em todos os níveis, lar, escola, igrejas, que deve corrigir essa tendência atávica e nos levar a um comportamento ético de relacionamento fraterno e justo. Como no desenrolar da vida as opções de conduta são as mais diversas, e o interesse egoísta atávico ainda prevalece na consciência da maioria, é importante que haja transparência nos atos e justiça nas relações.

            Nessa luta de interesses dos indivíduos em busca da sobrevivência dos mais aptos, no sucesso amplo: reprodutivo, profissional, financeiro, acadêmico, eclesiástico, etc., surgem os argumentos mais diversos e geralmente contraditórios. Nesse ponto é importante que a Verdade surja através dos nossos recursos cognitivos, a coerência, a lógica, cujo ponto máximo é a Justiça.   

            Com esta perspectiva vamos observar que a sociedade se fragmenta dentro de uma hierarquia que justifica o termo classe social, e geralmente no predomínio do mais forte sobre o mais fraco. O mais forte para conquistar e se manter no poder, passa a usar subterfúgios para escapar da coerência, da lógica e da justiça, na relação com os outros. As classes sociais menos favorecidas tentam se fortalecer no coletivo, mas infelizmente são muitas vezes boicotadas pela consciência de seus dirigentes que se deixam encantar pelo poder atávico do egoísmo.

            Esta é a minha visão quando vejo as ruas cheias de gente. Quando vejo o predomínio do vermelho, vejo também o predomínio de sindicatos, de classes sociais organizadas, tenham ou não consciência do que está acontecendo. Geralmente a consciência dirigente que está no comando dessa movimentação, tem os seus interesses individuais muito mais beneficiados do que o interesse da massa que ele desloca. O caso marcante é o da Petrobrás. Todos sabem do desastre que o atual governo causou na Petrobrás, da queda vertiginosa de todos os índices financeiros, do prejuízo maciço dos investidores. No entanto, os dirigentes da categoria convocam seus filiados para irem à rua defenderem esse mesmo governo que sucateou a empresa, que ameaça os empregos e até a falência da estatal. Onde está a lógica desse comportamento à nível coletivo? Só vou encontrar a lógica à nível do interesse individual dos dirigentes...

            Agora, onde está o contraditório? Onde estão as consciências que analisam a conjuntura e possuem a liberdade de colocar o seu pensamento nas ruas através de faixas, placas e bonecos? Existem e estão aí, facilitados pela net e motivados pela verdade que a justiça divulga, mas com a dificuldade de não ter uma consciência diretiva. Os pensamentos colidem uns com os outros e a força potencial que existe nas consciências livres não se expressam convenientemente. Os políticos que seriam os líderes naturais desse movimento, estão por demais comprometidos para terem a confiança total das consciências livres.

            Esta é a minha compreensão quando vejo as ruas em conflitos representados pelas lutas de classes, pois vejo por trás dessa massa que se move as consciências que as dirigem, geralmente representado por um símbolo, um líder personalista, carismático, que persegue uma determinada meta, mesmo que isso implique na destruição da própria sociedade que a mantem.

            Lembremos de Hitler, de sua capacidade de manipulação da consciência dos cidadãos com as mentiras tantas vezes repetidas até se tornar uma verdade, como era apregoado na surdina; de identificar adversários judeus para eliminá-los nas câmaras de gás; de sonhar pela raça pura e assim encher os exércitos, as escolas e as praças públicas com imensos contingentes. Por trás de toda essa movimentação existia sempre as consciências a manipulá-las.

            Portanto, assim é a minha consciência povoada por esses pensamentos. Caso eu esteja equivocado, gostaria de ter os argumentos para mudar essa minha opinião, como já mudei tantas vezes na vida.

Publicado por Sióstio de Lapa
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