Assisti ao filme produzido em 1990, do diretor espanhol Pedro Almodóvar, com o título acima, onde o personagem Ricky, contava os dias para sair do reformatório psiquiátrico e finalmente poder reencontrar Marina, uma atriz de filmes “B”, que havia tido uma relação com ele, mas não tinha deixado nenhuma ligação. Seu plano era invadir o seu apartamento, amarrá-la na cama e esperar até o momento em que ela se apaixone por ele.
Considerei o filme como bom, mas a mensagem que ele passou, apesar de ser possível de se realizar, é politicamente incorreta. Como uma pessoa deseja forçar o sentimento de amor para ele por outra pessoa? É isso que o filme procura mostrar com toda a sensibilidade técnica própria do Almodóvar, em desenvolver temas polêmicos.
A atriz reage com raiva à brutalidade sofrida, a se manter em cárcere privado. Como ela é dependente química e ele não tem escrúpulos de ir em busca de sua droga, termina se envolvendo em briga onde volta para casa machucado, ferido e sangrando. Quando ela o ver nessa situação, que foi causada pela bondade dele ter ido em busca da sua droga, desenvolve um sentimento de compaixão que logo se transforma em desejo sexual e paixão.
Finalmente o Ricky atinge o seu objetivo. Marina se envolve plenamente no ato sexual mostrando todo carinho e tesão durante a relação. Almodóvar tenta mostrar que é o ato sexual o elemento cristalizador do sentimento de amor. Mas fica uma pergunta que Almodóvar não se preocupou em responder. E se Ricky tivesse tudo para realizar o seu desejo como realmente fez, mas se faltasse a potência sexual, se fosse uma pessoa sem condições de usar o pênis, essa condição de transformar um ato de brutalidade em amor conseguiria ser realizado?
Almodóvar chega perto de responder a essa questão, pois o diretor do filme em que Marina era a atriz principal, era apaixonado por ela, queria lhe ver constantemente em cena, aproveitava os momentos em que ela se expunha para se deliciar mentalmente, pois era cadeirante e não podia ter relações sexuais tradicionais. Ele se contentava em ficar assistindo em casa as cenas de erotismo dos filmes em que Marina era a protagonista, mesmo na presença da sua esposa, que via tudo, constrangida, mas sem forças para impedir. Pois bem, esse diretor, apesar de ter mais poder e dinheiro do que Ricky, nem de perto chegou a transformar o sentimento de Marina como Ricky conseguiu.
Portanto, uma conclusão que se pode tirar das entrelinhas do filme, é que a potência sexual, acima de qualquer brutalidade, é o fator mais importante na possível virada de um sentimento carregado de desejo. Essa é outra correção que poderia ser feito, pois ao se perseguir uma pessoa com brutalidade para se atingir o prazer dessa relação, isso não é o amor puro, incondicional, que jamais machucará ninguém para alcançar qualquer tipo de desejo.
Mas é um bom filme, deixa triunfar a harmonia entre os envolvidos, mesmo com atos incoerentes.
Sonhei que encontrei com uma colega que trabalhava comigo no Campus Universitário, muito querida, mas que nos distanciamos porque fui trabalhar em outro setor da UFRN, no Hospital Universitário. Estava indo comprar alimentos na cantina do Setor de Biociências, caminhando por uma trilha construída pelos passos constantes dos interessados, por meio do mato rasteiro e dos montes de areia. Ela ia na mesma direção, talvez com o mesmo objetivo, quando eu a vi e chamei a sua atenção. Ela me olhou com dúvida no olhar e percebi que ela não me reconhecera. Notei que ela procurava na sua memória o meu nome, a minha história dentro da história dela, pois ela também sabia que eu era uma pessoa conhecida. Nesse meio tempo passava pelo mesmo caminho estudantes que a conheciam e que podiam também me conhecer. Ela provocou alguns deles procurando saber se me conheciam. Os jovens também procuravam nas suas memórias, mas não encontravam o que procuravam. Disse então para minha amiga que não importava que os rapazes me conheciam ou não, pois o meu foco era na compreensão do que acontecia com a memória dela. Dei algumas dicas sobre quem eu era e também disse que esse momento era importante para a gente como se fosse um trabalho prático. Nós somos considerados experts na área psicológica, já trabalhamos juntos na área básica, da fisiologia humana, ensinávamos sobre as funções superiores do cérebro e também fazíamos pesquisas nessa área. Então, o que estávamos presenciando, ela na condição de procurar uma memória que sabia que existia, e eu na condição de dar as dicas necessárias para que o caminho para que a memória pudesse ser evocada fosse alcançado. Eu sabia que ela tinha a minha memória registrada, disso eu não tinha dúvidas. Sabia que se eu dissesse algo, próximo ou distante no tempo, ela encontraria o caminho com certeza. O meu trabalho era dar as dicas que pudesse levar ao caminho da evocação, mas que não pudesse ser tão forte a ponto de ser inevitável. Eu teria que dizer questões superficiais, de nossa vivencia em comum e sentir como a cognição dela trabalharia para encontrar o caminho. Esse foi o dilema que estava em minhas mãos e a proposta de trabalho que lancei para a minha amiga, de estudarmos o fato estando cada um de nós em campos diferentes: ela seria o cobaia que eu, como cientista, estimularia para ver como seria alcançado o objetivo de evocação da memória lançando informações pertinentes.
Este sonho ficou diretamente relacionado com um duplex, tipo de palavras cruzadas, que eu comecei a fazer ontem à noite e conclui hoje pela manhã. O enunciado do duplex era o seguinte: “As coisas mais importantes da vida não são guardadas em cofres ou registradas em cartório, são guardadas no coração e registrada na memória.”
O que querem dizer essas coincidências? Uma mensagem cifrada do Pai? Será que o sonho foi motivado pelo meu inconsciente que já percebera o sentido do duplex antes de eu termina-lo e gerou o sonho com base na memória? Mas, por que trouxe essa revelação de que as coisas importantes da vida não são guardadas em cofres, mas sim no coração e na memória? Devo fazer agora uma relação de tudo isso com a minha vida atual?
Que estou fazendo na vida? Merece o que eu faço ser registrado na minha memória e coração, assim como na memória e coração de quem convive comigo?
Lembro que cheguei hoje em casa tarde, mais de duas horas da madrugada. Estava na festa de aniversário de uma pessoa amiga, cuja família sempre está em conflitos. E a festa foi uma perfeição, com a participação de todos os principais personagens. Sei que a minha participação de alguma forma foi a causadora desses conflitos, não por eu ter agido por maldade com ninguém, mas pelos preconceitos culturais e religiosos terem ficado contra o meu posicionamento frente a elas. Durante o convívio que passei a ter com elas, mostrei a importância de ser verdadeiro, de respeitar a condição de pai e mãe, mas que devemos priorizar a nossa própria vida perante o mundo e os companheiros que aceitamos para dividir a vida, trabalhando os nossos talentos para dar a Deus muito mais do que Ele nos ofertou quando nos criou, como na parábola dos talentos que Jesus ensinou.
Então, enfim, cheguei a uma conclusão: foi uma mensagem de Deus diretamente para mim, dizendo que eu estava aprovado nesse relacionamento, pois o que eu estava fazendo não precisa ser guardado no cofre ou registrado em cartórios, mas está sendo guardado no coração de cada uma daquelas pessoas que também convivem comigo.
Agora, sinto-me agradecido a Deus por Ele ter me colocado nos seus trilhos e ter me dado forças para permanecer neles.
Acredito que tenho um fragmento de Deus na minha constituição enquanto ser imortal, assim como todos os meus irmãos criados pelo mesmo Pai. Este fragmento de Deus reside no meu intelecto e no intelecto de cada ser humano aqui na Terra que se exterioriza na mente normal com uma consciência moral.
Este fragmento de Deus também serve como um Ajustador de consciência, quando por equívoco entro em algum caminho errado. Portanto, não preciso me deslocar para lugares distantes, países exóticos para contemplação especial do divino. Posso encontra-Lo dentro da minha própria experiência pessoal e alcançar a comunhão com Ele.
Desde que eu possua uma mente normal, que desenvolve a consciência moral dentro de qualquer relacionamento, posso fazer contato com o Pai, ou com entidades mais próximas dEle do que eu estou. Entendo que Deus proporcionou às Suas criaturas a oportunidade de crescerem por si mesmo, com o seu próprio esforço pessoal, com o livre arbítrio, superando as amarras do egoísmo e ampliando na consciência cada vez mais o sentimento de justiça e solidariedade universal.
Vejo agora no ambiente político do Brasil o desenvolvimento de uma verdadeira guerra de interesses, geralmente de cunho egoísta, mesmo que por trás exista uma conotação de justiça social. Ao aprofundarmos nos escaninhos do comportamento e conseguimos resgatar informações que se procuram ocultar o máximo possível, verificamos que esses atores políticos e seus associados, agem de forma lesiva aos interesses públicos, mesmo que suas ações de maquiagem consigam iludir boa parte da população e deixar outra parte amarrada com o rabo preso dentro das mesmas artimanhas lesivas à coletividade.
Quando associo a mente normal a uma consciência moral, é porque entendo que a consciência moral é pré-requisito indispensável para uma mente normal, uma mente que se dirige para Deus. Caso não exista ainda a consciência moral, não poderá existir uma mente normal. O que é mais complicado é discernir a verdadeira consciência moral, pois todos os contendores defendem a moralidade nos seus atos.
Colocando a atual crise brasileira como exemplo, veremos que o partido dirigente da nação aplicou os recursos em diversas áreas, algumas importantíssimas como a educação e o combate a miserável pobreza. Mas por outro lado colocou recursos nos próprios bolsos e dos seus aliados, tanto dentro como fora do pais. Isso facilitou a perpetuação no poder para as mesmas pessoas, a maquiagem da verdade com a divulgação dos atos positivos e do encobrimentos dos atos nocivos. A consequência disso se observa nos diversos índices negativos da economia e na deterioração dos diversos serviços essenciais que precisam ser prestados à população.
Verificando esses dados da realidade, podemos constatar que a mente dos atuais dirigentes não está normal, não está se dirigindo para Deus, pois a consciência moral que eles desenvolveram e aplicaram em suas ações levou o pais à bancarrota, ao empobrecimento dos cidadãos, enquanto tais dirigentes, seus familiares, amigos e correligionários se tornaram milionários.
Com uma mente assim prejudicada, mais voltada para os interesses egoístas, pessoais, familiares; e distantes ou mesmo nociva aos interesses das demais criaturas, essa pessoa está afastada dos caminhos de Deus e todos seus atos nocivos deverão ser corrigidos pela justiça. Caso a lei humana não consiga alcançar o meliante, a justiça divina com certeza não falhará. Teremos toda a eternidade para corrigir os maus atos que praticamos, ou que apoiamos, por ignorância ou por interesses mercenários. A nossa existência nesta atual materialização do espírito é apenas um pequeno intervalo da nossa vida eterna. Com certeza, em outras oportunidades de reencarnação, o espírito terá oportunidade de pagar pelos seus malfeitos. Se encontrarmos alguém na condição de indigente por ter nascido sem condições, vamos procurar ajudar e minimizar o sofrimento dessa pessoa, mas compreendendo que essa situação é simplesmente a justiça divina em ação. Talvez agora essa pessoa possa refletir melhor sobre a consciência moral e redirecionar sua mente para o Criador.
Posso fazer uma comparação da Santíssima Trindade, com os trabalhos realizados por todos aqueles que se consideram como irmãos e estão dispostos a ser colaboradores nos mais diversos projetos desenvolvidos em nome do Pai.
O Pai é aquela instância supra que permeia tudo que Ele mesmo criou e sustenta ao longo do tempo no processo de evolução positiva. Assim, ao nível material de nossa condição de encarnados, o Pai seria o conjunto das mentes sintonizadas com o Criador e que pretendem fazer aqui a Sua vontade.
O Filho seria as diversas possibilidades concretas que podemos criar para realizar essa vontade do Pai, assim como Deus enviou Jesus como instrutor da Sua vontade para nos ensinar sobre a Lei do Amor. Aqui poderia ser exemplificado pela realização do Projeto Foco de Luz, da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, e agora com a possibilidade de transformarmos a Escola Estadual Padre Monte em mais um ente educador e fomentador da vontade de Deus.
O Espírito Santo corresponde ao sopro de Deus que está sempre ao nosso redor e influenciando o nosso pensamento, capaz de nos motivar à ação, desde que estejamos capacitados, libertos do orgulho, do egoísmo, intolerância, raiva, ódio, ressentimento, vingança... e dispostos a cumprir a Lei do Amor, aplicando a justiça, a solidariedade, a compaixão, a humildade. Nessas condições a pomba do Espírito Santo tem condições de pousar sobre nós e nos conduzir dentro de qualquer dificuldade.
Então, pela vontade de Deus (nossas mentes sintonizadas com o Pai) estamos criando três filhos (Projeto Foco de Luz, AMA-PM e Escola Padre Monte) para cumprir a Sua vontade, com a inspiração constante do Espirito Santo.
O Espírito Santo, cumprindo a vontade do Pai, inspira em cada um de nós o estímulo para desenvolvermos os nossos talentos. No meu caso, sinto a cada momento as ideias chegando, tanto para criar condições como para manter as que começam a funcionar.
Sinto que agora é necessário criar um cadastro onde cada voluntário que chega enviado pelo Pai, seja devidamente identificado e convocado nos momentos estratégicos das diversas realizações que se projeta. Sei que esse trabalho pesa sobre meus ombros, não temos autonomia suficiente para alguém poder assumir esse trabalho na minha ausência com a mesma filosofia
O problema é que quanto mais ideias chegam, mais trabalho termina ficando sob a minha responsabilidade, pois mesmo não tendo a obrigação de realiza-lo no campo, sinto a obrigação de monitorá-lo. Isso certamente vai ocupar o tempo que tenho cada vez mais curto.
Sei que a orientação de uma melhor conduta na realização de trabalhos é ter a mente e as ações focadas em poucas atividades, pois quanto mais abrangemos atividades, mas elas perdem qualidades e podem fracassar por inanição. Acontece também que eu não posso negar uma ideia que surge e de boa qualidade. O que devo fazer com mais eficiência é encontrar a pessoa certa para tocar com competência e compromisso o trabalho que precisa ser feito.
Nesse caso estamos ainda muito debilitados e isso termina por comprometer a ação do Filho. É como se Jesus tivesse vindo para a Terra ainda debilitado para executar suas funções. Certamente não teria o êxito que teve.
O que se passa hoje no Brasil, que alimenta a crise política, é o duelo de consciências. Uma nação democrática implica que as consciências de seus cidadãos sejam livres na defesa do bem comum e contra os privilégios de qualquer espécie. Caso consigamos agir assim, estaremos no caminho evolutivo correto para construir o Reino de Deus, como Jesus ensinou, com base na Lei do Amor.
Há 13 anos o Partido dos Trabalhadores conquistou o poder político no Brasil com o discurso de Justiça Social e de combate à corrupção. Logo que assumiu as cadeiras do poder a sua prática política mudou radical e sub-repticiamente. A Justiça Social foi desvirtuada com as benesses financeiras aos “amigos” do poder, mesmo que isso implicasse em atos profundos de corrupção.
Felizmente a Justiça descobre paulatinamente a verdade e os criminosos vão sendo identificados e punidos de acordo com a lei. Acontece que esses criminosos conseguiram contagiar com o seu vírus de privilégios, muitos representantes das instituições republicanas divididos nos três poderes da nação. Isso faz surgir dois campos distintos de luta entre consciências. Por um lado temos a consciência da maioria da população brasileira, que enche as ruas de forma espontânea, revoltada com tanta roubalheira; por outro lado a consciência das pessoas que integram o poder corrupto ou que se locupleta de alguma forma com ele, que pagam outras consciências com valores mínimos e aviltantes, como 30 dinheiros, pão e mortadela.
Quando vamos avaliar o porquê de tais consciências existirem, ficamos perplexos por uma constatação que salta aos olhos, mas parece circular como um fantasma entre os envolvidos nos chamados “comportamento de esquerda”. O “comportamento de direita” passa a ser usado pelos usuários de camisas vermelhas como forma de atacar as consciências que se revoltam com os atos criminosos e exigem a saída democrática, através do impeachment, da presidente eleita através da mentira e do usufruto do roubo transformado em propina. As consciências, em conflito, aberto enchem as ruas com suas armas de retórica, e cores simbólicas; a “direita” usando a verdade extraída pela Justiça e as cores da pátria, e a “esquerda”, empoderada, usando a mentira ou tentando falsear a verdade, com o vermelho de sua ideologia, com acesso aos recursos da nação que disparata aos quatro ventos tentando se fortalecer no poder e influenciar as consciências que são regidas pelo estômago ou pelo bolso recheado, quer seja nas academias ou nas favelas.
Esta é a maior causa da perplexidade de quem testemunha esses fatos, essa batalha campal entre consciências... Como é que uma consciência, treinada na academia para trabalhar com a verdade, com o método científico que ajuda a tirar a humanidade da ignorância, de repente se ver tão envolvida com as estratégias criminosas dos agentes “vermelhos” e perdem sua capacidade de crítica, de raciocínio, de perspicácia. Permanecem fixados nos benefícios exagerados que foram dados à população carente e ignorante, que recebem tais benefícios como doação de um “pai bondoso”, ou aos benefícios exagerados ao corpo de educadores. Este foi o lance mais ousado, prestigiar acima da normalidade aos educadores para eles perderem o senso crítico, não considerarem a destruição da nação e de suas principais estruturas financeiras, administrativas, legislativas e jurídicas. Os “vermelhos” conseguiram o seu objetivo: a Universidade que antes se juntava ao clamor popular em defesa da liberdade, da democracia, contra o regime militar, nos famosos encontros da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) hoje se transformou em “garoto-propaganda” do poder, se encontra divorciada deste mesmo povo que enche as ruas exibindo com faixas, placas e pixulecos a verdade inquestionável que o lado puro da Justiça consegue divulgar.
Neste duelo de consciências que vivemos na atualidade brasileira, o país considerado como o “coração do mundo e a pátria do Evangelho”, temos a satisfação de saber que a grande maioria da população tem ao seu lado a Verdade que o Mestre ensinou há 2.000 anos que ela nos libertará; que poderá libertar a consciências de pessoas de bem que no momento ainda se encontram hipnotizadas pelas forças das sombras.