Participei hoje de uma entrevista na TV Metropolitana para falar sobre a Autohemoterapia (AHT), uma técnica que não é de minha área de atuação em medicina, mas por envolver princípios filosóficos que eu defendo, não recusei o convite. Porém, ao receber a transcrição da entrevista, não fiquei satisfeito, vi que eu podia ter explicado bem melhor a questão, inclusive colocando erros de quantificação em desfavor da minha tese.
Por esse motivo resolvi fazer a reprodução dessa entrevista com o apresentador Jornalista Roberto Guedes, com os argumentos que eu tenho potencial para fazer.
Apresentador (A) – Amigos, estamos de volta aqui com o nosso Primeira Página, e agora eu queria até fazer um apelo prá você, telespectador, prestar muita atenção sobre esta alternativa, esta possibilidade de buscar a cura através de um dispositivo, de um tratamento que não tem sido recomendado pela Medicina Oficial, pela Medicina Ocidental. É a Autohemoterapia. O nome sugere alguma coisa, mas como sou leigo eu vou pedir, dando bom dia e boas-vindas ao Doutor Francisco Rodrigues, médico que chefia o Departamento de Medicina Clínica do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e conhece bem da matéria, que explique, principalmente a você que está em casa e nos assiste, o que é Autohemoterapia e o que ela pode fazer por você ou por algum paciente que você tem na sal família. Dr. Francisco Rodrigues, muito bom dia, seja muito bem-vindo ao nosso programa, Primeira Página, na nossa TV Metropolitana.
Entrevistado (E) – Bom dia Roberto Guedes, bom dia telespectadores. Primeiro peço licença para corrigir que a técnica está proibida dentro da Medicina Oficial Brasileira e que essa proibição não é observada de forma geral na Medicina Ocidental. E, segundo, que fui chamado a falar aqui não como especialista que conhece bem da matéria...
A – Ainda não existe a especialidade, não é?
E – Existe a especialidade da Hematologia onde a Autohemoterapia pode ser estudada e aplicada com mais profundidade. Eu sou do campo da psiquiatria, então estou um tanto distante da técnica. Mas u vim conversar mais sobre os princípios, porque acho importante discutir essa questão.
A – Então, o que é auto-hemoterapia? Como ela pode ajudar as pessoas?
E – Então, quero colocar inicialmente o conflito em que foi colocada a autohemoterapia no Brasil, de não poder ser aplicada legalmente, por não ter comprovação científica de sua eficácia. Por isso eu quero ir logo colocando essa questão, o que é a medicina? Uma ciência ou uma arte? A gente continua a ensinar na academia que a medicina continua sendo uma arte. A arte de curar, de cuidar do paciente. A ciência está ao nosso dispor, temos que olhar para a ciência, os recursos que a Ciência traz com muito cuidado, com muito respeito e humildade. Aceitar aquilo que vai beneficiar o paciente. Essa é a questão. A autohemoterapia surge nesse contexto.
A – Ela vem de onde? Ela é alguma especialidade, algum tipo de tratamento oriundo da Ásia?
E – Não, ela é uma observação que foi feita de que a aplicação do sangue do próprio indivíduo, retirado da veia e colocado diretamente no músculo, serve para estimular a produção de macrófagos que são as células sanguíneas responsáveis por fazer a limpeza do organismo. Isso é fisiologicamente detectado e reconhecido pela ciência e por todos os colegas que trabalham em qualquer área da medicina. Isso aí, também é do meu conhecimento essa questão. Então, esse macrófago tem essa finalidade de proteção, de vigilância, de cuidado do organismo.
A – O macrófago é o que?
E – É uma célula sanguínea que está atuando nos tecidos corporais em torno de 5%, originados dos monócitos presentes na corrente sanguínea, e que é produzida por nosso organismo na medula óssea.
A – É o saneamento do sangue?
E – É o saneamento, os camburões de lixo juntando em peso; os soldados e o lixo, fazem a defesa e a limpeza do organismo. Então essas células são importantíssimas para o nosso funcionamento. Você vê, a AIDS, por exemplo, que é uma infecção muito problemática e difícil de cuidar. Ela é tão perigosa assim porque ela atinge as células de defesa do nosso organismo, como os macrófagos, os linfócitos; eles se alojam nessas células e dificultam o tratamento, pois estão agindo na área de defesa. Então, essa técnica da autohemoterapia, foi observado que quando se faz isso, se retira sangue da veia e aplica de imediato no músculo, essa técnica consegue elevar os macrófagos além do seu nível normal. Então isso significa que o paciente naquele momento, tem um suporte de proteção e de limpeza do organismo excepcional, isso sem nenhum custo extravagante.
A – Turbina a limpeza.
E – Sim, e isso vai atingir todas as áreas do organismo.
A – Isso é indicado como uma terapia preventiva ou ela é curativa?
E – É curativa e preventiva. Se o indivíduo já tem uma doença instalada, e muitas vezes acontece isso, a pessoa vai a diversos médicos, se submete a diversas técnicas, vários medicamentos e não conseguem boa recuperação. Fica com a doença crônica e progressiva, sem outra solução oficial. Muitas vezes essa técnica da autohemoterapia consegue dar uma solução a essa pessoa. E muita gente vendo e sabendo assim desse procedimento, dessa técnica, como é que isso funciona, como é a fisiopatologia da doença e o que acontece no organismo depois da técnica, então se ele usa mesmo estando saudável, se usa essa técnica para aumentar suas defesas, então ele está prevenindo a ocorrência de alguma doença que possa surgir. Então tem essas duas funções, preventiva e curativa.
A – Quais seriam as doenças que poderiam ser curadas ou que tem sido curadas com a autohemoterapia?
E – Tem muitas doenças que podem ser tratadas ou prevenidas, e quem tiver interesse e curiosidade pode entrar na internet, no Google, e ver lá as indicações, as doenças que podem ser curadas com a autohemoterapia, doenças degenerativas, infecciosas, as mais diversas, relacionadas com as ações dos macrófagos. Eu não estou definindo aqui uma panaceia para ser usada em tudo, ou descartar os procedimentos médicos, farmacológicos, que existem e estão à nossa disposição para aderir exclusivamente à autohemoterapia. Não é isso. Tudo tem o seu espaço e pode ser usado com parcimônia e com critérios com relação a essa questão. Isso porque as vezes nós não temos nenhuma outra alternativa par um paciente que está definhando, está morrendo como vítima da doença que o acomete. As vezes comento essa questão dentro de uma perspectiva pessoal, pois a minha mãe foi acometida por um câncer cerebral e foi feito todos os recursos, da cirurgia à quimioterapia e nada resolvia. O câncer sempre estava voltando até que a morte aconteceu. Eu ainda não conhecia a técnica da autohemoterapia, pois seria mais uma alternativa que eu iria usar, pois as células do câncer...
A – Se multiplicam rapidamente.
E – Sim, são células agora sem controle dentro do organismo, mas que o sistema de defesa e limpeza pode combate-las. Há muitos relatos na internet sobre essa questão. Por isso, se eu soubesse que essa técnica existia, não vacilaria um só instante, aplicaria em minha mãe, porque seria mais uma alternativa que eu iria usar para tentar salvar a vida dela.
A – Eu sei que algumas pessoas aqui em Natal, a partir do meu amigo e irmão Walter Medeiros, usam a autohemoterapia. Walter inclusive trava uma briga, uma guerra sem quartel em defesa da autohemoterapia. Eu sei que outras pessoas que não quero citar os nomes, pois nem todas concordariam com essa exposição.
E – Sim.
A – E usam autohemoterapia e até recomendam para outros amigos. Agora eu pergunto: quem pode aplicar a autohemoterapia, quais são as implicações legais e quais são as contraindicações da autohemoterapia?
E – Olhe, o técnico mais capacitado para aplicar a autohemoterapia é aquele que está capacitado para aplicar as injeções normais
A – Um enfermeiro.
E – Sim, ou um técnico de enfermagem.
A – Mas ele pode fazer sem prescrição médica?
E – Todo procedimento teria que ter uma indicação por médico, para não ser considerado automedicação.
A – Certo.
E – Seria o correto uma indicação médica, mas no Brasil existe a proibição...
A – Imposta pelo Conselho Regional de Medicina, ou Conselho Federal de Medicina.
E – Conselho Federal de Medicina. A partir de um parecer solicitado, inclusive a um colega do nosso departamento, e esse parecer foi desfavorável porque não havia comprovação científica para a aplicação da técnica e por isso poderia causar mal ao paciente. Agora, a minha questão lógica é essa: de onde viria esse mal? Do produto que está sendo injetado? Não pode ser, pois o produto...
A – Se é o próprio sangue.
E – Sim, é o próprio sangue.
A – Do paciente.
E – Do sangue não teria problema. Seria o problema da técnica de ser aplicada uma injeção no músculo? Sim existe um risco, mas as injeções são aplicadas rotineiramente em todos o sistema de saúde, com os cuidados necessários para evitar os problemas. Então isso não poderia justificar a proibição. Então, onde está esse risco que a visão científica teme acontecer? E mais ainda, tem a questão das evidências. Nós hoje estamos muito orientados pelas evidências. Tudo bem. Evidências científicas, ótimo! Nada contra isso, pelo contrário. As evidências científicas apontam que a autohemoterapia é uma técnica má? Que vai produzir mal aos pacientes? Não! Não tem evidência científica nenhuma contra a técnica da autohemoterapia. Não tem evidência científica a favor, esse foi o parecer do nosso colega. Mas tem outras evidências, são os testemunhos de quem está usando a técnica. Então, se você entrar na internet, vai ver milhares de depoimentos e sites favoráveis a técnica, de pessoas que mesmo fora da legalidade, usam a técnica. Fica a pergunta: por que não liberar a técnica ao bom senso do médico que assiste o paciente?
A – O senhor teria de memória algum endereço virtual para indicar aos telespectadores a fim de que eles procurem na internet?
E – Basta colocar o termo autohemoterapia no google, vai abrir um monte de sites entre eles o oficial que fala tudo sobre o assunto, com depoimentos de usuários e inclusive com um vídeo do Dr. Luiz Moura, divulgador da técnica no Brasil. Também tem muitos textos do principal defensor da técnica no Rio Grande do Norte, Walter Pereira
A – Walter Medeiros
E – Walter Medeiros, sim, que é realmente um grande defensor da técnica, por entender, como muita gente entende, inclusive eu, que é uma técnica benéfica para os pacientes que a procuram, tanto do ponto de vista fisiológico/terapêutico quanto do ponto de vista de acessibilidade/financeiro. Uma das técnicas mais baratas que encontramos na medicina, só vai custar o trabalho de um técnico, uma seringa simples para realizar o procedimento, e o produto que é o próprio sangue do paciente, e portanto, sem custos.
A – A matéria prima é o próprio corpo.
E – Sim.
A – Agora eu pergunto ao senhor o seguinte: o senhor conhece históricos de casos de pessoas que foram submetidas ao tratamento com a autohemoterapia, há histórico de insucesso ou de efeitos colaterais negativos?
E – Não. Até agora minha experiência, pouca experiência no caso, volto a enfatizar, não sou especialista da área, eu não trabalho cotidianamente com esses pacientes. Mas com a pouca experiência que tenho, das pessoas que usaram essa técnica, todas são positivas. E todas me perguntam até quando a Universidade, os laboratórios irão fazer pesquisas para confirmar ou não essa eficácia, mostrar cientificamente as evidências que a população está mostrando.
A – Quer dizer que o problema não é que os contrários tenham investido em pesquisas para mostrar que a autohemoterapia não é recomendada; é que eles nem sequer pesquisam.
E – Isso, nem sequer pesquisam! Não existe nenhuma pesquisa para afirmar o contrário, não é? A Universidade tem uma parcela de culpa que também é minha enquanto sou professor universitário. Nós da universidade devemos desenvolver pesquisas no interesse da coletividade.
A – A universidade devia ser a vanguarda.
E – Devia ser a vanguarda. Os laboratórios que produzem medicamentos não tem nenhum interesse nisso, pelo contrário.
A – Na hora que o próprio sangue do paciente substituir o comprimido, o remédio.
E – Exatamente.
A – Eles vão ter algum abalo financeiro.
E – É um concorrente para suas atividades, não é? Então eles não tem interesse nenhum. Quem deve ter interesse é a universidade pública, que é paga com o dinheiro dos contribuintes e para os quais nós devemos dar uma resposta, e nós estamos aqui parados até agora. Vimos aqui a proibição de uma técnica usada com êxito pela população. A universidade devia mostrar: isso é verdade mesmo? Vamos em busca da verdade, fazer pesquisas para indicar isso. A população vai ser prejudicada se essa técnica for liberada? Mas essas pesquisas não estão acontecendo, então é falha nossa. E enquanto professor universitário faço aqui a “mea culpa”, apesar de meus interesses dentro da Universidade está dirigido a outro foco. Mas a universidade deve fazer isso, é sua responsabilidade, e por isso fica acuada nesse processo. A população está esperando dela uma resposta.
A – Certo, agora me diga uma coisa, se entre nossos telespectadores houver pessoas que depois de ouvi-lo com todas essas ponderações, manifestar interesse de recorrer à autohemoterapia, qual o caminho que se poderia informar para essas pessoas?
E – Aqui em Natal, eu sugiro que essas pessoas conversem com seus médicos: “olhe doutro fulano de tal. Eu sei que tem uma técnica que é muito boa, muito útil, porque faz o aumento das defesas do organismo e que eu poderia me beneficiar. O senhor poderia me indicar?” Se ele disser que não conhece, então você pede para ele se informar e verificar se é conveniente para o seu caso. Esse seria o primeiro passo, ter uma sintonia com o médico que acompanha esse paciente e evitar fazer a automedicação.
A – E se a medicina não aceitasse permanentemente experiências, nós não tínhamos chegado ao nível de cura que temos alcançado em vários seguimentos. E vou citar um caso: para algumas pessoas a cura do câncer foi possível nos anos noventa, final do século passado, através do uso de um remédio chamado Interferon. Teve um momento em que Interferon recebeu a mesma restrição das autoridades médicas no mundo dito desenvolvido, mas as empresas que fabricavam promoveram uma grande pesquisa, levando pessoas a se assumirem como cobaias e com isso obtiveram resultados que mostraram que o remédio era bom e convenceram os contrários a aceitarem o remédio. Foi institucionalizado. É preciso que haja com relação a um remédio tão barato quanto este, que é o próprio sangue da pessoa, uma compreensão da medicina convencional, que ela precisa sair dessa, desse seu espaço de conforto e aceitar o novo. É isso que eu imagino que o doutor Francisco vive dizendo aos seus colegas. Aí eu pergunto: o senhor não tem sofrido nenhuma admoestação dos conselhos federal, regional de medicina por conta dessa sua posição?
E – Felizmente até agora não. Mesmo porque sempre estou colocando esses argumentos dentro da lógica, sem agredir autoridade de ninguém, nem mesmo do colega do meu departamento que elaborou o parecer que deu origem à proibição.
A – Que deu o parecer contrário?
E – Sim, e que foi aceito pelo Conselho Federal de Medicina. Não chego até ele e faço qualquer admoestação. Respeito o seu posicionamento, mas também espero que o meu seja também respeitado. Temos que ter cuidado com os argumentos levantados pela ciência, nem sempre correspondem a verdade. Na minha área, por exemplo, eu uso um medicamento classificado como antidepressivo. Inicialmente a proposta científica é que ele iria aumentar o nível de neurotransmissor Serotonina que estava diminuído nas pessoas deprimidas. Acontece que logo após a ingestão, o aumento da Serotonina era alcançado, mas a melhora clínica não. Somente depois de 8 a 15 dias era que a melhora clínica acontecia. Então o fator que melhorava não era simplesmente o aumento dos receptores. A teoria mais aceita atualmente é da diminuição dos receptores, uma baixa regulação. Mas nada nos assegura que este ainda seja o verdadeiro motivo.
A – Era o que eu ia dizer agora. Mas, amigos, estamos pressionados pelo tempo, na hora de encerrar o programa e a nossa conversa como doutor Francisco Rodrigues, a quem eu convido aqui a retornar em outras ocasiões aos nossos estúdios e ao nosso Primeira Página para focalizarmos novamente este tema que é muitíssimo interessante. Doutor Francisco, muito obrigado, e a casa é sua, viu? Venha sempre.
E – Obrigado, e a todos os telespectadores.
Enfim, esta foi à entrevista. Não gostei da forma como informei o assunto. Fui muito prolixo, sem objetividade. Corrigi bastante com esse texto o que falei ao vivo na televisão. O leitor que tiver curiosidade de confrontar esse texto com a entrevista, vai concordar com minha opinião. A essência do que eu disse é a mesma, mas a forma aqui está bastante melhorada. Afinal, reconheço, sou muito melhor escrevendo do que falando. A emoção costuma obnubilar meu raciocínio.
As 19h teve início mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, na Escola Padre Monte, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Luci; 03. Maria Queiroz; 04. Netinha; 05. Rosália; 06. Luzivan; 07. Nazareno; 08. José Roberto; 09. Nivaldo; 10. Jaqueline; 11. Ana Paula; 12. Radha; 13. Edinólia; 14. Mano; 15. Francisco Rodrigues; 16. Pastor Edenildo; 17. Carlos Volu; 18. Ricardo Queiróz; 19. Davi; e 20. Damares. Depois da meia hora de conversa livre, foi lido o preâmbulo espiritual com o título “O tesouro enferrujado” uma citação de Tiago em 5:3. Em seguida foi lida a ata da última reunião que foi aprovada por todos sem correções. COMUNICADOS – Maria Queiróz informa sobre a morte do seu ex-marido que aconteceu ontem e por se sentir ainda um tanto desnorteada possivelmente não ficará até o fim da reunião. Luzivan diz que fez contato com a diretoria da EMATER, coordenadora Regional do Agreste Sra. Betânia, e que ficou de levar ofício da Escola Padre Monte e da AMA-PM dirigido `presidente, Sra. Kátia Araújo Lopes Muniz. Tem a possibilidade de construção de uma Horta Doméstica e de trazer diversos cursos. Também levantou a possibilidade da AMA-PM procurar a ativação do setor de artes, danças e cultura através do Araruna, mas foram argumentadas várias dificuldades para isso ocorrer. Mano informa que fez a entrega do ofício a COSERN solicitando a iluminação. Paulo informou que fez diligências para a fiação elétrica e para URBANA solicitando a limpeza permanente do entorno da Escola Padre Monte. Ricardo esclarece que deve ser feita uma comunicação solicitando a limpeza da escola à empresa Adelino Terceirização e Serviços, `Sra. Patrícia Monte, gerente. Davi ficou responsável pela reativação do Jornal Informativo com a perspectiva de 300 exemplares. O Pastor Edenilson acertou junto com a diretora da Escola Maria Queiróz a realização de um culto semanal nas sextas de 9:30 as 9:50, a partir do próximo semestre. Roberto comenta sua condição de dependente químico e que está se esforçando para sair dessa situação. Está organizando um carro para a venda de balas e pipocas e conta com a ajuda da sociedade organizada. Jaqueline informou que apesar da comunidade não ter se envolvido como era esperado, o trabalho realizado foi muito bonito e agradece a participação de todos que colaboraram. Edinólia lembra que o próximo sábado vai ser a realização do São João na Escola Padre Monte e que conta com a colaboração de todos. Damares ficou de dar o apoio na montagem da pescaria e no gato no pote. Ao fim da reunião às 20:30h, o Pastor Edenildo conduziu a oração ao Pai, fizemos a foto coletiva e degustamos o lanche da noite ofertado pela escola.
Como eu poderia caracterizar a Verdade? Um instrumento associado ao Amor que deve ser usado com muito cuidado, pois pode destruir ao invés de construir como é de sua natureza. É como a luz, se a recebemos com muita intensidade ela irá nos deixar ofuscado sem ver direito as coisas, o contrário da natureza da luz que é fazer a pessoa enxergar as coisas com mais nitidez.
O que acontece hoje no Brasil mostra a importância da Verdade. A Operação Lava Jato desencadeada pela Justiça, outro dos braços do Amor, mostra a rede de corrupção que se instalou na administração do país a partir da liderança do PT que pretendia ser o elo forte de uma ideologia de sangria dos recursos nacionais.
As contradições e mentiras apresentadas nas comunicações oficiais mostram a ignorância dessas pessoas quanto a prevalência da lei maior, a Lei do Amor, que mesmo não estando escrita de forma objetiva nos livros jurídicos, está escrita na nossa consciência identificada, como a Lei de Deus.
Como é que uma pessoa patrocina a destruição financeira de um bem precioso para uma nação, como é o caso da Petrobrás, e não sente a consciência acusar que ela está fazendo uma coisa errada? Como é que pessoas aceitam participar desse ato dantesco de estupro coletivo de um ente institucional sem a consciência acusar? Como é que as pessoas que vivem, trabalham e constroem essa empresa não percebem a administração degenerativa que vampiriza os seus recursos naturais e potencial financeiro, sem a consciência acusar? Como é que parte da população ainda defende esses administradores, políticos ou técnicos, que a Verdade e a Justiça mostram ser culpados por suas ações ilícitas, sem a consciência acusar? Afinal, se na consciência está a Lei de Deus, ela não devia ser prioritária frente a qualquer outro interesse? Sim, devia, quando a pessoa reconhece a existência de Deus e que somos Seus filhos, colocados no mundo material para aprender sobre a Lei do Amor. Quando não temos a compreensão firme na existência de Deus e na obrigatoriedade de ser obedientes à Sua lei, então passa a prevalecer os interesses de origem material, carnal, instintiva. A pessoa perde o freio divino da centelha divina que tem dentro de si. Continua a agir errado, fazendo aos outros o que não gostaria que fizessem a si, entortando a Verdade e manipulando as massas ignorantes das lições básicas da cidadania e até mesmo a elite acadêmica com benesses fora do alcance administrativo e financeiro real, pois só podemos gastar o que conseguimos ganhar, senão o endividamento é o resultado, como acontece no país.
Mas tem outro aspecto que merece ser citado, à bem da Justiça. Cada pessoa constrói dentro de si uma “verdade” que jamais será idêntica a Verdade final, incontestável. Cada um encontra um caminho cognitivo formado pelas circunstâncias para criar uma verdade dentro da mente. É o que acontece agora comigo e por isso escrevo esse texto com esse teor. Quem está do outro lado, pensando diferente, pode ser uma pessoa maliciosa tentando enganar a nação, ou uma pessoa que foi envolvida com a mentira trazida com o anestésico das benesses... ou mesmo uma pessoa que está dentro da Verdade e quem está afastado dela sou eu.
Temos que usar os outros recursos implícitos na Lei do Amor, para nos aproximar da Verdade. A inteligência, a coerência, a transparência, a honestidade... todos são instrumentos importantíssimos para a análise dos fatos e direcionar o pensamento para o lado da Verdade. Aconselho a usar a bússola comportamental que Jesus nos ensinou: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Fazendo assim caminharemos em direção à Verdade com mais segurança, pois iremos obrigatoriamente considerar o adversário como irmão, mesmo que ele nos xingue de coxinha, elite ou reacionário.
Pedro acabara de sair da sorveteria carregado de potes de sorvetes para consumir durante a semana. Das delícias da gastronomia era a que mais gostava. Não importava que isso fosse lhe trazer gorduras extras.
No caminho de casa viu de relance um mendigo à sua esquerda, tentando comer algo que tirava de dentro de uma lata. Era o dia dos namorados, e Pedro pensou como seria a vida dessa pessoa, que talvez nem soubesse que hoje se comemorava o dia dedicado ao amor, mesmo que fosse um amor entre casais. Mas Pedro não fazia essa distinção, para ele o Amor Incondicional era a virtude mais importante, ensinada pelo Mestre de Nazaré e que devia ser colocada em prática a partir do coração de cada pessoa para ser construído o Reino de Deus.
Quando Pedro viu o mendigo, fez associação com o Amor e o Dia dos Namorados, sua consciência passou a se agitar. “Não era este o dia que os namorados demonstram o seu amor por aqueles com os quais se comprometem? Ele também não se sentia comprometido com o Amor Incondicional, e a esse Amor não estava disposto a dedicar sua vida? Ele tinha muitas pessoas a quem podia chegar perto e reverenciar o Amor Incondicional através delas... mas aquele pobre abandonado também era uma delas! E por que ele deveria manifestar o seu amor somente aquelas pessoas perfumadas, bonitas, sensuais, educadas, bem alimentadas e que demonstram que o amam também? Ele não sabia que o Amor Incondicional orienta amar ao próximo, quem quer que seja ele? Que fazendo assim a pessoa demonstra amor ao Amor Incondicional? E por que ele acaba de passar por uma pessoa necessitada, que estava próxima, mas que ele estava lentamente se distanciando com seu carro luxuoso? É assim que ele reverencia no Dia dos Namorados o seu grande amor pelo Amor Incondicional?”
Cada vez que essas perguntas circulavam na mente de Pedro, mais ele diminuía a velocidade do carro, até fazer o retorno. Voltou àquela calçada onde encontrou o pobre maltrapilho com sua lata. Parou o carro perto dele, pegou uma das caixas de sorvete, e fez sinal com a mão. O pobre, com olhar assustado, fez esforço para se levantar e estendeu a mão para receber o presente. Pedro pode ver os dedos deformados que surgiram de uma manga de casaco esfarrapada.
- Feliz Dia dos Namorados - disse Pedro - como é seu nome?
- Eu sou Gilmar, meu capitão - disse o pobre - fazendo um gesto de continência.
- Ficas com Deus – se despediu Pedro.
Pedro voltou a pegar o caminho de casa, sua mente agora silenciosa só ouvia ao longe o murmúrio da consciência: “É, você conseguiu dar um cartão de amor ao Amor Incondicional, ele deve estar satisfeito contigo. Nesse grande incêndio do egoísmo que toma conta da sociedade, tu fostes um pequeno beija-flor a levar sua gota de agua. Certamente aquela pessoa, naquele momento, provou o afeto de outro ser humano. Talvez as suas dores físicas e emocionais naquele pequeníssimo espaço de tempo que ouviu a tua vos, tenham sido atenuadas. Talvez ao provar o sorvete que tem nas mãos ele consiga fazer uma diferença entre o doce que lhe afaga a alma, do amargor da cachaça que lhe alivia as dores. Talvez no outro dia quando o sol lhe acordar ao bater no rosto ele não se lembre de nada do que aconteceu, mas talvez ele perceba ao notar a caixinha vazia de sorvete ao seu lado que Deus existe, que existe ainda esperança, que ele deve ter algum irmão perdido nessa imensa selva de pedra que lhe consome a vida”.
Sim, Pedro, meu amigo, é como diz a música de Raul Seixas, “Quem te fez com ferro fez com fogo, Pedro / É pena que você não sabe não. / Vai pro seu trabalho todo dia / Sem saber se é bom ou se é ruim / Quando quer chorar vai ao banheiro / Pedro, as coisas não são bem assim / Toda vez que eu sinto o paraíso / Ou me queimo torto no inferno / Eu penso em você meu pobre amigo / Que só usa sempre o mesmo terno / Pedro onde você vai eu também vou / Mas tudo acaba onde começou / Tente me ensinar das tuas coisas / Que a vida é séria e a guerra é dura / Mas, se não puder cale essa boca, Pedro / E deixa eu viver minha loucura / Todos os caminhos são iguais / O que leva à glória ou a perdição / Há tantos caminhos, tantas portas / Mas, somente um tem coração / E eu não tenho nada a te dizer / Mas, não me critique como eu sou / Cada um de nós é um universo, Pedro / Onde você vai eu também vou.”
Sim, Pedro, meu amigo, você vai ter que descobrir quem és, se aquele que ficou na calçada ou esse que dirige o carro... se foi você que fez a caridade de ofertar um sorvete para provar o seu amor, ou se foi o pobre que fez a caridade de você ter a oportunidade de provar a si mesmo que é humano e filho de Deus.
Enfim, deixemos que o Amor lhe ajude.
Este dia o comércio é movimentado pelos casais como uma data especial. Os costumes relacionados com este dia provavelmente vem de um antigo festival chamado Lupercalia, que se realizava todo dia 14 de fevereiro. A festa celebrava a fertilidade homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan (deus da natureza) e também marcava o início oficial da primavera. Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade. A associação com o amor e romantismo chega depois do final da Idade Média, durante a qual o conceito de amor romântico foi formulado. Em alguns países é chamado Dia de São Valentim, data comemorativa entre casais, lembrando da história dele como padre de Roma.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador romano Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Mas Valentim continuou celebrando casamentos apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviava flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar São Valentim como o Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o Saint Valentine’s Day. E na Idade Média dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso os namorados da Idade Média usavam essa ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a). Na sua forma moderna, a tradição surgiu em 1840 nos Estados Unidos, depois que Esther Howland vendeu 5.000,00 dólares em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. Desde então, a tradição de enviar cartões continuou crescendo, e no século XX se espalhou para o mundo.
Atualmente, o dia é associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa.
Aqui no Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho por ser véspera do dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio, santo português com tradição de casamenteiro. A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o publicitário João Doria trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes, iniciando em junho de 1949 uma campanha com o slogan “Não é só com beijos que se prova o amor”. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim, que no hemisfério norte ocorre no dia 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre o casal enamorado.
Este é o significado deste dia de hoje, onde o amor fica em destaque, mas associado ao romantismo. Eu vivo uma dicotomia, sou essencialmente romântico e ao mesmo tempo um dos maiores críticos do romantismo, por entender que ele leva ao casamento tradicional formando a família nuclear, cheia de ciúmes, egoísmo, exclusão e que tudo isso dificulta a expressão do amor incondicional, que é inclusivo, tolerante, compreensivo, bondoso, fraterno... com todos!
Lembro de São Francisco de Assis que decidiu seguir os passos do Mestre de Nazaré e excluiu de sua vida qualquer tipo de amor romântico. Evitava até olhar para o rosto das mulheres, pois assim não cairia na tentação do desejo de ter um afeto amoroso com ela. Chegava a supliciar o corpo para espantar dele qualquer tipo de desejo carnal. Toda sua energia estava disposta a seguir as lições evangélicas e desviou (sublimou) todo seu potencial energético e biológico de ligação afetiva para a senhora Pobreza com a qual se achava comprometido.
Tenho uma compreensão parecida com aquela que teve São Francisco de Assis e uma tendência a me ligar afetivamente a uma das virtudes que povoam a nossa mente. No caso dele foi a Pobreza, no meu caso, estou enamorado do próprio Amor Incondicional que considero a mais perfeita das virtudes (coisa de apaixonado! Rsrsrs).
Acredito que as lições do Mestre de Nazaré devem ser colocadas em prática para construir o Reino de Deus a partir do próprio coração. Mas entendo também que devemos seguir a evolução dos tempos, assim como Jesus fez com relação a Moisés, modificando a lei do Talião (olho por olho, dente por dente) para a lei do Amor (se alguém te bate na face oferece o outro lado).
Portanto, neste dia especial dedicado aos namorados, procuro na mente a quem devo homenagear e vem logo na consciência: o Amor Incondicional!
Por isso falei no início que vivo numa dicotomia, um tipo de paradoxo. Sou essencialmente romântico, mas minha consciência não permite que eu dirija esse amor com exclusividade para nenhuma pessoa e sim para o Amor Incondicional, que por sua vez acolhe com afeto todas as mulheres, todas as pessoas, todo o próximo. Assim, nenhuma mulher que deseja a exclusividade do romantismo vai se sentir bem perto de mim, pois, como São Francisco de Assis se considerava casado com a Senhora Pobreza, eu já me considero casado com o Senhor Amor Incondicional, e nem me preocupo com a crítica homofóbica que disso possa surgir.