Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
22/12/2016 11h18
BOLETIM DE GUERRA

            Próximo de mais um fim de ano, é importante que este texto seja produzido: a crônica do nosso comportamento humano envolvido na batalha entre o Bem e o Mal, que acontece desde os tempos que nosso psiquismo atingiu um nível evolutivo suficiente para tomar decisões baseados no livre arbítrio e assim contrariar voluntariamente a Lei da Natureza, a Lei de Deus.

            No nosso caminho evolutivo, estamos emergindo da animalidade, para sustentar a humanidade em direção à angelitude. Como ser humano emergindo da animalidade, possuímos com muita força, emoções e motivações animais, ligadas ao egoísmo, e, portanto, facilmente cometemos erros contra a Natureza, fazemos coisas erradas, associadas ao mal, e portanto ficamos engajados muitas vezes nas fileiras do Mal nessa guerra, mesmo não tendo a consciência de que é isto que está acontecendo.

            À medida que percebemos nossos erros e procuramos corrigir nossas atitudes, nos voltamos para o cumprimento das Leis da Natureza, da harmonia, e portanto nos engajamos nas fileiras do Bem. Nesse sentido, o processo evolutivo onde todos estamos engajados, termina por colocar todos nas fileiras do Bem, então estaremos aptos para criar o Reino de Deus. Por enquanto, a batalha está ferrenha com o Mal apresentando vantagens, pois se apresenta em maior número em todo o planeta. Porém, recebemos há dois mil anos a visita do nosso comandante que veio nos ensinar as estratégias de vencer essa guerra. Jesus Cristo ensinou sobre o Amor e deixou entre nós o seu Espírito na transcendência e o Evangelho na imanência. São dois aspectos importantíssimos para a criação e atuação do exército do Bem.

            Na minha atuação frente ao exército do Bem, percebo próximo e distante de mim muitas ações que podem ser consideradas associadas ao Mal, até mesmo atitudes que são vistas com naturalidade pela comunidade. Por exemplo, um homem casado que se vangloria de ter encontrado uma ou mais prostitutas e ter usado os seus serviços de forma prazerosa por toda uma noite. É uma relação comercial, é claro, mas por trás tem uma pessoa que vende o seu corpo para a sobrevivência, sem a dignidade humana que todos precisamos ter. Por outro lado a esposa dessa pessoa não sabe o que realmente aconteceu na noite que ficou só, e se tiver o mesmo desejo por outro homem, terá que conter os seus instintos, pois o marido jamais a perdoará como ela perdoará o marido se um dia vier a conhecer a verdade. Os combatentes do Bem devem evitar essa situação, não atingir a dignidade humana do próximo e não agir de forma clandestina, omitindo ou falsificando a verdade para alcançar os seus prazeres carnais.

            A outra forma muito comum de causar mal ao próximo, e portanto agir como soldado do Mal, é fazer algum tipo de corrupção que desvie dinheiro da coletividade para os seus próprios bolsos, seja qual for a justificativa que haja por trás de tudo isso. Uma pessoa que passa no coletivo com uma carteira falsa de estudante, comete qualitativamente o mesmo mal de quem desvia bilhões das contas públicas. Apenas por força das circunstâncias, ele não teve oportunidade de cometer quantitativamente o mesmo Mal.

            Mais uma vez devemos ficar atentos, pois a todo momento estamos sendo tentados pelo Mal a entrar em suas fileiras, fazendo o mal próximo ou distante de nós. Por outro lado, nós que já estamos querendo nos manter nas fileiras do Bem nesta guerra, devemos saber que o irmão que está do outro lado nessa guerra, pode a qualquer momento despertar para a Luz e entrar em nossas fileiras. Não devemos destruir o pecador, e sim, atacar o pecado que ele realiza.

            Nesta guerra temos a parte escancarada do Mal, que observamos nas guerras reais, na doutrinações que escraviza os seres humanos, que suga as suas forças, nas quadrilhas de bandidos que aterrorizam as comunidades, as favelas, que induzem ao uso de drogas, à prostituição, etc. Mas, podemos considerar o front das batalhas o cotidiano de nossas vidas, onde podemos organizar as ações do Bem para corrigir as ações do Mal, ou nos envolver nas tentações do Mal e fazer parte do seu exército.

            Cabe a nós, que já temos um pouco de Luz, a atenção e decisão.

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em 22/12/2016 às 11h18
 
22/12/2016 00h54
FOCO DE LUZ (128) – AVALIAÇÃO DA FESTA

            No dia 21-12-16, as 19h, na casa de Paulo Henrique, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Francisco; 02. Paulo Henrique; 03. Ana Paula; 04. Alcenir; 05. Wellington; 06. Nivaldo; 07. Luzivan; 08. Anilton; 09. Jaciara; 10. Kiko; 11. Naire; 12. Nazareno; 13. Rosana (Clube de mães das Rocas); 14. Ricardo; 15. Edinólia; 16. Davi; 17. Analice; 18. Jaqueline; 19. Francisca; 20. Marise; e 21. Washington. Após os 30 minutos iniciais de conversas livres foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Pregações” uma fala de Jesus registrada por Marcos 1:38. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos os presentes. COMUNICADOS: Jaciara informou que todos os ofícios solicitando apoio para a festa natalina foram entregues aos devidos órgãos, houve o compromisso de ajuda, mas devido a situação de crise no pais e de greve em alguns setores deixou de ser atendido no dia da festa. Ricardo informa que foi conseguido a doação de um burro para a comunidade, mas que não foi possível trazê-lo devido a falta de transporte adequado. Washington e Francisca ficaram responsáveis pela guarda desse animal. Luzivan trouxe um computador e impressora como doação para a AMA-PM e ficou guardados na casa de Paulo Henrique. Ricardo leu um documento relacionado ao tombamento do Hospital Reis Magos e disse do comprometimento que deve existir entre todos para que o imóvel seja utilizado de alguma forma para não se tornar um “elefante branco” dentro da comunidade. Foi informado que existe um calendário de atividades dentro deste tema abrangendo as comunidade do entorno e órgãos públicos interessados na resolução do problema. Depois foi feito uma rodada de informações onde cada pessoa presente dava o seu parecer quanto o desenvolvimento da festa. Foi dito por unanimidade do sucesso da festa, que todos apreciaram e elogiaram, inclusive alguns críticos. A falta de organização que foi observada ainda nesta festa deve ser corrigida nos próximos eventos. As 20h30m a reunião foi encerrada, o pastor Wellington conduziu a oração do Pai Nosso e todos posamos para a foto coletiva. Todos degustamos um jantar simples promovido por Paulo Henrique e Alcenir.

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em 22/12/2016 às 00h54
 
21/12/2016 00h59
HISTÓRICO DE UMA VIDA (7) – ÊXODO PARA MACAU

            Por volta dos cinco anos de idade a minha mãe separou do meu pai e vim morar com ela em Macau. Era uma cidade próxima, outra ilha de vocação financeira na produção de sal. Tinha apenas uma entrada que servia como saída, da mesma forma que Areia Branca. No caminho dessa estrada única encontrávamos um enorme moinho de vento que servia de motivo turístico para os visitantes. E no final, na entrada da cidade, existia um pórtico com a imagem da padroeira, que também era a mesma: Nossa Senhora da Conceição.

            Por dificuldades na sobrevivência minha mãe permitiu que minha avó me criasse, já que ela com a atividade de dona de bordel conseguia ganhar mais dinheiro do que a minha mãe na confecção de bolos e raivas. A minha avó, apesar de manter comigo uma educação rígida, recheada de castigos e isolamento social, trabalhos dentro e fora de casa, cuidava da minha educação, queria que eu frequentasse as melhores escolas, que me dedicasse aos estudos, quando não estivesse trabalhando. Nessa condição de criança criada sozinha, eu me voltava para os brinquedos que minha imaginação construía. Principalmente com tampas de garrafas que eu guardava de casa ou colhia nas ruas. Construía com elas as mais diversas criações, casas, castelos, torres... fazia também grupos de pessoas que se digladiavam a cada lado, um do bem, outro do mal. Uma das tampas servia como bala para destruir os adversários quando atingisse a eles e provocasse a virada da tampa. Eu sempre estava ao lado da lei, da justiça, do romance. Todas essas ideias surgiam dos diversos guris, revistas em quadrinhos das quais eu era fã. Zorro, Tarzan, Batman, Mandrake, Fantasma, Rin-tin-tim, Superman, as revistas da Disney como Pato Donald, tio Patinhas, e tantas outras. Eram dessas histórias recheadas de valentia, justiça e aventura que minha mente ficava permeada. Tinha poucos amigos e não sabia das coisas práticas da vida, como a sexualidade, por exemplo. Por volta dos 17 anos eu ainda não sabia como funcionava a sexualidade entre um homem e uma mulher. Acreditava nas fantasias que minha avó dizia para justificar a constante entrada de homens com mulheres nos quartos que ela alugava. Tinha simpatia por algumas garotas da escola, cheguei a me apaixonar platonicamente por uma delas, mas a minha introversão associada a timidez impedia até que eu fixasse o olhar nela. Quando eu visitava a casa dos seus pais, pois o seu irmão era escoteiro como eu, evitava a todo momento cruzar o meu olhar com o dela. Acredito que ela achava até que eu não gostava dela. Mas na minha intimidade os sonhos fluíam com ela e embalados nas músicas da jovem guarda eu criava as mais diversas condições onde nos encontrávamos e namorávamos. Mas esses sonhos nunca criaram nenhum pouco de realidade.

            Assim passei a minha infância, juventude, adolescência, ao lado da minha avó, isolado, trabalhando, estudando. Os poucos momentos que ia à casa da minha irmã era para mim o paraíso, pois conseguia jogar bola com os garotos da minha idade e até ensaiar alguns passos românticos com uma vitrola que eu levava para escutar as músicas de Roberto Carlos. Tinha minhas atividades no escotismo, ia à escola e muitas vezes, quando voltava com os livros da escola, encontrava alguém esfaqueado nas calçadas, já que o ambiente era fruto de muita violência.

            Senti a paixão de uma das mulheres que trabalhava na boate concorrente a minha avó e fiquei assustado e admirado com esse sentimento. Ela estava sempre voltada para mim, mesmo que conseguisse algum cliente, ela preferia ir com ele beber na boate da minha avó, só para ficar perto de mim. Eu não sabia o que fazer, como administrar esse sentimento. Ora, nem ao menos o sexo eu sabia como era que funcionava! ...

            Finalmente atingi os 18 anos e fui chamado para servir a Marinha do Brasil na condição de grumete, aprendiz de Marinheiros. Teria que ir para a Base Naval de Natal e uma nova etapa iria ser criada em minha vida.  

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em 21/12/2016 às 00h59
 
20/12/2016 00h59
HISTÓRICO DE UMA VIDA (06) – CONJUNTURA MÍSTICA

            No dia do meu nascimento, 20 de outubro, é considerado o dia da Voga. Significa a moda, uma mania passageira, algo que está em destaque, uma música, por exemplo. Pode ser um ritmo demonstrado ou contido em quaisquer ações. Na Marinha, corresponde ao ritmado das remadas. Indivíduo que, sentado na parte traseira das embarcações, marca o ritmo da remada daqueles que o acompanham. É portanto uma ação de vogar, de divulgar, de estar na moda. O significado de Vogar passa a ser impelido por velas ou remos, navegar com braços fortes.

            Esse é um indicativo da minha missão de colocar o Amor Incondicional na moda, navegar com ele com ritmo e braço firme, marcar o passo das remadas daqueles que passam a compreender a importância da navegação da vida nesse sentido como forma da melhor aproximação de Deus conforme o Cristo nos ensinou.  

Do ponto de vista astrológico estou situado no signo de Libra, na cúspide Libra-Escorpião, tendo o Ar como símbolo alquimístico, dentre os outros três elementos (água, terra, fogo) com os quais compõe o planeta Terra. O espírito da natureza do Ar é o Silfo.

Silfos ou Sílfides são seres mitológicos da tradição ocidental. Silfos ao contrário das Fadas são masculinos. O termo provém de Paracelso, que os descreve como elementais que reinam no Ar, nos ventos, tanto que são fadas, fadas do vento, assemelhando-se às vezes a anjos. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para cima, cortado por um traço na horizontal

O Ar é considerado um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo e Wicca. Muitos rituais religiosos são realizados na presença de um símbolo desse elemento. Seja em forma de incenso, ou mesmo representado simplesmente por uma pena.

Segundo outras crenças, acredita-se que o Ar tenha alguns poderes especiais. Na religião Wicca o Ar é tido como um dos símbolos do Grande Deus, assim como o incenso e as penas. O Ar corresponde ao Tattwa (Vibração do éter; círculo esotérico da comunhão do pensamento) Waju (Vayú), e é simbolizado pelo círculo azul esverdeado. Responsável pelo equilíbrio (neutralização) entre os efeitos passivo e ativo do fogo e da água. Como um intermediário, o princípio do Ar herda do fogo o calor, e da água a umidade. Essas características conferem ao princípio aéreo, também duas polaridades: a positiva (de doação da vida) e a negativa (exterminadora).

Na astrologia sendo o elemento mais ligado ao espiritual, normalmente seus nativos são equilibrados, e possuem grande inteligência. Os nativos do Ar valorizam a harmonia, justiça e a beleza. Preferem sonhar um mundo ideal do que buscar a realidade.

Corresponde a minha realidade, sonho com o mundo ideal do Reino de Deus, ensinado pelo Mestre Jesus, mas procuro colocá-lo na prática, mesmo com toda a dificuldade que sinto ao redor em função disso.

As pessoas nascidas sob o signo de Ar são espertas e pensam rápido, lidando com o abstrato e o incerto muito bem. Se você estiver com alguma dúvida ou dilema, são eles quem você deve procurar, já que adoram analisar, ponderar e chegar a resultados. São ótimos amigos e sabem se colocar no lugar dos outros, tendo, assim, uma perspectiva e uma visão de mundo adaptáveis e misericordiosas.

Todos esses itens se encaixam na minha personalidade, com observações quanto o pensamento, pois pode ser rápido, mas como investiga com detalhe os prós e os contras, termina por ser lento na decisão.

Signos do Ar, como Libra, são muito comunicativos e curiosos, apreciam a companhia das pessoas e o conhecimento e informações que elas trazem. O mundo para esses signos é um lugar maravilhoso e cheio de coisas novas a serem descobertas.

Mas não se iludam com a aparente calma destas pessoas. Elas podem ser leves como uma brisa ou violentos e intempestíveis como um tornado, depende de como você lida com eles. Eles podem ser muito tranquilos, mas uma vez ofendidos ou contrariados, seu equilíbrio se quebra e eles partem para o ataque.

O signo de Balança sob o qual nasci é regido por Vênus, responsável pelo equilíbrio, beleza e justiça, e preza a harmonia. Embora não goste de tomar decisões e iniciativas, o libriano adora dar bons conselhos para os outros, e é capaz de se dar bem com todos os signos, devido a paciência na hora de ouvir e ajudar os outros. Os nativos deste signo são belos, inteligentes e gostam de alguma atividade artística, sendo leitura, música, pintura ou desenho, e são dedicados e talentosos no que pretendem. Possuem um humor estável, muito positivo. Alegres, adoram viver o prazer de uma forma geral. Nem sempre os esportes o atraem, são amantes e não atletas. Se impressionam muito com a beleza exterior das pessoas, e isso pode ser bom ou ruim, dependendo do valor que derem a isso. Libra sempre se encontra onde a beleza está. Librianos mais maduros psicologicamente conseguem se encantar mais com a beleza interior das pessoas, porque esta não é transitória. Possuem sorte em todos os períodos da vida, mas muitas vezes se desequilibram e perdem a alegria e extroversão que normalmente possuem.

Esta extroversão não é o comum em mim, sou mais ligado na introversão. Nos períodos de desequilíbrio, prefiro o silêncio e o afastamento das pessoas, mas quando retorno ao bom humor, sou alegre, prestativo, conselheiro e agradável.

Os librianos se sentem bem em ambientes limpos e bonitos, são um tanto ambiciosos, persuasivos e valorizam muito a justiça. São inteligentes e possuem um bom raciocínio, mas não se destacam muito nesse campo, porque apenas absorvem muito bem o que aprendem. Se destacam mais no campo do amor e amizades. Gostam de lidar com pessoas, tendem a ser românticos, expressando seus sentimentos através de músicas, poesias, etc.

As pessoas nascidas no vigésimo dia do mês são regidas pelo número 2 (2+0 = 2) e pela Lua. Costumam ser impressionáveis e imaginativas e facilmente magoam-se com críticas ou falta de atenção dos outros. Também podem ofender-se e irritar-se com facilidade. Nascidos sob a influência da Lua, Vênus (regente de Libra) e Plutão (regente de Escorpião), as pessoas de 20 de outubro frequentemente têm uma forte atração pela repulsa e por prazeres sensuais.

No Taro, a vigésima carta dos Arcanos Maiores mostra O Julgamento, no qual as pessoas são incitadas a deixar para trás as considerações materiais e a buscar maior espiritualidade, uma imagem particularmente relevante para os nascidos em 20 de outubro. A carta mostrando um anjo que toca trombeta, significa que um novo dia, de prestação de contas, está surgindo. É uma carta que desafia ir além do nosso ego e que permite vislumbrar o infinito. O perigo é que a trombeta atraia apenas os arautos da exaltação e da intoxicação, a perda de equilíbrio e a indulgência em orgias envolvendo os instintos mais básicos.  

Estas são as características transcendentais, místicas, esotéricas, escritas nas estrelas, que ganhei do Criador no dia do meu nascimento

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/12/2016 às 00h59
 
19/12/2016 00h59
ESPIRITUALIDADE

            A festa natalina que promovemos no dia anterior, foi um exemplo da dificuldade que possuímos no exercício da nossa espiritualidade. Mesmo que as religiões em seus diversos templos e formatos tendem a nos ajudar a expressar essa espiritualidade, mesmo assim a nossa natureza animal ainda fortemente subjugada pelas motivações atávicas, nos deixa muito longe daquilo que o padre Pierre Teilhard de Chardin escreveu no seu texto comparativo da espiritualidade com a religião:

            “A religião não é apenas uma, são centenas; a espiritualidade é apenas uma.

            A religião é para os que dormem; a espiritualidade é para os que estão despertos.

            A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados; a espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz interior.

            A religião tem um conjunto de regras dogmáticas; a espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

            A religião ameaça e amedronta; a espiritualidade lhe dá paz interior.

            A religião fala de pecado e de culpa; a espiritualidade lhe diz: “aprenda com o erro”...

            A religião reprime tudo, te faz falso; a espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

            A religião não é Deus; a espiritualidade é Tudo, portanto é Deus.

            A religião inventa; a espiritualidade descobre.

            A religião não indaga nem questiona; a espiritualidade questiona tudo.

            A religião é humana, é uma organização com regras; a espiritualidade é divina, sem regras.

            A religião é causa de divisões; a espiritualidade é causa de União.

            A religião lhe busca para que acredite; a espiritualidade você tem que busca-la.

            A religião segue os preceitos de um livro sagrado; a espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

            A religião se alimenta do medo; a espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

            A religião vai viver no pensamento; a espiritualidade vai viver na Consciência.

            A religião se ocupa com fazer; a espiritualidade se ocupa com Ser.

            A religião alimenta o ego; a espiritualidade nos faz Transcender.

            A religião nos faz renunciar ao mundo; a espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

            A religião é adoração; a espiritualidade é meditação.

            A religião sonha com a glória e com o paraíso; a espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

            A religião vive no passado e no futuro; a espiritualidade vive no presente.

            A religião enclausura nossa memória; a espiritualidade liberta nossa consciência.

            A religião crê na vida eterna; a espiritualidade nos faz conscientes da vida eterna.

            A religião promete para depois da morte; a espiritualidade é encontrar Deus em Nosso interior durante a vida.

            Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...”

             Concordo com todos os itens elaborados pelo sábio padre, e poderia até enriquecer com mais um item que sinto que estou seguindo e que está muito mais ligado à espiritualidade do que à religião:

            “A religião nos ensina a seguir um caminho estudado e predeterminado por outros; a espiritualidade nos ensina a seguir a voz da nossa Consciência onde se encontra instalada a Lei de Deus.”

            Esta é bem parecida com o terceiro item do padre Teilhard de Chardin, mas tem um sentido mais pragmático.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/12/2016 às 00h59
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