Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/01/2018 00h59
RAIZES E FRUTOS

            A alegoria de raízes e frutos dentro dos estudos espirituais é bem interessante. Raízes são aqueles valores que estão interiorizados dentro do Eu, valores que sendo bons ou ruins irão dar frutos bons e ruins, respectivamente.

            As raízes boas são as boas virtudes, como compaixão, solidariedade, amor, tolerância, compreensão, perdão, etc. Essas boas virtudes devem ser conquistadas através do exemplo, da educação, que podemos receber nos ambientes por onde vivemos e circulamos, principalmente na família e na escola.

            A verdade é o terreno fértil onde as virtudes são cultivadas. Por mais que as circunstâncias sejam adversas, onde a verdade seja necessária, não podemos fugir das dores e consequências que a ela poderá trazer a quem a veicular e a quem por ela for atingido. O tempo será o grande avalista do poder salutar da verdade e da natureza boa dos frutos que daí sairão.

            Por outro lado, as raízes más são os vícios, como drogas, ciúme, raiva, ira, gula, ressentimentos, mágoas, inveja, preguiça, falsidade, hipocrisia, etc. Esses vícios podem se instalar naturalmente, alimentados pelo vigor do Ego que está presente em cada corpo biológico, e que é importante para a sobrevivência do indivíduo, mas pode ser bastante lesivo ao corpo social se não for devidamente educado, instruído.

            A mentira é o terreno fértil onde os vícios florescerão. No ambiente social do planeta Terra, considerado ainda um planeta de provas e expiações, iremos encontrar um predomínio do mal. Isso traz a tendência da educação da maioria dos humanos para a maldade, o egoísmo, a mentira presente em quase todos os relacionamentos.

            Em função dessa situação, iremos observar que os frutos produzidos por cada pessoa, tem como resultado coletivo, a predominância dos maus frutos.

            A nossa grande missão enquanto cristãos, nascidos e morando no Brasil, país considerado o “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, é reverter essa situação e transformando o planeta para a categoria de “regeneração”.

Mesmo estando cercados de frutos ruins, ás vezes sendo obrigados a se alimentar deles, por questão de sobrevivência, devemos fazer todo o esforço para tornar o conteúdo nutritivo em matéria prima transformada para a formação de bons frutos de nossa parte. Isso significa dizer que estamos aplicando na prática a mais fortes lições do Mestre: “dar a outra face quando esbofeteado” e “perdoar até sete vezes setenta”.

Se conseguirmos um número suficiente de cristão praticando essas lições, com certeza nos tornaremos o sal da Terra, e atuaremos como o fermento que fará brotar no coração dos irmãos a fraternidade necessária para construirmos o Reino de Deus.    

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/01/2018 às 00h59
 
12/01/2018 00h22
EXÉRCITOS DO ÓDIO

            A revista “Isto É” trouxe uma matéria que reflete bem o clima hostil que toma conta na atualidade da sociedade brasileira. Como estamos indicados para ser o “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, é interessante refletir sobre o que foi escrito.

            Quem são e como atuam os radicais de extrema esquerda e direita que incentivam guerrilhas digitais, acentuam a intolerância e tentam sufocar, por meio de linchamentos e agressões virtuais ou não, o contraditório.

            Ano decisivo para o país, 2018 emerge a partir de um ambiente polarizado, tóxico e extremamente radical. É como se o não menos intimidatório “nós contra eles”, criado e aprofundado pelo PT em meio à campanha eleitoral de 2014, tivesse ganhado musculatura própria para se espraiar como rastilho de pólvora nas ruas e, sobretudo, nas redes sociais – só que dessa vez, à esquerda e também à direita.

            Nos extremos das trincheiras, não se salva ninguém. A atmosfera polarizada reproduz rinhas, como de ferozes pitbulls, onde a cara de um é o focinho do outro. A virulência dos extremos contaminou as discussões que deveriam se pautar pela troca de ideias, pela aceitação do contraditório e pela construção de agendas comuns para o Brasil. Nada disso, no entanto, tem espaço nessa peleja no qual sagra-se vitorioso quem melhor domina a arte de calar o oponente. Em geral, o objetivo é o de sufocar qualquer tentativa de debate.

            A disseminação do ódio, evidentemente, não age como um vírus de gripe, alheio à ação humana. Independentemente do consentimento ou do estímulo de seus morubixabas, em especial Lula (PT) e Jair Bolsonaro, tratados não raros como mitos, ou mesmo como uma espécie de líderes sectários, sobre os quais – na ótica de seus seguidores – paira uma aura divina, existe um exército.

            Um exército de radicais com caras e rostos dotados de muita disposição e energia para linchar e moer por meio de uma máquina muito poderosa quem ousa pensar diferente. “Muito se fala dos autômatos que divulgam as notícias falsas e os boatos. Mas muitos esquecem que o autômato mais utilizável é o indivíduo humano, que se torna uma máquina a serviço da matança do espírito de quem não concorda com ele”, lamenta Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na UNICAMP.

            Durante um mês, ISTOÉ fez um mergulho no mundo desses haters – palavra de origem inglesa usada para designar “os que odeiam” e “promovem o ódio”. A principal conclusão foi de que as táticas da guerrilha dos exércitos de esquerda e direita são primas-irmãs, na forma e no conteúdo. Ou seja, cores de camisa, emblemas e matizes partidários à parte, todos se comportam de modo muito semelhante. Nas redes sociais, as hordas de radicais atuam organizadas como manada.

            Em geral se lançam desbragadamente contra o indivíduo que se atreva a fazer uma crítica contra o político de seu coração ou ao partido no qual militam. Partem para desqualifica-lo de todas as formas, seja com críticas ferozes ao comentário, seja com reparos à aparência física da pessoa ou à sua inclinação ideológica. Ato contínuo, o comentário é replicado para o exército organizado que, imediatamente, passa a promover uma espécie de linchamento público do autor da opinião indesejada.

            É uma tentativa de destruição de reputação clássica. Com ajuda de robôs, os ataques são intensificados e os posts distribuídos para um número maior de haters. Normalmente, as agressões duram em média uma semana. Nas ruas, os provocadores são infiltrados em manifestações pacíficas ou não, que envolvam apoiadores do candidato ou da tese adversária. Fora do ambiente digital, ainda existem aqueles que, munidos de uma câmara de celular, fustigam ilustres personalidades políticas ou públicas a fim de provocar tumulto, gerar barulho nas redes sociais e obter promoção pessoal- a partir de visualizações e compartilhamentos. Há ainda os que promovem arruaça, queimando pneus, interrompendo avenidas ou organizando quebra-quebras para atingir propósitos político-ideológicos duvidosos.

            Esse processo já está em andamento em nosso país de forma ampla e cada vez mais crescente. Como fazer para interromper essa escalada de ódio e trazer a solidariedade e harmonia ao meio social? Num país já classificado como a pátria do Evangelho, dado o número de cristão de todas as denominações?

            Este é o nosso desafio, nós cristãos que não estamos envolvidos nessa batalha do ódio, nem dentro de nenhum esquema de corrupção sistêmica.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/01/2018 às 00h22
 
10/01/2018 14h36
AUTOCONHECIMENTO

            Encontrei no livro “Evolução Espiritual na Prática” algumas questões instigantes que levam a pessoa a refletir sobre a vida e seus objetivos. Irei responder essas questões dentro dos meus paradigmas de vida, com o propósito de construir um questionário com elas e aplicar em outras circunstâncias, em diversos grupos.

  1. De onde venho? Venho de uma decisão divina a partir de uma centelha de amor, mas sem conhecimento, tirada diretamente do Criador.
  2. Para onde vou? Vou em direção ao Criador a partir da aquisição de conhecimentos que associados ao Amor consigam superar o Egoísmo.
  3. Quem sou? Sou uma centelha espiritual em processo de aprendizagem, atualmente associado aos instintos carnais da biologia humana, como teste a ser ultrapassado no caminho da angelitude.
  4. Qual é a minha missão? Além do processo de aprendizagem para aproximação do Criador, tenho que divulgar, ensinar e praticar o Amor Incondicional como forma de ajudar aos irmãos que como eu estão em processo de aprendizado e de evolução.
  5. Por que nasci no Brasil e não em qualquer outro país? Como o Brasil está sendo proposto como o “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, a minha missão terá muito mais impacto e colaboração neste meio.
  6. Por que sou filho do meu pai? Para herdar dele os instintos sexuais fortalecidos, exacerbados, para que eu possa colocar em prática a força dos valores espirituais no controle desses instintos, não causar dano a ninguém e, além disso, usá-los como forma de potencializar o Amor Incondicional.
  7. Por que sou filho da minha mãe? Para ter a oportunidade de entrar num ambiente altamente promíscuo, pelo trabalho que minha avó desenvolvia como dona de uma boate, sendo ela a que passou a me criar e educar dentro desse ambiente. Seriam assim duas forças, biológicas (instintos) e sociais (ambiente promíscuo) a forçarem os meus valores espirituais pela corrupção da carne.
  8. Por que as pessoas morrem, inclusive eu? As pessoas (nós) morremos quanto ao aspecto carnal que reveste o nosso espírito. Essa carne tem um nascimento, crescimento e declínio próprio da biologia, e enquanto isso acontece estamos aprendendo a controlar os instintos que favorecem o Egoísmo e fortalecer o espírito que sobrevive à morte do corpo físico.
  9. O que é a morte? Uma renovação dos corpos biológicos pelo qual a evolução acontece, tanto no lado material quanto no espiritual.
  10. O que é o espírito? É aquela centelha divina originada do Criador e que já está bastante desenvolvida, dona de uma consciência privilegiada que faz parte da humanidade, capaz de reconhecer a existência do Criador e o que Ele deseja que cada uma das suas criaturas façam.
  11. Como posso transformar a minha realidade de vida? Pelo trabalho, tendo a consciência do que deve ser feito, sintonizado com a vontade do Criador.
  12. Por que tenho essa realidade de vida? Essa realidade de vida representa os recursos biológicos e espirituais que adquiri, e também das provas que devo passar.
  13. Por que fico doente? A doença é reflexo da fragilidade do nosso corpo, adquirido através da genética e dos impressos perispirituais, associado com o comportamento que realizamos na atualidade.
  14. O que é Deus para mim? É a força mais potente e sábia do universo, criativa, transformadora, destruidora, onipresente em tudo e em todos, representado pela energia do Amor.
  15. Qual a minha religião e o que ela significa para mim? Minha religião está implícita em cada forma que criamos para nos ligar a Deus. Portanto, poderia me classificar como espiritualista. A religião é uma forma de comunicação com Deus de forma coletiva. Significa uma forma de aprendizagem com a ajuda dos irmãos, mas que não chega ser algo obrigatório, o mais importante é a consciência do divino e a disposição de seguir a Lei do Amor.

         

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/01/2018 às 14h36
 
09/01/2018 09h39
INSTALAÇÃO DE FACÇÃO CRIMINOSA

            Li o texto abaixo no whatsapp e fiz pequenas adaptações no final para mostrar uma realidade, muito cruel, do que aconteceu conosco, no Brasil, e que continua os seus efeitos nefastos sobre nós, com muita incerteza se conseguiremos ou não nos livrar dessa condição, de país espoliado pela corrupção: “Como instalar uma facção criminosa”.

            Começam aparelhando as escolas e universidades com professores tendenciosos, que doutrinam crianças e jovens com histórias mentirosas sobre o socialismo, falsos heróis e enchem as cabeças desses jovens com besteiras.

            Depois dividem a população entre ricos e pobres, brancos e negros, heteros e gays, nordestinos e sulistas, etc., e coloca uns contra os outros, promovendo o ódio entre as classes e raças.

            Em seguida fingem estar ao lado dos pobres, negros e nordestinos, com discursos populistas e promessas vazias que nunca são cumpridas. Na verdade o objetivo é ganhar a simpatia e os votos dessa gente humilde e pouco esclarecida, torna-los militantes, massa de manobra e explorá-los politicamente.

            Em seguida entram com “programas sociais” que mantém o cidadão na miséria e dependente do governo. Veja que não há nenhuma ação para gerar emprego, desenvolver as empresas, as cidades, levar cidadania e dignidade ao povo, apenas distribuir dinheiro, assim o povo fica eternamente dependente e miserável. Com a população mais pobre sob controle, é hora de aparelhar o Estado. Então coloca-se um petista ou um aliado de confiança no comando de todas as estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, Sistema de Docas, Eletrobrás, Petrobrás, BNDES, etc.). Todos os cargos de confiança são ocupados pelos “companheiros”.

            Em seguida é preciso controlar o Congresso, e pra isso é preciso muito dinheiro. Deputado adora dinheiro, por isso, esquemas cada vez mais monstruosos de corrupção são criados (mensalão, petrolão, etc.) saqueando justamente nossas estatais, fonte de renda para a corrupção. Por isso não querem as privatizações, por isso é fundamental ter um petista ou aliado no comando, para que nada vase ou seja investigado.

            Com o apoio comprado de deputados, é fácil aprovar projetos e leis que favoreçam os governistas e facilitem a montagem de esquemas de corrupção. Sem contar que um protege o outro porque todos estão envolvidos.

            Em seguida é preciso corromper empresários que darão suporte ao esquema. São eles que farão funcionar os esquemas de corrupção e dar o aspecto “legal” (fraude nas concorrências, superfaturamentos, doações, etc.), e convenhamos, oferecendo obras gigantescas, não foi difícil convencer a Odebrecht, a OAS, a Queiróz Galvão, a Andrade Gutierrez, a Braskem e outras a participarem dos esquemas.

            Vejam que essas empresas estão por trás de quase todos os financiamentos de campanhas eleitorais de deputados, prefeitos, governadores e presidentes. Milhões são gastos nessas campanhas com dinheiro roubado de nossos impostos. O dinheiro sai das estatais para as empresas do esquema, que executam as obras superfaturadas, e devolvem parte desse dinheiro para os partidos e políticos, através de “doações legais”, palestras, imóveis de luxo, etc. Sempre protegendo os cabeças da operação, coisa que agora vem caindo a cada acordo de delação premiada que é fechado com a polícia federal.

            Depois é preciso controlar a mídia. Por isso o governo se tornou o principal anunciante das principais mídias de massas: as TVs abertas e revistas semanais. Contratos milionários com as principais emissoras de TV, são fechados e assim o governo exige certos “filtros” nas notícias ruins e até algumas sejam ignoradas ou que a notícia seja dada apenas de forma superficial, para não manchar a imagem do seu “melhor cliente”.

            Em seguida é preciso aparelhar os tribunais e STF, para garantir a impunidade de políticos e empresários aliados. Então, o corruptor-mor indica juízes para esses cargos, sabendo que a consciência deles, de integridade ética, está subordinada à consciência de gratidão para o padrinho que lhe deu o cargo. Com raríssimas exceções!

            Em tudo isso o dinheiro público está se perdendo pelos esgotos, como bem demonstra a simbologia de uma das redes de televisão: “Para onde foi o dinheiro que estava aqui?”

            Ainda resta uma dúvida sempre atual do golpe que pode estar sendo dado sobre nosso voto, através das urnas eletrônicas. Suspeita-se que falsas urnas são distribuídas pelo país, onde os resultados podem ser implantados pelos responsáveis pela apuração. Por isso a apuração é secreta e é restrita ao TSE, também aparelhado e comandado por um petista. Por isso não se aprova a impressão dos votos, sem o qual não é possível auditar as eleições.

            Podemos dizer que isso não aconteceu no Brasil?... e que os seus efeitos ainda continuam sobre nós?!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/01/2018 às 09h39
 
08/01/2018 21h40
QUADRILHAS BRASILEIRAS

            Circula nas redes sociais um texto atribuído ao Juiz Dr. Erick Bretas para ajudar de maneira simples, àqueles que tentam entender o que se passa no Brasil corrupto. Pode ser um texto falso na origem, mas bastante verdadeiro no conteúdo. Pois vejamos o que diz.

            Se você analisa as delações da JBS, as da Odebrecht e as das demais empreiteiras, a conclusão é mais ou menos a seguinte:

            O Brasil foi dividido entre cinco grandes quadrilhas nas últimas duas décadas.

            A maior e mais perigosa, diferentemente do que diz o Joesley, é a do PT. Era a mais estruturada, mais agressiva, mais eficiente e com planos de perpetuação no poder. Comandava a Petrobrás, vários fundos de pensão e dividia o poder com as quadrilhas do PMDB nos bancos públicos. Sua maior aliada econômica foi a Odebrecht. O chefão supremo era o Lula. Palocci e Mantega, os operadores econômicos. Era o Comando Vermelho da política: para se manter na presidência eram capazes de fazer o Diabo.

            A segunda maior é a do PMDB da Câmara. Seus principais chefões eram Temer e Eduardo Cunha. Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco, e Henrique Eduardo Alves eram os subchefes e Lúcio Funaro era o operador financeiro. Mandavam no FI-FGTS, em diretorias da Caixa Econômica, em fundos de pensão e no Ministério da Agricultura. Por causa do controle desse último órgão, tinha tanta influência na JBS. Era o ADA dos políticos – ou seja, mais entranhada nos esquemas do poder tradicional e mais disposta a acordos e partilhas.

            A terceira é a do PMDB do Senado. Seu chefão é Renan Calheiros. Seu guru e presidente honorário, José Sarney. Edison Lobão, Jader Barbalho e Eunício Oliveira são outras figuras de proa. Mandava nas empresas da área de energia e tinha influência nos fundos de pensão e empreiteiras que atuavam no setor. Vivia às turras com a quadrilha do PMDB na Câmara, que era maior e mais organizada.

            A quarta é a do PSDB paulista, cuja figura de maior expressão é o Serra. Tinha grande independência das quadrilhas do PT e PMDB porque o governo de São Paulo era terreno fértil em licitações e obras. A empresa mais próxima do grupo era a Andrade Gutierrez, mas também foi financiada por esquemas com Alstom e Odebrecht.

            A quinta e última é o PSDB de Minas – ou, para ser mais preciso, o PSDB de Aécio. Era uma quadrilha paroquial, com raio de ação mais restrito, mas ainda assim mandava em Furnas e usava a Cemig como operadora de esquemas nacionais, como o consórcio da hidrelétrica do Rio Madeira.

            Em torno dessas “big five” flutuavam bandos menores, mas nem por isso menos agressivos em sua rapinagem – como o PR, que dava as cartas no setor de Transportes, o PSD do Kassab, que influenciava ministérios poderosos como o das Cidades, o PP, que compartilhava a Petrobrás com o PT, e o consórcio PRB-Igreja Universal, que tinha interesses na área de esportes.

            Havia também os bandos estritamente regionais, que atuavam com maior ou menor grau de independência em relação aos nacionais. O PMDB do Rio e seu inacreditável comandante Sérgio Cabral, por exemplo, chegaram a ser mais poderosos que os grupos nacionais. Fernando Pimentel comandando uma subquadrilha petista em Minas. O PT baiano também tinha voo próprio. Elas se diferenciam das quadrilhas tucanas que estavam apenas circunstancialmente restritas aos territórios que comandavam, mas sempre aspirações e influências nacionais.

            Por fim, vinham parlamentares e outros políticos do Centrão, que eram negociados de maneira transacional no varejo: uma emenda aqui, um caixa 2 ali, uma secretaria acolá...

            Digo tudo isso não para reduzir a importância do PT e o protagonismo do Lula nos crimes que foram cometidos contra o Brasil. Lula tem de ser preso e o PT tem que ser reduzido ao tamanho de um PSTU.

            Mas ninguém pode dizer que é contra a corrupção se tolerar as quadrilhas do PMDB ou do PSDB em nome da “estabilidade”, “das reformas” ou de qualquer outra tábua de salvação que esses bandidos jogam para si mesmos.

            E que ninguém superestime as rivalidades existentes entre esses cinco grandes grupos. Em nome da própria sobrevivência eles são capazes de qualquer tipo de acordo ou acomodação e farão de tudo para obstruir a Lava Jato.  

            Dentro dessa conjuntura podemos observar que estamos cercados pela corrupção em suas diversas formas. Como se tivéssemos contaminados com um vírus tipo AIDS que ataca os sistema de defesa do organismo. Pois então, a corrupção ataca as instituições que deveriam proteger a sociedade. Ficamos a mercê de qualquer “ataque” social, por mínimo que pareça, tirar a nossa vida para roubar um celular.

            E ainda estamos sem vacina... pelo menos com a AIDS existe essa preocupação dentro da sociedade, e aqui, com a corrupção, muitos ainda defendem os principais “vírus”.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/01/2018 às 21h40
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