Este conceito de Milagre parecia antes, para mim, algo que estava fora dos limites da normalidade, da Natureza; algo fantástico que só pessoas muito especiais podiam obter de Deus, o único que pode reverter as leis da Natureza que Ele mesmo criou.
Vendo as lições de Jesus e o seu poder de fazer milagres acontecerem, mais uma vez me pareceu que Ele estava tão ligado a Deus, na condição de filho, que Ele mesmo dizia, que também provocava alterações nas leis da Natureza. Dentre os seus milagres, o que pareceu mais fantástico foi a ressurreição de Lázaro, um morto voltar para a condição de vivo.
Ao ler Huberto Hohden, “Ciência, Milagre e Oração, são compatíveis?” tive uma compreensão melhor do que seria um milagre. Ele nega redondamente que o milagre seja uma exceção dessas leis. Afirma que o milagre é a mais brilhante confirmação das leis da Natureza. Ou o milagre é compatível com as leis da Natureza ou o milagre não é de Deus. Não é possível que haja contradição nas obras de Deus. Como aceitar o milagre, algo fora da Natureza, se tudo que existe foi Deus que criou e que é representado pela Natureza? Se o milagre não é da Natureza, então foi criado por outra força estranha a Deus. Isso seria possível? A lógica diz que não!
O Cristo real é absolutamente inconcebível sem o milagre, porque o milagre o revela como soberano de todas as forças da Natureza. O cristianismo não é um sistema de doutrinas éticas, o cristianismo é um fato objetivo, uma grandiosa realidade histórica, permanente, é a mais estupenda invasão do mundo divino no mundo humano. Ideias e doutrinas não dão forças – toda a força vem da realidade.
Pelo milagre o Cristo provou que é sabedor de todas as leis da Natureza e que pode usá-las como entender, espontaneamente, sem a menor violência contra essas leis. O homem meramente sensitivo é escravo das leis da Natureza. O homem intelectual é escravocrata da Natureza, tratando-a como um tirano trata a seu escravo. Mas o homem espiritual, racional, cósmico, o homem integral, o Cristo ou o homem cristificado, não é nem escravo nem escravocrata da Natureza – é amigo e aliado da mesma, e por isto coopera pacificamente com a Natureza, como amigo e aliado.
O taumaturgo por força intrínseca prova que chegou ao fim da sua jornada deixando de ser tanto escravo como escravocrata da Natureza. O Cristo a sua plena maturidade humana e adultez espiritual pelo fato de cooperar pacífica e espontaneamente com todas as leis da Natureza. Nunca falhou. O homem que domina a Natureza apenas mentalmente possui um domínio parcial, precário, incerto, porque violento, compulsório, e é por isto que muitas vezes falha na sua mágica milagreira. Mas o homem espiritual não pode falhar, porque o seu domínio é absoluto e espontâneo.
Toda a confusão que reina nesse setor vem do costume de identificarmos a Natureza com aquele pequenino fragmento da Natureza por nós conhecido. Quando então uma força da parte desconhecida da Natureza invade subitamente a parte conhecida da mesma, temos a impressão de ter acontecido algo fora ou até contra as leis da Natureza. É assim que procedem todos os que identificam a Natureza como a fraçãozinha que dela conhecem e constroem a sua filosofia sobre esse pequeno fragmento.
Os milagres de Jesus e dos seus discípulos, de todos os tempos e países, ultrapassam grandemente as fronteiras do abc e da tabuada da nossa ciência material, que certa gente convencionou chamar “a natureza”, mas não ultrapassam as fronteiras da verdadeira Natureza absoluta, porque essa Natureza é o próprio Deus, o infinito, o absoluto, o Todo, a Essência do Universo, para além do que nada existe, porque o Todo abrange tudo que é real.
Que acontece, pois, quando alguém realiza um milagre? Acontece o seguinte. O taumaturgo aplica uma lei natural que está para além das fronteiras do mundo material conhecido, da física, da química de laboratório, mas não está fora da Natureza absoluta e total, porque fora dela nada está.
Que é que existe para além das forças conhecidas materiais da Natureza? Existem as forças mentais e as espirituais. Estas últimas podem ser chamadas de racionais, uma vez que Deus mesmo é a Razão, o eterno Lógos, pelo qual foi feito todas as coisas. Mas tanto o material, como o mental e o espiritual fazem parte da Natureza.
Assim, o milagre é anticientífico para os analfabetos ou semialfabetizados do grande livro da Natureza, mas para os universitários da razão e do espírito é o milagre a mais brilhante confirmação das leis da Natureza.
As 19h do dia 21-01-16 foi realizada na Escola Estadual Olda Marinho, mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Edinólia; 02. Paulo Henrique; 03. Francisco Rodrigues; 04. Nivaldo; 05. Manu de Olinda (passou na reunião, mas não permaneceu); 06. Marise; 07. Sued; 08. Balaio; 09. Francisca 10. Joseane; 11. Nazareno; 12. Vilma; 13. Luci; 14. Josineide; 15. João da Silva; 16. Ana Paula; 17. Davi; e 18. Damares. Foi lido inicialmente o preâmbulo espiritual com o título “Trabalho” a partir de uma citação de João, 5:17. Foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada sem alterações por todos presentes. Paulo apresenta três ofícios que foram encaminhados aos órgãos municipais a pedido de sócios da comunidade: 1) Redutor de velocidade para a Rua 25 de dezembro; 2) Limpeza para a praça Maria Cerzideira; e 3) Iluminação da Praça Tenente Berlarmino. Joseane que veio pela primeira vez, solicita vagas em creche para suas duas filhas, Maria Beatriz Oliveira (2anos), e Andrieli Micaeli Felipe Medeiros (4anos). Josineide também solicita a inclusão da sua filha Maria Letícia Felipe Medeiros (3anos) e Balaio do seu filho Tauan Haroldo Câmara S. Medeiros. Foi feito críticas à propaganda governamental que orienta os direitos das crianças, mas que a população não tem acesso, sendo considerado isso uma propaganda enganosa. Os pais interessados deixaram seus nomes completos para que a Associação junto com o Conselho Tutelar organize as necessidades das crianças do bairro: Joseane Fidélis de Oliveira (98828-2391), Josineide Filipe Ferreira (98867-3367) e Ivanilson Afonso de Medeiros (Balaio). Vilma, mãe dos garotos do surf, compareceu na reunião à pedido de Balaio para informar que dá o seu apoio as atividades do seu filho e que a Associação de moradores apenas patrocina algumas atividades em alguns momentos, dentro das intenções de ajudar a comunidade, mas sem a responsabilidade por qualquer sinistro que venha a ocorrer. A mãe reconhece esse limite de responsabilidade e agradece o apoio que a AMA-PM possa oferecer dentro de suas possibilidades financeiras. Edinólia coloca a necessidade de uma sede para a Associação, uma vez que existe muita dificuldade com os trabalhos que estão sendo realizados na Escola. Como é entendido por todos que a escola deve estar inserida e prestar serviços à comunidade principalmente em atividades educacionais e associativas como as que realizamos, torna-se necessário uma reunião com a diretoria da escola durante o dia, já que não há participação da diretoria nas nossas reuniões à noite, como acontecia no semestre passado. Também foi aprovado o convite para o proprietário do antigo prédio do Conselho Comunitário para nossa reunião, para ver a possibilidade de termos acesso ao prédio para montar a sede da AMA-PM. Ana Paula avisa que está sendo feito currículos grátis para os interessados através da AMA-PM e que a partir da próxima 6ª feira Costa irá projetar filmes na Praça Maria Cerzideira à noite. João sugere que seja produzida faixas para informar a população os trabalhos que a AMA-PM está realizando no bairro. Davi se colocou à disposição para fazer comunicados para a população com o mesmo objetivo de informar os serviços da Associação. Francisco sugere e é aceito que os primeiros 30 minutos da reunião sejam dedicados a quem tem algum assunto para resolver em caráter particular, pois ficando para o término prejudica o momento de confraternização geral e degustação do lanche da noite. A reunião formal seria realizada de 19h30m as 20h30m, sem prejuízo de tempo, pois todos chegariam as 19h permanecendo o temo de 1h30m para as atividades da AMA-PM e Projeto Foco de Luz. As 20h30m foi encerrada a reunião e João conduziu a oração do Pai Nosso, ressaltando a vida de Maria e as solenidades do Terço dos Homens, ocorridas no dia 18 próximo passado. Posamos para a foto oficial e degustamos o lanche da noite.
Vivemos na Terra como peixinhos dentro de um aquário. Muitos não saem da sua cidade, não conhecem muitas vezes nem outros bairros. Sem falar naqueles que nascem e morrem em casinhas jogadas no meio do mato, sem comunicações, sem educação. Poucos conseguem sair dos seus municípios, estados, e pouquíssimos dos seus países de origem.
As revelações espirituais nos ajudam muito a compreender o processo da vida, qual o sentido de estarmos aqui com a consciência direcionada pela inteligência. O próprio Jesus de Nazaré, Espírito de escol, escolhido pelo Pai Universal, chegou até nós na vida material para nos ensinar como nos comportar, seguindo a Lei do Amor, para uma evolução saudável em direção ao Pai.
Jesus continua entre nós na forma espiritual, sempre que juntos nos reunimos em seu nome, como Ele afirmou que seria. Continua a influenciar mentes a escrever o seu pensamento, a ressaltar sempre o cumprimento da Lei do Amor na prática mais diversa que seja, que não esqueçamos do mundo espiritual, e que podemos está sempre em contato com os espíritos superiores e com o próprio Pai através da oração.
Mas parecesse que é chegada a hora de termos novas revelações, da dimensão do Cosmo, além daquelas já ensinadas pela ciência, mesmo que a maioria de nós, seres humanos, não tenha deixado ainda o seu estado psíquico de animal irracional, voltado sempre para as ações do individualismo, do egoísmo, e geralmente da prática do mal.
Porém, para as mentes que escaparam dessa prisão material e já controlam suficientemente os seus instintos animais, que não procuram fazer mal ao próximo e reconhecem Deus como o Pai Universal, para essas mentes chegam agora novas revelações no intuito de expandir a consciência cósmica.
É isso que traz os instrutores siderais que construíram “O Livro de Urântia”. Passaram a informação da constituição dos universos, revelando que o nome da Terra para eles é Urântia. Eles procuram sempre advertir da dificuldade de passar essas informações avançadas pela falta de um alfabeto ou idioma que tenha as palavras e os construtos verbais para isso. Por isso a compreensão pode ficar mais complicada ainda.
Eles informam que o nosso mundo, Urântia, é um entre muito planetas similares habitados, que compreendem o universo local de Nebadon. Este universo, justamente com criações semelhantes, constitui o superuniversos de Orvonton, de cuja capital, Uversa, provém a comissão que está passando estas informações. Orvonton é um dos sete superuniversos evolucionários, do tempo e do espaço, que circundam a criação de perfeição divina, sem princípio nem fim: o universo central de Havona. No coração desse universo central e eterno está a ilha do Paraiso, sempre imóvel, centro geográfico da infinitude e morada do Deus eterno.
Por grande universo, eles designam, em geral, os sete universos em evolução, em conjunto com o universos central e divino; e estas são as criações organizadas e habitadas até o presente. Elas são todas uma parte do universo-mestre, que abrange também os universos do espaço exterior, não habitados, mas em mobilização.
Essas informações soam ao meu espírito como deve ter soado no espírito daqueles que leram pela primeira vez o livro de Gênesis. Tudo muito estranho e que só podemos aceitar com a apoio da fé. Como a ciência não é capaz de negar essas informações, e também não consegue dar outra explicação cosmológica mais adequada, não há porque não aceitarmos esta, dita por seres espirituais tão competentes. Prefiro colocar as minhas dúvidas dentro dos limites que foram advertidos, de que eles estão usando uma linguagem insuficiente para passar essas informações.
Ficou a impressão na minha consciência de que o universo está em expansão a partir de um núcleo central, Havona, que passa por mundos habitados como o nosso e se estende por mundos não habitados ainda. Fica implícito assim a ideia de que houve um início em algum momento, isso coincide com a posição da ciência no Big-bang, e implica que Deus, em algum momento iniciou a Sua criação, mesmo que Ele não tenha em si uma origem e não terá um fim. Mas parece que a Sua criação sim, com exceção dos espíritos, que foram criados conforme a Sua natureza e devem fazer um percurso da ignorância até a volta ao Seu seio.
Bom, esta nova revelação, deixa minha consciência com nova cosmologia, mas pronta para aperfeiçoar com informações mais coerentes, e que sejam alcançadas por minha limitada cognição.
Nascemos dentro da ignorância e precisamos de educação contínua para conhecer pelo menos uma pequena parte do mundo em que vivemos. A maioria dos seres humanos ainda vivem como animais, lutando pela sobrevivência, sem a perspectiva mais aprofundada da sua condição existencial, de onde veio, para onde vai.
Da mesma forma que existem escolas no mundo material e os nossos pais tem o dever de nos matricular para aliviar a carga da ignorância e sermos capazes de autonomia suficiente para viver, o Pai Universal também tem a preocupação de enviar instrutores para os planetas mais rudimentares, para que os seres inteligentes que os povoam tenham oportunidade de melhor compreender onde vivem.
Quando essas informações originadas do Pai Universal chegam até nós através de instrutores capacitados pela inteligência divina, damos o nome de Revelações. Dizem os próprios espíritos (A Gênese, cap. XVIII, item 8) que a movimentação que se manifesta, por vezes, em toda população ou um grupo social, não é coisa fortuita, mas tem sua causa nas leis da natureza, razão porque as revoluções sociais tem sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois tudo se encadeia. Este “tudo se encadeia” certamente está sendo referido ao processo de aprendizagem a respeito da integração do homem com o mundo espiritual e o aprimoramento moral da humanidade, fundamentalmente dependente das manifestações mediúnicas, ao longo dos séculos, cujo aprendizado, depois estabelecido como tradição religiosa, para ser corrigido, também não dá saltos. A modificação dos reflexos condicionados adquiridos erradamente ao longo do tempo, precisam de tempo para serem revistos, gerando uma certa periodicidade.
Na Doutrina Espírita se fala em três revelações divinas, a primeira personificada por Moisés, a segunda pelo Cristo, e a terceira de forma coletiva pelo ensino sistemático dos próprios espíritos. Numa avaliação mais crítica, podemos perguntar: será que somente o mundo ocidental teve revelações? Será que Deus esqueceu do mundo oriental? Mas não existem as religiões orientalistas (Vedismo, Bramanismo, Taoismo, Budismo, etc...) todas anteriores ao pensamento de Jesus e algumas até anteriores a Moisés? Salvo o caso específico de Jesus, ora tido como o próprio Cristo encarnado, falando por si; ora caracterizado como o médium de Deus; ora como um homem que se tornou médium do Cristo Planetário; o que se tem por verdadeiro é que são sempre as manifestações do espírito que se caracterizam como revelações divinas. Tomando-se por base esta afirmação e por premissas que Deus não tem preferência para qualquer lado do mundo, e que nas revoluções sociais tudo se encadeia, pode-se dizer que muitas sementes foram lançadas pelos Espíritos, como fala Jesus na parábola do Semeador, objetivando trazer para o homem a realidade do mundo espiritual. Muitos foram os reformadores ou precursores de Jesus, com suas ideias novas neste ou naquele grupo social, a exemplo de Krishna, Zoroastro, Hermes, Fo-Hi, Lao Tse, Sidharta, Sócrates, Maomé, afora as manifestações do politeísmo greco-romano, com suas mitologias, seus deuses, pítias e oráculos. Muitas árvores, consequentemente, foram plantadas, mas uma grande parte, como que caindo em terreno pedregoso não vingou e morreu, outras não deram os frutos desejados, como a figueira estéril e outras, deram frutos em percentuais menores de trinta por um.
Embora não se tenha muita segurança nos registros históricos, por sua influência em todo o pensamento da China milenar e dos grupos sociais próximos a ela, pode-se dizer que a primeira revelação divina espiritual foi o I Ching, na China; a segunda o Vedismo, entre os hindus; a terceira com Moisés, entre os hebreus; a quarta com Jesus de Nazaré, e a quinta com o espiritismo, codificado por Allan Kardec.
Por que então, Kardec escreveu que com Moisés ocorreu a primeira? A resposta está no fato de que as revelações do I Ching e do Vedismo, no mundo oriental, tornaram-se árvores infrutíferas para os anseios da espiritualidade, no que se refere às comunicações dos Espíritos.
O I Ching ou O Livro das Mutações, cuja origem remonta há mais de 4000 anos antes de Cristo, provavelmente decorre das primeiras e grandes manifestações espirituais, dentro da civilização milenar da China, e certamente a mais complexa no campo das percepções anímicas daquele povo. O Yin e o Yang foram iguais ao sim e ao não das manifestações ocidentais, com as irmãs Fox em 1948, em Hydesville, Estados Unidos. Mas na China, os ideogramas, por falta de um alfabeto maleável, cristalizaram-se num jogo oracular e as manifestações dos Espíritos se perderam por causa do animismo dos homens.
O Vedismo começou provavelmente perto do ano 3000 antes de Cristo. A partir dele os hindus passaram a ter as primeiras manifestações dos assuras, Espíritos considerados mais elevados, e dos pitris, alma dos homens que morreram, através das manifestações dos rishis, intermediários entre os dois mundos, físico e espiritual. Concebiam a existência de um Deus único, Brahman e dos Devas, auxiliares do Deus Supremo; conheciam os rudimentos da progressão da alma (atman), da reencarnação e da lei do carma ou lei causa e efeito.
Infelizmente para a humanidade, o Bramanismo depois de Krishna, por volta do ano 1000 antes de Cristo, conquanto desenvolvesse amplamente a ideia da pluralidade das existências, deu origem a uma grande teocracia onde se cristalizou a ideia das castas, referendadas pelo próprio Brahman, segundo os brâmanes (antigos rishis). As manifestações dos Espíritos foram enclausuradas e cerceadas pela “casta sacerdotal”, ao povo restavam as preces, os hinos cantados e a meditação como alternativa para superar o carma e alcançar a iluminação.
Os homens põem a perder o grande trabalho realizado pelos Espíritos, na Índia, ao alegarem que a iluminação e libertação da alma do carma somente se consegue pela meditação e iluminação interior e não pela correção dos defeitos gerados nos diversos relacionamentos, da ignorância da verdade, aplicando um processo de Reforma íntima, auxiliado através da comunicação dos Espíritos.
O Budismo foi uma forma encontrada pelo enviado espiritual e reformador Sidharta Gautama para eliminar a ideia de um Deus injusto (Brahman) e as castas estabelecidas pela teocracia bramânica. O Budismo hindu foi buscar no Taoísmo chinês os seus princípios fundamentais da impermanência, da insubstancialidade e do incondicionado, pelo qual se eliminava a existência de um Deus permanente e criador de tudo. Também no Budismo, mais que no Bramanismo, as comunicações dos Espíritos perderam significado, pois o importante não é eles virem aqui, mas a alma do homem chegar lá, pela conquista da sabedoria ou iluminação.
Restaram, pois, as três revelações ocidentais mencionadas por Kardec, como árvores que geraram os bons frutos da comunicação dos Espíritos, para que o homem conhecesse a realidade espiritual e através delas soubesse como fazer sua reforma interior e alcançar a iluminação mais rápida e conscientemente.
Também isso não quer dizer que estamos suficientemente preparados para o conhecimento universal. Com certeza muitos outros instrutores espirituais deverão nos visitar para trazer novas revelações, ou intuir em nossos pensamentos novas formas de relacionamentos para conquistarmos o prometido Reino de Deus. É dentro dessa perspectiva que trabalha a minha consciência, reconhecendo uma verdade tão clara para mim e tão obscura para os demais, como um caminho intuído pela vontade de Deus, através dos seus Espíritos Santos, que estão constantemente ajustando pensamentos e comportamentos dentro das mentes daqueles mais sensibilizados pelo mundo espiritual.
A ideia de criar uma bomba do bem que desenvolvi alguns dias atrás, voltou agora na forma de uma carta escrita pela padre Rodrigo Hurtado, diretor de projetos de Evangelização Legionário de Cristo em São Paulo. Diz o seguinte o trecho:
“...Até agora, o sacerdote foi sempre o encarregado de evangelizar e desenvolver o apostolado da igreja. A partir de agora não deve ser mais assim. É hora dos leigos, dos cristãos profissionais, dos cristãos políticos autênticos, dos cristãos médicos e dos cristãos professores. São eles, cada um dos cristãos quem precisam testemunhar a verdade de Cristo e estender o Reino de Deus no mundo. Se antes os sacerdotes eram importantes para atender aos fiéis e celebrar o culto, hoje são mais importantes ainda, para acordar a consciência dos cristãos. A hora da igreja dos cristãos líderes chegou. A igreja somos todos. Não é justo, nem se justifica, deixar os padres trabalharem sozinhos. Chegou a hora dos cristãos comprometidos. O poder desta visão que estou propondo é enorme. O poder dos cristãos no mundo é como uma bomba atômica. A bomba é poderosa porque a fissão de um núcleo atômico, dispara partículas que impactam outros átomos e criam uma reação em cadeia incontrolável. Imagine se a conversão de um cristão gerasse a conversão de mais dois ou três ou quatro cristãos. E esses outros gerassem por sua vez, a conversão de mais dez ou vinte... e assim sucessivamente. O cristianismo estouraria e seria a maior bênção para o nosso país e para o mundo...”
Na minha avaliação da bomba do amor, que classifiquei como bomba A, seria escolhido um dia especial para todos os cristãos, onde todos os homens de bem se voltavam para prestar ações de caridade, do bem, em determinado setor geográfico. Poderia de início ser feito numa região pequena bem localizada, mas que seria ampliada cada vez mais no espaço geográfico e no número de pessoas envolvidas.
Esse efeito do bem funcionaria também como uma bomba do amor influenciando positivamente todos os atingidos, deixaria neles a sua marca como a bomba atômica deixou marcado quem foi atingido.
A bomba imaginada pelo Padre Rodrigo também é interessante, pois a partir de uma pessoa se produz uma reação em cadeia que pode atingir o mundo todo.
Agora, muito bem que imaginamos essa forma de transformação do mundo usando a terminologia que o mal emprega em suas ações: uma bomba. Mas como fazer isso acontecer? A bomba atômica desenvolve interesse em todos os países, principalmente aqueles mais desenvolvidos, que podem gastar dinheiro na sua produção e se tornarem capazes de intimidar o mundo, quer seja em ações ofensivas ou defensivas. Mas, como construir a bomba do bem, se as pessoas instaladas no poder ficam mais preocupadas em manter esse poder e assim motivadas a fazer o contrário, a construir a bomba destrutiva? Se até mesmo pessoas religiosas se agrupam para patrocinarem o terror e as guerras muitas vezes utilizando as bombas mortíferas?
São poucos os verdadeiros cristãos, pessoas de bem, dispostas ao auto sacrifício para colocar em prática uma ideia positiva como essa. Com certeza será necessário muito tempo, muito poder de influência e de convencimento para se partir numa atividade que não promete lucros materiais.
Tenho como exemplo prático a comunidade da Praia do Meio onde temos uma atuação através da Associação de Moradores e Amigos, que estão sensibilizados para um trabalho evangélico, um trabalho de doação sem quaisquer perspectivas de troca de qualquer natureza, somente na procura de fazer a vontade do Pai e construir um relacionamento compatível com o Reino dos Céus.
Já estamos com essa atividade comunitária há mais de dois anos. Conseguimos um bom grupo de trabalho nesse nível de servir conforme Cristo ensinou. Mas, não sentimos o efeito de uma bomba, como eu imaginei ou o Padre Rodrigo idealizou. As duas propostas, a de fazer um mutirão do bem, ou de cada pessoa influenciar a outra numa reação em cadeia, não foi ainda viabilizada. Será possível fazer isso? Eu poderia colocar a sugestão de fazer esse mutirão do bem pelo menos em uma rua do bairro. Mobilizar as pessoas que pudessem prestar algum serviço para estar presente nesse dia. Podíamos também sensibilizar o serviço público para estar conosco nesse momento.
Sim, isso poderia ser feito. Irei colocar essa proposta oportunamente, talvez em substituição a algum evento que já avaliamos ser substituído por outra atividade.