Vaias e aplausos, assim como o voto “secreto” deveriam surgir do coração (sentimento), ser avaliado pela mente (razão) e declarado, se conveniente, pelo ação (comportamento). Mas muitas vezes isso está muito distante de acontecer, outras vezes muito próximo. Vamos verificar o que está se passando no Brasil atual.
A população, depois de perceber uma série de desmandos, corrupção, aparelhamento do estado com interesses subalternos de partido incoerente com o seu discurso, começa a se expressar seguindo essa dinâmica natural: o coração sente que algo está errado, a mente corrobora o sentimento e as ações de manifestam naturalmente nas ruas, nos estádios, onde há aglomerações públicas... Esse movimento natural tende a corrigir o mal que está sendo implementado e que, paradoxalmente, quer se mostrar como em defesa do mesmo povo que explora. Daí surgem as vaias e aplausos para as personalidades que se colocam no campo negativo e positivo, respectivamente. Muitas vezes as pessoas tiram do próprio bolso para viabilizarem esses momentos significativos para a opinião pública e direcionamento das ações políticas.
Por outro lado, as pessoas que se beneficiam das ações nefastas que estavam sendo implementadas em “nome do povo”, sabem que essa opinião pública é importante e procuram fazer os mesmos atos, de vaias e aplausos para as personalidades que mantém ou não os seus interesses.
Vimos no passado recente as ruas se encherem com milhares de pessoas, que espontaneamente procuravam expressar seu descontentamento com os rumos da política e o alto grau de corrupção em todos os níveis do governo. Até mesmo nos estádios de futebol podia-se observar essas manifestações espontâneas que criticavam e exigiam a mudança de governo com a punição dos corruptos, quem quer que sejam eles, até mesmo o dirigente máximo da nação.
Para contrapor a esse movimento, as pessoas que se beneficiavam dos atos inconsequentes, fisiológicos e criminosos dos detentores do poder, procuravam encher também as ruas, mesmo com pessoas que nada sabiam do que estava se passando politicamente, mas sabiam que iam ganhar alguns trocados e um lanche.
Hoje, a cabeça do poder está afastada e com isso ocorreu um breque na sangria que o país estava sofrendo. Acontece que as pessoas e instituições que se nutriam exageradamente com o sangue da nação não querem fazer a reflexão ética e procuram colocar palavras de ordem para escamotear o que de errado foi feito por seus “padrinhos” e atacar com veemência os pecados de quem tenta corrigir os desmandos. O que mais causa espanto às consciências livres e pensantes, é que pessoas bem instruídas, com uma base ideológica aparentemente ética e humanitária, como artistas e acadêmicos, não consideram o desastre que o país foi metido, apenas lembra com ressentimento dos benefícios que conquistaram e que agora não tem mais acesso. Até posso desculpar os sindicalistas, estudantes, pois esses defendem os seus interesses sem considerar o contraditório, mesmo que suas empresas tenham sido dilapidadas perversamente, como a Petrobrás, ou que os professores só ensinem um só lado da história, da sua ideologia. O que mais me causa espanto são os meus colegas da academia, pessoas que no passado lutavam com unhas e dentes por um país moralizado e competente, hoje não conseguem ver um criminoso de colarinho branco sentado ao seu lado, apesar de todo o esforço da Justiça em abrir os olhos da nação.
Dizem que políticos pertencem a um mesmo saco, que todos veem apenas os seus próprios interesses... parece que eles querem provar que isso é verdade, pois se dentro de um partido surge de forma clara a corrupção, que seus tesoureiros são pegos e presos pela justiça, como é que um político que tem a índole de honestidade permanece filiado a esse mesmo partido? Infelizmente é isso que acontece, com poucas exceções.
Vejo, até com tristeza e muita decepção, pessoas que há pouco eu respeitava e tinha como ídolo, levantar plaquinhas de revolta, frente a um grande público, contra as pessoas que tentam corrigir as engrenagens corruptas do país. Não se anime, meu caro ex-ídolo, pois o ensaio de vaias que ocorreu nesse contexto, não sintonizaram com o coração daqueles que querem ver um país decente. E fique certo, se o coração daquelas pessoas que ouviram calados aquelas vaias pudessem se expressar, o nome MORO ecoaria em todos os recantos daquele estádio e o medo da Justiça trazida pela Verdade iria, talvez, forçar uma reflexão.
Li num texto que um amigo me encaminhou, a experiência de Psicologia Social que a Universidade de Stanford (EUA) realizou. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em Psicologia Social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada no Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alta estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite a ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a “Teoria das Janelas Partidas”, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem “pequenas faltas” (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de “Tolerância Zero”. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão “Tolerância Zero” soa como uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras, por que não podemos aplicar essa teoria na Praia do Meio, no bairro que moramos?
Afinal essa teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Vamos refletir sobre isso?
No eterno conflito homem-mulher está a diferença de gêneros nos quais fomos formados. Não somos iguais, nem na biologia, nem no psiquismo. Temos interesses e estratégias diferentes para a sobrevivência. Não existe a possibilidade de direitos iguais, pois temos que respeitar essas diferenças. Como dar o mesmo direito de maternidade ao homem se apenas a mulher pode parir? Como dar o mesmo direito de usar o mictório vertical à mulher se apenas o homem pode urinar em pé sem se molhar ou fazer acrobacias?
Algumas mulheres querem “namorar” tanto quanto o homem, sem saber que o homem possui milhões de espermatozoides para fecundar em cada relação sexual, enquanto elas possuem apenas um único óvulo a cada mês. Se a mulher conquistasse este mesmo direito, seria a grande prejudicada, pois parceiros para ela com certeza não iria faltar, mas ela não teria a garantia de quem seria o pai da provável criança que fosse gerada, portanto, teria o mesmo prazer que o homem durante o ato sexual, mas ficaria sozinha com o ônus de desenvolver uma criança no útero e a sua sobrevivência e educação pós-parto.
A Bíblia tentou atenuar esse conflito, colocando uma hierarquia dentro da relação. O homem seria a cabeça do casal, isto é, ele é quem tomaria as principais decisões (Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como o Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, de igual modo as esposas estejam em tudo sujeitas a seus próprios maridos. - Efésios, 5: 22-24). Muito justo, entendendo que no homem é onde está a força física, última instância para a resolução de conflitos. Caso haja algum conflito dentro da relação, é o homem pela força física que impõe a sua opinião. Não é à toa que os homens pré-históricos escolhiam suas mulheres, batiam logo com os tacapes em suas cabeças e as levavam arrastadas pelos cabelos paras suas cavernas. Claro, o processo civilizatório criou mecanismos onde essa barbárie masculina não possa existir, mesmo que ainda existem falhas e essa violência ainda seja muito comum.
Portanto, de posse dessas informações, o homem moderno e espiritualizado, irá saber que é detentor da força física, mas por questões éticas deve respeitar os princípios de solidariedade, onde a mulher está colocada como um ser humano, espiritualmente equiparada ao homem, com aspirações e vontades próprias para conduzir a sua vida. Deve saber que, por uma questão de hierarquia, algum membro do companheirismo, quer seja casados ou não, deve assumir o comando, que nesse caso cabe ao homem. Por isso, o homem deve colocar bem claro, mesmo antes do amor romântico que possa ter desenvolvido pela companheira, quais são os seus projetos de vida, para que a mulher consiga avaliar se isso não é muito diferente do que ela pensa e que pode seguir esse projeto. Não cabe a mentira dentro desse projeto de companheirismo, por nenhuma das parte, pois isso irá destruir a relação de confiança. O homem não pode mentir sobre o que deseja fazer ou construir, ou mesmo o que pode fazer fortuitamente, mesmo sem planejamento; a mulher não pode mentir, dizendo que irá seguir os caminhos do seu companheiro e logo em seguida ficar a reclamar, protestar e se amargurar por seus próprios desejos não estarem sendo seguidos.
Com esta compreensão podemos esperar que os relacionamentos de companheirismos, casados ou não, sejam mais firmes no futuro.
Foi muito bonita a abertura da Olimpíada no Brasil, realizada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Abordou a história do Brasil desde a origem da vida, dando ênfase aos motivos culturais e artísticos. Acredito que o Brasil não ficou a dever a nenhum país, comparando com as outras aberturas de Olimpíadas acontecidas nos últimos anos.
Porém, se eu fosse o diretor desse trabalho eu teria dado um enfoque diferente na parte final. Teria mostrado a importância dos cristãos na transformação do Brasil no segundo país mais cristão do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Teria destacado a participação do Padre Anchieta, o Apóstolo do Brasil, importante na criação da cidade de São Paulo, a locomotiva do Brasil; reconhecido o esforço do Padre Cícero Romão no Nordeste e do místico Antônio Conselheiro nos sertões, ao lado dos pobres e miseráveis na luta pela sobrevivência; teria ressaltado a mente lúcida de D. Helder Câmara nos tempos da ditatura; teria mostrado ao mundo a importância de Chico Xavier, o médium que seguindo os passos de Jesus fazia a comunicação perfeita entre o mundo material e o mundo espiritual, trazendo de volta para nós a inteligência de muitas personalidades, de várias partes do mundo, para nos encantar com suas artes literárias e ensinamentos morais.
E, finalmente, eu faria o fechamento apoteótico, informando com coreografias mais espiritualizadas que erotizadas, que nós somos o país escolhido pela gerência da sabedoria superior, para ser o coração do mundo e pátria do Evangelho. Mostraria que o governador do planeta é o Mestre Jesus, e que a constituição que obedecemos com prioridade é o Evangelho, alicerçado no Amor |Incondicional. Mostraria que a onda de violência e corrupção que sofremos no momento atual, são os últimos estertores de espíritos arraigados na prática do mal, mas que a justiça humana começa a fazer a limpeza que será secundada pela devida correção da justiça divina, àqueles que conseguirem ludibriar os tribunais da Terra. Que iremos ser o exemplo para todas as nações, da produção de alimentos ao invés de armas; de educar para o progresso com respeito à Natureza, de ensinar a vencer o egoísmo individual para construir a fraternidade, a família universal, o Reino dos Céus, e glorificar, respeitar e seguir ao Deus fonte de Amor, qualquer que seja o nome dado a Ele.
Depois disso seria feito a entrada das delegações de cada país, cujos atletas iriam pela primeira vez, competirem para mostrar ao Criador o quanto se esforçaram para deixar na melhor performance os atributos biológicos que receberam.
O evento seria finalizado com o hino ao planeta, uma música onde as notas falassem à alma sobre a irmandade de todos sobre a mãe Terra, e todos, de pé, com a mão sobre o peito, reverenciassem ao Pai, presente em todos, naquele momento.
Recebi o texto abaixo de um colega, que reforça a minha preferência pelo regime monarquista:
“O parlamentarismo só dá certo com monarquia constitucional, pois o rei é apartidário, e tem o poder moderador, capaz de realmente equilibrar e fiscalizar os outros três poderes. O rei não possui vínculos com partidos políticos e seu papel é representar o estado e defender o povo de quem sua autoridade emana. O parlamentarismo republicano não funciona porque: 1) se o presidente da república for do partido ou coligação do primeiro-ministro, não haverá solução para crises; 2) se o presidente e o primeiro ministro for de partidos ou de coligações opostas, brigam eternamente entre si e a crise persiste ou se agrava e travam o país. Na monarquia parlamentarista constitucional não há esse problema, pois o rei ou imperador é apartidário e não tem interesses partidários, ele é o defensor máximo da constituição e do povo e, portanto, com seu poder moderador, não permite os graves desmandos de um sistema republicano. A república no Brasil se mostrou um fracasso desde seu surgimento e é a principal geradora de todo o sistema de corrupção! É só olhar as monarquias parlamentaristas constitucionais do mundo e comparar com as repúblicas. Poucas repúblicas escapam! Olhem para: Reino Unido, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Luxemburgo, Suécia, Noruega, Mônaco, Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Japão, etc.... Está obvio que as monarquias parlamentaristas constitucionais funcionam e bem! O Brasil nunca dará certo como república. Não temos tradição republicana. Nossa nação não surgiu como república e, sim, como império e, foi o único período de tempo que o Brasil prestou de fato! Precisamos reaprender com a verdadeira história do Brasil! A história que a república contou sobre o Brasil Império foi a mais deturpada possível!
(1880) O Brasil era a 4ª economia do mundo e o 9º maior império da história;
(1860 – 1889) A média do crescimento econômico era de 8,81% ao ano;
(1880) Eram 14 impostos, atualmente são 92;
(1850 – 1889) A média da inflação era de 1,08 ao ano;
1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina;
(1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do mundo, perdendo apenas para a Inglaterra;
(1860- 1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo do mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais;
(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do mundo, com mais de 26 mil quilômetros.
A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso imperador. “Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros” conta o historiador José Murilo de Carvalho. “Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que causaria ao autor de tais artigos na Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição. “Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. “Imprensa se combate com imprensa”, dizia.
Quanto as minhas opiniões políticas, tenho duas: uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo (a monarquia). É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou”. Machado de Assis, escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras.