Sióstio de Lapa
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09/02/2022 22h25
NOACHISMO (3) – DISSOLUÇÃO DO CRISTIANISMO

            Sempre é bom entender os conceitos que estão por trás da atual crise da Igreja Católica. Irei transcrever os principais trechos da palestra do Frei Tiago de São José, publicada no Youtube em 29-01-2022, com o título “O pacto que Francisco assinou: Noachismo e a Nova Religião Mundial, com 39 mil visualizações em 03-02-2022. Vejamos...



Esse é o resumo do documento. Tudo que eles querem fazer é mostrar o papel das religiões na construção da paz mundial. Estamos bem no coração desta preparação para o advento do Anticristo, porque aqui está o plano de governo dele. A paz mundial e o papel das religiões para construir esse mundo maravilhoso. Que paz, que harmonia nós vamos ter, pois ao final de contas nós não temos o pecado original, nós não temos nada a purificar, a confessar, nós não temos uma revelação de Cristo a seguir. Nós só temos sentimentos religiosos, e esses sentimentos religiosos são bons, são legítimos. Vamos nos abraçar, sejamos irmãos e tudo está resolvido.



Essa é a maneira mais sutil e mais discreta que eles podiam ter para extinguir todo catolicismo.



“De repente, a destruição virá sobre eles, como as dores de parto chegam à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão.” (Tessalonicenses 5,3)



            Por isso o Rabino Mendel começou já na década de 80 uma campanha para que as pessoas aceitassem os 7 preceitos de Noé, conforme estão descritos na Torá. Com isso aumentou consideravelmente, sem aumentar o número das pessoas que aderem a essa posição, a esse desejo de instalar a religião universal. Defendem que o Noachismo é a única e eterna religião dos antigos, ou seja, daqueles que não nascem judeus.



            Esse Noachismo se trata de uma religião que vai elevar o cristianismo à sua mais perfeita e última evolução. Eles mudaram de estratégia. No começo, aqueles que não aceitavam Cristo e que redigiram o Talmud, perseguiam com todas as forças os cristãos. Mas quando eles perceberam que o cristianismo tinha se tornado uma grande potência e que as pessoas no mundo inteiro tinham essa devoção e esse amor a Cristo, então ele disseram, “vamos aproveitar o amor e a devoção que eles têm a Cristo, mas vamos transformar o cristianismo no Noachismo. Porque eles podem continuar amando Cristo, desde que eles considerem que não é preciso adotar os dogmas da Igreja Católica. Basta seguir uma moral básica e se submeter a esses preceitos simples formando essa religião universal junto com as outras religiões.



            Foi assim que o Noachismo foi descrito como a perfeita evolução do cristianismo:



“O Noachismo é a verdadeira, única e eterna religião dos gentios: se trata de uma religião que vai elevar o cristianismo à sua última evolução.” (Rabino Elia Benamozegh).



            É nisso que acreditam aqueles que fazem a religião do Vaticano II que agora chegou na sua plenitude com Francisco. Isso é muito mais útil ao judaísmo do que fazer com que todos os povos pagãos se tornem judeus, porque eles não querem a conversão das pessoas ao judaísmo, mas que as pessoas estejam numa religião de segunda classe, submetidos ao judaísmo.



            É importante a visão de quem está de fora dessas igrejas tradicionais, como eu e muitos dos meus leitores, acredito. A ideia dos judeus com essa nova religião mundial serve para anular o crescimento do catolicismo em direção à universalidade. Ele pode crescer, mas está subjugado pelo Noachismo, a estratégia dos judeus para manter o crescimento do catolicismo subjugado a eles. A Santíssima Trindade deixa de existir, Jesus não será mais considerado como Deus, como uma parte da Trindade. Será um simples profeta como foram os que o anteciparam.



            O Papa e a maioria do Clero acreditam que fazendo assim como os judeus querem, estão fazendo a vontade de Deus, estão fazendo evoluir o Cristianismo como nunca aconteceu. Não percebem a razão que as críticas que eles recebem têm o objetivo de alertar para o desmanche da Igreja.



            É isso que vejo com clareza quando faço a reflexão de tudo que é dito. Portanto, mesmo de fora da Igreja Católica, fico a torcer que os tradicionalistas consigam evitar a anulação da Igreja, diluída nessas ações que lentamente retiram o Cristo de sua posição de Filho de Deus e governador espiritual do nosso planeta.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/02/2022 às 22h25
 
08/02/2022 07h45
NOACHISMO (2) – SETE LEIS DE NOÉ

            Sempre é bom entender os conceitos que estão por trás da atual crise da Igreja Católica. Irei transcrever os principais trechos da palestra do Frei Tiago de São José, publicada no Youtube em 29-01-2022, com o título “O pacto que Francisco assinou: Noachismo e a Nova Religião Mundial, com 39 mil visualizações em 03-02-2022. Vejamos...



            Todas essas coisas seguem a tradição rabínica e assim, o não judeu que respeita as 7 leis de Noé já é considerado um justo e ele terá uma certa parte na vida futura. Nós entraríamos nessa mesma categoria e eles assumiriam o posto de dominadores e mestres da humanidade. Bergoglio está ali a serviço desses judeus talmudistas e assinou o documento da Fraternidade Humana que instala a religião Universal do Noachismo.



            Nesse documento diz o seguinte: “Nós, crentes em Deus (pouco importa se tem um muçulmano, outro católico) a partir de nossa responsabilidade religiosa e moral através deste documento, rogamos a nós mesmos e aos líderes do mundo inteiro, aos artífices da política internacional e da economia mundial, para se comprometer seriamente na difusão da tolerância, da convivência e da paz.”



            Para intervir o mais brevemente possível a fim de impedir o derramamento do sangue inocente, acabar com as guerras, os conflitos, e porque não, a degradação ambiental. Não podemos deixar destruir o meio ambiente e evitar o declínio cultural, moral, que o mundo vive atualmente.



            Partindo dessa reflexão profunda, diz o documento sobre a fraternidade humana, sobre a nossa realidade contemporânea e apreciando todos os êxitos e vivendo as suas dores, os seus dramas e calamidades, esta declaração acredita firmemente que entre as causas mais importantes da crise no mundo moderno, se conta uma consciência humana anestesiada e o afastamento dos valores religiosos.



            Esse é um documento que se apresenta e o Papa vai lá e assina. Jamais a Igreja Católica assinaria uma coisa semelhante a essa.



            O que está dizendo é que o problema da humanidade é que as pessoas estão se afastando dos valores religiosos. É uma indiferença total. Normalmente deveríamos dizer que as pessoas estão se afastando de Cristo, estão se afastando da fé católica. Mas não, estão se afastando dos valores religiosos quaisquer que sejam, com o predomínio do individualismo, das filosofias materialista que diviniza o homem e coloca os valores mundanos e materiais no lugar dos princípios supremos e transcendentais. Não é nem Deus, são os princípios fundamentais, qualquer religião aqui está muito satisfeito.



            No documento da Fraternidade Humana, nós podemos dizer que os inimigos da humanidade são individualismo, materialismo, intolerância, consumismo, guerras, pobreza, pandemias e destruição da Natureza.



            Falsa solução: igualdade, liberdade, fraternidade (são os valores da revolução, os valores do Noachismo, porque todos nós somos irmãos somos iguais e devemos ser livres para sermos capazes de sermos felizes).



            Verdadeira solução: conversão aos verdadeiros Deus e ao catolicismo



            Tudo isso gera uma sensação geral de frustração solidão e desespero levando muitos a cair no extremismo ateu e agnóstico ou no integralismo religioso.



            Nesse documento assinado por Francisco, nós devemos combater o integralismo religioso, exatamente o que a Igreja Católica sempre representou, ou seja, uma religião que tem a integridade de toda a lei, de toda moral, de toda fé.



            Eles quere convencer as pessoas de que todos aqueles que pregam uma religião verdadeira são necessariamente extremistas e fundamentalistas, quando o caso é que nós temos a verdade revelada por Deus para a Santa Igreja Católica.



            Ele diz que o primeiro e mais importante objetivo de todas as religiões é crer em Deus, e isso é uma profissão de fé do Noachismo. Invocá-Lo, honrá-Lo, e chamar todos os homens a acreditar que este universo depende de um Deus que o governa... veja onde chegamos. Quem é o Criador que moldou com sua sabedoria divina e nos concedeu o dom da vida para guardarmos em todo tempo.



            Esta é a expressão fundamental do Noachismo. “Nós cremos num Deus único, criador do mundo. Vamos encontrar assim as 7 leis do Noachismo:




  1. Proibição de idolatria: culto monoteísta

  2. Estabelecer tribunais para julgar a observância das leis

  3. Proibição de blasfêmias ou sacrilégio

  4. Não matar

  5. Não roubar

  6. Proibição de uniões ilícitas (incesto)

  7. Proibição de comer carne de um animal em vida.



Uma vez que seja observada essas 7 leis, tudo está bom, você faz parte desta comunhão com Deus, desde que você reconheça que os judeus são representantes desse Deus. Isso é o que está sendo difundido na sociedade, de forma discreta, através dos meios de comunicação, e através da atuação da Igreja após o Vaticano II.



Foi feito esse pacto para que todos observem as leis do Noachismo e sigam essa religião universal.



Esse documento está de acordo com tudo aquilo que os judeus designaram segundo as tradições talmudistas, que vieram depois que eles negaram Cristo no Novo Testamento. Ele vai estabelecer a importância do papel das religiões na construção da paz mundial.



O pensamento da Santa Igreja é que fora dela não há salvação. Não posso comungar com tal ideia, pois isso iria excluir mais da metade da atual humanidade que não está dentro da Igreja Católica e até pode nem saber de sua existência. Como é que o Pai deixaria os seus filhos ignorantes fora da salvação?



Trazer a figura de Noé para ser cultivada como forma de criar uma nova religião, única para a humanidade, é uma estratégia expansionista inteligente e sutil, colocando seus idealizadores como dignos e únicos representantes perante Deus.



A narrativa do cristianismo tende a ser absorvida por essa narrativa dos judeus, o que eles não conseguiram há dois mil anos pela força bruta, contra o primeiro “Pedro” representante da Igreja, pode conseguir agora pelo convencimento sobre o atual “Pedro” que conduz a Santa Igreja.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/02/2022 às 07h45
 
07/02/2022 21h46
NOACHISMO (1) – DEUS CATÓLICO

            Sempre é bom entender os conceitos que estão por trás da atual crise da Igreja Católica. Irei transcrever os principais trechos da palestra do Frei Tiago de São José, publicada no Youtube em 29-01-2022, com o título “O pacto que Francisco assinou: Noachismo e a Nova Religião Mundial, com 39 mil visualizações em 03-02-2022. Vejamos...



            Nesta semana completa 3 anos que Francisco assinou o documento da Fraternidade Humana. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que foi a formalização desta nova religião universal.



            Temos que considerar que essa religião única e universal que era sonhada pelos inimigos da Igreja já foi fundada por Francisco há 3 anos., no dia 04-02-2019.



            Vamos hoje explicar que essa religião foi planejada muito antes pelos judeus, que elaboraram o projeto dessa religião para todos os seres humanos, conhecida também como Noachismo ou Noeismo.



            Não se trata de converter a humanidade inteira à religião dos judeus, mas fazer com que a humanidade reconheça a doutrina e a supremacia de Israel e fazer cm que as pessoas sejam colocadas à serviço dos judeus.



            Esse documento sobre a Fraternidade Humana foi assinado entre Francisco e um representante do islamismo. Essas são as duas grandes religiões monoteístas que se colocam submissas, à serviço de Israel.



            A profissão de fé de Bergoglio coincide com esta declaração da Fraternidade Humana, porque ele disse certa vez, : “Eu creio em Deus, não um Deus católico, porque não existe um Deus católico, mas eu creio em Jesus Cristo que é o meu Mestre, o meu Pastor. Mas Deus, o Pai, é a luz e o Criador.” Ele faz a distinção, tem o Deus criador e tem Jesus Cristo que é o Mestre, então Jesus Cristo não é Deus, igual ao Pai.



            O Noachismo é exatamente essa religião que nos apresenta um Deus único que deve ser adorado por todos os homens, independente das nuances religiosas, basta que você diga que crê em Deus.



            Por isso eles tomas a tradição do Talmud que ensina que existem sete leis que Noé recebeu depois do dilúvio para transmitir para a humanidade.



            Essas leis são imperativos morais que seriam dados a toda raça humana através dos filhos de Noé. Eles formam assim um sistema moral que é considerado pelos judeus como a religião mais antiga da humanidade. Por isso, nós todos teríamos que aderir ao Noachismo, que segundo o Rabino, é uma morada fundamental que deve conduzir a humanidade a uma plena evolução.



            As vezes as pessoas fazem questão da moral, mas se esquecem da fé que está acima da moral. Portanto, é a fé católica que tem a primazia no ensino da igreja, para depois receber o ensino da moral quer dizer, das leis que vão reger a nossa conduta.



            Depois da revolução, os padres em todos os países onde era instalado o regime revolucionário, eles eram proibidos de pregar os dogmas da fé e só podia empregar a moral.



            É interessante que a partir daí começou esse costume de fazer com que a religião se torne simplesmente um sistema moralista. Kant, no século XVIII dizia que a religião não serve para outra coisa, senão para ensinar aos homens quais devem ser suas condutas.



            Tudo isto está coligado. Segundo essa tradição talmudista o mundo está dividido entre os judeus e o resto da humanidade. Os judeus seriam o povo sacerdote que vai fazer a mediação entre as pessoas normais e Deus. Eles têm outras obrigações além do resto das pessoas, da humanidade em geral. Porque eles têm essas outras obrigações? Por que têm relacionamento direto com Deus, enquanto que nós temos simplesmente uma impressão de Deus. Nós estaríamos ali fazendo simples devoções, atos de fé naquele Deus único, mas nós não teríamos a possibilidade de orar a Deus diretamente como fazem os judeus, que são os mediadores.



            Confesso que sintonizo com o pensamento do Papa Francisco. Também eu creio em Deus que não é exclusivamente católico. Ele é o Criador de tudo que existe, a Natureza plena, os multiversos, os planos materiais e espirituais. Entendo que Jesus Cristo é uma personalidade separada de Deus, mas bem sintonizada com Ele, assim como eu procuro fazer essa sintonia cada dia mais forte. Como Jesus foi enviado pelo próprio Deus, que era tratado por ele, Jesus, constantemente como Pai, procuro seguir suas lições contidas no Novo Testamento. Por esse motivo também o considero como Mestre.



            Por esse motivo também entendo que o Deus único deve ser adorado e respeitado por todos os homens, independente de qual religião eles pratiquem, desde que procurem fazer a Sua vontade enquanto expressão do amor incondicional.



            Mas esta é a minha opinião enquanto filho de Deus, que tenta fazer Sua vontade conforme ensinado pelo Cristo, e que por pensar assim me considero excluído da Santa Igreja Católica, por não aceitar os seus dogmas e acreditar e praticar ações condenada por ela, como é o caso de aprender com espíritos de bagagem moral superior e que já se encontram no plano espiritual interagindo conosco, conforme está bem esclarecido na doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec, no livro primeiro que ele publicou, “O Livro dos Espíritos”.



            O Papa por pensar dessa forma, também deveria se sentir excluído da Santa Igreja Católica, não deveria ter aceito o encargo que a eleição que os seus colegas cardeais lhe indicou. Como bem conhecedor de toda a trajetória da Igreja Católica Apostólica Romana, deve saber o quanto seu pensamento desvia do que pensa a Igreja que ele agora representa. Seria mais digno que ele pedisse antes de assumir o cargo, a saída da Santa Igreja e explicasse de forma transparente os seus motivos. Dissesse que não poderia assumir a postura de pai dentro da Igreja, que é considerada a mãe e que tem todos os crentes como filhos. Como é que esse pai iria respeitar os princípios desta mãe, se ele não pensa mais como ela? Se cada decisão que ele toma de acordo com sua consciência, o que é correto, mas é interpretado pelos filhos como um abuso à personalidade da mãe?



            Para acabar com esta crise que tomou conta da Igreja Católica, é importante que este pai faça um reexame de consciência e volte a respeitar os princípios da mãe, caso não seja possível, que peça o divórcio, deixe a condição de Papa, de pai, como fez o seu antecessor. Deixe que outro cardeal mais sintonizado com os princípios da mãe assuma o papado e traga de volta a harmonia no seio da Santa Igreja. Mesmo que não me considere dentro dela, justamente por isso, por querer seguir a minha consciência, mas tenho o maior respeito por ela e por sua luta milenar no enfrentamento das trevas que querem dominar a humanidade.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/02/2022 às 21h46
 
06/02/2022 00h01
TEMPO PASSANDO - poesia

O tempo passa em cada “tum” do coração



Em cada lágrima caída, de qualquer dor sentida



Por qualquer abraço perdido ou ação esquecida



A morte espera, serena, no final da estação



 



O tempo viaja, eu embarcado, sonhando acordado



Dos amores que tive, dos amores que tenho



Mas por mais que eu faça, do que obtenho



Me sinto cobrado, do Pai deserdado



 



O tempo passando me lembra da morte



Que chego mais perto, qualquer seja o norte



Vencendo ou perdendo haverei de chegar



 



Tenho nas mãos os deveres que hei de cumprir



No peito os amores de tantos formatos para gerir



E no fim da jornada ter o Pai a me perdoar


Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/02/2022 às 00h01
 
05/02/2022 00h01
REVOLUÇÃO FRANCESA (02) – QUIETISMO

            Irei reproduzir neste espaço a palestra do Sr. Nelson Ribeiro Fragelli, especialista no tema da Revolução Francesa e autor de diversos estudos no tema, para nossa reflexão sobre o mundo atual que vivemos hoje.



            Muito obrigado Sr. Frederico. Eu saúdo o Príncipe D. Bertrand de modo particular e também o Sr. Frederico e organizadores deste 21o. Simpósio de estudos Contra-Revolucionários.



            A Revolução Francesa é uma parábola da história. Foi o professor Plínio que lançou esta expressão: parábola. Porque contém em si um ensinamento para outros lugares e outros tempos.



            O que aconteceu durante a Revolução Francesa serve para nós, é um paradigma para entender o que ocorre no mundo, político e ideológico, nesses 230 anos após o início da Revolução.



            A Revolução Francesa foi uma imensa convulsão de ideias, de instituições, para abater uma sociedade gerada pela Santa Igreja. Autores como Pierre diz que a Igreja trabalhou só na França durante 1.500 anos, formando uma nação, a primogênita da Igreja, que brilhou no mundo em diversos aspectos: pelo seu reino, por suas artes, por sua cultura.



            A França é, ou foi, hesito em colocar o verbo no presente ou no passado. Mas a França foi uma joia da cristandade, certamente a mais bela das joias da cristandade.



            Como se deu a Revolução Francesa? A preparação foi lenta, levou mais de 100 anos, cuidadosamente executada em toda sociedade francesa. A primeira ideia surgiu de um sacerdote, de um arcebispo, o Arcebispo de Cambré (?), Fenélon (François de la Mothe-Fenélon, (1651-1715). Ele pertencia a uma grande família, de Cruzados, era um homem muito distinto e muito culto.



            Fenelón, com a influência em ordens religiosas diferentes, com influência política, ele cria uma doutrina nova que ele chama de Quietismo, Quietude. E esse quietismo pregava o total abandono nas mãos de Deus dos fieis, dos católicos, de todos os homens. Doutrina oposta à do grande Santo Inácio, que pregou a luta, os dois exércitos, a conquista da vitória no combate ao mal.



            Esse Quietismo, penetrando as ordens religiosas, penetrou os jesuítas, fortíssimos na França, os confessores dos reis, Luiz XIV, Luiz XV, eram jesuítas. Fenelón desenvolveu esse modo de pensar: nós não devemos reagir às tentações, nem mesmo as orações são tão necessárias. A alma é boa, a alma procura nos outros a fraternidade.



            A fraternidade, segundo Fenélon, era muito importante. A monarquia traz em si, o quê? O rei mandando nos outros, o rei dirigindo, tomando determinações, ele facilmente se corrompe. A monarquia contém em si sementes de corrupção. É preciso acreditar na bondade humana, dizia Fenélon. Cada um sabe o que faz. A propriedade privada é um mal. Os males começaram quando o homem fundamentou a sua sociedade na propriedade privada. Propriedade privada eu ganho meu dinheiro, é a especulação, é o domínio de empregados que trabalham para o proprietário.



            Parece que esse Quietismo pode responder como a semente da destruição do poder papal, diminuindo, por conseguinte, o poder da monarquia, diretamente associado à Igreja. O mais curioso disso, é que essa ideia não surgiu de um revolucionário contra a igreja ou o Estado. Surgiu dentro da própria Igreja através de um dos seus “doutores” da lei: Fenélon, Arcebispo de Cambré.



            Podemos concluir que essa fumaça de Satanás que entrou dentro da Igreja, chegou através do raciocínio dos seus prelados, que deixaram se encantar pelo poder, fato que acontece desde os primórdios do mundo. Essa ideia colocada por Fenélon, despretensiosa, do Quietismo, é como se deixasse um animal de pernas atadas para que ele não fosse longe, não pudesse se defender ou atacar.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/02/2022 às 00h01
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