Este é mais um texto pinçado das redes sociais, onde o médium Divaldo Franco faz um protesto relacionado à agressão moral sofrida pelo Cristo em pleno carnaval e comenta um tipo de comportamento que tenta se disseminar como um produto politicamente correto, que deve afrontar a cultura e os valores morais conquistados com as lições do próprio Cristo, a figura humana tão divina e ao mesmo tempo tão vilipendiada. Vejamos e reflitamos...
Em um artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 7 de março de 2019, Divaldo Franco, professor, médium e conferencista, se expressa da seguinte forma:
Lamentavelmente, a liberdade é uma conquista que nem todos os seres humanos compreendem. Alguns setores da sociedade confundem-na com a libertinagem, a permissão que lhes faculta o direito ao desrespeito a tudo quanto lhes perturba ou lhes impõe disciplina moral. Cada dia acompanhamos a perversão dos costumes e os atentados de várias ordens, utilizados insensatamente por esses libertinos escudados no direito que negam aos outros.
Não há muito, em nome da cultura, vimos exibir-se despido um homem no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que se dispôs permitir-se apalpar por crianças em nome da liberdade. Outras exposições perversas foram apresentadas em Porto Alegre e em Belo Horizonte, em nome da arte, em espetáculos chulos e de baixo padrão moral, numa apresentação psicopatológica, exaltada pelos mesmos representantes do chamado progresso cultural. Há poucos dias, em São Paulo, no desfile do Carnaval, a Escola de Samba Gaviões da Fiel exibiu um quadro horripilante, ironizando Jesus, que era apresentado semidespido, surrado por Satanás, que o martirizava com um tridente, matando-O, enquanto caveiras sambavam em Sua volta. O espetáculo vulgar e agressivo mereceu a revolta de muitos foliões e pessoas outras que não puderam compreender a razão pela qual esse extraordinário vulto, considerado o maior da humanidade, cujo berço dividiu a História, naquela situação profundamente vexatória e agressiva não somente à Sua memória, assim como a todos aqueles que O respeitamos e cultuamos em nosso comportamento.
Com que direito esses sambistas arbitrários se permitiram denegrir a figura do Homem de Nazaré, respeitado mesmo por aqueles que não Lhe seguem as diretrizes filosóficas e religiosas? Esse comportamento viola todos os valores morais que a liberdade concede, naturalmente exigindo consideração ao direito dos outros. Sou espírita-cristão que aprendi com Ele a respeitar todas criaturas, credos e ateísmo, impositivos sociais e morais, não me podendo calar ante a afronta vil e zombeteira dos carnavalescos embriagados pelas paixões subalternas… Não é a primeira vez que a crueldade ateísta de alguns indivíduos tenta macular a figura incorruptível de Jesus. Incomodados com a grandeza e excelência dos Seus ensinamentos, que eles não têm valor moral para vivenciar, dominados por conflitos sexuais e de outra ordem, buscam desacreditar o incomparável pensador e Mestre, que vem iluminando a consciência da sociedade desde há dois mil anos.
Tem-se insistido em informar que Jesus era gay, em tentativa de diminuir-lhe a dignidade, e advogam, ao mesmo tempo, que os gays merecem todo respeito e consideração. Claro que os gays são credores de nosso respeito, pois que são pessoas normais e dignas, mas aqueles que assim procedem visam diminuir-Lhe o conceito de honradez, o que não deixa de ser um paradoxo. Espero que outros cristãos decididos apresentem a sua recusa e protesto a esses adversários da dignidade humana, demonstrando-lhes que as suas demências não servirão de modelo moral à sociedade em construção neste momento quando iniciamos uma Era Nova de justiça e amor. Jesus não é apenas um símbolo do Mundo melhor, mas o exemplo que é guia para a conquista da plenitude.
Concordo plenamente com o protesto do médium, mas, também como seguidor do Mestre Jesus, o misericordioso, que do alto da cruz perdoou os seus agressores físicos e morais, justamente por eles serem ignorantes, também perdoo os ignorantes que são levados a tal atos e comportamento pensando fazer coisa boa. Mas, para quem sabe que é errado e quer conquistar poder ou influência sobre a inocência dos mais vulneráveis, deixo à justiça do Arcanjo Miguel.
Para fazer o contraponto com o texto que reproduzi no dia anterior, transcrevo também aqui um texto atribuído ao médium Divaldo Franco que serve para continuar nossas reflexões em como seguir as lições do Cristo, na construção do Reino de Deus, sem entrarmos em desvios incoerentes com a verdade e a justiça.
“O Brasil corre risco pois os espíritos de luz estão com dificuldades para nos ajudar”. Leia agora toda a mensagem
ATENÇÃO POVO BRASILEIRO:
Preocupados com a situação de desconsolo e tristeza que vive o povo brasileiro, os maiores do plano espiritual enviaram instruções para que todos os irmãos participem do movimento espírita cristão, no sentido de formar uma corrente composta por centros de luz em todo o nosso país, visando alterar o padrão mental e vibratório do povo desta nação, pátria do evangelho e coração do mundo.
Alertam-nos estes irmãos sobre a onda negativa que paira sobre a nossa pátria, propiciando a formação de clima deletério, similar ao ocorrido na segunda guerra mundial, onde a luta espiritual foi maior do que a ocorrida no plano físico e que levou a humanidade ao sofrimento supremo que todos nós conhecemos.
Nos dizem os orientadores do bem, que se prosseguir o clima ora instaurado entre as pessoas, com o sentimento de ódio, vingança, desesperança e pessimismo, há que se contar a possibilidade de ver iniciada uma guerra civil, levando as últimas consequências, as mazelas oriundas do fratricídio que ela impõe.
Porém, tendo em conta que somos filhos de Deus, pai infinitamente bom e justo, esta falange de amor nos indica o medicamento perfeito para revertermos as consequências da terrível doença que assola o coração do nosso povo: a prece verdadeira e direta em favor dos nossos desorientados governantes e a mudança imediata do nosso padrão mental trocando o pessimismo pelo otimismo, a tristeza pela alegria, o medo pela coragem e principalmente a desesperança pela certeza de que tudo que possa nos acontecer tem a permissão do Pai Maior.
Devido a grande concentração de energias negativas emanadas pelas pessoas insatisfeitas com a política e seus representantes, o Brasil precisa parar e orar!
“Estou preocupado com essa semana que está chegando. Peço uma corrente de oração para que os guardiões possam iluminar as mentes e os corações dos nossos governantes terrestres. A nação corre perigo. Divulgue. Peço que divulguem essa mensagem”. Divaldo Franco
Texto extraído do site
Não posso confirmar a autoria do texto, mas posso dizer que corresponde ao pensamento do ilustre médium. É um pensamento mais coerente com os ensinamentos do Cristo, pois não entra na condenação de pessoas, mas sim aos erros que possam estar cometendo por não observarem as lições do Evangelho.
É um pensamento que expressa melhor a vontade de Deus de cuidar de seus filhos, em quaisquer caminhos desviados que eles estejam, que sejam feitas as atitudes mais caridosas e eficientes, de orar por todos para que ocorra o reconhecimento dos erros que a guerra fratricida não chegue a ocorrer.
Vejamos esse material que encontrei nas redes sociais que trata do comportamento que deve ter o cristão, nesse momento de conflitos ideológicos em que nos debatemos. Importante raciocinarmos com os argumentos que o Mestre nos ensinou...
A educadora Dora Incontri, da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (ABPE), enviou aos espíritas progressistas reunidos no I Encontro Nacional Espíritas à Esquerda, em Salvador, a mensagem abaixo.
A leitura dessa mensagem, feita durante o evento pela querida Ana Claudia Laurindo, foi mais um momento de extrema alegria para todos.
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Carta aos Espíritas à esquerda
Queridas e queridos presentes aqui, ou conectados pela mente e pelo coração, como eu, que escrevo de Bragança Paulista, pelo menos para me fazer presente com palavras e ideias, já que não pude comparecer em carne e osso.
Não é preciso dizer que estamos atravessando um momento histórico complexo e que muitas vezes nos deixa atônitos e angustiados. O capitalismo, encarnado agora como neoliberalismo, sustenta-se nas raízes milenares do patriarcado, da escravização dos povos, da opressão violenta dos corpos e das almas. Mais miséria, mais exploração, mais repressão se delineiam no horizonte, já que a ideia do Estado mínimo é o Estado com nenhum benefício social e com o máximo de repressão militar – como estamos assistindo agora mesmo no Chile – país que foi o laboratório dessa agenda neoliberal predatória.
Ainda nesse cenário, apresenta-se o nosso planeta, em graves convulsões climáticas, também provocadas pelo poder do capital, inconsequente, que devasta, queima, explora e mata.
E nós, espíritas, que nos achávamos possuidores de todas as respostas, de todas as soluções, como nos supúnhamos no ápice da evolução espiritual, estamos divididos entre aqueles que aderem a essa agenda, seja por má fé ou ignorância, e aqueles que, como nós aqui dessa ala, nos vemos perplexos e às vezes desanimados.
Considero, entretanto, alvissareira a notícia de que estamos nos unindo, pelo menos uma parte do movimento espírita – e a meu ver este grupo está crescendo – para tratarmos pautas urgentes de mudança do mundo e de ativismo consciente.
O espiritismo é uma filosofia progressista – vem do iluminismo e atualmente deve ser relida como tal, dentro dos parâmetros progressistas do século XXI. As pautas que nos interessam hoje, a nós, espíritas à esquerda são inúmeras: a igualdade e a justiça social, a superação do patriarcado; o combate a toda espécie de preconceito e discriminação; o cuidado com a Mãe terra, tão extenuada, que grita por socorro… Como são pautas que interessam a outros grupos progressistas como nós, fora da redoma espírita, devemos fazer pontes de diálogos com eles – porque mais do que nunca precisamos unir forças em torno de objetivos comuns.
Há tanto a fazer, há tanto por que lutar… por isso não nos cabe o desânimo, não nos cabe a apatia, não nos cabe a deserção e nem uma suposta neutralidade, que possa significar conivência com o ódio, com a violência e com a exploração.
Como espíritas, cabe-nos a luta, sem violência; a resistência firme, sem ódio; o trabalho pela melhoria da sociedade e do planeta, mesmo com sacrifício de nossos interesses pessoais.
Como espíritas, cuidemo-nos uns dos outros, para aguentarmos os tempos sombrios que ainda demorarão um tanto a passar; conectemo-nos também com os Espíritos que já lutaram em suas épocas em todas as plagas, para melhorar um tanto esse mundo. Lembro aqui o próprio Jesus, que entendemos não como um mito a ser adorado, mas como um exemplo de amor e fraternidade a ser seguido; lembro Francisco de Assis, Gandhi, Martin Luther King. Entre os educadores, lembro Comenius, Pestalozzi, Kardec. Entre os brasileiros, lembro Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco, Herculano Pires, Chico Mendes, Betinho, Darcy Ribeiro, Paulo Freire e tantos outros. Lembro também Léon Denis, operário, autodidata, que promoveu um diálogo entre socialismo e espiritismo. Entre esses citados, há católicos, protestantes, espíritas, hindu e ateus… a todos esses e outros que possamos lembrar, evocamos para nos inspirar e nos fortalecer nessa luta. Porque agora é a nossa vez! Agora é a nossa oportunidade de dar a nossa contribuição. E que essa contribuição não seja apenas de palavras, mas de gestos concretos, de vivências reais.
Um grande abraço a todos os presentes e envio meus votos de que esse evento seja o início de um grande e fecundo movimento de espíritas à esquerda… Que esse e outros encontros possam gerar propostas de ação palpáveis, coletivos atuantes e engajar a todos nós, mais ainda, no propósito de resistir ao avanço das sombras, clareando os caminhos para um novo tempo!
Dora Incontri
Associação Brasileira de Pedagogia Espírita
Bragança Paulista, 25 de outubro de 2019
Nós, espíritas cristãos, que pretendemos seguir as lições de Amor que o Cristo veio nos ensinar e construir o Reino dos Céus a partir da renovação íntima, devemos ter o máximo de cuidado para não sair do caminho da luz, da verdade e terminarmos enrodilhados em narrativas que se pretendem justas, mas carregadas de ideologia materialista, seja de direita ou de esqu9erda.
Nós, enquanto seres humanos, ainda cheios de ignorância, podemos ser induzidos em direções falsas até com certa facilidade. Por isso o grande esforço que o Mestre veio até nós para nos ensinar sobre o caminho, a verdade e a vida, com o seu próprio exemplo, sacrifício e morte.
Aprendemos que devemos fazer a vontade do Pai, construir o Reino de Deus com a base da família universal. A vontade do Pai não pode estar desviada nem à direita nem à esquerda. Quem pode ficar nesses desvios somos nós, sem a sabedoria necessária para permanecer no centro, na vontade do Pai.
Então, como ficar no centro? Fazer a vontade do Pai? Primeiro, limpar o coração de todo o egoísmo e seus derivados (orgulho, vaidade, prepotência, narcisismo, agressividade, falsidades, etc.). Segundo, permanecer no centro, não entrar nem a direita nem à esquerda, e orientar a cada irmão que esteja fanatizado ou hipnotizado dentro de qualquer desvio, para não cometer as iniquidades morais ou materiais que sejam incentivados. Lembrar que estamos em guerra espiritual e que nossos principais adversários são os principados e potestades, influenciados pelas trevas da ignorância.
Os seminários promovidos por AA têm como objetivo a divulgação, partilha e organização do que se sabe, e como fazer. Entremeados a esses objetivos finais se encontra o lazer que os participantes que vêm de fora do Estado que realiza o evento, tem a oportunidade de fazer numa terra que as vezes não conhece. Tudo isso é entendido e aceito pelo Poder Superior cuja lei, estatuto e organograma está em nossa consciência.
O que podemos fazer é esclarecer nossa consciência da natureza desses movimentos dentro de nossos eventos para que não seja criada controvérsias que favoreçam a desagregação.
Primeiro, o grupo que sedia o evento tem a principal responsabilidade de manter as três áreas de interesse em funcionamento harmônico e produtivo: saber-fazer-lazer.
Muitos membros de AA se inscrevem nos eventos com esses três objetivos na mente e de acordo com a responsabilidade dentro da irmandade, a hierarquia dessas assertivas sofrem mudanças.
Por exemplo, um dirigente de grupo, que assume determinado cargo dentro da irmandade, o saber-fazer tem maior prioridade, o lazer pode ser feito se houver oportunidade que não prejudique o compromisso. O membro que ainda não assumiu responsabilidades dentro da irmandade, que está na fase de acomodação das rotinas comportamentais orientadas pela literatura, este pode ter maior proximidade com o lazer.
Entre uns e outros membros, antigos e novatos, existe uma gradação nesses interesses muito diversificados, e o momento de congraçamento dentro do evento, onde todos estão interagindo de forma harmônica é de fundamental importância para o fortalecimento da irmandade.
Dessa forma, entendendo esse mecanismo dos interesses dos membros, importantes para a vitalidade da irmandade, não surgindo comentários negativos quanto a grande ou pequena frequência dos membros dentro de alguns momentos ou tarefas dos eventos, estaremos mais afastados de comentários maledicentes.
Todos, onde estiverem, estarão sintonizados com o Poder Superior e quem estiver em lazer pode até vestir uma camisa informativa sem quebrar o anonimato: “Parei de beber – pergunte-me como.”
Todos somos discípulos missionários. Assim se expressa o Papa Francisco em sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” ao episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. Vamos verificar no capítulo III (O anúncio do Evangelho) item 120, como ele se expressa da seguinte forma:
“Em virtude do batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário (Mt 28,19). Cada um dos batizados, independente da própria função na igreja e do grau de instrução de sua fé, é um sujeito ativo de evangelização, e seria inapropriado pensar num esquema de evangelização realizado por agentes qualificados enquanto o resto do povo fiel seria apenas receptor das suas ações. A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização, porque, se lima pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anuncia-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou muitas instruções. Cada cristão é missionário na medida que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos “discípulos” e “missionários”, mas sempre que somos “discípulos missionários”. Se não estivermos convencidos disto, olhemos para os primeiros discípulos, que logo depois de terem conhecido o olhar de Jesus, saíram proclamando cheios de alegria: “Encontramos o Messias” (Jo, 1,41). A samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus “devido as palavras da mulher” (Jo 4,39). Também São Paulo, depois do seu encontro com Jesus Cristo, “começou imediatamente a proclamar (...) que Jesus era o Filho de Deus” (Act, 20). Por que esperamos nós?”
Este é o pensamento do Santo Padre de acordo com a sua consciência. Mas cada cristão, pertencente ou não à sua igreja, mesmo que não seja batizado, tem sua forma peculiar de entender a questão.
Entendo, como ele, que muitos de nós, cristãos, já possuímos a capacidade de atuarmos, além de discípulos, pois o aprendizado é constante, de colocar em prática as lições. Isto é a missão que a consciência de cada um deve apontar para ser realizada.
No meu caso, dentro das minhas circunstâncias e capacidade de compreensão, entendo o amor como a energia de Deus para minha movimentação, acima de qualquer lei humana, costumes ou preconceitos. Devo trabalhar na construção do Reino de Deus, formatando a família universal como a base dessa nova sociedade.