Quando estamos sintonizados com Deus, observamos quantos instrumentos Ele usa para falar conosco. Livros, revistas, filmes, um fenômeno da Natureza como um nascer ou por do sol; um riso de uma criança, um perfume de uma rosa; um presente que nos dão... lembro de uma Bíblia que recebi de presente e que a todo dia leio um trecho dela. Não é que nos momentos mais importantes sempre acontece daquele trecho trazer uma opinião, uma sugestão e até uma lição de como se comportar passo-a-passo em determinada situação. Pois isso aconteceu justamente hoje. Tenho uma reunião importante logo mais à noite e não é que o trecho da leitura dá todos os passos de como eu me comportar? Trata-se de um oráculo que Abia, neto de Salomão recebeu e que está descrito em crônicas. Um completo desconhecido chega perto de Abia, que é altamente temente à Deus e diz tudo que eu preciso dizer. Não é interessante? Também recebi um presente, um pão de páscoa que foi enviado para eu levar ao encontro. Também acabo de receber um PPS de uma amiga, “Eu tive que aceitar” que também entendo ser o fechamento do nosso encontro, belas imagens, belas frases de desapego para com esse mundo material e por trás a música de fundo, A Ave-Maria do Morro, interpretada por Andrea Bocelli e Luciano Pavarotti. Então, como posso deixar tudo isso por conta do acaso? Como posso deixa de reconhecer uma inteligência magnífica por trás de tudo, que operando todos os aspectos da Natureza nos dá as condições para cumprir a Sua vontade, que é harmonia, tolerância, amor, compreensão, justiça e solidariedade mútua no crescimento conjunto em direção ao seu Reino?
Tenho hoje uma compreensão cada vez mais firme que a mão de Deus estão sempre colaborando na condução da minha vida. As maiores dificuldades que surgem no meu horizonte, aprendi que serão resolvidas com a ajuda de Deus. Vou confiante no cumprimento de minhas tarefas e quando menos espero aquela dificuldade foi resolvida de forma tal que sei que o meu raciocínio não iria encontrar uma solução tão adequada. Então, por que todos não tem esse mesmo benefício? Ora, muitos nem acreditam em Deus! Mesmo que todos sejam ajudados, Deus não discrimina ninguém, nem quem crê, nem quem não crê nele. É como o sol, brilha para todos, santos ou marginais. Os que não creem não sabem como é gratificante saber que tem um Pai, que não é um órfão frente a um universo infinito.
Muita gente não avalia a dimensão que tem a amizade. De todos os sentimentos que estão próximos do amor incondicional e que a ele presta serviço, é a amizade o sentimento mais utilizado. Cada vez que temos contato com uma pessoa pela primeira vez, nosso primeiro movimento é em direção a amizade. Existem casos que sem motivo ou com motivo aquela pessoa que nunca vimos desperta uma antipatia que dificulta o processo da amizade. É claro que nem todas as pessoas preenchem os requisitos para a amizade. Daí já observamos uma diferença com relação ao amor incondicional, pois este ama a qualquer pessoa ou até mesmo os aspectos da Natureza, como se tudo fosse expressão de Deus, o próprio Criador. Um bandido, um assassino que comete atrocidades, o amor incondicional não o abandona, o considera um irmão enfermo e que precisa de ajuda, de corretivos, de sofrimentos até, para se recuperar. A amizade nesse caso não tem espaço para se manifestar. Portanto, o amor incondicional só pode lançar mão da amizade entre duas pessoas quando os propósitos de ambos são construtivos e existe sintonia afetiva. Esta sintonia é que vai dar o grau de intensidade da amizade. Então, como a maioria das pessoas tem em seus propósitos projetos construtivos de vida, a aproximação com elas sempre levam a criação de um vínculo de amizade por menor que seja. Com o caminhar do relacionamento é que iremos sentir a vibração da sintonia afetiva e assim haver o aprofundamento da amizade. Tem casos em que a sintonia afetiva não é encontrada ou mesmo é distorcida pela penetração no momento inicial de outros sentimentos de natureza negativa. No entanto as pessoas tem um projeto construtivo muito próximo e até exige uma amizade especial. Então deve ser trabalhada a sintonia afetiva. Do mesmo modo que sentimentos negativos podem invadir a nossa mente e causar dificuldade na geração e crescimento da amizade, podemos dar prioridade aos sentimentos positivos relacionados com essa pessoa e favorecer a vibração afetiva que sintonize com nosso coração. Esse é um exercício que devemos fazer diuturnamente.
Tenho agora que encontrar certa senhora que nunca me viu, mas porque ela compreende que sou uma ameaça para sua filha, desenvolveu verdadeira ojeriza a minha existência, quanto mais a minha presença. No entanto nossos objetivos construtivos na vida tem um aspecto em comum e muito importante: a felicidade da sua filha. Só que nós, eu e a filha, pensamos de uma forma, ela pensa de outra. A vibração afetiva não existe. A amizade não pode ser construída. É necessário que haja o encontro e que as razões de cada parte sejam colocadas de forma transparente, sem espaço para mentiras, de forma humilde, tolerante, compreensiva. Esta é a minha missão neste momento e que a ninguém posso passar procuração para resolver. Mais ainda, a ninguém posso pedir ajuda para reforçar meus argumentos. Terá que ser só eu e ela. Nossos objetivos em comum com relação a filha dela deverão ser o foco de nosso encontro. Tenho que saber o que ela pensa a respeito, como ela imagina que pode colaborar para a felicidade da filha. Tenho que explicar a ela o que penso a respeito, como imagino que posso colaborar para a felicidade de sua filha. Nesse encontro de opiniões podemos encontrar incoerências de um lado ou de outro; podemos encontrar intolerâncias, preconceitos e uma série de barreiras que impedem a liberdade dos sentimentos. Não seremos capazes, sei disso, de no primeiro momento deixar tudo esclarecido e que cheguemos a uma concordância total do que devemos fazer. Irá ficar muita coisa para ser refletida com a ajuda do tempo e também de outras pessoas significativas. Mas o objetivo desse primeiro encontro é mostrar que a verdade é nossa companheira, que as intenções de ambas as partes são a mesma, de colaborar para a felicidade de uma terceira pessoa, que estamos dispostos a mudar algum ponto de vista que for incoerente com esse projeto. Reconhecida essas premissas, foi feito assim o alicerce onde a amizade pode se manifestar. Espero sair do encontro já na condição de amigo, que veio para contribuir não com a felicidade de uma só pessoa, mas de toda uma família, inclusive a dela, minha pretensa adversária.
O amor parece ser uma coisa simples de expressar, mas tem a sua complexidade. Tem amores intimamente ligados a sobrevivência da espécie, como amor de mãe, por exemplo, que todos esperam ser expresso com naturalidade e alta qualidade. Mas amar uma pessoa que vemos pela primeira vez pode exigir algum tipo de competência que pode ser aprendida. Quando observamos uma pessoa do sexo oposto pela primeira vez, existe uma força também relacionada com a sobrevivência da espécie, que é a atração de natureza sexual. Cabe a nós disciplinar essa força no sentido de nos motivar para o aprofundamento da relação, que pode de fato chegar até o ato sexual. A disciplina fundamental que é exigida para que a liberdade do amor não caia na libertinagem dos sentidos é o cuidado que devemos ter para não prejudicar a pessoa que se aproxima de nós ou a terceiros. Claro que aqui não conta os preconceitos sociais que tenta disciplina o comportamento humano colocando uma série de argumentos religiosos, morais ou éticos para evitar relacionamentos íntimos. Devemos considerar que a maior força que existe no universo é o Amor Incondicional e que a Lei maior que disciplina os nossos atos é fazer ao outro o que gostamos que façam a nós. Armados da Força e da Lei estamos aptos a quebrar barreiras e paradigmas que de forma hipócrita quer conter a nossa liberdade, companheira inseparável do amor. Temos que aprender a discriminar o amor condicional do amor incondicional. Amor condicional é aquele que se expressa sempre na dependência que se dê algo em troca. Temos que aprender a deixar de esperar por troca no amor que expressamos. Fazendo isso estamos aprendendo a expressar o amor incondicional, que foi a principal missão do mestre Jesus aqui na terra, como pré-requisito fundamenta para a criação do Reino de Deus.
O passeio para o Santuário Ecológico de Pipa foi inesperado. Já tinha em várias outras ocasiões tentado entrar no local, mas nunca surgiu a ocasião propícia. Hoje aconteceu. Entrei com minha companheira e como já passava do meio dia estacionamos o carro no 3º estacionamento que segundo o recepcionista evitava um trecho da caminhada. Mas não adiantou. Ao chegar no local, a simpática senhora que toma conta do museu e de uma loja dentro do Santuário, nos orientou que deveríamos fazer a caminhada voltando até o 2º estacionamento onde devíamos ter deixado o carro. Mas isso não nos aborreceu. Fizemos o percurso com o mapa da trilha a nos orientar. Pegamos o passeio da Peroba e paramos no Mirante das Tartarugas e no Mirante dos Golfinhos. Infelizmente a maré estava baixa e não deu para ver esses animais. Prosseguindo o passeio entramos no Labirinto formado por árvores podadas e enfileiradas. Brincamos dentro do labirinto para tentar achar a saída e prosseguimos. Paramos no mirante da Prainha que dá uma visão magnífica da praia e das falésias que encantam a paisagem. Depois subimos a escada do Velho Castelo e passamos pela Toca da Caipora e pelo Descanso do Mameluco. Pegamos o caminho do Jacu, pelo Caminho do Camaleão, pelo Rastro do Tatu até o Pote que chora. Voltamos ao ponto de partida. Entramos na loja compramos algumas lembranças, camisas com pinturas dos animais do local e kit com suvenires. Agradecemos a Deus pelo presente que Ele nos ofertou no dia de hoje e retornamos.