Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/02/2012 00h52
HARMONIA

             A harmonia é um dos grande objetivos na vida, se quisermos viver felizes. Não é um objetivo fácil, tendo em vista as inúmeras variáveis que surgem em nosso campo comportamental, principalmente no que se refere aos relacionamentos. Nesse caso, cada um dos elementos do relacionamento possui uma mente repleta de estratégias, conceitos e preconceitos com os quais dirigem suas vidas. É praticamente impossível encontrar uma pessoa que se adapte inteiramente aos paradigmas de vida da outra. O que podemos fazer é esclarecer o máximo quais são nossas interpretações do mundo e como desejamos nos comportar na vida. Então, cada um fará os seus ajustes de controle do próprio comportamento e de tolerância pelo comportamento do outro para viabilizar uma relação harmônica. É necessária a honestidade plena nesse acordo mútuo, para não criar logo de cara conflitos que inviabilizem a harmonia. Às vezes pode haver más interpretações de frases, de colocações que são feitas, que batem nos acordos previamente feitos e logo surge a desarmonia. Então, quando o esclarecimento da questão é feita, volta-se então ao patamar da tolerância, da arena da convivência harmônica dentro dos limites conhecidos e respeitados. Este é um processo que se arrasta ao longo da convivência onde a verdade é peça fundamental.

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em 11/02/2012 às 00h52
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09/02/2012 10h37
CÉU E INFERNO

             Nossa linha base de humor nunca é uma reta perfeita. Tem sempre os seus momentos de baixa (tristeza) e os momentos de alta (alegria). Em casos de transtornos mentais isso pode ficar exagerado, momentos de baixa chegam à depressão com potencial de auto-destruição e momentos de alta chegam a euforia, mania, com potencial de destruição também. Quando colocamos o fator espiritual em nossa vida, observamos que essas flutuações de humor agora são melhor gerenciadas e o conceito de inferno (depressão) e céu (euforia) podem ser melhor trabalhados por nossa consciência. Nada melhor para exemplificar isso, que uma pequena história oriental:

            “Um dia um samurai procurou um velho sábio para que esse lhe explicasse o significado de inferno e de céu. O sábio olhou-o de alto a baixo e disse:

            - Como queres, um homem porcalhão como tu, barbado, sujo, imundo, portando uma espada enferrujada pendurada num cordão, querer saber de coisas tão sublimes?

            O samurai enraivecido sentiu o sangue lhe avermelhar a face e num ímpeto de ódio sacou da sua espada, levantou-a disposto a decepar a cabeça do impertinente.

            Foi quando o sábio, sem alterar o tom de voz ou o ritmo de suas ações, disse:

            - Isso é o inferno.

            O samurai parou a espada no ar. Num relance avaliou que estava prestes a decepar aquele homem que teve a coragem de lhe dar uma lição tão profunda, com o risco da sua própria vida. Guardou a espada e com arrependimento no olhar disse:

            Perdoe, senhor, pela brutalidade que eu queria cometer, por minha impulsividade, agressividade, intolerância...

            O sábio mais uma vez sem alterações no seu gesto e voz, disse:

            - Isso é o céu.”

            É esse estado de espírito que cada um desenvolve dentro de sua mente, do seu coração, que nos deixa a viver no céu ou no inferno. Para quem já tem Deus no coração e na mente, tem um grande aliado para transformar os piores momentos que podem nos levar ao inferno e nos trazer de volta ao céu que é o nosso lugar. Agradeço a Deus pela ajuda que Ele me dá, nos momentos mais difíceis, pedindo perdão a quem ofendo e com coragem de realizar as coisas necessárias, por mais difíceis que elas pareçam.

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em 09/02/2012 às 10h37
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08/02/2012 10h40
SERVIR

             Servir é divino! Foi uma das últimas lições que Jesus deixou conosco, ao lavar os pés dos seus discípulos com sublime humildade. Mostrou a natureza do serviço em sua acepção mais simples e no entanto tão cheia de significados. Hoje na nossa vida moderna, existem diversas formas de servir: arrumando a casa, fazendo alimentação, dando lições, cuidando de doentes... uma infinidade! Mas uma de nossas ações não me parece cair bem nessa conceituação de serviço. É a ação sexual. A não ser quando ela é desenvolvida em caráter profissional, quando uma pessoa se dispõe a causar prazer ao outro em troca de dinheiro, posição social, recursos materiais ou mesmo por altruísmo. Assim, acredito, possa ser um serviço, está no campo material. Mas quando é desenvolvida de forma natural, quando dois seres sintonizam no amor e no desejo, se entra no campo espiritual. O prazer recíproco que ambos obtém é da mesma natureza, não cabe o conceito de servir um ao outro. É um momento mágico onde a exaltação do amor é tamanha que surge o prazer carnal cobrindo o corpo de ambos. Como pensar nesse momento sublime que alguém está servindo a outro? Há um amálgama de corpos, de almas, onde a causa do prazer que um recebe é a mesma que o outro dá. É um sexo divinizado. No serviço há sempre um beneficiário para aquela ação que praticamos, um despende esforço e o outro é beneficiado desse esforço. No sexo divinizado dentro da mesma ação que promovo o prazer, também recebo ação que me dá prazer na mesma intensidade. É esse equilíbrio que tira o conceito de serviço, onde sempre é observado alguém ser beneficiado de uma maneira diferente do outro. Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele os beneficiou, pois tiroou a sujeira que poderia ser causa de mau odor e até doenças; por outro lado Jesus também se beneficiou, pois estava cumprindo a vontade do Pai, de fazer aos outros o que gostaria que fizessem a si. São benefícios diferentes genrados por uma só ação, a do executor. No sexo divinizado o mesmo benéfico que um recebe o outro recebe também. Os dois são executores. Então, é um equívoco alguém que pretende fazer o sexo divinizado depois comentar que “não serve mais para o outro” por qualquer motivo. Passa a idéia que estava fazendo o sexo profano, que estava “servindo” a alguém por algum benefício que não fosse o prazer da mesma qualidade. Mas tudo pode ser também devido a contaminação cultural. A pessoa pode muito bem ter feito o sexo divinal com todas suas características de equilíbrio e no entanto, no contato com a cultura vigente, com as pressões que recebe do dia-a-dia, imaginar que tenha sido usada ou abusada. Nesse caso a mente dar um salto automático do plano divinal para o infernal... e tudo pode acontecer!

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em 08/02/2012 às 10h40
 
07/02/2012 09h38
A SENHA

             Lembro que nos primeiros momentos da minha caminhada espiritual, o sexo foi colocado como um grande obstáculo. Queria viver em fidelidade aquilo que tínhamos prometido ao padre até o fim da vida. No entanto o corpo, os instintos, me pressionavam para dividir prazeres sexuais com minhas amigas que desejavam ser minhas namoradas, mesmo sabendo da minha condição de casado, de amar a minha esposa e de não ter nenhuma intenção de deixá-la para ficar com outra pessoa. De tanto meditar na questão, de reconhecer que eu tinha um compromisso assumido com minha esposa e perante Deus de somente fazer sexo com ela, senti que a qualidade do meu relacionamento começava a deteriorar, pois eu me sentia prisioneiro dentro desse relacionamento, pela promessa feita, pelo que a natureza do meu corpo agora exigia. Eu não via obstáculos éticos em me relacionar sexualmente com outra pessoa, desde que tudo estivesse esclarecido entre nós, que ninguém estivesse enganando ninguém para obter esse prazer tão fugaz. Depois de muito tempo e de muitos argumentos dessa natureza, terminei por admitir na consciência esse encontro sexual com minhas amigas. Como num passe de mágica a relação com minha mulher voltou a normalidade, da harmonia, do amor recíproco. Mesmo assim a minha consciência ainda não permitiu a realização do ato. O senso de justiça se apresentou e colocou o argumento de que se eu procedesse assim, deveria dar o mesmo direito da minha mulher, em iguais circunstâncias ter o mesmo prazer que eu agora queria obter. Mas isso ia de encontro aos meus preconceitos machistas que também eram fortes. Não obtive a senha para praticar o ato sexual que eu tanto queria. Mas agora, esse obstáculo, nada tinha a ver com minha mulher. Era eu mesmo, os meus preconceitos que me paralisavam. Foi necessário muita leitura de livros, de autores de diversas formações, técnicas, literárias, religiosas, para que no processo de comparação, avaliação, racionalização eu quebrasse os meus preconceitos e obtivesse a senha para ter minha relação sexual tão desejada: PERMITIR A MINHA COMPANHEIRA TER O MESMO DIREITO! Hoje já vou avançado em minha caminhada, com bastante experiência e uma forte solidificação dos meus atuais paradigmas de vida em textos espirituais e acadêmicos. Hoje sinto uma relação próxima com o Criador, falo com Ele nas minhas orações com regularidade e recebo dEle orientação através de diversos canais, musicas, leituras, filmes, ou até mesmo na contemplação da Natureza. Hoje quando qualquer pessoa se aproxima de mim e tem o potencial de desenvolver intimidade sexual, coloco em primeiro plano todas essas informações e mostro a necessidade de se obter a senha para que os nossos desejos se realizem: que ela aceite também o meu envolvimento sexual, tanto com quem já estou envolvido como com quantas cheguem, assim como ela, e desperte a sintonia do coração. Fazer o sexo sem estar de posse da senha não é inteligente, justo ou honesto, para consigo mesmo, para com Deus e para com todos que estão ao seu redor. Vai entrar em pecado com grande dose de sofrimento moral que não compensará o prazer fugaz recebido no sexo. Sei que não é fácil obter a senha, lembro ainda hoje do sofrimento que passei para a adquirir. Não posso condenar ninguém que não a obtenha com rapidez, ou queira a obter. Faço apenas orientação e peço a Deus em oração que a pessoa entre em contato imediato com Ele, peça ajuda para sentir em seu coração se quer realmente quer receber essa senha ou não, se o seu caminho espiritual é compatível com o meu... e isso pode levar tempo, bem sei!

 

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em 07/02/2012 às 09h38
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06/02/2012 09h37
PRIMEIROS PASSOS

            Ao iniciar uma caminhada devemos fazê-la dando os primeiros passos. As vezes as circunstâncias nos empurra para um nível mais avançado da caminhada e o peso que temos de suportar parece estar além de nossas forças. Caso tal fato aconteça e corramos o risco de desabar na estrada, temos que parar um pouco, pedir a Deus orientação com urgência e se for o caso voltar um pouco para a fase dos primeiros passos. Sempre essa fase é composta totalmente do amor espiritual, onde reina a vontade de Deus. Não é possível misturar nesses primeiros passos o amor espiritual ao amor carnal, ao sexo. A força que este tem pode dominar a sutil força espiritual e causar grandes estragos. Roguemos a Deus por humildade e tolerância, para reconhecermos o lugar onde podemos suportar a carga da caminhada e pedir forças para nos capacitar um pouco mais além, se ainda for do nosso interesse, a receber a carga que hoje ameaça nos destruir.

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em 06/02/2012 às 09h37
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